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Aliado a isso, a ineficácia de tais ações pode ser apontada como a responsável
pelo sentimento de impunidade por parte do agressor que, não raro,
permanece em liberdade e dando continuidade às suas ameaças. Isso
aumenta não só a sensação de insegurança da ofendida, como também o
descrédito relativamente ao amparo do poder público. Como se não bastasse,
o próprio preconceito, já cristalizado na mente da população, contribui para o
julgamento equivocado do contexto em que ocorre a agressão, sendo comuns
as situações de inversão da atribuição de culpa, em que esta recai sobre a
mulher que sofreu o ataque. Sob esse aspecto, a questão revela-se ainda mais
complexa, uma vez que extrapola a esfera criminal e passa a assumir
contornos culturais e psicossociais.
De acordo com a pesquisa, a maior parte das vítimas (66%) é negra e morta
por armas de fogo, geralmente dentro de casa. O Atlas também revela que
aumentou em 20,7% a taxa nacional de homicídios femininos, entre 2007 e
2017.
Uma outra pesquisa, realizada no acervo processual de Medidas Protetivas de
Urgência (MPUs) da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra
Mulher de São Luís, indica que o perfil das vítimas corresponde à mulher
jovem, solteira, e que sofreu as agressões logo nos primeiros anos de
relacionamento, normalmente também dentro de casa.
Com relação aos agressores, esses são normalmente companheiros ou ex-
companheiros, que possuem filhos com a ofendida. Também costumam ter
profissões definidas e não respondem a outros processos criminais.
A principal causa apontada é o inconformismo do homem com o término do
relacionamento.
No que tange às medidas protetivas, a Delegacia Especial da Mulher (DEM) foi
responsável por 81,9% das solicitações encaminhadas à Vara Especializada,
seguida de outras delegacias (10,1%), Defensoria Pública do Estado (2,8%),
Vara Especializada (2,2%), Centro de Referência em Atendimento à Mulher
(1,3%), Ministério Público (0,4%), Casa Abrigo (0,2%) e outras instituições
(1,1%).
Entenda a violência urbana no Brasil
A violência urbana faz parte das violações penais de maior recorrência no Brasil. Consiste
na ação criminal contra pessoas, por meio de assaltos, sequestros, assassinatos, entre
outros. Além disso, entram também nessa categoria os crimes contra o patrimônio, como
furtos.
Causas da violência
Assunto complexo de ser entendido como um todo, as causas da violência
urbana no Brasil envolvem questões de ordem socioeconômica, política,
demográfica e até mesmo cultural.
Sem dúvidas, um dos principais fatores que leva ao aumento dos índices de
crimes violentos é a desigualdade social. Com a falta de oportunidade para
todos os cidadãos, há um pensamento lógico na tendência de que aqueles
menos favorecidos passem a viver do crime.
SEGURANÇA PÚBLICA
No Brasil hodierno, os desafios em torno do sistema de segurança pública
apresentam-se como um problema de caráter social que afeta continuamente a
população. Isso se deve, sobretudo, à falta de recursos e investimentos do
poder público destinados ao sistema de segurança do País, e, também, à
ausência de uma educação mais expansiva, que ensine os indivíduos a
respeitarem os princípios sociais. Logo, são necessárias mais ações dos
órgãos governamentais e sociais, visando o enfrentamento dessa questão. [1]
2
Com a vinda da família real, em 1808, criou-se a polícia, ou seja, iniciava-se o
sistema de segurança pública no Brasil. Embora tenha ocorrido no século XIX,
muitos desafios ainda precisam ser superados, sobretudo, o fracassado
sistema prisional brasileiro.
Em primeiro lugar, é necessário compreender que o modelo penitenciário,
contemporâneo, não ressocializa. Pelo contrário, segundo Foucault, ele apenas
tem como função vigiar e punir. Dessa forma, muitos presos ao saírem das
cadeias acabam retornando ao mundo do crime. Por conseguinte, os órgãos de
segurança acabam sobrecarregados. Outrossim, os presídios estão
controlados por organizações criminosas. Prova disso são os massacres
ocorridos no Ceará recentemente. Isso ocorre, pois traficantes utilizam as
cadeias para aliciamento de novos membros. Assim, grupos, como o PCC,
fortalecem-se com o aprisionamento em massa.
Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas. É dever do
Ministério da Segurança criar um modelo prisional
, isso pode ser feito pela inserção de cursos profissionalizantes nas cadeias,
modelo adotado na Europa, a fim de se formarem trabalhadores. Ademais,
cabe ao governo enfraquecer o poder do tráfico, por meio de bloqueadores de
celulares, para que presos não sejam mais aliciados.
O sistema carcerário brasileiro e os seus efeitos no século XXI
Modelo de redação
Na obra “Memórias do Cárcere”, o autor Graciliano Ramos, preso durante o
regime do Estado Novo, relata os maus tratos, as péssimas condições de
higiene e a falta de humanidade vivenciadas na rotina carcerária. Hoje, ainda
que não vivamos mais em um período opressor, o sistema prisional brasileiro
continua sendo visto como um símbolo de tortura. Desse modo, rever a
situação social a qual o penitenciário está submetido é indispensável para
avaliar seus efeitos na contemporaneidade.