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MARIA AUXILIADORA EDUARDA EUGÊNIO

ABUSO SEXUAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE: FORMAS DE


VIOLÊNCIAS E PROTEÇÃO JURÍDICA

Cuiabá
2017
2

MARIA AUXILIADORA EDUARDA EUGÊNIO

ABUSO SEXUAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE: FORMAS DE


VIOLÊNCIAS E PROTEÇÃO JURÍDICA

Trabalho apresentado como requisito parcial para


a Conclusão do Curso de Bacharel em Direito da
Faculdade Afirmativo.
Orientador: Professora Katia de Oliveira

Cuiabá
2017
3

RESUMO

Este artigo tem como objetivo o estudo sobre algumas formas de violência sexual contra
criança e adolescentes. No estudo se analisara a proteção jurídica dos direitos a criança e dos
adolescentes contra o abuso sexual, que se encontra previsto no âmbito nacional, do artigo
227 da constituição federal e em diversos artigos do estatuto da criança e do adolescente,
expondo sobre a interpretação da proteção integral e sobre os direitos que faz jus toda criança
e o adolescente como sujeito de direito. Também serão objeto da pesquisa alguns artigos da
criminalização de conduta, exposto no código penal.

Palavras-chave: Violência. Abuso Sexual. Crianças e Adolescentes.


4

ABSTRACT

This article aims to research on some forms of sexual violence against children and
adolescents. The study analyzed the legal protection of the rights of children and adolescents
against sexual abuse, which is foreseen at the national level, article 227 of the federal
constitution and various articles on the status of children and adolescents, on the interpretation
of Integral protection and on the rights that justify all children and adolescents as subjects of
law. Also will be object of the research some articles of criminalization of conduct, exposed
in the penal code.

Keywords: Violence, Sexual Abuse, Children and Adolescents.


5

INTRODUÇAO

O abuso sexual, que vão desde as tentativas de atentado ao pudor até o estupro,
constituem, atualmente, um importante evento mórbido que vitimiza crianças e adolescentes.
A violência sexual é um problema social que atinge milhares de vítimas de forma
silenciosa e dissimulada, cometida com ambos os sexos e não costuma obedecer nenhuma
regra como o nível social, econômico, religioso ou cultural. A cada quatro meninas uma e
vitima de violência sexual, o mesmo acontece com meninos de dez um e vitima de estrupo
antes de completar 18 anos.1
O problema e agravado pelo medo e vergonha, deixando a vitima indefesa de agir por
longo período de tempo e, muitas vezes, quando finalmente criam coragem de denunciar o
abusador, padecem pela pressão da família e de pessoas próximas, que não raras vezes,
desacreditam em suas versões, quando não as acusam de terem provocado os abusos.2
Os tipos de abuso contra crianças mais comuns e de mais fácil detecção médico-legal
são a violência física e a sexual que podem ser percebidos com as repercussões na vida das
crianças e adolescentes, observados no rendimento escolar, adaptação social, alterações da
saúde física e mental e a possibilidade de desenvolverem distúrbios comportamentais. 3
Diversos estudos demonstram que as consequências do abuso sexual infanto-juvenil
estão presentes em todos os aspectos da condição humana, deixando marcas físicas, psíquicas,
sociais, sexuais, entre outras que poderão comprometer seriamente a vida da vítima no caso
crianças ou adolescente, que passou por determinada violência.4
Existem ainda aquelas pessoas que utilizam outros vínculos de aliciamento, como:
boates, casas de massagem, prostíbulos, turismo sexual, internet, enfim, essas pessoas se
sustentam dessa ilicitude. Cabe, portanto, a cada um de nós, Governo, sociedade e família,
lutarmos para que nossa omissão não se torne aliada desses crimes.5

2. CONCEITO DE VIOLÊNCIA
1
CUNHA, E. P.; SILVA, E. M.; GIOVANETTI, A. C. Enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil:
expansão do PAIR em Minas Gerais. Belo Horizonte: UFMG, 2008. P. 23
2
Ibidem, p. 12
3
DAY, V. P. et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Revista de Psiquiatria do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, v. 25, suppl. 1, p. 09-21, 2003.
4
Ibidem, p. 22
5
Ibidem,p. 11
6

Muitas crianças e adolescentes são submetidos, em seu dia a dia a variadas formas de
violência, As relações de poder estabelecidas nas diversas esferas da sociedade favorecem as
práticas de abuso, constituindo nas mais graves violações aos seus direitos, por negar-lhes a
liberdade, dignidade, o respeito e a oportunidade de crescer em condições humanas e
saudáveis.

Por violência entende-se


O uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio,
contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação.6

Para refletir criticamente sobre o abuso sexual contra crianças e adolescentes deve-se
levar em consideração as dimensões históricas, culturais, estruturais, psicossociais, jurídica,
ética e política.7
O abuso sexual viola as leis e tabus da sociedade e é definido como o envolvimento de
uma criança ou adolescente em atividade sexual que não compreende totalmente, para qual é
incapaz de dar consentimento, ou esta preparada devido ao estágio de desenvolvimento.
Assim, qualquer atividade que envolva uma criança, destinada a gratificação ou satisfação das
necessidades de uma pessoa, cuja relação com a criança seja responsabilidade, confiança ou
força, pode se configurar em abuso sexual. Essas atividades sexuais podem incluir toques,
carícias sexo oral ou relações com penetração. Utilizando dessas maneiras crianças e
adolescentes são usados como fins comerciais e de lucro, geralmente as vítimas são induzidas
a manter relações sexuais com um adulto, que detém poder, em troca de algo de valor para a
mesma.8
Violência também é considerada um fenômeno multicausal, que vem atingindo,
vários grupos sociais, instituições e faixas etárias, na qual os indivíduos ora se apresentam
como vítimas, ora como agressores. Possui diversas formas de expressões determinadas pela
cultura, conceitos e valores utilizados por um povo. Podendo ocorrer nas escolas,
instituições, locais de trabalho, nas ruas, mas acontece principalmente nos lares (podendo
esta ser considerada violência doméstica).
6
KRUG, E. G. et al. (Org.). Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: Organização Mundial da
Saúde, 2002.
7
LEAL, Maria Lucia Pinto. (Org). Exploração Sexual comercial de meninos, meninas e de adolescentes na
América Latina e Caribe. 2ª. Ed. Brasília: Centro de Referência, Estudos e Ações da Criança e do Adolescente/
DF- CECRIA, 1999. Relatório Final.
8
AZEVEDO MA, Guerra VNA. Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu;
1989.p. 34
7

Caracteriza-se violência sexual

Um ato não precisa ser necessariamente violento. O ato sexual, embora não violento,
quando praticado contra criança ou adolescente, pode provocar tanto danos físicos,
verificáveis, quanto danos realísticos a integridade psíquica e moral, não verificáveis
por meio de exame físico, que serão tão maiores quando mais tenra a idade da
criança/adolescente envolvida na pratica, e merecerão valoração jurídico- penal
igualdade proporcional.9

A maioria das práticas de violência sexual contra crianças e adolescentes é exercida


por homens adultos, sem distinção de classe social. Essas pessoas não possuem qualquer
característica que as identifique com facilidade, são homens comuns (pais, padrastos,
alguém íntimo da família) que não expressa m características predefinidas ou estereotipadas.

Qualquer atividade sexual (incluindo intercurso vaginal/anal, contato gênito oral,


contato gênito-genital, carícias em partes íntimas, masturbação, exposição a pornografias ou a
adultos mantendo relações sexuais), envolvendo uma criança incapaz de dar seu
consentimento.10

2.1 Formas de violência

Por violência doméstica entende-se qualquer ato intencional de violência, realizado


pelos pais ou responsáveis pela criança ou adolescente e que ocorre dentro do lar; violência
Sexual: consiste em atos de violência motivados pelo desejo, consciente e inconsciente, de
aumentar o poder social, violência escolar (bullying): consiste no fenômeno da agressão
continuada entre alunos e entre educadores e alunos no ambiente escolar, tendo como
consequência baixa autoestima, insegurança, depressão e até tentativa de suicídio.11

Discute-se a violência sexual contra crianças por meio do conceito de violência


doméstica que , trata-se de todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis
contra crianças, implicando numa coisificação da infância, isto é, numa negação do direito

9
BRETAN, Maria Emilia Accioli nobre. Violência sexual contra crianças e adolescentes mediada pela
tecnologia da informação e comunicação: elementos para a prevenção vitimal. 2012. 326 f. Tese
(Doutorado) – Curso de direito, Universidade de São Paulo, 2012.
10
SALVAGNI, Edila Pizzato; WAGNER, Mário Bernardes. Estudo de caso controle para desenvolver e
estimar a validade discriminante de um questionário de avaliação de abuso sexual em crianças . Jornal de
Pediatria, Porto Alegre, v.82, nº 6, 2006. In: AZAMBUJA, Maria Regina Fay de. Inquirição da criança vítima de
violência sexual: proteção ou violação de direitos?. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.
11
Idem
8

que crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar
de desenvolvimento.12

A violência doméstica, é uma forma de relação social que está diretamente relacionada
ao modo pelo qual os homens produzem e reproduzem suas condições sociais de existência,
ao mesmo tempo, ela é a negação de valores considerados universais, como liberdade,
igualdade e a própria vida. Neste processo, a criança e o adolescente são as maiores vítimas
de atos abusivos e maus-tratos, ocasionados por sua maior vulnerabilidade e dependência. A
violência doméstica assume três modalidades principais, sendo estas: a violência sexual, a
violência escolar entre outras. 13
A violência doméstica contra a criança representa todo

Ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e


adolescentes que – sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à
vítima – implica, de um lado, uma transgressão do poder/dever de proteção do
adulto e, de outro, uma coisificação da infância, isto é, uma negação do direito que
crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição
peculiar de desenvolvimento.14

A violência cometida por pessoas de quem a criança espera amor, respeito e


compreensão é um importante fator de risco que afeta o desenvolvimento da autoestima, da
competência social e da capacidade de estabelecer relações interpessoais, potencializando a
fixação de um autoconceito negativo e uma visão pessimista do mundo.
A violência sexual caracteriza-se por atos praticados com finalidade sexual que, por
serem lesivos ao corpo e a mente do sujeito violado (crianças e adolescentes), desrespeitam os
direitos e as garantias individuais como liberdade, respeito e dignidade previstos na Lei nº
8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

A violência sexual caracteriza-se

[...] por um ato ou jogo sexual, em uma relação heterossexual ou homossexual, entre
um ou mais adultos e uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular

12
GUERRA, Viviane. Prevenção da Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes. Uberaba, 2004. P.
13
ADORNO, S. Os aprendizes do Poder: o bacharelismo liberal na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1998. P. 22
14
GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 3. Ed. São
Paulo: Cortez, 1998. P. 32- 33.
9

sexualmente esta criança ou adolescente, ou utilizá-la para obter uma estimulação


sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa.15

A exploração sexual caracteriza-se pela relação mercantil, mediada pelo comércio do


corpo e sexo, por meios coercitivos ou não, e se expressa de quatro formas: pornografia,
tráfico, turismo sexual e prostituição. 16
A violência escolar aponta duas formas básicas de violência na escola: física (brigas,
agressões físicas e depredações) e não física (ofensas verbais, discriminações, segregações,
humilhações e desvalorização com palavras e atitudes de desmerecimento), sendo a última,
muitas vezes, disfarçada, mascarada e de difícil diagnóstico. Essas experiências aniquiladoras
ocorrem nos diversos níveis de relações, podendo ter como agente tanto alunos como
professores e funcionários, em seus diversos arranjos, quer como protagonistas quer como
vitimas. 17

2.2 Indicativos de Violência

As crianças e adolescentes sinalizam de maneiras diversificadas, quase sempre não


verbais, quando estão vivenciando alguma situação de violência.

Alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem evidência de violência,


mas a ocorrência simultânea de vários desses indicadores pode sugerir uma situação de
violência.18

Portanto, a família, a escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com


crianças e adolescentes devem estar atentos na observação desses indicativos:

Indicativos físicos são as roupas rasgadas ou com manchas de sangue; hemorragia


vaginal ou retal; secreção vaginal ou peniana; infecção urinária; dificuldade para caminhar;
gravidez precoce; queixas constantes de gastrite e dor pélvica; hematomas, edemas e
escoriações na região genital, anal e mamária; infecções/doenças sexualmente transmissíveis;
dificuldade para defecar.19
15
AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. Pele de asno não é só história... um estudo sobre a vitimização
sexual de crianças e adolescentes em família. São Paulo: Rocca, 1998. p.33
16
Idem
17
CAMACHO, L. M.Y. Violência e indisciplina nas práticas escolares de adolescentes: um estudo das
realidades de duas escolas semelhantes e diferentes entre si. São Paulo, 2000. Tese (doutorado) Universidade
de São Paulo, p.22
18
Ibidem, p. 25
19
CAMACHO, L. M.Y. Violência e indisciplina nas práticas escolares de adolescentes: um estudo das
realidades de duas escolas semelhantes e diferentes entre si. São Paulo, 2000. Tese (doutorado) Universidade
de São Paulo, p.22
10

Indicativos comportamentais são o medo de ficar sozinho(a) com alguém ou em algum


lugar; mudanças extremas, abruptas e inexplicáveis de comportamento e humor; regressão a
comportamentos infantis como por exemplo chupar dedos, enurese (incontinência de urina),
choro excessivo sem causa aparente; mudança de hábito alimentar perda de apetite (anorexia)
ou excesso de alimentação(obesidade); frequentes fugas de casa e/ou ausência do convívio
familiar; envolvimento com drogas; padrões de sono perturbado ( pesadelos frequentes,
agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso);20

Indicativos no comportamento sexual são aqueles que interesse precoce por


brincadeiras sexuais e/ou erotizadas; Masturbação compulsiva; Relatos de agressões sexuais;
Desenho de órgãos genitais com detalhes e características, além de sua capacidade etária;
Conduta sedutora; Piadas, histórias, músicas incompatíveis com sua faixa etária.

Existem ainda muitos outros tipos de indicativos que demonstram esses abusos como:
Mudanças na frequência e desempenho escolar, Indicativos na conduta dos pais ou
responsáveis quando são abusadores.21

3. A PROTEÇÃO JURIDICA NACIONAL AOS DIREITOS DA CRIANÇA DO


ADOLESCENTE

Conforme os dispositivos da Constituição Federal no seu artigo 227 os direitos


fundamentais da criança e do adolescente, insere o principio integral, da prioridade absoluta e
de responsabilidade compartilhada no ordenamento jurídico nacional. O artigo instituiu como
compromissos para família, para a sociedade e para o estado a efetivação dos direitos
fundamentais da criança e adolescente com prioridade absoluta.22

Ele nos conclama a agirmos na defesa e promoção dos direitos de todas as crianças: da
criança desconhecida, mas que sofre os abusos da violência diária em suas casas; da criança
desconhecida mas carente de falta de espaço seguro para o lazer e exercício do seu direito de
brincar; da criança desconhecida e invisível aos nossos olhos, mais sobrevivente em um
cenário concreto e visível de violação dos seus direitos e desrespeito a sua condição de
vulnerabilidade e de individuo de estado em desenvolvimento.
20
Ibidem, p. 23
21
Ibidem, p.25
22
BRASIL Lei 8.069, de 13 de junho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm . Acesso em
jan/2017
11

§ 4°: A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração da criança e do


adolescente.
Ressalta-se ainda, que o artigo 227, § 4° da constituição federal; A lei punira
severamente o abuso, a violência sexual e a exploração da criança e do adolescente, cujo o
artigo 5º Preconiza: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligencia, descriminação, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, ao seus direitos fundamentais.

3.1 O que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei n° 8069/90

O Estatuto da Criança e do Adolescente também garantiu a proteção integral da


criança e do adolescente, bem como a prioridade absoluta nos seus direitos

Art 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.


Art. 4º: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder
Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Art. 5º: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.23

Portanto, esses dispositivos do artigo 1º, 4º e 5º, visam toda uma proteção jurídica do
direito da criança e adolescente, assim como a proteção integral que foi adotada como
principio fundamental, visando reconhecer crianças e adolescentes como sujeitos de direitos,
bem como assegurar a proteção jurídica de direitos afetados como ocorrência de exploração
sexual, garantindo o direito a dignidade e o respeito a liberdade durante a infância e
adolescência.
Na analise do artigo 13º, ressalta todas as formas de violência em que deve ser
comunicado obrigatoriamente. E a falta de comunicação, importa na pratica de inflação
administrativa.
De acordo com o artigo 18º, impor a todos a obrigação de respeitar e fazer respeitar os
direitos da crianças e do adolescente. Tendo cada cidadão o dever de agir em sua defesa
diante de qualquer ameaça.

23
BRASIL Lei 8.069, de 13 de junho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm . Acesso em
jan/2017
12

Estende-se no dispositivo do artigo 70º, que a lei e firme quanto a proteção ‘’integral a
criança e o adolescente” ele vem de uma forma de como evitar a ocorrência de situações que
possam dar ensejo a violação dos direitos da criança e adolescente. Como por exemplo:
aplicação das medidas protetivas, ameaças das violações dos direitos, aplicação das
responsabilidades dos pais etc.24
O entendimento do artigo 130º, envolve o caso de “maus tratos” que tornam
desaconselhável o convívio com o agressor, também ressalta a exploração sexual, o abuso
sexual tornando obrigatório a divulgação, as formas de denuncia.
“Art. 131º: O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos nesta Lei.’’25
Entende-se que ele não veio para satisfazer a necessidade de atendimento, mais para
promover a defesa dos direitos da criança e do adolescente ou melhor zelar, defender e
garantir os direitos da criança e adolescentes.
“Art. 244-A: Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput art.
2°desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual. Pena reclusão de quatro a dez anos, e
multa.”26
Neste dispositivo o bem jurídico tutelado, o respeito e o tratamento com a dignidade
que tem a criança e o adolescente.

3.2 O Código penal

O código penal preveem a criminalização de condutas decorrentes da violência sexual


contra crianças e adolescentes. “Dos crimes contra dignidade sexual”, do código penal, onde
estão previstas diversas condutas onde o agressor poderá ser punido, como é o caso dos
seguintes crimes.

“Estupro - Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou


grave ameaça. A pena de reclusão é de 06 a 10 anos.”27

24
BRASIL Lei 8.069, de 13 de junho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm . Acesso em
jan/2017
25
Idem
26
Idem
27
BRASIL Lei 12.015, de 07 de agosto de 2009. Institui o Código penal. Disponivel em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12015.htm. Acesso em fev/2017
13

O estrupo e um crime complexo, ou seja. Aquele que, mediante violência ou grave


ameaça, força alguém a pratica de ato sexual.

“Art. 217-A que diz: Ter conjura carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 (catorze) anos: Pena reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.”28

Este dispositivo vem proteger os menores que não tem capacidade plena para exercer
sua sexualidade, ou seja, ainda não sabem escolher entre o fazer e o não fazer, ou melhor não
sabem as possíveis consequências pelo ato de fazer.

“Art. 218 Induzir alguém menor de 14 ( quatorze) anos a satisfazer a lascívia de


outrem. Pena- reclusão de 2(dois) a 5(cinco) anos.”29

Neste caso o induzimento refere-se a convencer o menor de 14 (quatorze) anos a


submeter a lascívia de terceiros em troca de vantagens pecuniária.

3.3 Procedimentos diante de uma situação de violência

Os procedimentos poderão ser feito por telefone, por escrito, visita ou solicitação de
atendimento. Encaminhando a comunicação ao órgão competente, que por via de regra é o
Conselho Tutelar, que é um órgão competente para receber e apurar as notificações de
suspeita ou ocorrência de abuso sexual, ele fara o papel em averiguar a situação, e
dependendo do caso, encaminhara ao serviço de atendimento especializado, sendo que, o
Conselho Tutelar poderá fazer o boletim de ocorrência, o chamado B.O – que será o primeiro
passo para a instauração de um inquérito. O inquérito e a peça chave na responsabilização dos
agressores.

Sendo que seguida, começa a fase de se conseguir provas, como laudo pericial e a
prova testemunhal, por isso, e fundamental que os profissionais de atendimento oriente os pais
ou responsáveis a serem tomadas depois do ato consumado.

Apurado os fatos em que as crianças e adolescentes são vitimas do crime, faz-se um


relatório e comunica-se a situação ao Ministério Publico que é o responsável pelo
comprimento da lei, onde o promotor analisará o relatório e, se houver indícios da violência,
ele oferece a denúncia e qualifica o crime, que segue para a justiça.

28
Idem
29
Idem
14

É um dever de todo cidadão ao tomar conhecimento de alguma situação de violação de


direitos de crianças e adolescentes notificarem aos órgãos competentes. A notificação pode
ser de forma pública ou sigilosa. Por telefone o notificante pode telefonar para órgãos
competentes (Conselhos Tutelares, Delegacias, Juiz de Direito, Promotoria de Justiça, SOS
Criança e Programa Sentinela), ou para o Disque-Denúncia Nacional (0800 99 0500)
comunicando a suspeita ou a ocorrência da violência sexual.

Por escrito utilizar formulário padronizado (ficha de notificação compulsória da


saúde), caso o instrumental seja inexistente elaborar um relatório narrando os fatos. Por meio
de visitas a órgão competente o notificante poderá ir só ou acompanhado da criança e/ou
adolescente ao órgão competente para registro e apuração do ocorrido.
15

Fonte: Delegacia de proteção a criança e ao adolescente

3.4 Sujeitos envolvidos: a criança, o abusador e a família

Nas crianças as situações de violência têm um efeito deletério na infância,


corrompendo o desenvolvimento da criança, que ocorre por meio da observação dos atos dos
adultos. Que a violência, nos primeiros anos de vida, deturpa a formação dos valores morais e
de caráter, haja vista que aquele que não é respeitado e que não aprende a respeitar a si
mesmo, não terá condições psíquicas de respeitar o outro, perpetuando a violência.30
Esclarecem que todas as formas de abuso sexual podem levar à desestruturação
evolutiva da criança. Assim, tanto o abuso praticado com penetração como o praticado
somente através de atos libidinosos, são formas doentias e perversas de violência que deixam
marcas definitivas no desenvolvimento físico e emocional da vítima.31
A figura do abusador é fundamental para se romper o “ciclo do abuso sexual”, visto
que a violência pode se repetir com outras vítimas.
A pedofilia é definida como a preferência sexual por crianças, usualmente de idade
prepuberal ou no início da puberdade. Na Ppsiquiatria, está classificada como um transtorno
sexual, porém, no âmbito jurídico, não exclui a responsabilidade penal e tampouco a diminui.
Divide os criminosos sexuais em três categorias: psicóticos, portadores de personalidade
antissocial e parafínicos; sendo as principais categorias de parafilia o exibicionismo,
fetichismo, froteurismo, pedofilia, masoquismo, sadismo e voyeurismo.32

A partir de 1988, a família ganha uma nova concepção. Deixa de ter valor
intrínseco, como instituição merecedora de tutela pelo simples fato de existir, e
passa a ser valorizada de modo instrumental, “tutelada na medida em que – e
somente na exata medida em que – se constitua em um núcleo intermediário de 25

30
PFEIFFER, Luci; CARDON, Léo. Violência contra crianças e adolescente: do direito à vida. In: Os vários
olhares do direito da criança e do adolescente. Coleção Comissões. Curitiba: Ordem dos Advogados do Brasil –
Seção do Paraná; 2006. P 105. ___. Marcas da violência – um diagnóstico a ser pensado.
31
PFEIFFER, Luci; SALVAGNI, Edila P. Visão atual do abuso sexual na infância e adolescência. Jornal de
Pediatria, 81 (Supl.5), 2005, p. 197-204.
32
TELLES, Lisieux Elaine de Borba. Pedofilia. In: SOUZA, Carlos Alberto Crespo de; CARDOSO, Rogério
Gottert (orgs.). Psiquiatria forense – 80 anos de prática institucional. Porto Alegre: Sulina, 2006, p. 275-286.
16

desenvolvimento da personalidade dos filhos e de promoção da dignidade


humana”.33

Não há como apontar um perfil de família em que o abuso sexual contra a criança seja
praticado. A falta de dados e de estudos investigativos agrava o desconhecimento dos sujeitos
envolvidos com a violência sexual no âmbito intrafamiliar, dificultando o estabelecimento de
um diagnóstico precoce e uma intervenção mais eficiente.
Ressaltam que a violência praticada dentro da família, velada por pactos de silêncio,
deve ser considerada a mais danosa para a criança, visto que pode levar à desestrutura da
personalidade em desenvolvimento, impedindo a formação ou destruindo os valores morais
positivos, fazendo com que o respeito a si mesmo e ao outro nunca seja aprendido.34
Famílias em que o abuso sexual está presente, é comum as crianças não se sentirem
compreendidas ou devidamente amparadas por seus pais ou cuidadores. Imaturas
emocionalmente, acabam se submetendo ao abuso com medo de serem castigadas ou aceitam-
no como manifestações de afeto pelo abusador. Posteriormente, muitas crianças passam a
negar a ocorrência dos episódios de abuso sexual, seja por pena do agressor, para o qual
possuem afeto, seja por medo diante das ameaças proferidas ou por perceberem o impacto que
a revelação provoca na vida familiar. 35

3.5. O Papel da sociedade na luta contra o abuso sexual

A violência contra a criança, no seio da família, é um fenômeno de saúde pública


presente não somente no Brasil.
Trata-se de um sério problema social agravado pela omissão e pelo silêncio daqueles
que deveriam proteger o infante.
O abuso sexual, praticado dentro do ambiente familiar, apresenta grandes dificuldades
de identificação, visto que é comum não deixar marcas físicas em sua vítima. Ainda, traçando
algumas considerações sobre o abusador, ressaltou que, na maioria dos casos, o(a) cônjuge ou

33
TEPEDINO, Gustavo. A disciplina civil-constitucional das relações familiares. Temas de Direito Civil-
Constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 1998. P.50

34
PFEIFFER, Luci; CARDON, Léo. Violência contra crianças e adolescente: do direito à vida. In: Os vários
olhares do direito da criança e do adolescente. Coleção Comissões. Curitiba: Ordem dos Advogados do Brasil –
Seção do Paraná; 2006. P 105. ___. Marcas da violência – um diagnóstico a ser pensado. Disponível em: .
Acesso em: março. 2017.
35
Ibidem, p.106
17

companheiro(a) costuma ser passivo com a reiteração de cenas de violência, o que contribui
para a não identificação e para o prolongamento no tempo do abuso.36

Os direitos sexuais fazem parte dos direitos fundamentais da pessoa humana, ou seja,
todo ser humano deve exercer o seu direito de desfrutar sua sexualidade de forma plena,
satisfatória, saudável, segura, sem discriminações, sem coerção e sem violência.
Essa plenitude do exercício dos direitos sexuais é alcançada quando há o
reconhecimento e a garantia mínima dos seguintes direitos:
O direito à igualdade e a uma vida livre de toda forma de discriminação, garantindo a
proteção em face de qualquer tipo de violência; o direito à informação e à educação, inclusive
uma educação sexual promotora de liberdade de decisão e igualdade de gênero; o direito à
liberdade de pensamento, para que não haja submissão de homens e mulheres a ideologias,
crenças, filosofias e costumes que restrinjam sua sexualidade; o direito à privacidade, de
forma que todos os serviços de atenção à saúde sexual e reprodutiva garantam a
confidencialidade.
“A doutrina do direito vem reforçando uma perspectiva reguladora dos direitos
sexuais, enquanto a livre expressão da sexualidade humana requer um direito emancipador,
que promova a liberdade, diversidade, respeito e tolerância.”37
Quando tratamos dos direitos sexuais de crianças, estamos lidando com a garantia de
direitos de um segmento geracional marcado por uma cultura autocêntrica, pautada na ideia
de tutela e dominação, o que torna a violação da livre expressão da sexualidade das crianças
ainda mais grave.38

36
FARINATTI, Franklin; BIAZUS, Daniel; LEITE, Marcelo Borges. Pediatria Social: a criança maltratada. Rio
de Janeiro: MEDSI, 1993. ___. A criança vitimizada. Revista Médica da Santa Casa, Porto Alegre, ano IV, n.7,
1992.P.685

37
NETO, Wanderlino Nogueira. III CONGRESSO MUNDIAL ESCA – Brasil. Marco Legal &
Responsabilização / Sistema de Garantia de Direitos. Descriminalização e Impunidade. Rio de Janeiro,
2008. P.20
38
Ibidem. P. 16
18

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ética, cultural e socialmente a violência sexual contra crianças e adolescentes é uma


violação de direitos humanos universais, de regras sociais e familiares.
É uma ultrapassagem dos limites humanos, legais, culturais, sociais, psicológicos e
físicos. Tratando-se de uma transgressão e neste sentido é um crime, é o uso delituoso,
delinquente da sexualidade da criança e do adolescente.
Faz-se necessário uma ampla difusão do conceito de que crianças e adolescentes são
seres humanos em condição peculiar de desenvolvimento, e não necessitando de proteção para
um desenvolvimento saudável. Todo ser humano precisa de proteção, meios que possam
amparar e ajudar no desenvolvimento da vida humana, pós aprender e direito de todos.
Sem essa noção seus direitos continuarão a serem violados, desconsiderados e os
adultos continuarão a tratar esses indivíduos como se fossem sua propriedade, os sujeitando a
todo e qualquer desejo próprio cometendo assim os mais variados tipos de violência.
Ninguém pode maltratar ou usar de força para obrigar uma criança ou adolescente a ter
relações sexuais durante a fase de desenvolvimento.
Cuidar de uma criança ou adolescente, no sentido mais extenso do termo, significa
comprometer com o passar do desenvolvimento e espaço. Que possibilite uma melhor
condição de se imaginar e criar em suas mentes caminhos para que possibilite realizar sonhos.
Significa olhar para um ser em desenvolvimento e reconhecer nele um potencial orgânico e
emocional para desenvolver-se protegidamente de seres que possam maltrata-los e tirar o
sonho de viver em liberdade e poder sonhar. Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes
ou responsáveis pela crianças e adolescentes , atos esses que sendo capaz de causar dano
físico, sexual e psicológico à vítima; implica de um lado numa transgressão do poder e dever
de proteção do adulto e, de outro, numa coisificação da infância, isto é, numa negação do
direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas em
condição peculiar de desenvolvimento.
19

Sabemos perfeitamente que é somente denunciando que poderemos combater o


problema, pois a omissão, além de permitir a continuidade do abuso e a impunidade do
abusador, favorece a perpetuação dos crimes e produz vítimas com perturbações de toda
ordem, que futuramente haverão de possuir e acarretar mais problemas para toda a sociedade.

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