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VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL E O ESTUPRO LEGAL CONTRA VULNERÁVEIS: RESUMO DE REVISÃO

1Jackelyne Swistalski, 2BRUNA DE OLIVEIRA ANDRADE, 3JULIANA LUIZA MAZARO

1Acadêmica da 3° série de Direito da Universidade Estadual do Paraná


2Docente da UNIPAR
3Docente da UNIPAR

Introdução: Este resumo traz a problemática existente entre uma lei, e a prática de um crime que está sendo velado, não só pela falta de publicidade de dados
quantitativos, mas também, pela própria falta de uma educação sexual e pela hostilidade que se depara ao denunciar.
Objetivo: Demonstrar a falha de comunicação da prática existente de um crime omitido pela falta de pesquisas, e publicidade de tal, além da pouca punibilidade.
Desenvolvimento: Pode-se observar que os vulneráveis estão à mercê de um crime que está passando despercebido, já que falta denúncia, em razão da manipulação
dos agressores e da violência institucional. Atualmente, a violência institucional que as vítimas de estupro sofrem, é inimaginável, no entanto quando se fala das vítimas
vulneráveis esse número aumenta, no Paraná as maiores vítimas de estupros, são mulheres, que vão da menor idade a maioridade. “Ao todo, 2.977 crianças e
adolescentes foram vítimas de algum tipo de violência. Entre as maiores vítimas estão as faixas etárias de bebês menores de 1 ano (220 casos), adolescentes com 14
anos (251), 15 anos (331), 16 anos (342) e 17 anos (378), segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Paranᔠ(TJPR, 2021, s.p.). Esses dados são de
2021, e revelam o problema vem crescendo no Paraná, no entanto, fica evidente que não há tanta divulgação dos dados, e muito menos da faixa etária das vítimas. A
UNICEF (2021, s.p.), demonstrou esses dados. “Em vários estados, os dados não foram disponibilizados, ou não incluíram a informação individual da idade das vítimas,
o que dificulta significativamente esse monitoramento”. A violência institucional é a falta de acolhimento pelo Estado e outras entidades públicas ou privadas, que ocorre
quando a vítima vem relatar à sociedade o abuso sofrido. Vários órgãos de apoio que irão receber essas vítimas ainda não estão no nível de capacitação necessário,
pois em muitos deles ainda não se tem um preparo adequado dos profissionais e ambiente, acarretando na demora de assistir essas vítimas com medicamentos. O
estupro legal, é advindo da violência sexual impune, pois a vítima não consegue consentir com que está ocorrendo, antigamente para configurar crime a vítima teria que
ser honesta e digna, o que revela a raiz dessas omissões atuais, pois a vulnerabilidade da vítima causa uma falsa sensação de poder ao agressor, já que ele manipula
sua presa. Conforme o Anuário da Segurança Pública, 84% dos casos, o estuprador é alguém de confiança ou familiar da vítima e em 64% dos casos de estupro de
vulneráveis acontecem no momento em que os pais ou responsáveis estão no trabalho (2019, 116-121). A impunidade desses agressores foi abordada em matéria do
\"Metrópoles\", onde traz um número assustador, “em todo o país, as punições são muito menores do que o volume de ocorrências. A taxa de condenações por estupro
no Brasil gira em torno de 1%”. Fica evidente que há uma grande falha no sistema, não só no que diz respeito às normas, mas também na educação desses
vulneráveis. (Metrópole, 2017).
Conclusão: O combate à impunidade dos agressores sexuais deve começar na primeira infância, com a implementação de uma educação sexual, para combater a
violência sexual. Após o boletim de ocorrência, é necessário que os órgãos receptivos estejam verdadeiramente preparados para acolhê-las de forma holística, não só
de forma mecânica. É necessário entender que se não houver a divulgação dos dados quantitativos do estupro de vulnerável, não á um verdadeiro combate, pois a
omissão não é um mecanismo.

Referências
BARROS, Luciana, A., vivência do (des) acolhimento por mulheres vítimas de estupro que buscam os serviços de saúde, Salvador, v. 49, n 2, pg. 193-200,
Janeiro 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/hVH54W78bCdDyDgV4tnCvCp/?
format=pdf&lang=pt#:~:text=Conclus%C3%A3o%3A%20O%20atendimento%20recebido%20nos,direcionadas%20%C3%A0s%20mulheres%20vitimadas%20sexualmente.
CUAKOSKI, Stéffany. Cultura do estupro, 2020 Dísponivel em: https://www.ufrgs.br/humanista/2020/12/17/cultura-do-estupro-85-das-vitimas-no-brasil-sao-mulheres-e-70-
dos-casos-envolvem-criancas-ou-vulneraveis/. Acesso em: 20 de agosto 2022.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ. Bebês estão entre as maiores vítimas de violência contra a criança e adolescente durante a pandemia no Paraná, março
de 2021. Disponível em: https://www.tjpr.jus.br/noticias/-/asset_publisher/9jZB/content/id/48436889. Acesso em 10 de agosto de 2022.
UNICEF- Panorama da violência letal e sexual contra as crianças e adolescentes no Brasil. Outubro de 2021. Disponível em:
https://www.unicef.org/brazil/media/16421/file/panorama-violencia-letal-sexual-contra-criancas-adolescentes-no-brasil.pdf
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, anuário de 2019. Renato Sérgio de Lima. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, setembro de 2019. Pg 116-
121.
MENEZES, Leilane. Estupro no Brasil, novembro de 2017. Disponível em: www.metropoles.com/materias-especiais/estupro-no-brasil-99-dos-crimes-ficam-impunes-no-
pais. Acesso em: 26 e agosto de 2022.
COULOURIS, Daniella G. Violência de gênero e impunidade, 2004. Disponível em: file:///D:/Arquivos/Downloads/Daniella%20Georges%20Coulouris.pdf

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