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RESUMO
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Estudantes de graduação em Psicologia do CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO
CENTRAL APPARECIDO DOS SANTOS – UNICEPLAC. Trabalho realizado na disciplina
Ações Integradoras na Comunidade-Infância como requisito para aprovação na disciplina, sob
a orientação do Prof. Antonio Eduardo Benradt Ostrowski.
ABSTRACT
The sexual crimes committed against children and adolescents afflict thousands of
victims in Brazil every years and result in devastating consequences. Considering that
statistics indicate that most cases of sexual abuse are committed by family members or
people close to the victims, the victims cannot always count on the family to talk about
the abuse and offer protection, so the school represents a safe environment for that
purpose. In this context, sex education to enable education professionals to identify
signs of sexual abuse and adopt the necessary measures proves to be a fundamental
tool to reduce this terrible statistic. The present work carried out a qualitative and
quantitative research with forty education professionals from the city of Gama/Distrito
Federal and collected data from the police that corroborated this scenario described
and, based on that, suggests an intervention model, based on sexual education in
schools, to promote preventing and combating child sexual violence.
INTRODUÇÃO
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Anexo I
Considerando que os casos de violência sexual, em sua grande maioria,
são praticados por pessoas conhecidas da vítima, o trauma que advém desse
crime resulta de dois choques: a violência em si e a negação do ato. É comum
as vítimas internalizarem a culpa, primeiramente por não terem repertório
suficiente para compreender a extensão da violência sofrida e por
internalizarem um sentimento de que não podem contar com um adulto para
fazer cessar a violência. Nesse sentido, se faz necessário criar um ambiente
acolhedor para que as crianças se sintam à vontade e seguras para relatar a
violência sofrida, sem receio de represálias e nova vitimização (MOLIN,
Eugêncio Canesin Dal. Ecos do silêncio: reverberações do traumatismo sexual,
capítulo 3, Trauma, silêncio e comunicação).
A educação sexual para crianças visa informar as crianças para que elas
possam ainda em tenra idade identificar o que é a violência sexual e, dessa
forma, se proteger ou poder contar a outro adulto que sofreu algum tipo de
abuso. Com efeito, crianças desinformada são vítimas preferenciais, uma vez
que elas não possuem repertório para discernir o que é aquele ato praticado
contra ela.
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Lamour M. Os abusos sexuais em crianças pequenas: sedução, culpa, segredo. In: Gabel M,
ed. Crianças vítimas de abuso sexual. São Paulo: Summus; 1997. p.43-61, apud, MAIA, Ana
Cláudia Bortolozzi; SPAZIANI, Raquel Baptista.
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MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi; SPAZIANI, Raquel Baptista. Educação para a sexualidade e
prevenção da violência sexual na infância: concepções de professoras. Rev. psicopedag. vol.32
no.97 São Paulo, 2015.
aplicou-se perguntas de caráter objetivo e subjetivo. Indagou-se ainda sobre
experiências passadas e perspectivas dos profissionais para lidar com tais
crimes.
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Terceira infância (dos 6 aos 11 anos de idade), adolescência (até aos 18 anos de idade
aproximadamente)” ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 2º “Considera-se
criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade”. (BRASIL,1990).
autoridades policiais” (GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS PROFISSIONAIS DE
ENSINO SP. A escola contra o abuso sexual infantil. São Paulo, 2019).]
__BRASIL, Polícia Civil do Distrito Federal, 2022. Dados obtidos via Sistema
Acesso a Informação em 26 maio 2022.
__SILVA, Lillian Ponchio E.; ROSSATO, Luciano A.; LÉPORE, Paulo E.; et
al. Pedofilia e abuso sexual de crianças e adolescentes (Coleção saberes
monográficos). Editora Saraiva, 2012. 9788502193789. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502193789/. Acesso em:
05 mai. 2022.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da vítima:
(...)
Assédio sexual
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Corrupção de menores
Casa de prostituição
Rufianismo
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de
seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou
armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena
de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou
exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.