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HSM0113 - Gênero, Raça/Etnia, Sexualidade e Saúde Pública

Programa Saúde do
Adolescente (PROSAD)
G A B R I E L X I B U TA
ISABEL GIACOMINI MARQUES
JOANNA MANZANO STRABELI RICCI
M A R I A N A VA S C O N C E L L O S G U AT I M O S I M
MARIA LAURA SEMOLINI
Adolescentes
Estimativa
IBGE, Contexto
2016 Transformações
16,42% da
anatômicas,
população
fisiológicas e
brasileira total
psicossociais

15,01% da
população do Vulnerabilidade
Estado de São social
Paulo
Histórico
1988
1927 1990
Constituição Federal 1989
Decreto nº 17.943-0 Estatuto da Criança e
“Constituição Assembleia da ONU
Código de Menores do Adolescente
Cidadã”

Dar assistência e proteção aos Artigo 227 “é dever da família, da Reconhece a importância da abordagem Lei que consolida as
menores, principalmente àqueles sociedade e do Estado assegurar à integral para a saúde do adolescente; garantias da constituição
que estivessem em situação de criança e ao adolescente, com A saúde integral do jovem deve ser visto e preconiza as resoluções
vulnerabilidade social. absoluta prioridade, o direito à vida, como básica para o desenvolvimento da Assembleia da ONU
Regulamentava o trabalho dos à saúde, à alimentação, à educação, social dos países e do mundo;
menores e proibia menores de 12 ao lazer, à profissionalização, à Os países necessitam tomar medidas
anos de trabalhar. cultura, à dignidade, ao respeito, à efetivas e permanentes para promover e
As crianças e adolescentes liberdade e à convivência familiar e preservar a saúde integral das crianças,
passaram a ser um pouco mais comunitária, além de colocá-los a dos adolescentes e não esperar que os
reconhecidas e o Estado passa a salvo de toda forma de negligência, danos psicossociais alcançassem
ter maior responsabilidade discriminação, exploração, violência, proporções de difícil remediação.
perante a sociedade. crueldade e opressão”.
O que é o PROSAD?
Criado pelo Ministério da Saúde através da
Portaria nº 980/GM, de 21 de dezembro de 1989.

Público alvo: Jovens entre 10 e 19 anos

Política de Promoção da Saúde: identificação


de grupos de risco, detecção precoce dos
agravos com tratamento adequado e reabilitação,
assegurando os princípios básicos da
universalidade, equidade e integralidade de
ações.
Objetivo e diretrizes
Promover a saúde de forma integral, multissetorial e interdisciplinar

Ação deve ser pautada no respeito pela adolescência visando:

• crescimento e desenvolvimento;
• sexualidade;
• saúde mental, saúde reprodutiva, saúde sexual e saúde na escola;
• violência e maus tratos;
• família;
• prevenção de acidentes;
• trabalho, lazer.
Estratégias
Implementado em todos os Estados brasileiros, pelo Governo
Federal, deve:
• Promover estratégias intersetoriais que aumentem o alcance do
programa e mantenha um canal de informação e atualização entre
as esferas central, estadual e municipal
• Treinar e capacitar profissionais e voluntários para atender e acolher
os adolescentes;

Os centros de atenção:
• Contam com profissionais das áreas de educação, médica, saúde
bucal, serviço social, enfermagem, nutrição e saúde mental;
• Realizam trabalhos educativos e preventivos com os grupos de
adolescentes, assim como com suas famílias e também outros
elementos da comunidade;
• Mantêm contato com todos esses indivíduos.
Fluxograma de Atendimento
Primeiro contato, com
Adolescente agenda a sua qualquer profissional de Situação de emergência
matrícula saúde do centro de deve ser reconhecida
assistência

A equipe mantem contatos e


Encaminhado para Grupos informativos,
interage com a comunidade
profissional de saúde educativos e
visando a promoção de
especifico psicoprofiláticos
saúde
Ações em São Paulo
Programa Estadual De Saúde Do Adolescente
1991 – Projeto de lei 679
2005 – Lei nº11.976

Casa do Adolescente
28 unidades no Estado, 6 no munícipio de São Paulo
Espaço de acolhimento destinado à Saúde Integral na adolescência
◦ atendimentos individuais e em grupos;
◦ oficinas, laboratórios e outras atividades coletivas.

Programa de Atenção à Saúde do Adolescente – PRO-ADOLESC


2006 – Secretaria Municipal de Saúde
Manual de Atenção a Saúde do Adolescente
◦ Orientar os profissionais e padronizando o atendimento nos serviços de saúde
Ações em São Paulo
Secretaria Estadual de Saúde, 2011 - Impactos positivos da implantação do programa:
◦ modificação de indicadores epidemiológicos, a exemplo da redução dos nascimentos de filhos de mães, de 10
a 19 anos, em 36,2% de 1998 para 2008;
◦ diminuição na incidência da AIDS;
◦ diminuição nas taxas de Gravidez na Adolescência, na segunda gravidez;
◦ criação de serviços, com destaque às Casas do Adolescente;
◦ realização capacitações para mais de 10.000 profissionais dos Municípios do Estado de São Paulo;
◦ apresentações de trabalhos científicos realizados pelas equipes multiprofissionais em Congressos Nacionais e
Internacionais.
Termo de parceria 2013 – Secretaria Estadual de Saúde e FMUSP 2013
◦ Aumentar a capacidade de atendimento da Casa do Adolescente na unidade de Pinheiros;
◦ A unidade passou de 4,4 mil atendimentos para 11 mil atendimentos mensais;
◦ A Casa passa a ser também um centro de docência voltado à capacitação e especialização em saúde pública na
adolescência.
Casa do Adolescente de Heliópolis
Casa do Adolescente de Pinheiros
Casa do Adolescente de Mirassol

Algumas das atividades realizadas nas Casas


Críticas
Essas ações que vêm sendo realizadas são importantes para a capacitação de
profissionais que trabalham com adolescentes, mas não garantem efetividade
◦ visão desses documentos é restrita e puramente biológica
◦ não considerando como influenciadores da saúde o bem-estar físico, psíquico e social.

O PROSAD apesar de apresentar diversas mudanças na sua estrutura desde sua


implantação, acompanhando as mudanças sociais que estão presentes no seu
contexto, enfrenta o desafio de:
◦ aprimorar o modelo para alcançar outro mais eficaz;
◦ Ampliar a participação dos adolescentes nos serviços;
◦ Ampliar a participação na gestão, na avaliação e na reconstrução desses serviços;
◦ Possibilitar o empoderamento dos jovens para resultados mais efetivos e de maior
abrangência.
Referências
CENTRO DE REFERÊNCIA INTERNACIONAL, Casa do Adolescente de Pinheiros vira. Vila Mundo, São Paulo, 7 jan. 2013. Disponível em: <
http://vilamundo.org.br/2013/01/unidade-pinheiros-da-casa-do-adolescente-vira-centro-de-referencia-internacional/>. Acesso em: 2 maio. 2016.

Hora SAE, Correa AKFCC, Cordeiro ABNF, Pontes ACA. Centro de Referência em Atenção à Saúde do Adolescente no município de Jaboatão dos Guararapes (PE).
Adolescência e Saúde. 2008; 5(2): 31-35. Disponível em: http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=58. Acesso em 16 de abril de 2016.

IBGE, Censo demográfico 1991. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil, 1991.

JAGER, M E et al . O adolescente no contexto da saúde pública brasileira: reflexões sobre o PROSAD. Psicol. estud., Maringá, v.19, n.2, Junho 2014. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722014000200005&lng=en&nrm=iso. Acesso em 14 de abril de 2016.

LEÃO, L. M. Saúde do adolescente: atenção integral no plano da utopia. 2005. 180 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães,
Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2005. Disponível em: http://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2005leao-lms.pdf. Acesso em 14 de abril de 2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Coordenação da Saúde da Criança e do Adolescente. Programa Saúde do Adolescente. Bases Programáticas 2a Edição. Brasília; Ministério da
Saúde, 1996.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas de Atenção à Saúde Integral do Adolescente. Secretaria de Assistência à Saúde. Ministério da Saúde, Brasil. 1993.

SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Brasil.

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE. Manual de atenção à saúde do adolescente. Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de
Saúde- CODEPPS. São Paulo: SMS, 2006.

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