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CAROLINA ARAÚJO PAIVA

MAISA EDUARDA VILELA SILVA


MARIA SIMONE BARBALHO MESQUITA
LILIAN LOPES GONÇALVES VILAS BOAS

ABUSO SEXUAL NA INFÂNCIA E


SUA REPERCUSSÃO NA VIDA ADULTA

UBERLÂNDIA
2022
CAROLINA ARAÚJO PAIVA
MAISA EDUARDA VILELA SILVA
MARIA SIMONE BARBALHO MESQUITA
LILIAN LOPES GONÇALVES VILAS BOAS

ABUSO SEXUAL NA INFÂNCIA E


SUA REPERCUSSÃO NA VIDA ADULTA

Relatório elaborado para disciplina de Estágio


Básico III do curso de Psicologia, como requisito
parcial para a aprovação na referida disciplina.

Orientadora: Me.Juliana de C. T. Marinho.

UBERLÂNDIA
202
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
2- ABUSO SEXUAL NA INFÂNCIA E SUA REPERCUSSÃO NA VIDA ADULTA....6
3- MÉTODOLOGIA .................................................................................................. 10
4- ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 11
5- CONCLUSÃO ....................................................................................................... 16
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................18
ANEXO I.................................................................................................................... 20
ANEXO II................................................................................................................... 21
4

1- INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta algumas informações sobre uma questão considerada


bastante relevante, que tem impactado a sociedade afetando consideravelmente a
vida do ser humano, no qual deveria ser protegido e desenvolvida de forma saudável,
que se refere ao abuso sexual na infância(ASI) e as repercussões na vida adulta, as
consequências negativas e muitas vezes devastadoras na vida da pessoa que sofre
abuso na infância.
De acordo com Pfeiffer L. e Salvagni E. P. (2005) essa questão acontece nos
mais variados contextos e diversidades de classes sociais, culturas, credos religiosos,
raças e idades, sendo qualquer ato que promova dor, sofrimentos físicos ou
psicológicos, são considerados como fatores com predisposições a vários tipos de
doenças e transtornos, podendo desencadear comportamentos suicida e
autodestrutivos.
Considerado como um problema de saúde pública, as situações tem exigido
maior capacitação dos profissionais da área da saúde para atuarem com esse público
infanto-juvenil. As estimativas de pessoas vítimas de abusos sexuais na infância ou
adolescência, são de 20% com mulheres, com os homens de 5% a 10% e cerca de
30% terão de formas forçadas suas primeiras experiências sexuais.(SILVA, 2019 apud
JUSTINO, 2011).
De acordo com Arpini, et al (2012), a criança que sofre o abuso, permanecerá
pra sempre com a situação ocorrida e deverá lidar com seus efeitos em uma busca
de difícil superação, enfrentando situações traumáticas e conflituosas, com vários
tipos de reações emocionais, como vergonha, medo e o desamparo.
De acordo com Zavaschi MLS et al.(2002), 50% dos adultos que sofreram
algum tipo de trauma na infância poderá apresentar vários tipos de psicopatologias,
como transtorno de humor e depressão e muitos outros.
Este relatório visa obter uma maior conscientização sobre a questão do abuso
infantil e os possíveis traumas desencadeados na vida adulta e entender sobre como
a pessoa pode obter ajuda para alcançar superação e ressignificação dos traumas e
doenças enfrentados.
5

A fim de obter os dados necessários, foi realizado uma entrevista semi


estruturada com uma médica psiquiatra que atua na ala de psiquiatria clínica
hospitalar na urgência e emergência e que através de relatos de situações vivenciadas
no cotidiano médico, contribuiu ricamente na elaboração deste relatório, constatando
sobre os traumas e vários problemas apresentados em muitos pacientes adultos que
passaram pela situação de abuso sexual na infância relatando opções de tratamentos
e mostrando a importância de se trabalhar com uma equipe de multiprofissionais em
busca de soluções mais eficazes contribuindo na melhora de vida das pessoas vítimas
de abuso.
6

2- PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E REVISÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS

Pode-se dizer que atualmente a infância tem sido evidenciada como uma fase
muito importante, na construção da formação do adulto pertencente a uma sociedade,
mediante a qual conforme a história vivenciada, muitas serão as repercussões na vida
adulta tanto positivas quanto negativas. A fase de 0 a 6 anos, é considerada a primeira
infância, onde o “papel dessa época da vida no desenvolvimento mental, emocional,
de aprendizagem e de socialização da criança talvez seja tão ou mais importante que
a evolução física e neurológica.”(FERRAZ, 2019).
Para Carvalho(2019), a segurança é algo fundamental nessa construção onde
a criança sendo um ser em formação dependerá totalmente de um adulto que propicie
toda nutrição necessária e segura, onde diz:

“O desenvolvimento emocional remete às interações afetivas, à vivência dos


diferentes sentimentos e emoções, a poder expressar alegrias, tristezas,
raivas e medos e, acima de tudo, a ter a experiência da segurança transmitida
pelo cuidador que deve existir para o bebê como um porto seguro. Segurança
é palavra-chave nesse percurso... Segurança significa fazer a criança confiar
que sempre vai ter alguém por perto, olhando e zelando por ela para resolver
todos os seus problemas.” (CARVALHO, 2019.)

Entende-se que essa segurança deve ser de responsabilidades da família, estado e


sociedade, sendo garantida pela lei do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA).
O ECA, é um estatuto criado em 1990, que objetivou proporcionar a garantia de
condições de proteção integral e desenvolvimento saudável para as crianças e
adolescentes, livres de exploração, violência e quaisquer formas de discriminações,
onde define que:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990).

Mesmo considerando o ECA, um movimento bastante significativo, no contexto


histórico da infância, a realidade aponta para muitos casos de abusos, negligências e
traumas desencadeados na fase adulta, sem a devida reparação ou punição, devido
há muitas adversidades e lacunas que não conseguem a garantia devida de
segurança e proteção na infância e adolescência e o cumprimento das leis.
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Vários movimentos tem se levantado através de Associações que objetivam contribuir


na implementação da políticas de garantia de defesa da infância, como descreve
Gonçalves(2009) coordenador da Childhood Brasil, através da ANCED, Associação
Nacional do centro de defesa da criança e do adolescente, que tem como foco a
proteção contra o abuso e exploração sexual. A Associação desenvolve vários tipos
de trabalhos de conscientização, serviços jurídicos e parcerias com organizações,
empresas e poder público.
Os termos abusos ou maus-tratos contra crianças e adolescentes são utilizados
para definir negligência, violência psicológica, física e sexual, de maneira repetitiva e
intencionalmente, praticada por um adulto ou alguém em estágio de desenvolvimento
superior como idade, força física, posição social, condição econômica, inteligência e
autoridade. Azevedo e Guerra (1998) descreve que a violência sexual pode acontecer
de várias formas, através de Atos ou jogos sexuais, onde o adulto age de forma a
estimular sexualmente a criançã ou adolescente ou utilizá-la como estímulo, enquanto
que Volnovich (2005), considera a violência e o abuso sexual como dois conceitos
distintos. A violência deve ser compreendida como o uso de força física (estupro,
sevícias) ou abuso psicológico (ameaças ou abuso de autoridade). E o abuso define-
se como uma ausência de total utilização de força; a satisfação é obtida por meio de
sedução, seja ela fora ou dentro da própria casa e constitui violação dos direitos
humanos:
“A violência doméstica seja ela física, psicológica, sexual ou de qualquer
outra modalidade é uma violação dos direitos humanos. Ela não escolhe
classe social, nem cor de pele, crenças ou idade. Podemos dizer que não são
somente crianças e adolescentes que sofrem com esses tipos de violências
citadas, pois não existe uma faixa etária.” (FERREIRA E FERREIRA, 2022,
pg.47).

Em relação ao abuso sexual infantil, Figueiredo at al (2013) os delitos ocorridos


são estressores e traumáticos, que podem ser definidos como eventos intensamente
perturbadores em que a pessoa esteve envolvida direta ou indiretamente em
situações ameaçadoras à vida ou consideradas catastróficas pelo indivíduo é um dos
principais fatores associados ao desenvolvimento de transtornos mentais, como
depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
De acordo com Anjos(2021), “As sequelas deixadas desse trauma podem ser
cognitivas, afetivas, físicas ou psicopatológicas. Praticamente todas as vítimas de
8

abuso sexual passam após a situação abusiva pelo Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (TEPT).”(ANJOS, 2021, pg.10).
Esses traumas afetam o desenvolvimento da criança de todas as ordens, tanto físicas
quanto psicológicas e desestabilizando todo funcionamento saudável da v.

..quando o trauma atinge a psique em desenvolvimento de uma criança, tem


lugar uma fragmentação da consciência na qual as diferentes “partes" (Jung
as chamava de psiques fragmentadas ou complexas) se organizam de acordo
com certos padrões arcaicos e típicos (arquetípicos), mais comumente díades
ou sizígias formadas por "seres" personificados. Tipicamente, uma das partes
do ego regressa ao período infantil, e outra parte progride, isto é, cresce
rápido demais e se torna precocemente adaptada ao mundo exterior, com
frequência como um "falso eu" (Winnicott, 1960a). A parte da personalidade
que progrediu cuidar, então, da parte que regrediu (ANJOS, 2021 apud
KALSCHED, DONALD, p.15, 2013).

Segundo Rita et al (2020) as consequências são variadas, desencadeando


vários tipos de transtornos, em curto prazo, como: o medo, culpa, isolamento social,
pesadelos repetitivos, raiva, quadros de depressão e vergonha, a longo prazo podem
surgir doenças psicossomáticas e transtornos psíquicos e de personalidades.
Dentre os eventos traumáticos que podem ser desencadeados, encontra-se o
transtorno da personalidade borderline (TPB), onde Nunesi et al (2015), descreve
que a partir o traço de impulsividade e históricos de eventos traumáticos ocorridos na
infância, como tipos variados tipos de abusos, inclusive o sexual, estes constituem
fatores preditivos dos sintomas típicos do transtorno da personalidade
borderline(TPB). Este transtorno é caracterizado pelo Manual diagnósticos e
estatísticos de transtornos mentais(DSM-5), da seguinte forma:

Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da


autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no início
da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por
cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Esforços desesperados para evitar
abandono real ou imaginado. (Nota: Não incluir comportamento suicida ou de
automutilação coberto pelo Critério 5.) 2. Um padrão de relacionamentos
interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre
extremos de idealização e desvalorização. 3. Perturbação da identidade:
instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si
mesmo. 4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente
autodestrutivas (p. ex., gastos, sexo, abuso de substância, direção
irresponsável, compulsão alimentar). (Nota: Não incluir comportamento
suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.) 5. Recorrência de
comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento
automutilante. 6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de
humor (p. ex., disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com
9

duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de alguns


dias). 7. Sentimentos crônicos de vazio. 8. Raiva intensa e inapropriada ou
dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras frequentes de irritação, raiva
constante, brigas físicas recorrentes). 9. Ideação paranoide transitória
associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos. (DSM-5, pg.663,
2014).

De acordo com Florentino(2015) as consequências podem variar de pessoa pra


pessoa, não sendo possível generalizar as extensões dessas gravidades e nem suas
consequências, visto que cada indivíduo possue diferentes tipos de experiências e
singularidades de enfrentamentos e consequentemente reações adversas, mas que
são consideradas vítimas em potencial a desenvolverem possíveis traumas e
transtornos e cabe aos profissionais das variadas áreas, se capacitarem com a
sensibilidade devida a fim de ajudar essas vítimas que se encontram em situações
desafiadoras e complexas a se reconstruírem psicologicamente para que consigam
obter o mínimo de qualidade de vida.
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3- MÉTODOLOGIA

Para a realização deste trabalho, a metodologia utilizada foi através da escolha


de entrevista semi-estruturada por possibilitar a realização de coleta de dados e por
se tratar de um instrumento flexível sendo uma técnica fundamental de investigação
nos mais diversos campos, como descreve Bogdan & Biklen (2010), que a entrevista
é utilizada para recolher dados descritivos na linguagem do próprio sujeito, permitindo
ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a maneira como os
sujeitos interpretam aspectos do mundo. ”
A entrevista semi-estruturada “[...] favorece não só a descrição dos fenômenos
sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua totalidade [...]” além de
manter a presença consciente e atuante do pesquisador no processo de coleta de
informações (TRIVIÑOS, 1987, p. 152). Para Manzini (1990), a entrevista semi-
estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro
com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às
circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode
fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas
a uma padronização de alternativas.
Essa metodologia foi escolhida com o objetivo de verificar sobre os traumas e
vários problemas apresentados em muitos pacientes adultos, que foram
desencadeados devido a terem vivenciado situações de abuso sexual na infância.
Para isso foi realizado pelo grupo, um planejamento e seleção das perguntas para
compor o roteiro pré-estabelecido com uma profissional da área da saúde, um médica
psiquiatra do Estado de São Paulo. Assim a entrevista foi realizada através do
aplicativo whatsapp, onde a profissional da área da saúde.
A técnica de entrevista foi dividida em seis etapas (elaboração e testagem do
roteiro de entrevista; contato inicial com a participante; realização da entrevista;
transcrição das entrevistas e realização do relatório do Estágio.
Assim, foi possível realizar a aplicação da técnica e coleta de dados através
da entrevista semi estruturada através do aplicativo WhatsApp, onde a entrevistada
respondeu todas as perguntas através de áudios enviados.
A entrevista foi composta de um roteiro de perguntas previamente estabelecido,
conforme consta no Anexo 1 deste relatório.
11

4- ANÁLISE DOS DADOS

Em relação a análise dos dados foi veirificado que na prática clínica é possível
identificar a associação de abusos sexuais infantis e o desenvolvimento de vários tipos
de transtornos desencadeados na fase adulta, inclusive o transtorno de humor, assim
como afirma Figueiredo et all (2013) que “Eventos estressores traumáticos na infância
ocorrem comumente em situações de maus-tratos e estão associados a prejuízos
psicológicos e a transtornos mentais, entre eles os transtornos do
humor.”(FIGUEIREDO, et al, 2013, p.480).
Mediante aos eventos traumáticos relativos aos abusos infantis, considera-se
também as comorbidades psiquiátricas principalmente em relação a personalidade,
considerando que na infância é o período de formação e quando ocorre algum tipo de
trauma, pode ocorrer uma disruptura desencadeando vários tipos de sentimentos,
como culpa, angústia, vazio, sensação grande de abandono, incapacidade de
desenvolver relacionamentos, intolerância às frustrações, autoagressão como
ciclotimia( arrancar os cabelos), se cortar, beliscar em busca de aliviar as dores.
A entrevista realizada com a psiquiatra , juntamente com a pesquisa de
literatura científica deixa claro que pessoas que for am expostas a traumas e maus-
tratos na infância apresentam maiores risco de desenvolver esse transtorno e de
acordo com a médica entrevistada, o mais comum dentre esses transtornos é o
transtorno de personalidade de borderline (TPB), que “é um distúrbio mental
caracterizado por instabilidade na regulação emocional e resulta de uma interação
entre fatores biológicos e psicossociais.” (LANDIN, et all, 2021).
Quanto ao acompanhamento multidisciplinar, a psiquiatra considera
fundamental para a realibiltação da vítma que sofreu abuso, pois através da união de
vários especialistas cada um consegue identificar o melhor tratamento para alcançar
o todo do paciente, desde os químicos, comportamentais, emocionais e outros, onde
através de uma diversidades de problemas a variedade de olhares diferentes trará
cuidados multidisciplinares garantindo melhor reabilitação para uma melhor qualidade
de vida, como descreve Mattar et all (2007):

A equipe interdisciplinar reúne-se semanalmente para discussão dos casos,


garantindo a sincronia no atendimento e permitindo uma visão integral e única
de todos os profissionais sobre cada paciente atendida. Essa dinâmica de
trabalho possibilita atualizar a visão de cada profissional sobre a violência, e
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ao mesmo tempo assegura maior qualidade na assistência às vítimas.


(MATTAR, ET ALL. 2007).

Em relação ao processo de reabilitação da vítima de abuso, foi pontuado pela


entrevistada que há além do tratamento psiquiátrico, constitui necessário também
associar à psicoterapia afim de construir novas possibilidades de reabilitação no
processo, sendo que o acompanhamento psiquiátrico se restringe mais a parte
medicamentosa, enquanto que o acompanhamento psicoterapêutico proporcionará
um tempo de maior vínculo, entre psicólogo e paciente, e através desse
acompanhamento serão realizadas avaliações e identificados os danos causados na
vida da pessoa, podendo assim construir um plano de ressignificação em todas as
estruturas psíquicas afetadas. Assim como afirma Monteiro(2012), “O objetivo do
atendimento psicológico às vítimas é fazer com que elas resgatem sua condição de
sujeito, bem como sua autoestima, seus desejos e vontades, que ficaram encobertos
e anulados durante todo o período em que conviveram em uma relação marcada pela
violência” (MONTEIRO, 2012).

O psicólogo, independente, da abordagem ou método escolhido para realizar


esse tipo de atendimento, deverá primeiramente criar um “rapport” e um
vínculo terapêutico com a vítima, fazendo com que ela se sinta num ambiente
seguro e confiável, pois, somente desta forma, ela conseguirá compartilhar
as experiências vividas que lhe causaram sofrimento. (MONTEIRO, 2012, A
SOARES, 2005; PIMENTEL, 2011).

Em uma das perguntas realizada foi se durante a pandemia houve um aumento


considerável de abuso sexual infantil e se Houve uma abordagem diferenciada para
estes casos, de acordo os relatos apresentados foi que durante o período da
pandemia, o isolamento social, fez com que as crianças permanecessem em casa,
gerando estresse e, convivendo por mais tempo com o agressor, aumentando assim
sua vulnerabilidade. Sem o convívio no ambiente escolar, estas crianças ficaram sem
este apoio, pois a maioria das denúncias de abuso infantil são direcionadas pela
escola. Então, essas notificações de abuso diminuíram consideravelmente.
Corroborando com o depoimento da entrevistada, o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF 2020), alertou que diante do fechamento das escolas e de outros
espaços importantes para a construção de vínculos de confiança com adultos fora de
casa, crianças e adolescentes ficaram ainda mais vulneráveis à violência sexual
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durante a pandemia da Covid-19. Neste período houve queda no número de


denúncias, com isso a subnotificação ficou muito maior. Crianças e adolescentes
presos com o agressor, foram vítimas de violência sexual, mas ocultos pela ausência
de denúncia. De acordo com Petrowski et al. (2021), com a pandemia ocorreu o
fechamento da escola, automaticamente o afastamento e a falta de monitoramento,
sendo assim o aumento da vulnerabilidade e exposição a violências por parte dos
familiares, trazendo maior agravamento à saúde e reduzindo o número do
atendimento nos serviços da atenção primária à saúde. Onde estes problemas
afetaram principalmente, as crianças. O depoimento da psiquiatra e os artigos e
manchetes no período da pandemia sobre estes fatos, confirmam, indiscutivelmente,
o aumento dos abusos infringidos às crianças e a falta de notificações.
Outra questão abordada foi em relação a eficácia dos tratamentos
psicofarmacológicos no tratamento dos pacientes, a entrevista afirma que há
melhorias significativas na vida da pessoa em relação a alguns sintomas,
principalmente quando se trata dos transtornos depressivos, já em alguns outros como
o transtorno de personalidade, são tratados sintomas isolados de acordo com o que o
paciente apresenta, como estabilizadores de humor, insônias e outros, naõ tendo
como resolver com medicações situações que envolvem várias outras áreas, como
emocional, comportamental, reconstrução de estruturas psíquicas. Assim apesar dos
fármacos auxiliarem no tratamento dos variados transtornos mentais, sua eficácia é
considerada limitada.
Em meados do século XX, “nos Estados Unidos, nasce a nova psiquiatria,
caracterizada pela biologização dos transtornos mentais, vinculada pelas descobertas
psicofarmacológicas, pelo desenvolvimento de novas tecnologias” (CALIMAN,2009).
O tratamento das doenças mentais perpassaram por muitas modificações ao
longo do tempo. Desde rituais sagrados, o uso de plantas, de processos utilizados no
controle da mente ou através da arte terapia até o uso de fármacos na atualidade.
Para Moncrieffe (2008), “denomina de “modelo centrado na doença”, quando as
explicações biológicas são utilizadas para justificar e legitimar as intervenções
diagnósticas e terapêuticas, onde um medicamento é descrito como responsável por
corrigir um defeito cerebral.”(MONCRIEFFE 2008.
A entrevista realizada juntamente com a pesquisa de literatura científica, traz
indícios claros de que é muito comum o uso de fármacos nos transtornos mentais,
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mas, comprovadamente, contudo houve a necessidade de mudança desse


paradigma. Por isso, se reconhece a efetividade do tratamento medicamentoso e
psicoterápico nas desordens mentais. Esta nova vertente terapêutica procura ver a
pessoa em seu todo e não apenas seus sintomas, garantindo a integralidade do
cuidado.
No que se refere aos adultos vítimas de maus tratos infantis e possíveis
sequelas permanentes mesmo após o rigor do tratamento psicofarmacológico,
apontou que os abuso sexual na infância tem sequelas permanente, mesmo após um
rigoroso tratamento. O que percebemos através do relato da médica é que a vítima
terá que conviver com o trauma, palavras da entrevistada “ Uma memória nunca vai
deixar de existir”, “a gente não consegue sumir com uma memória”. Ela também deixa
claro, que é possível ter uma vida “normal”, porém é fundamental para a vítima o apoio
familiar, o ambiente em que vive, e as capacidades cognitiva, adaptativa, e ter
resiliência e empatia, ou seja, é multifatorial.
Assim, o que vai determinar como essa vítima irá chegar na fase adulta, com
sua saúde mental saudável, e a maneira como ela conduzirá suas lembranças para
resolver os problemas diários, sendo assim, ela terá que ressignificar suas vivências.
Segundo, Pfeiffer e Salvagni e. P. (2005) é fundamental que haja um acolhimento das
vítimas de (ASI), “elas procuram pessoas para as defenderem e se não forem
acolhidas, ele diz se abandonadas à sua sorte, vão levar essa criança ferida dentro
de si e todas as suas dores e sequelas para toda a vida”.
Outra questão abordada foi de acordo com a sua experiência na área médica,
os prejuízos mentais e físicos são maiores em homens ou em mulheres, onde a
mesma alegou que esses transtornos são muito mais prevalentes na mulher, devido
a mulher procurar mais fácil a saúde mental do que o homem. Então às vezes a
consequência que a gente vê nos homens que que a gente vê que tem que tem algum
tipo de transtorno, transtorno de personalidade, transtorno depressivo ele demora
mais pra procurar ajuda. Não tem como afimar se é maior ou menor em homem e
mulher, porque isso é muito relativo, Isso é do indivíduo mesmo. Mas a população é
com certeza maior é a mulher, o homem ele demora mais a procurar essa ajuda e a
gente vê então as consequências grandes assim quando quando está no sexo umas
às vezes chega bem no extremo, a família que vem procurar ajuda no consultório,
falando como que o indivíduo está e as mulheres elas procuram mais essa ajuda e
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esse tratamento, mas em número elas são muito maiores até na questão dos próprios
abusos, dos próprios mal tratos, as mulheres são muito mais envolvidas como vítimas.
De acordo com a revista Humanista(2020), o Brasil é considerado com a cultura do
estupro:
No Brasil, um estupro é registrado a cada 8 minutos; 85% das vítimas são
mulheres; em 70% dos casos, a vítima é criança ou vulnerável; quase 84%
dos estupradores são conhecidos das vítimas. Números tristes que
sustentam uma “cultura do estupro” no país. E em cada número, uma
história. A vítima pode ser famosa ou anônima, mas os enredos repetem
marcas que perpassam os perfis de mulheres exploradas, objetificadas e
violentadas desde o nascimento. (CUACOSKI ,2020).

De acordo com a OMS, “um quarto de todos os adultos revela terem sofrido abusos
físicos quando criança, uma em cada cinco mulheres e um em cada treze homens
revelam ter sido abusados sexualmente na infância.” (OMS, 2016).
Uma das questões que foram colocadas como relevantes na entrevista, foi se
o abuso de substâncias é algo comum na vida das vítimas de abuso e conforme os
relatos da Médica entrevistada “A pessoa se fere para acalmar uma dor Psíquica e
Emocional, a busca de fuga dessa realidade tão dolorida ela se faz muito através das
drogas e do álcool para sentir aquela relação de prazer o que demonstra o quanto que
o sofrimento psíquico e emocional é algo difícil de lidar.” Assim Florentino(2015),
descorre que devido aos traumas que são desencadeados dentre eles estão: “redução
na compreensão de papéis mais complexos e dificuldade para resolver problemas
interpessoais; abuso de álcool e outras drogas; disfunções sexuais; disfunções
menstruais e homossexualismo/lesbianismo.” (FLORENTINO, 2015, apud DAY et al,
2003).
Esse é um drama comum onde muitas pessoas se tornam vítimas de abuso sexual e
frequentemente quando ainda são crianças ou adolescentes, elas se entregam para
o álcool e as drogas como sinal de prazer e esquecimento do ocorrido.
Assim podemos observar que o abuso sexual traz consigo um impacto
devastador na vida das vítimas, desde crianças, adolescentes e tembém na vida
adulta, podendo dizer que a realidade foi alterada mentalmente, influenciando suas
reações, impulsos e escolhas para o resto da vida.
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5- CONCLUSÃO

A violência sexual na infância ocasiona uma sequela na saúde física e mental,


este tipo de abuso constitui-se consequencias a curto e longo prazo, além da ligação
com as questões policiais e judiciais, todavia , precisamos estar aptos a identificar os
sinais e sintomas que a criança vitimas de abuso trazem consigo depois do ato ser
efetuado, deve-se tomar as medidas necessárias em relação à prevenção ao abuso e
exploração sexual. Desta forma, é esperado que todo psicólogo dentro de seu papel
e dever profissional, seja capaz de identificar os traumas desde a infância ate a vida
adulta, realizando o tratamento e acompanhamento adequados que possam reduzir
as importantes e devastadoras seqüelas decorrentes.

Destaca-se que os traumas na vida adulta pode acarretar sérios prejuízos tanto
ao desenvolvimento da criança, quanto na vida adulta, com repercussões que podem
ser cognitivas, emocionais, comportamentais, físicas e sociais, mas esses prejuízos
vão variar de indivíduo para indivíduo. Em função disso à atenção continuada e
especializada constitui-se um grande desafio aos diversos setores e profissionais que
se deparam com determinada ocorrência, a violência sexual demanda investimentos
na capacitação dos profissionais que lidam, direta ou indiretamente, com crianças,
adolescente e durante vida adulta, pois a dificuldade na identificação da violência
sexual, muitas vezes, está relacionada ao desconhecimento destes profissionais,
embora nem sempre presentes os sintomas e sinais de lesão física são bastante
conclusivos e devem sempre ser pesquisados mais a fundo, afim de destacar a
necessidade do tratamento.

Cabe ressaltar que mesmo que uma criança não apresente sintomas externos
ou aparentes, pode ser que ela esteja com um sofrimento emocional muito grande o
que é ainda mais danoso. Portanto mulheres que foram abusadas sexualmente na
infância guardam uma centralidade subterrânea, na qual se escondem alterações
nocivas a sua vida cotidiana que, para serem apreendidas, necessitam de um olhar
sensível, atento às menores atitudes presentes.

A respeito dos estudos encontrados durante este relatório através da pesquisa


realizada com a médica psiquiatra concluímos que foi as consequências psicológicas
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da violência infantil, que abordavam não somente os efeitos psicológicos mas também
outros que prejudicavam o seu desenvolvimento, como a desnutrição e os
comportamentos inadequados. Por esse motivo esse relatório dedicou a fazer um
estudo mais complexo no que diz respeito às consequencias globais da violência na
criança agredida, como algo que se apresentaria relevante a educação punitiva sendo
preciso o conhecimento da legislação e dos meios de proteção legal tornando-se
necessário assistência às vítimas. Além da identificação, essencial para o
conhecimento das características e magnitude do agravo, tornando-se essencial
refletir sobre o atendimento, tratamento e acompanhamento das vítimas e famílias. É
preciso estruturar os serviços de saúde para que se possa oferecer atendimento
terapêutico adequado, numa ampla rede de apoio, a fim de que se possa minimizar
os casos de ocorrência desta.

Isso nos alerta para a necessidade de uma escuta sensível a ser desenvolvida
pela equipe de profissionais para que esta esteja atenta a diversos sinais, sintomas
ou outros mecanismos de defesa, que estão presentes em crianças, adolescente e
adultos que poderão estar associados a vivências de abuso sexual. É necessário
ainda, que hajam profissionais capacitados para identificar os casos de violência
sexual e trabalhar tanto com intervenções preventivas, quanto terapêuticas, para a
superação desta violência por parte da vítima e do grupo familiar como um todo.
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6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agravamento das vulnerabilidades infanto-juvenis: uma análise sociopolítica


do sofrimento psíquico durante a pandemia de covid-19. Rio de Janeiro RJ:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2021. Quadrimestral. Desidades Revista
Científica da Infância, Adolescência e Juventude.

AZEVEDO, M.A.; GUERRA, V.N.A. Infância e violência doméstica: fronteiras do


conhecimento. São Paulo: Cortez, 1998.

BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e


do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 16 jul.

CARVALHO, Maria Teresa V. de. Primeira infância a etapa mais importante na


vida da criança. Disponível em:
<https://www.unoeducacao.com/2019/03/14/primeira-infancia-a-etapa-mais-
importante-na-vida-da-crianca/ > acesso em 10/10/2022.

CUACOSKI, Stéffany. Cultura do estupro: 85% das vítimas no Brasil são mulheres e
70% dos casos envolvem crianças ou vulneráveis. Revista <Humanista>2020.
Disponível em: <https://www.ufrgs.br/humanista/2020/12/17/cultura-do-estupro-85-
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vulneraveis/> acesso em 31/10/22.

FLORENTINO, Bruno Ricardo Bérgamo. As possíveis consequências do abuso


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GONCALVES, A defesa de crianças e adolescentes vítimas de violências sexuais


reflexões sobre a responsabilização a partir de dez situações acompanhadas
por centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente no Brasil.
http://www.ancedbrasil.org.br/wp-content/uploads/2014/05/livro-completo.pdf

FERREIRA, Vivianne Tavares Ferreira1 Msc. Bruna Milene Ferreira2.


O abuso sexual infantil e seus possíveis reflexos no desenvolvimento da
aprendizagem. Revista Acadêmica Educação e Cultura em Debate. Disponível em:
19

<https://revistas.unifan.edu.br/index.php/RevistaISE/article/view/823/546 > acesso


em 10/10/22.

FLORENTINO, Bruno Ricardo Bérgamo. As possíveis consequências do abuso


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LANDIN, Carízia Cruz. Igor Carvalho de Aquino Miranda, Isadora Silva de Lira.
Transtorno de Personalidade Boderline como consequência sexual em
crianças. Caderno de Graduação. Ciências biológicas e saúde. 2021. Disponível em
<https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/9495> acesso em 29/10/22.

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico] : DSM-5


/ [American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et
al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados
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MATTAR, Rosiane. Et all. Assistência multiprofissional à vítima de violência


sexual: a experiência da Universidade Federal de São Paulo. Disponível em
<https://www.scielo.br/j/csp/a/fDRCt3jWWQP5LxVjstLpH8Q/?lang=pt > acesso em
29/10/2022.

MONTEIRO, Fernanda Santos. O papel do psicólogo no atendimento às vítimas


e autores de violência doméstica. Centro Universitário de Brasília - UniCEUB -
Faculdade de Ciências da Educação e Saúde - FACES - Curso de Psicologia. 2012,
Brasília. Trabalho de conclusão de curso. Disponível em:
<https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2593/3/20820746.pdf>
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RITA, Ana Carolina Mathias Santa, ET AL. Violência infanto-juvenil intrafamiliar e


doméstica: o impacto do distanciamento social e a importância da conscientização
em meio à pandemia de COVID-19. 2020. Disponível em:
<https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/4689> acesso em 10/10/22.
20

7- ANEXO I

Entrevista semi-estruturada

1- Na sua prática clínica você consegue associar o trauma infantil com transtornos de
humor na vida adulta?
2-Diante de casos em que há esta associação, também podemos encontrar
comorbidades psiquiátricas?
3-Para auxiliar estes pacientes você vê a necessidade de uma equipe multidisciplinar?
4-O tratamento psiquiátrico associado à psicoterapia pode ser mais eficaz?
5-Durante a pandemia houve um aumento considerável de abuso sexual infantil? Há
uma abordagem diferenciada para estes casos?
6-Com o tratamento psicofarmacológico você percebe melhorias nos pacientes?
7-Os sobreviventes adultos de maus tratos infantis têm sequelas permanentes mesmo
após o rigor do tratamento psicofarmacológico?
8-Qual a psicopatologia mais prevalente nesses adultos que sofreram maus tratos na
infância?
9-Na sua experiência, os prejuízos mentais e físicos são maiores em homens ou em
mulheres?
10-O abuso de substâncias também é comum nestas vítimas?
21

8- ANEXO II

Carta de Apresentação

Uberlândia, 10 de setembro de 2022


Prezada
Médica Psiquiatra

Servimo-nos desta para apresentar as alunas da Faculdade Pitágoras de Uberlândia,


situada na Avenida dos Vinhedos, 1200, Morada da Colina, cep: 38411-159 – CNPJ:
38.733.648/0018-98, acadêmicas do curso de Psicologia, tendo como Coordenador
de Curso Rongno Rodnei Rodrigues.
Sendo as alunas: Carolina Araújo Paiva, com registro acadêmico nº----, Lilian Lopes
Gonçalves Vilas Boas, registro nº 388572767791, Maria Simone Barbalho, registro
386735167627, Maisa Eduarda Vilela Silva, registro n° 388878267791, viemos
através desta, afim de cumprir as metas do Estágio supervisionado da disciplina
Medidas e Avaliação em Psicologia III, ministrada pela professora Juliana de Castro
Tourinho Marinho, solicitar um estágio com a Profissional em questão, através de
entrevista que será acontecerá de forma Online, afim de realizarmos uma coleta de
dados através de entrevista, onde será confeccionado um relatório com fins de
aprendizagem.
Reforçamos que o trabalho será desenvolvido sob responsabilidade de preservar a
real identidade e que sua participação, sendo voluntária, lhe dará o direito de desistir
a qualquer momento.

Desde já agradecemos,

Atenciosamente.

Juliana de Castro Tourinho Marinho (Professora):____________________________


Carolina Araújo Paiva (Aluna):___________________________________________
Lilian L. G. Vilas Boas (Aluna):___________________________________________
Maria Simone Barbalho (Aluna):__________________________________________
Maisa Eduarda Vilela Silva (Aluna):_______________________________________

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