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PROGRAMA DE SAÚDE DO

ADOLESCENTE - PROSAD
ADOLESCENTES

Estimativa
IBGE,
2019
16,5% da
população
brasileira
total
HISTÓRICO
Dar assistência e proteção aos
menores, principalmente àqueles
que estivessem em situação de
vulnerabilidade social.
1927
Regulamentava o trabalho dos
Decreto nº 17.943-0
Código de menores e proibia menores de 12
Menores
anos de trabalhar.
As crianças e adolescentes
passaram a ser um pouco mais
reconhecidas e o Estado passa a
ter maior responsabilidade
perante a sociedade.
Artigo 227 “é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à
criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação,
1988 ao lazer, à profissionalização, à
Constituição Federal
“Constituição Cidadã” cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão”.
Reconhece a importância da
abordagem integral para a saúde
do adolescente;
A saúde integral do jovem deve ser
visto como básica para o
desenvolvimento social dos países
1989
e do mundo;
Assembleia da
ONU Os países necessitam tomar
medidas efetivas e permanentes
para promover e preservar a saúde
integral das crianças, dos
adolescentes e não esperar que os
danos psicossociais alcançassem
proporções de difícil remediação.
1990 Lei que consolida as
Estatuto da
Criança e do garantias da constituição
Adolescente
e preconiza as resoluções
da Assembleia da ONU
 O PROSAD foi criado pela Portaria do Ministério
da Saúde nº 980/GM de 21/12/1989,

 Fundamenta-se numa política de Promoção de Saúde,


de identificação de grupos de risco, detecção precoce
dos agravos com tratamento adequado e reabilitação,
respeitadas as diretrizes do Sistema Único de Saúde,
garantidas pela Constituição Brasileira de 1988.
 A Política desenvolve um conjunto de ações com o
propósito de atender os adolescentes numa visão
biopsicossocial, enfatizando a promoção à saúde,
prevenção de agravos, diagnóstico precoce,
tratamento e reabilitação, melhorando a qualidade
de vida dos adolescentes e de suas famílias.
POPULAÇÃO ALVO

 O Programa Saúde do Adolescente – PROSAD é


dirigido a todos os jovens entre 10 a 19 anos e se
caracteriza pela integralidade das ações e pelo
enfoque preventivo e educativo.
 Em 1999, o MS ampliou o programa para
indivíduos até 24 anos, considerando então a
Área Técnica de Saúde do Adolescente e do
Jovem.
CARACTERÍSTICA DO PROGRAMA

➢ O PROSAD visa garantir aos adolescentes o


acesso à saúde, com ações de caráter:

 Multiprofissional;

 Intersetorial;

 Interinstitucional.
OBJETIVOS DO PROSAD

 Promover a saúde integral do adolescente,

favorecendo o processo geral de seu crescimento e

desenvolvimento, buscando reduzir a morbi-

mortalidade e os desajustes individuais e sociais.

 Normatizar as ações consideradas nas áreas

prioritárias.
 Estimular e apoiar a implantação e/ou

implementação dos Programas Estaduais e

Municipais, na perspectiva de assegurar ao

adolescente um atendimento adequado às suas

características, respeitando as particularidades

regionais e realidade local.

 Promover e apoiar estudos e pesquisas

multicêntricas relativas a adolescência.


 Contribuir com as atividades intra e
interistitucional, nos âmbitos governamentais e
não governamentais, visando a formulação de
uma política nacional para a adolescência e
juventude, a ser desenvolvida nos níveis Federal,
Estadual e Municipal.
ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO

 Crescimento e desenvolvimento;
 Sexualidade;
 Saúde mental;
 Saúde reprodutiva;
 Saúde do escolar adolescente;
 Prevenção de acidentes;
 Violência e maus-tratos
 Família.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS NA ATENÇÃO

ÉTICA

PRIVACIDADE SIGILO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS NA
ATENÇÃO

 Ética – A relação profissional de saúde/adolescentes,


deve ser pautada pelos princípios de respeito,
autonomia e liberdade, prescritos pelo ECA e pelos
códigos de ética das diferentes categorias.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS NA
ATENÇÃO

 Privacidade – Adolescentes e jovens podem ser


atendidos sozinhos, caso desejem.

 Confidencialidade e sigilo – Adolescentes e


jovens devem ter a garantia de que as informações
prestadas no atendimento não serão repassadas
aos seus pais e/ou responsáveis, bem como aos seus
pares, sem a sua concordância explícita.
 EXCEÇÃO: Situações que requerem quebra de
sigilo - sempre que houver risco de vida ou outros
riscos relevantes (abuso sexual, idéia de suicídio,
informação de homicídio).
COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS
PELO PROFISSIONAL PARA ATENDER O
JOVEM

 Ter capacidade de aplicar princípios éticos no

desenvolvimento do trabalho;

 Respeitar o princípio de autonomia dentro do

qual o adolescente, reconhecido como sujeito, é

capaz de assumir de imediato ou gradativamente

responsabilidades sobre sua saúde e qualidade de

vida;
 Considerar a privacidade, confidencialidade e o sigilo

na abordagem das questões de saúde do adolescente;

 Garantir o direito à cidadania do adolescente, de sua

família e da equipe;

 Respeitar as escolhas do adolescente e de sua família.

 Ter capacidade de trabalhar em equipe e interagir

com outros setores fundamentais com os quais o

serviço deve estar articulado;


 Compreender a natureza do trabalho em equipe;
 Conhecer os conceitos de multi, inter e
transdisciplinaridade;
 Identificar os papéis específicos dos diversos integrantes
da equipe;
 Criar mecanismos de capacitação continuada da equipe,
visando ao aperfeiçoamento da prática;
 Conhecer os princípios das atenções primária,
secundária e terciária da saúde, estabelecendo
mecanismos de formação de rede de referência e contra-
referência;
 Conhecer as bases do SUS e suas áreas na atenção à
saúde do adolescente;
 Registrar as informações necessárias para a
manutenção do sistema de informação em saúde;

 Conhecer os conceitos básicos, metodologias e


instrumentos de planejamento, gerência e avaliação de
serviços;

 Incentivar o desenvolvimento de parcerias e alianças


estratégicas com outros segmentos sociais;

 Compreender os conceitos ampliados de saúde e da


origem multifatorial dos agravos à saúde, aplicando-os
em sua prática;
 Identificar os principais problemas de saúde da região,
buscando informações sobre seus determinantes.

 Considerar a diversidade sociocultural dos adolescentes,


jovens e suas famílias no desenvolvimento das ações;

 Planejar e desenvolver práticas educativas e


participativas que permeiem as ações dirigidas aos
adolescentes e jovens, no âmbito individual e no coletivo;

 Considerar a saúde do adolescente e jovem trabalhador


quanto aos seus direitos, bem como a prevenção e
identificação de agravos decorrentes da atividade laboral;

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