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São Paulo
2020
RESUMO
ABSTRACT
Research work on the Sexual Abuse of Minors - Statistical Data, Legislation and
Performance of Psychologists. Professional Ethics and Professionalism Discipline of
the 1st Period of the Second Semester of Faculdades Metropolitanas Unidas, Campus
Liberdade and Santo Amaro, São Paulo, Evening Shift.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
DIFICULDADES ÉTICAS 5
Estatísticas da violência 6
O abusador é sedutor 7
Sinais de Abuso 7
LEGISLAÇÕES 8
ECA - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 9
Criança e Adolescente no Brasil 9
Violência doméstica 10
Maus tratos 10
Abandono 10
Violência 10
Abuso sexual 11
Modalidades de Abuso Sexual 12
Consentimento 13
Consentimento no Brasil na história 14
História 15
Sedução de menores 15
Extinção da punibilidade pelo casamento 16
Corrupção de menores e consentimento dos pais 17
PAPEL DO PSICOLOGO FRENTE AOS CASOS DE ABUSO SEXUAL DE
MENORES 20
Psicologia Jurídica 21
CONCLUSÃO 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26
4
INTRODUÇÃO
1
Ehlers, Mayou & Bryant, 2003; Furniss, 1993; Kristensen, 1996; Saywitz et at., 2000;
Shore, 2002; WHO, 2002.” Apud Schaefer, 2012.
5
DIFICULDADES ÉTICAS
https://www.youtube.com/watch?v=3qy871LdwJs
Maio Laranja - Vídeo do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
(MMFDH)
2
https://www.gov.br/mdh/pt-br/acesso-a-informacao/disque-100-1
6
Estatísticas da violência
Dos 66 mil casos registrados no ano de 2018, deles 53,85% são de meninas
de até 13 anos, e 4 meninas de até essa idade são estupradas por hora no Brasil.
São em média, 180 estupros por dia no país, 4,7% acima do apurado em 2017 pelo
anuário brasileiro de segurança pública. De acordo com a pesquisadora do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, Cristina Neme, "o perfil do agressor é de uma
pessoa muito próxima da vítima, muitas vezes seu familiar", como pai, avô e padrasto
conforme identificado em outras edições do anuário. O fórum é o órgão responsável
pela publicação do anuário.
Em cada 10 estupros, 8 são contra meninas e mulheres e 2 são contra meninos e
homens, e a maiora das mulheres violadas são negras, cerca de 50,9%. No país,
63,8% dos estupros são de vulneráveis.
Só a cidade de São Paulo registrou em 2019 (até outubro), 7,5 mil boletins de
ocorrência de estupro de vulnerável, foram quase 25 casos por dia ou 1 por hora.
Estubro de vulnerável é caracterizado como crime de prática de ato libidinoso ou sexo
com menor de 14 anos, ou alguém que não discernimento e não consegue oferecer
resistência. A pena vai de 8 a 15 anos de prisão. Segundo dados da Secretarias de
Segurança Pública dos Estados, em 2019, São Paulo lidera o ranking de casos de
estupro de vulnerável registrados com 7.515 casos, logo atrás vem Paraná com 4.151
casos, Minas Gerais com 2933 casos, Rio Grande do Sul com 2464 casos, Paraíba
com 2301 casos, Rio de Janeiro com 1807, Bahia com 1543 e por fim, o Ceará com
1229 casos.
Com todas essas informações, pudemos traçar um perfil de vítima por violência
sexual, sendo 82% meninas, 83% tem fundamental incompleto, 46% são pardas e
47% são crianças de 4 a 11 anos. A relação entre o suspeito e a vítima de abuso
sexual de menores é mais próxima do que pensamos, pesquisas do Disque 100
7
apontam que 14% são mães, 30% outros, 19% são pais, 21% são padastros, 9% são
tios e 7% são vizinhos. Cerca de 87% são abusadores masculinos e 13% são
abusadores mulheres. A faixa etária dos suspeitos para ambos os sexos está entre
25 a 40 anos. E 69% das violações acontecem diariamente e 80% em suas
residências.. Quanto à escolaridade dos suspeitos observamos que 34% têm o ensino
fundamental incompleto e 25% têm o ensino fundamental completo e são 42% pardas
e 41% brancas.
O abusador é sedutor
Sinais de Abuso
LEGISLAÇÕES
Esses três eixos devem funcionar em uma rede de atuação heterogênea, com
diversos atores e funções, mas com uma missão única: garantir que sejam cumpridos
os direitos da criança e do adolescente.
Segundo o ECA, Art. 2º: Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e
dezoito anos de idade. E continua a legislação em seu Parágrafo Único: Nos casos
expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito
e vinte e um anos de idade.
3
https://www.childhood.org.br/publicacao/guia-de-referencia-redes-de-protecao---construindo-uma-
cultura-de-prevencao-a-violencia-sexual.pdf, pg 24-26. acessado em 30 de outubro de 2020.
10
Violência doméstica
Maus tratos
Tanto os maus-tratos quanto a violência doméstica contra crianças e
adolescentes podem ser agrupados em cinco tipos: negligência, abandono, violência
psicológica, violência física e abuso sexual. Veja a seguir a conceituação dessas
cinco formas. Negligência é uma das formas de violência caracterizada por um ato de
omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades
básicas para seu desenvolvimento sadio. Pode então significar omissão em termos
de cuidados diários básicos, tais como alimentação, cuidados médicos, vacinas,
roupas adequadas, higiene, educação e ou falta de apoio psicológico e emocional às
crianças e adolescentes. Normalmente, a falta de cuidados gerais está associada à
falta de apoio emocional e ao carinho. Por isso, as crianças terminam por acreditar
que não têm importância para os pais ou que eles não gostam delas.
Abandono
Abandono é uma forma de violência muito semelhante à negligência. Segundo
o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde4 – Claves, ele se
caracteriza pela ausência do responsável pela criança ou adolescente na educação
e cuidados. O abandono parcial é a ausência temporária dos pais, expondo a criança
ou o adolescente a situações de risco. O abandono total é o afastamento do grupo
familiar, ficando as crianças ou os adolescentes sem habitação, desamparados e
expostos a várias formas de perigo.
Violência
4
http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/author/369488
11
Abuso sexual
Embora o abuso sexual seja geralmente perpetrado por pessoas mais velhas,
têm sido recorrentes os registros de situações abusivas entre pessoas da mesma
5
(Abrapia, 1997; A REDE, s/d; CRAMI, 2000)
6
idem op Cit.
7
idem.
12
idade. Neste caso, a assimetria é estabelecida por formas de poder que não a etária.
Abuso sexual intrafamiliar, também chamado de abuso sexual incestuoso, é qualquer
relação de caráter sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente ou entre um
adolescente e uma criança, quando existe um laço familiar (direto ou não) ou quando
existe uma relação de responsabilidade.
Abuso sexual extrafamiliar é um tipo de abuso sexual que ocorre fora do âmbito
familiar. Também aqui o abusador é, na maioria das vezes, alguém que a criança
conhece e em quem confia: vizinhos ou amigos da família, educadores, responsáveis
por atividades de lazer, médicos, psicólogos e psicanalistas, líderes religiosos,
coachs, treinadores, entre outros. Eventualmente, o autor da agressão pode ser uma
pessoa totalmente desconhecida. Os exemplos são os casos de estupros em locais
públicos. Abuso sexual em instituições de atenção à criança e ao adolescente é uma
modalidade de abuso similar aos tipos já mencionados. Ocorre em espaços
institucionais como ambulatórios médicos, hospitais, escolas, instituições
governamentais e não-governamentais encarregadas de prover, proteger, defender,
cuidar e aplicar medidas socioeducativas às crianças e adolescentes. Ele pode
ocorrer por profissionais da instituição ou entre as próprias crianças/adolescentes. No
caso da prática sexual entre funcionários e internos, a violência sexual aparece não
como uma atividade de prazer, mas como uma atividade do poder instituído, que
submete a vítima aos caprichos daqueles que detêm esse poder. Desse modo, são
reproduzidas as relações de poder e dominação existentes na sociedade. Quando
ocorre entre as próprias crianças e adolescentes, os recém-chegados são forçados a
se submeter sexualmente a grupos de adolescentes mais velhos e antigos na
instituição e que dominam o território e o poder local.
sexuais que não envolvem contato físico. Elas podem ocorrer de várias formas, a
saber:
A pornografia pode ser categorizada tanto como uma forma de abuso quanto
de exploração sexual comercial. Mostrar material pornográfico à criança ou ao
adolescente é considerado um ato de abuso sexual. Contudo, levando-se em
consideração que, na maioria das vezes, o objetivo da exposição da criança ou do
adolescente é a obtenção de lucro financeiro, a pornografia deve ser compreendida
como exploração sexual comercial. Um estudo mais pormenorizado deve ser trazido
à tona sobre a exploração sexual, talvez em outro momento. O Abuso sexual com
contato físico são os atos físico-genitais que incluem carícias nos órgãos genitais,
tentativas de relações sexuais, masturbação, sexo oral, penetração vaginal e anal.
Eles podem ser legalmente tipificados em: atentado violento ao pudor, corrupção de
menores, sedução e estupro. Existe contudo uma compreensão mais ampla de abuso
sexual com contato físico que inclui contatos “forçados” como beijos e toques em
outras zonas corporais erógenas.
Consentimento
semântica "maioridade sexual" (do francês "majorité sexuelle") indica a idade a partir
da qual o indivíduo tem, juridicamente, autonomia completa sobre sua vida sexual, e
não necessariamente coincide com a idade de consentimento. A idade de
consentimento não se confunde com a idade da maioridade penal, a idade da
maioridade civil, a idade mínima para casar ou a emancipação de menores. Em
algumas jurisdições, como acontecia em Portugal até 2007, a idade de consentimento
pode ser diferente para atos heterossexuais e atos homossexuais.
8
link para «Código Penal de 1886» (PDF), artº 391, § único
9
Decreto-Lei n.º 48/95, de 15 de março.
10
link para «PROJECTO DE LEI N.º 219/X». Consultado em 3 de setembro de 2009. Arquivado do original
em 23 de setembro de 2011
11
ACÓRDÃO N.º 351/05 3.ª Secção do Tribunal Constitucional (grifo nosso)
15
História
Sedução de menores
12
«(Código Penal, artigo 217-A)». Presidência da República. Consultado em 10 de outubro de 2009.
Arquivado do original em 28 de outubro de 2020.
13
«(Código Penal, artigo 216-A)». Consultado em 10 de outubro de 2009. Arquivado do original em 13 de
outubro de 2020.
14
idem
16
A violência presumida era até então prevista no artigo 224, “a”, do Código
Penal de 1940, para os atos sexuais praticados abaixo da idade de 14 anos. A partir
de 1940, e com a evolução dos costumes ao longo das décadas seguintes, a
jurisprudência (conjunto de decisões judiciais) e a doutrina (conjunto de ideias
publicadas por juristas) dividiram-se em duas correntes de pensamento: presunção
relativa ou presunção absoluta de violência.Para os defensores da presunção
absoluta, não haveria exceções à regra, ou seja, todo ato sexual com menores de 14
anos seria considerado violento, fosse ele enquadrado como estupro (art. 213) ou
atentado violento ao pudor (art. 214). Por exemplo, num caso de 1996, o Supremo
Tribunal Federal decidiu que menor de 14 anos é "incapaz de consentir" (o que se
denomina innocentia consilii, ou seja, que há sua completa insciência em relação aos
fatos sexuais), não importando se "aparenta idade superior em virtude de seu precoce
desenvolvimento físico"15. Esta decisão, entretanto, não teve força de Súmula
vinculante para outros casos (conforme Constituição federal, art. 103-A).
15
link jurisprudência: Decisão judicial STJ 5ª Turma Rel. Ministra Laurita Va
17
16
link legislação: «(ver artigo 225, § único)». Consultado em 10 de outubro de 2009. Arquivado do original
em 13 de outubro de 2020.
18
Gava traz em seu artigo científico seu relato para ingressar no cargo de perita
criminal junto ao Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul no Departamento
Médico-Legal de Porto Alegre. Antes de entrar em exercício com a função de realizar
perícias psicologicas nos casos de suspeita de abuso sexual de menores, a autora
participou de um Curso de Formação com duração de três meses fornecido pelo
IGP/RS, onde obteve ensinamentos sobre noções básicas relativas à Perícia,
Medicina Legal, Criminalistica, Direito Penal e Avaliação Psiquica investigativa nos
casos de violencia sexual infantil e sobre diferenças fundamentais entre avaliações
realizadas nos contextos clínicos e forense.
Psicologia Jurídica
A atuação da psicologia Jurídica neste sentido, opera especificamente na
investigação pela confirmação ou não da ocorrência dos fatos, não promovendo a
intervenção nos impactos sofridos pelo abuso no menor. Essas avaliações
psicológicas são de grande responsabilidade e compromisso com a justiça
especificamente nos casos de abuso de menores, todos os instrumentos de
investigação devem seguir às determinações do Conselho Federal de Psicologia,
além de ser adequado à faixa etária e características da vítima, possibilitando ao
profissional recolher o máximo de informações e então permitindo a elaboração de
um relatório coerente e consistente. Importante citar que não existe um instrumento
psicológico específico e direcionado que possa constatar a ocorrência ou não da
violação sexual. Portanto, vale ressaltar o cuidado e responsabilidade da atuação do
psicólogo, tendo em vista que em muitos casos, quando não há violação física que
caracterize o abuso, a avaliação é imergida pela subjetividade do menor, podendo ser
produzido um resultado falso-positivo.
17
(Briere & Elliot, 2003; Cicchetti & Toth, 2005; Cohen & Mannarino, 2000; Collin-Vézina &
Hébert, 2005; Nurcombe, 2000; Saywitz, Mannarino, Berliner & Cohen, 2000).
18
(Gerko, Hughes, Hamil & Waller, 2005; Meyerson, Long, Miranda Jr. & Marx, 2002;
Pfeiffer & Salvagni, 2005; Polanczyck et al., 2003; Ystgaard, Hestetun, Loeb &
Mehlum, 2004).
19
https://www.scielo.br/pdf/rpc/v38n4/a06v38n4.pdf
23
24
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS