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MODELO – REDAÇÃO DO ENEM 2015

A violência contra a mulher é uma das manifestações mais cruéis e evidentes


da desigualdade de gênero no Brasil. Fundada em uma cultura patriarcal
impregnada de valores sexistas, nossa sociedade vem sofrendo com um
problema que, mais do que persistente, tem se mostrado crescente em meio a
um cotidiano perverso e sustentado por relações sociais profundamente tóxicas
e agressivas. A violência não se limita às ruas, ao transporte público ou a
espaços de lazer: a ameaça, na grande maioria das vezes, está dentro de casa
e longe do olhar vigilante de estranhos, o que representa um agente facilitador
para o cometimento desse tipo de crime.

Nas últimas décadas a questão foi sendo paulatinamente colocada no centro


do debate público, até ser finalmente considerada como prática que não deve
ser tolerada. Isso se deu com a edição de diversas leis, como a Maria da
Penha, em 2006, a do feminicídio, em 2015, e, por fim, com a de importunação
sexual, de 2018, dentre outros exemplos. Todavia, é nítido o descompasso
entre o notável reforço no arcabouço legal e a implementação de frágeis
políticas públicas voltadas ao combate a esse tipo de violência. Ao contrário do
que se imagina, a rede de proteção estatal, idealmente desenhada pela lei,
frequentemente tem demonstrado incapacidade de dar guarida às vítimas, que
geralmente preferem o silêncio a efetivar a denúncia, seja por medo, vergonha
ou culpa.

Aliado a isso, a ineficácia de tais ações pode ser apontada como a responsável
pelo sentimento de impunidade por parte do agressor que, não raro,
permanece em liberdade e dando continuidade às suas ameaças. Isso
aumenta não só a sensação de insegurança da ofendida, como também o
descrédito relativamente ao amparo do poder público. Como se não bastasse,
o próprio preconceito, já cristalizado na mente da população, contribui para o
julgamento equivocado do contexto em que ocorre a agressão, sendo comuns
as situações de inversão da atribuição de culpa, em que esta recai sobre a
mulher que sofreu o ataque. Sob esse aspecto, a questão revela-se ainda mais
complexa, uma vez que extrapola a esfera criminal e passa a assumir
contornos culturais e psicossociais.

Isto posto, mostra-se imprescindível a adoção de medidas que efetivamente


neutralizem o poder de ação do autor da violência, tanto no âmbito da
segurança pública, quanto em relação a políticas de prevenção. Para isso, é
preciso inibir o reforço a estereótipos que impõem a linguagem da violência
como referência em nossa sociedade, investindo em projetos socioeducativos
direcionados à valorização e à proteção da figura da mulher. Além disso, no
que concerne ao recrudescimento da repressão aos atos de violência, deve-se
intensificar a fiscalização do cumprimento de medidas cautelares protetivas,
bem como dotar de maior agilidade os procedimentos administrativos e judicias
de urgência, visando conter a investida e a continuidade dessa espécie de
crime.

VEJA ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES PARA A REDAÇÃO DO ENEM


2015:
O QUE PODE SER CONSIDERADO, AFINAL, VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER? A Convenção de Belém do Pará (Decreto nº 1.973, de 01/08/1996),
a define como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte,
dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera
pública como na esfera privada”.
O QUE SÃO MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA? São mecanismos
criados pela lei para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar, sendo
classificada em dois tipos: as que obrigam o agressor a não praticar
determinadas condutas e aquelas destinadas à proteção da mulher e seus
filhos. Exemplos: a proibição de manter contato com a vítima, bem como de
frequentar determinados locais; o distanciamento do autor de violência em
relação à mulher ou ao local de convivência do casal, etc.
DADOS E INFORMAÇÕES PARA EMBASAR SUA TESE – REDAÇÃO DO
ENEM 2015
Em 2015, foi criada uma lei que enquadrou o homicídio cometido contra
mulheres, envolvendo questões de gênero, como crime hediondo. É a
chamada Lei do Feminicídio, que alterou a Lei Maria da Penha (11.340/2006).

O feminicídio, então, passou a ser entendido como homicídio qualificado contra


as mulheres “por razões da condição de sexo feminino”. Além disso, a norma
prevê que os acusados não poderão ser libertados simplesmente com o
pagamento de fiança, determinando que as penas poderão variar de 12 a 30
anos.

Segundo dados do Ministério da Saúde reunidos no Atlas da Violência,


produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram registrados 4.936 assassinatos
de mulheres em 2017, em uma média de 13 homicídios por dia.

De acordo com a pesquisa, a maior parte das vítimas (66%) é negra e morta
por armas de fogo, geralmente dentro de casa. O Atlas também revela que
aumentou em 20,7% a taxa nacional de homicídios femininos, entre 2007 e
2017.
Uma outra pesquisa, realizada no acervo processual de Medidas Protetivas de
Urgência (MPUs) da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra
Mulher de São Luís, indica que o perfil das vítimas corresponde à mulher
jovem, solteira, e que sofreu as agressões logo nos primeiros anos de
relacionamento, normalmente também dentro de casa.
Com relação aos agressores, esses são normalmente companheiros ou ex-
companheiros, que possuem filhos com a ofendida. Também costumam ter
profissões definidas e não respondem a outros processos criminais.
A principal causa apontada é o inconformismo do homem com o término do
relacionamento.
No que tange às medidas protetivas, a Delegacia Especial da Mulher (DEM) foi
responsável por 81,9% das solicitações encaminhadas à Vara Especializada,
seguida de outras delegacias (10,1%), Defensoria Pública do Estado (2,8%),
Vara Especializada (2,2%), Centro de Referência em Atendimento à Mulher
(1,3%), Ministério Público (0,4%), Casa Abrigo (0,2%) e outras instituições
(1,1%).
Entenda a violência urbana no Brasil
A violência urbana faz parte das violações penais de maior recorrência no Brasil. Consiste
na ação criminal contra pessoas, por meio de assaltos, sequestros, assassinatos, entre
outros. Além disso, entram também nessa categoria os crimes contra o patrimônio, como
furtos.

Essa violência é responsável pela queda na qualidade de vida dos cidadãos nas maiores


cidades do país, trazendo inúmeros prejuízos para todos. Um dos principais fatores
do aumento da violência urbana é, justamente, o crescimento desordenado das cidades,
incapaz de fornecer iguais condições de vida para todos. O resultado desse crescimento é a
criação de áreas periféricas cada vez maiores e desorganizadas, nas quais o poder
público não consegue ou não demonstra interesse em oferecer serviços mais básicos para a
população.

Grandes vítimas da violência urbana, as crianças e adolescentes brasileiros sofrem não


apenas com um futuro incerto e um meio de vida violento, mas também diretamente: o
Brasil está entre os 3 países que mais mata crianças em um ranking com outras 84 nações.
Não só as crianças e jovens são vítimas da violência urbana, mas também mulheres e
negros, mais expostos a situações de risco extremo no país.

Um dos problemas da violência generalizada é que ela não está localizada apenas nos


grandes centros urbanos do país: muitas cidades menores também sofrem com seus efeitos.
Cidades interioranas com até 100 mil habitantes vêm apresentando um crescimento
preocupante de crimes violentos.

Causas da violência
Assunto complexo de ser entendido como um todo, as causas da violência
urbana no Brasil envolvem questões de ordem socioeconômica, política,
demográfica e até mesmo cultural.

Sem dúvidas, um dos principais fatores que leva ao aumento dos índices de
crimes violentos é a desigualdade social. Com a falta de oportunidade para
todos os cidadãos, há um pensamento lógico na tendência de que aqueles
menos favorecidos passem a viver do crime.

Com pouco investimento em moradia, educação e emprego, o Estado falha


miseravelmente no provimento dos direitos mínimos de cada cidadão. Além
desse aspecto preventivo, também é falho o combate às facções do crime
organizado, principais vetores da violência urbana.

Em conjunto com a baixíssima remuneração dos agentes policiais, sejam eles


civis ou militares, o resultado é a liderança do Brasil no ranking das polícias
que mais matam — e morrem — do mundo. Pouco preparo, estrutura precária
e baixos salários levam a um cenário caótico para os órgãos de segurança
pública.
Consequências da violência
O resultado de um cenário de grande violência urbana é, principalmente, a
baixa qualidade de vida de todos os cidadãos. Isso é refletido em um
sentimento de insegurança crescente, principalmente entre as camadas menos
favorecidas da população.

Além de um impacto direto na vida daqueles que vivem essa violência


diariamente, com altas taxas de assassinatos e outros crimes contra a pessoa,
é possível observar também a mácula na imagem do país no cenário
internacional.

Esse grave problema social apresenta inúmeros desdobramentos, que podem


ir da insatisfação popular com o serviço de segurança pública, passando pelos
altos custos de ações paliativas por parte do governo até mesmo a redução
nos lucros sobre o turismo. Afinal de contas, um país violento atrai muito
menos turistas, perdendo oportunidades de renda.

A aceitação dessa lei seria


o correto?
Tema de redação: As consequências causadas na sociedade com a redução da
maioridade penal no Brasil.
Crimes cometidos por menores são causa ou conseqüência?
Redação enviada em 20/08/2015

A redução da maioridade penal é uma lei a ser aprovada, a qual tem


como propósito diminuir a criminalidade por menores infratores.
Porém o Brasil, hoje, tem muitas falhas na educação, sem falar nas
cadeias que são super lotadas. Será que aceitando essa lei realmente
diminuirá a criminalidade juvenil?

Se analisarmos o meio em que estamos inseridos veremos um alto


índice de menores infratores, os quais muitas vezes são de famílias
humildes que sempre estudaram em escolas ruins ou até mesmo nunca
foram á escola.
Também podemos citar a situação das cadeias públicas, o excesso de
pessoas nas celas, e as formas que são tratados. A falta de instituições
de reintegração faz com que as pessoas saiam lá de dentro mais
perigosas e continuem a fazer mal a outras pessoas. Esta é a realidade
brasileira que deve ser mudada, por isso não podemos punir jovens de
16 anos que mesmo sabendo o que é certo e errado não tem condições
de responder pelos seus próprios atos, já que a educação do país é
falha e não proporciona aos jovens uma educação de qualidade para
que cada um aprenda a viver em meio a sociedade.

Portanto, para que essa situação seja amenizada é importante a


criação de escolas, para evitar o crime e caso este aconteça, a criação
de instituições de reintegração para que esses jovens sejam mudados e
possam viver em sociedade.

Direitos humanos para humanos direitos?


O direitos humanos no Brasil é assegurado pela constituição que incorporou
dos tratados internacionais as bases do tratamento da dignidade da pessoa
humana como cláusulas pétreas, e não passiveis de alterações para retirada
desses direitos.
Muito se discute no nosso país principalmente entre a população de baixa
renda que os direitos humanos são apenas para marginais que cometem
delitos graves. No entanto essa coletânea de leis é voltada ao cidadão para
garantir muito mais que a incolumidade física e moral de suspeitos que
cometeram crimes, essas vem assegurar a todos os cidadãos a liberdade em
todas as suas formas, políticas, sociais e civis. evitando que as pessoas sejam
tratadas como coisas sem valores.
Este compêndio de leis estabelece ao brasileiro que não cometeu nenhuma
ilicitude, bem como os que estão respondendo por algum crime a garantia de
ter os seus bens jurídico mais precioso protegidos, resguardados. Para que a
vida em sociedade seja ajustada e aceitável sem excessos dos que estão no
poder ou detenham o poder punitivo.
A importância do respeito aos direitos humanos traduzem -se em respeitar a
vida em sociedade com todas as suas diferenças e principalmente respeitando
todos os seres humanos como detentores inalienáveis dos direitos e garantias
colocados como cláusulas pétreas. Para uma perfeita e harmoniosa
comunhão social.

SEGURANÇA PÚBLICA
No Brasil hodierno, os desafios em torno do sistema de segurança pública
apresentam-se como um problema de caráter social que afeta continuamente a
população. Isso se deve, sobretudo, à falta de recursos e investimentos do
poder público destinados ao sistema de segurança do País, e, também, à
ausência de uma educação mais expansiva, que ensine os indivíduos a
respeitarem os princípios sociais. Logo, são necessárias mais ações dos
órgãos governamentais e sociais, visando o enfrentamento dessa questão. [1]

Em verdade, na última década, a questão da segurança pública passou a ser


considerada problema sério e principal desafio ao estado de direito no Brasil.
Com isso, os problemas relacionados ao aumento da taxa de criminalidade, o
aumento da insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, as
superlotações nos presídios, somado aos casos de corrupção do país,
representam os desafios para o sucesso do processo de consolidação política
da democracia no Brasil. Conforme preconizado por uma pesquisa feita pelo
Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, o Brasil gasta 1,5% do PIB
em segurança pública, o que é considerado pouco se comparado com países
como a França, que gasta cerca de 2,0% do PIB com segurança. Dessa
maneira, é importante ressaltar a necessidade de mais políticas públicas
destinadas ao aumento de recursos para solucionar os desafios em torno da
segurança pública.

Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a essa


temática, já que, assim como preconizado pelo educador brasileiro Paulo
Freire, se a educação não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco
a sociedade muda. [2] Evidenciando o poder transformador da educação. No
entanto, a educação oferecida no Brasil pelo sistema público ainda não é
expansiva e de qualidade, principalmente, em comunidades carentes, na qual
muitos jovens acabam recorrendo ao mundo da criminalidade, aumentando os
índices de violência e prejudicando o sistema público de segurança.

Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de superar os desafios em torno


do sistema de segurança do Brasil. Para tanto, o Governo Federal deve criar
políticas para distribuir mais verbas para melhorar a segurança na sociedade.
Cabe-lhe, ainda, por meio do Ministério da Educação, investir na escolarização
de crianças em situação de extrema pobreza, construindo mais escolas
públicas, voltadas para esta camada da população e realizando campanhas [3]
que insiram as mesmas no meio escolar, impedindo que estes menores fiquem
vulneráveis ao mundo do crime. Ademais, cabe às ONGs criar projetos sociais,
por intermédio de palestras e debates com especialistas, mensalmente, no
âmbito social, visando incentivar os indivíduos a cobrar melhorias no sistema
de segurança dos órgãos governamentais.

2
Com a vinda da família real, em 1808, criou-se a polícia, ou seja, iniciava-se o
sistema de segurança pública no Brasil. Embora tenha ocorrido no século XIX,
muitos desafios ainda precisam ser superados, sobretudo, o fracassado
sistema prisional brasileiro.
Em primeiro lugar, é necessário compreender que o modelo penitenciário,
contemporâneo, não ressocializa. Pelo contrário, segundo Foucault, ele apenas
tem como função vigiar e punir. Dessa forma, muitos presos ao saírem das
cadeias acabam retornando ao mundo do crime. Por conseguinte, os órgãos de
segurança acabam sobrecarregados. Outrossim, os presídios estão
controlados por organizações criminosas. Prova disso são os massacres
ocorridos no Ceará recentemente. Isso ocorre, pois traficantes utilizam as
cadeias para aliciamento de novos membros. Assim, grupos, como o PCC,
fortalecem-se com o aprisionamento em massa.
Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas. É dever do
Ministério da Segurança criar um modelo prisional

, isso pode ser feito pela inserção de cursos profissionalizantes nas cadeias,
modelo adotado na Europa, a fim de se formarem trabalhadores. Ademais,
cabe ao governo enfraquecer o poder do tráfico, por meio de bloqueadores de
celulares, para que presos não sejam mais aliciados.
O sistema carcerário brasileiro e os seus efeitos no século XXI

Modelo de redação
Na obra “Memórias do Cárcere”, o autor Graciliano Ramos, preso durante o
regime do Estado Novo, relata os maus tratos, as péssimas condições de
higiene e a falta de humanidade vivenciadas na rotina carcerária. Hoje, ainda
que não vivamos mais em um período opressor, o sistema prisional brasileiro
continua sendo visto como um símbolo de tortura. Desse modo, rever a
situação social a qual o penitenciário está submetido é indispensável para
avaliar seus efeitos na contemporaneidade.

Primeiramente, a má infraestrutura na maioria das cadeias faz com que os


presos firmem uma luta diária pela sobrevivência. Mesmo que eles vivam em
um regime fechado, a superlotação e deterioração das celas, e até a falta de
água potável, provam a falta de subsídio à integridade humana, visto que os
indivíduos são postos à margem do descaso. Ademais, tal condição supre a
visão Determinista do século XIX, que afirma que o homem é fruto de seu
meio. Porém, se esse olhar não for combatido, ao final da pena o indivíduo terá
dificuldades para se reintegrar na sociedade e tenderá a viver do trabalho
informal ou, em muitos casos, voltar ao crime.

Outro problema vigente é a negligência às condições higiênicas do público


feminino. A jornalista Nana Queiroz, autora do livro “Presos que menstruam”,
retratou a realidade de detentos que sofreram com o tratamento idêntico entre
os gêneros, sendo excluídos os cuidados íntimos da mulher, vide a falta de
absorventes, em algumas prisões, e ausência de acompanhamento
ginecológico. Esses aspectos revelam a falta de políticas públicas que prezem
pela saúde feminina e esconde, ainda, o tratamento destinado às gestantes,
que não possuem um zelo diferenciado na gravidez e tampouco o auxílio
médico na maioria do sistema carcerário brasileiro.

Portanto, a maneira que os indivíduos são tratados no cárcere fere os direitos


humanos e, por isso, mudanças fazem-se urgentes. O governo deve investir na
extensão de cadeias para evitar a lotação e, como solução paliativa, usar
caminhões pipa para suprir a carência de água potável. Além disso, atividades
pedagógicas ou esportivas, intermediadas por ONGs, darão aos detentos a
oportunidade de reinserção social. O acesso à saúde pública é um direito
universal, logo, são imprescindíveis equipes médicas e a fiscalização desses
cuidados, principalmente em relação à saúde da mulher. Assim, garantiríamos
que as condições dos detentos não fossem enfrentadas de forma desumana.

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