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ADOLESCENTES
RESUMO
Esse estudo objetivou conhecer os maus tratos em crianças e adolescentes que ocorreram em
um município do estado de São Paulo, caracterizando a vítima, o agressor e a natureza das
agressões com vistas a contribuir para o olhar atento no cotidiano dos profissionais de saúde.
Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, os dados do Conselho Tutelar do município
foram coletados em instrumento próprio. Utilizou-se como referencial para análise o VIVA-
MS de 2007 a 2009. Entre as 98 notificações, identificou-se prevalência nos casos de
violência física seguido de negligência, envolvendo crianças de 6 a 17 anos de ambos os
sexos, sendo a mãe o principal agente agressor. A proximidade do grau de parentesco impõem
à vitima cronicidade ao problema, pelo fato de residirem no mesmo domicílio e serem
dependentes do seu amor, educação e cuidados. A violência não deveria, mas aparece
justificada como modo para educar. No Brasil, contamos com leis de proteção à criança e
adolescente, entretanto, seria necessário maior envolvimento da sociedade para garantia de
sua efetivação. Visando promover um atendimento integral, os profissionais deveriam ficar
atentos às histórias dos responsáveis, contradições e achados durante o atendimento,
principalmente no exame físico. O olhar crítico diante de um caso suspeito poderia suscitar o
reconhecimento dos sinais de violência, do contexto desfavorável e do provável agressor.
Frente à alguma suspeita, investigar, ouvir a vítima e utilizar-se da notificação poderiam ser
instrumentos de garantia aos direitos da criança e do adolescente.
1. Introdução
2. Metodologia
3. Resultados e Discussão
Para análise relativa à idade e sexo das vitimas, os dados do VIVA entre 2007 e 2008
consideraram 8.766 notificações, destas, 24% foram casos registrados entre crianças de 0 a 9
anos, 27% dos casos ocorreram entre adolescentes de 10 a 19 anos. Relacionado aos casos de
violência notificados por sexo, independente da faixa etária, houve predomínio entre as
mulheres (71,1%) seguida dos homens (28,9%) (BRASIL, 2010).
Nesse estudo, coletaram-se os dados em 98 prontuários, sendo 51 menores do sexo
feminino (52,04%) e 47 do sexo masculino (46,06%). Observa-se compatibilidade aos dados
do VIVA, no que se refere à prevalência da violência entre o sexo feminino. Entretanto, ao se
considerar a idade os resultados se contrapõem. Constatou-se que 69,81% dos meninos entre
0 a 9 anos sofreram algum tipo de agressão, sobre 29,79% entre 10 e 17 anos. O mesmo se
repetiu com as meninas, sendo novamente mais freqüente entre 0 a 9 anos (54,9%) do que
entre 10 e 17 anos (45,10%), conforme Tabela 2.
Tabela 4 - Número e porcentagem do total dos casos segundo moradia ou não com o
próprio agressor, 2009 a 2010.
Feminino Masculino TOTAL
Mora com o (N = 52) (N = 46) (N = 98)
Agressor Nº % Nº % Nº %
4. Considerações finais
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Presidência da República, Casa Civil, Sub Chefia para
assuntos jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1988.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/constituição/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 23 ago. 2011.
______. Presidência da República, Casa Civil Subchefia para assuntos jurídicos. Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990. 1990a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8069. htm>. Acesso em: 23 ago. 2011.
______. Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário
Oficial as União. Brasília: Ministério da Saúde, 1990b.