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VIOLÊNCIA SEXUAL
Montes Claros
2022
EDNA CARLA SILVA
VIOLÊNCIA SEXUAL
período.
Montes Claros
2022
Resumo
INTRODUÇÃO: A violência contra criança apresenta altos índices de prevalência, mesmo
sendo previsto no código penal brasileiro como e pode estar presente em vários âmbitos,
podendo ser, psicológica, sexual, moral, com castigos físicos e tratamentos cruéis ou
degradantes. Pode-se classificar o abuso sexual em duas esferas: intrafamiliar e extrafamiliar;
sendo o abuso extrafamiliar definido como qualquer forma de atividade sexual entre um não
membro da família e uma criança, podendo ser o abusador um conhecido ou desconhecido da
família/criança. Cabe, aos membros da família, escola e unidade de saúde do território da
criança, saber reconhecer possíveis sinais de abuso. OBJETIVO: Relatar a experiência de
planejamento e desenvolvimento de uma história infantil a ser utilizada como ferramenta de
educação em saúde visando garantir uma conscientização a respeito das diversas formas de
violência sexual em crianças. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo
relato de experiência da elaboração de uma história infantil desenvolvida entre Agosto a
Dezembro de 2022, através da disciplina Produção do conhecimento aplicado à Enfermagem
VI durante o 6º período do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros. Para sua realização foram estabelecidas cinco etapas tendo a princípio a definição do
tema a ser utilizado, seguida por reuniões sobre discussão da temática, criação do roteiro,
contação para crianças e por fim a ilustração e adequação da história. RESULTADOS:
Elaboração do livro “Cuidado: perigo ao lado”, de 16 páginas, contando com 3 personagens,
tendo como assunto principal elucidar uma das diversas maneiras de violência sexual: o
toque. A história foi protagonizada principalmente por Sofia, uma aluna do fundamental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A criação de uma história infantil possibilitou ao grupo uma
ampliação do conhecimento acerca do tema “violência sexual”, além da importância da
utilização do lúdico para a promoção da saúde. Percebeu-se que o uso da ferramenta lúdica
facilita a compreensão sobre o toque como violência sexual e a importância de não manter
em segredo dos adultos de confiança. Assim, espera-se que a história possa alcançar um
número maior de crianças, impactando de forma positiva na vida das famílias.
Palavras-chaves: Violência; Maus-tratos infantis; Delitos Sexuais.
Lista de Figuras
O Estatuto da Criança e do Adolescente considera criança a pessoa até doze anos de idade
incompletos e afirma em lei a necessidade de atenção especial nessa faixa etária. Dessa
forma, toda criança tem direito à saúde, proteção, assistência e à vida longe da violência seja
ela qual for, pois compreende um grupo vulnerável e que demanda cuidados, políticas
públicas e leis específicas para elas (BRASIL, 1990).
A violência contra criança apresenta altos índices de prevalência, mesmo sendo previsto no
código penal brasileiro como crime com duras penas, além de ser reprovado veementemente
pela sociedade em geral. Esta pode ocorrer de várias formas sendo elas implícitas ou
explícitas, com pessoas próximas ou desconhecidas, não sendo necessariamente apenas com
atos consumados, o abuso vai muito além do toque e da penetração, mas também da vontade
do adulto sobre a criança. A violência pode estar presente em vários âmbitos, podendo ser
ela, psicológica, sexual, moral, com castigos físicos e tratamentos cruéis ou degradantes
(PLATT, 2016).
Entende-se portanto como violencia sexual todo ato implicito ou explicito e/ou jogo sexual,
relação heterossexual ou homossexual entre um ou mais adultos e uma criança menor de 18
anos, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança ou utilizá-la para obter
estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. Em especifico, o abuso infantil
ocorre quando uma criança é submetida à atividade sexual a qual não possa compreender,
com a qual ela tem o desenvolvimento incompatível, e que não possa dar consentimento e/ou
que viole as leis ou as regras da sociedade (HABIGZANG et al., 2005).
Pode-se classificar o abuso sexual em duas esferas: intrafamiliar e extrafamiliar; sendo o
abuso extrafamiliar definido como qualquer forma de atividade sexual entre um não membro
da família e uma criança, podendo ser o abusador um conhecido ou desconhecido da
família/criança (VIODRES INOUE; RISTUM, 2008). O mesmo geralmente tem contato com
a criança em ocasiões de visita à casa da família, ou quando tem relação de proximidade com
os pais. Porém, o responsável pelo abuso pode não ser conhecido pela criança, e os atos
serem realizados fora do ambiente familiar ; já a esfera intrafamiliar é definida como incesto,
sendo caracterizadas em cinco formas: pai-filha; irmão-irmã; mãe-filha; pai-filho; mãe-filho.
É importante, no entanto, amplificar a definição e entender que o abuso sexual praticado por
avós, tios, padrastos, madrastas e primos também se configura como uma relação incestuosa
(NEVES et al., 2010).
Com isso, percebe-se que o ambiente familiar é o mais propício para os abusos visto que o
agressor tem livre acesso a criança, é alguém próximo e pode esconder com mais facilidade
o fato. Cabe, aos membros da família, escola e unidade de saúde do território da criança saber
reconhecer possíveis sinais de abuso e proteger a criança acima de tudo, garantindo a ela o
direito previsto na constituição.
OBJETIVO
Este artigo tem por objetivo relatar a experiência de planejamento e desenvolvimento de uma
história infantil a ser utilizada como ferramenta de educação em saúde no ambiente escolar
visando garantir uma conscientização a respeito das diversas formas de violência sexual em
crianças.
METODOLOGIA
RESULTADOS
Foi obtido um livro infantil: “Cuidado: perigo ao lado” Contando com 16 páginas, mais capa,
todas ilustradas, com linguagem clara e simples para facilitar a leitura e compreensão das
crianças. O livro foi escrito por cinco autores, tendo estes feito a edição gráfica e o apoio de
uma revisora geral, que é a orientadora deste trabalho.
Fonte: Páginas retiradas do livro “Cuidado: perigo ao lado”, 2022.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do presente estudo, pode-se considerar, que o uso do lúdico através da criação e
contação da história “Cuidado: perigo ao lado” permitiu ao grupo uma experiência
satisfatória diante do trabalho proposto. A construção de uma narrativa infantil como
ferramenta para a promoção da saúde na infância permitiu uma ampliação do conhecimento
dos acadêmicos acerca das diferentes formas de violência sexual na infância.
Durante a exposição da história para as crianças foi possível constatar que o uso da
ferramenta lúdica facilita a compreensão sobre o toque como violência sexual, tendo por
importância não manter em segredo dos adultos de confiança. O êxito dessa ação oferece
respaldo para que essa ferramenta seja explorada e usada cada vez mais pelos profissionais de
saúde, a fim de impactar positivamente o entendimento sobre violência sexual em mais
crianças.
REFERÊNCIAS