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Caxias do Sul
2015
FERNANDA DA SILVEIRA TOIGO
Caxias do Sul
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................4
1.1 Apresentação da temática, sua delimitação e do problema de pesquisa.....................................6
1.2 Objetivos.....................................................................................................................................6
1.2.1 Geral........................................................................................................................................6
1.2.2 Específicos...............................................................................................................................6
1.3 Justificativa.................................................................................................................................6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................................8
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................................20
3.2 Cronograma de atividades........................................................................................................21
REFERÊNCIAS............................................................................................................................22
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1. INTRODUÇÃO
1.2. Objetivos
1.2.1. Geral
Identificar quais as possíveis contribuições do Psicólogo Escolar frente ao
bullying.
1.2.2. Específicos
Determinar os elementos que caracterizam o bullying na escola.
Apresentar as possíveis consequências psicológicas para os envolvidos no
bullying.
Definir o papel do Psicólogo Escolar.
Esclarecer o papel do Psicólogo Escolar frente ao bullying na escola.
Identificar as possibilidades de atuação do Psicólogo Escolar na prevenção
e enfrentamento do bullying.
1.3. Justificativa
produzir indivíduos cada vez mais estressados, com autoestima baixa, capacidade de
autoaceitação reduzida e intolerância a frustração. Do mesmo modo, as vítimas de
bullying tem redução em sua capacidade de autoafirmação e autoexpressão, podem
ainda, desenvolver sintomas de estresse, de doenças psicossomáticas, desordens
mentais, inclusive o desenvolvimento de psicopatologias complexas. Na escola, o
bullying interfere drasticamente no processo de aprendizagem e socialização dos
estudantes. Estas consequências podem ser estendidas para o resto da vida do
indivíduo, o que pode levar a um desfecho desfavorável (FANTE,2005).
Atualmente, a escola tem um lugar privilegiado como principal processo
educativo intencional que junto com outros, constituem a educação enquanto prática
social (MARTINEZ, 2010). Nesse sentido, é importante a inserção do psicólogo na
área escolar, pois esse profissional está apto para trabalhar nas demandas específicas da
escola bem como na prevenção e enfrentamento da violência. Deste modo, pode
contribuir para a construção de relações mais saudáveis considerando que o papel da
psicologia está cada vez mais direcionado para o aspecto social. (FREIRE;
AIRES,2012).
A partir do momento em que o psicólogo escolar está inserido nesse contexto,
não trabalhará apenas com foco no desenvolvimento cognitivo dos alunos, mas no
desenvolvimento emocional e subjetivo deles e dos profissionais da escola. Estará
atuando de maneira preventiva com enfoque na cidadania, estimulando a solidariedade,
a bondade, união, tolerância e o respeito as diferenças (FREIRE; AIRES,2012).
Embora o bullying ocorra no contexto da escola, ele é avaliado com um
problema de toda sociedade, visto que pode gerar graves danos ao psiquismo dos
envolvidos. Cabe à Psicologia Escolar intervir, pois observa os aspectos sociais,
familiares, educacionais e singulares de cada indivíduo, visto que as intervenções do
psicólogo serão diferenciadas dependendo de cada contexto (FREIRE; AIRES,2012).
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
medo, choram ou se sujeitam a situações como entregar seu lanche ou seu dinheiro,
fazendo com que o agressor fortaleça seu comportamento, o que faz com que o agressor
volte a praticar o bullying com a mesma vítima. Além disso, Ristum (2010) menciona
que as vítimas-provocadoras se irritam facilmente, são agitadas, agressivas, possuem
dificuldades em dominar seus sentimentos, seu comportamento e mostram-se com raiva
excessiva.
De um modo geral, os meninos possuem um papel mais ativo através de
agressões físicas e as meninas através de agressões verbais, por isso entre as meninas
existe uma dificuldade maior em identificar a ocorrência de bullying. Frequentemente
esses personagens estão inseridos em famílias pouco estruturadas e não tem apoio dos
pais (ALMEIDA; SILVA; CAMPOS,2008).
O expectador ou testemunha é aquele que presencia a situação de bullying, mas
não sofre e nem o pratica. Estes representam a grande maioria dos alunos que convivem
com essa situação, optando em silenciar para não se tornar o novo alvo do agressor.
Contudo, mesmo não sofrendo as agressões de forma direta, estes alunos podem se
sentir inseguros e constrangidos com essa posição, visto que seu direito a um local
seguro para estudar foi violado, isso pode causar influencias negativas em relação ao
seu desenvolvimento acadêmico e social (FANTE,2005).
Comumente, as vítimas de bullying apresentam características físicas ou
psicológicas acentuadas, optam em não falar sobre o assunto e suportam ser perseguidos
em silêncio. Os agressores não têm consciência do motivo real da agressão, buscam
sempre características em suas vítimas a fim focar os atos violentos. Por isso, os
agressores necessitam de tratamento para seus problemas psicológicos e sociais, que
possivelmente, se desenvolveram por traumas da infância ou juventude. Sem os
devidos cuidados, provavelmente esses agressores irão se encaminhar para situações de
delinquência e crime (ALMEIDA; SILVA; CAMPOS,2008).
As vítimas podem apresentar alguns indicativos da ocorrência de bullying na
escola, como queixas de dor abdominal, cefaleia, dor de garganta, falta de sono,
enurese, anorexia e dificuldades escolares. Além disso, podem mostrar-se sem vontade
ou com medo de ir para escola, não ter vontade de ir sozinho ou sentir-se mal na hora de
ir para escola, alterar o caminho usado para ir à escola, chegar em casa sempre com
roupas e livros rasgados ou machucados. A vítima também pode manifestar ansiedade,
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sentir-se deprimida, com autoestima baixa, ter pesadelos e perder seus pertences com
frequência (ALMEIDA; SILVA; CAMPOS,2008).
A identificação dos papéis das pessoas envolvidas, esclarece que todos os
personagens têm importância na formação do cenário do bullying, já que não é possível
compreender esse fenômeno relacional analisando os papéis separadamente
(RISTUM,2010).
profissional que se utiliza de diferentes saberes dos diversos campos da Psicologia, sem
os quais não é possível contribuir de maneira eficaz (MARTINEZ, 2010).
A estrutura do conhecimento que o psicólogo escolar adota em seu trabalho, está
relacionada as tarefas e desafios que ele se propõe a realizar, bem como pela
representação que possui dos elementos envolvidos. Basicamente, o psicólogo escolar
aplica os conhecimentos sobre o funcionamento humano para contribuir no crescimento
e aprendizagem do aluno, considerando todas as informações e características que os
definem (MARTINEZ,2010).
Martinez (2010), com o objetivo de gerar visibilidade sobre a atuação do
psicólogo na escola, classifica as possibilidades de atuação desse profissional em dois
grupos: os tradicionais, que apresentam um histórico relativamente consistente e os
emergentes, que possuem uma configuração mais recente. No entanto, considera-se que
toda a forma de atuação do psicólogo no contexto escolar tem resultados importantes,
especialmente quando se preza por mudanças positivas (MARTINEZ,2010).
Em resumo, as formas de atuação tradicionais do psicólogo escolar consistem
em avaliação; diagnóstico; atendimento e encaminhamento de alunos com dificuldades
escolares; orientação de alunos e pais; orientação profissional; orientação sexual;
formação e orientação de professores; elaboração e coordenação de projetos educativos
específicos, relacionados, por exemplo, a violência, drogas, gravidez, preconceitos, etc.
(MARTINEZ,2010).
De acordo com Martinez (2010), as formas de atuação emergentes referem-se as
funções do Psicólogo que tem ganhado evidência nos últimos anos. Estas atribuições
tem uma perspectiva mais ampla do psicólogo na instituição de ensino. Algumas
atribuições emergentes são: os diagnósticos e intervenções na instituição, que tem como
objetivo descrever estratégias de atuação que facilitem as mudanças no processo
educativo; o envolvimento nas questões relacionadas a proposta pedagógica; trabalhar
na seleção e recrutamento dos membros da equipe escolar; avaliar os resultados nos
processos de trabalho; auxiliar para que haja entendimento entre a direção pedagógica e
o quadro de funcionários; acompanhar a formação técnica dos professores e direção;
coordenar e desenvolver oficinas e disciplinas que contribuam para o crescimento dos
alunos; caracterizar a comunidade estudantil a fim de contribuir com o ensino
personalizado; efetuar pesquisas com objetivo de aprimorar a dinâmica educativa;
favorecer a implementação de políticas públicas de maneira criativa, reflexiva e crítica.
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
REFERÊNCIAS
FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. Campinas, SP: Verus, 2005.
FREIRE, I.P.;SIMÃO, A.M.V. & FERREIRA, A.S. O estudo da violência entre pares
no 3º ciclo do ensino básico: um questionário aferido para a população escolar
portuguesa. Revista portuguesa de Educação, 19(2): 157-183,2006.