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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS


DE OURINHOS

CURSO DE PSICOLOGIA

MARIANA PRESTES RODRIGUES

VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL E TRAUMA: RELAÇÕES ENTRE


ABUSO E FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE

Pesquisa bibliográfica apresentada à


disciplina Apresentação das Pesquisas, do
Curso de Psicologia, como requisito parcial ao
desenvolvimento da disciplina.

Docente: Prof. Vinícius Miranda.

OURINHOS-SP

2019
Introdução

A violência sexual é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)


como ato ou tentativa de prática sexual ou insinuações sexuais indesejadas, ou
ações para usar de qualquer outro modo à sexualidade de uma pessoa por
meio da coerção por outra pessoa, independentemente da relação desta com a
vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o local de trabalho. (2018)

Instruímos as crianças para que elas suspeitem de estranhos, mas por


outro lado, pedimos para que elas sejam amorosas com os adultos que cuidam
e preze por elas. A criança não tem a competência de originar a sedução ao
adulto. É fato que o adulto em que a criança conhece e tem confiança, irá
estabelecer uma relação sexual para com ela, pois a vítima dificilmente se
queixará e, raramente resistirá, visto que não tem defesa.

A idade média do abusador varia dos 12 e 70 anos de idade. Na maioria


das ocorrências de abuso, o agressor corresponde a 10 anos ou mais que a
vítima.

O Disque 100 recebe mais de 37 mil denúncias por ano, do crime com
pessoas de até 18 anos. A maioria das vítimas são meninas, tendo o índice de
67,7% do número de abuso sexual. Os meninos correspondem a 16,52% das
vítimas. A maior parte das denúncias é referente aos crimes de abuso sexual
(72%) e exploração sexual (20%).

Em 1990 foi sancionada a Lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do


Adolescente/ECA, o que torna a garantia e proteção dos mesmos.

Nos abusos em crianças raramente ocorrem violência física, ou força,


pelo fato de a maioria dos abusadores serem conhecidos das vítimas e neles
confiarem.

A residência da vítima estabelece o ambiente crucial para a violação.

Adverte-se que 52,1% dos casos de abuso ocorreram uma única vez.
36,6% dos episódios confirmou que o abuso ocorreu quatro vezes ou mais ,
considerando ainda o tempo de abuso entre seis meses ou, um ano a dois.
Os sinais patológicos são delicados, pois se escondem fortemente em
seus ambientes.

Entre as características na família que favorecem a proteção de


criança, encontramos: um funcionamento harmônico entre os
pais, a existência de um vínculo afetivo entre eles, um
ambiente respeitoso e previsível, com regras claras e
coerentes, espaço físico adequado, a presença contínua e
segura de afeto, supervisão, compreensão e apoio dos
progenitores para com as crianças, com distribuição equitativa
de atenção e privilégios entre os filhos, um suficiente
espaçamento de idade entre os irmãos, com idade apropriada
dos pais, e baixo nível de depressão materna (Brenes, 2001,
apud, Azambuja e Ferreira, 2011, p.141).

A vítima sofre com uma falta de controle sobre seu próprio corpo, suas
emoções, sinalizando sua fragilidade sobre o vivido. Por isso, é importante
notar a mudança de seu comportamento, no isolamento, alterações fisiológicas,
pois é um episódio que acontece em silêncio que poderá deixar marcas por
toda uma vida.

Justificativa

A questão do abuso sexual infantil é de suma importância, pois vem


aumentando cada vez mais. O alerta aos pais precisa ser necessário, assim
também, como a atuação dos profissionais da área de saúde, bem como os
psicólogos em seu procedimento à vítima e, à família.

A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma prática que


infelizmente ainda acontece em todo o Brasil (CARVALHO, et al., 2013).

Pode estar presente em todas as classes sociais, faixas etárias e


gêneros, onde a criança ou o adolescente é induzido através do poder exercido
por seu abusador, a realizar uma atividade sexual não adequada a idade,
violando os preceitos da instituição familiar. Apesar da gravidade, este
problema não tem a visibilidade que merece, dentre outros fatores, em função
da exposição que a vítima pode vir a sofrer (IWAMOTO, et al., 2010).
Objetivos

Geral

Discutir o desenvolvimento de traumas nos casos de abuso sexual infantil,


levando em conta o contexto da ocorrência do abuso e da ligação afetiva das
vítimas com os abusadores.

Específico

Realizar revisão bibliográfica sobre a relação entre abuso sexual e o


desenvolvimento do trauma.

Realizar levantamento de dados sobre os laços afetivos entre abusadores


e crianças vítimas de abuso.

Discutir a influência do abuso sexual na formação da personalidade.

Metodologia

Esta pesquisa será realizada através de livros e artigos científicos


disponíveis nas bibliotecas das UNI/FIO, bem como em bases de dados
bibliográficos como a SciELO e a Plataforma Capes.

Na pesquisa será feita Análise Temática, e objetiva a compreensão dos


textos e o seguimento da linha de raciocínio de cada autor.

CRONOGRAMA

Atividades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Levantamento X X X X
dos dados
Levantamento X X X X X
bibliográfico
Leitura do X X X X X X
texto
Análise X X X X X X
Apresentação X X X X
e discussão
dos dados
Redação final X
Defesa do X
TCC
Referências

Azambuja, M., Ferreira, M. and Rosa, A. (2000). Violência sexual contra


crianças e adolescentes. Grupo A - Artmed.

CARDOSO, D. C. I.; CANISO, H. P. Abuso Sexual Infantil. In: FACULDADE DE


MEDICINA, Universidade de Coimbra, 2015, Portugal.
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/33713/1/Abuso%20Sexual
%20Infantil%2C%20FMUC%2C%202016%2C%20Diana%20Cardoso.pdf

Dia Nacional Contra Abuso Sexual de Crianças e Jovens é celebrado nesta


quinta (18): Governo do Brasil., 2017. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2017/05/dia-nacional-contra-abuso-
sexual-de-criancas-e-jovens-e-celebrado-nesta-quinta-18

GABEL, M. Crianças vítimas de abuso sexual. 2. ed. São Paulo: Summus


Edital, 1992. cap. 3, p. 43-61.

LORDELLO, S. R. M., COSTA, C. L. F. A metodologia qualitativa no estudo do


abuso sexual intrafamiliar. In: Rev. Psicol. Saúde vol.5 no.2 Campo
Grande dez. 2013. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S2177-093X2013000200008

MENDONÇA, Renata. Como identificar possíveis sinais de abuso sexual


em crianças?., 2017. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-39696399

OLIVEIRA, Adalberto Boletta et al. Crianças Vitimizadas: A síndrome do


pequeno poder. In: OLIVEIRA, Adalberto Boletta et al. Crianças vitimizadas: a
síndrome do pequeno poder. São Paulo: IGLU, 2000.

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