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ITAPEVA
2023
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ISABEL GOULART R.S.DUARTE
ITAPEVA
2023
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O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ENFRENTAMENTO DO BULLYING
NO CONTEXTO ESCOLAR
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por
mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de
forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de
produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos,
e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais.
ABSTRACT - This work proposes an in-depth analysis of the role of the psychologist in
confronting bullying in the school context. Bullying is a complex that affects the mental
health and well-being of children and adolescents, compromising their academic and
emotional development. The psychologist plays a crucial role in preventing, identifying and
intervening in this problem, promoting a healthy and safe school environment. However, this
monograph highlights the urgent need for an interdisciplinary approach to combating
bullying. Where the psychologist, by collaborating closely with teachers, parents and other
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education professionals, becomes an agent of transformation in building a healthier and more
welcoming school environment.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Rigby (2003), o bullying é uma característica onipresente em
ambientes escolares, transcendendo fronteiras culturais e socioeconômicas. A dinâmica
escolar fornece um terreno fértil para manifestações de poder e agressão entre pares (Olweus,
1993). De acordo com Olweus (2001), uma abordagem ecológica é crucial para entender o
bullying, considerando fatores individuais, familiares, escolares e sociais. O psicólogo, ao
empregar essa perspectiva, pode identificar as origens do comportamento agressivo e
implementar intervenções mais holísticas. Desta forma desempenha um papel vital na
prevenção do bullying por meio de programas educacionais, workshops e palestras que
promovem a empatia e a compreensão mútua. Além disso, a intervenção direta em casos de
bullying é essencial para apoiar as vítimas e promover uma mudança de comportamento nos
agressores (Gomes, 2019).
A intervenção do psicólogo deve considerar aspectos éticos e culturais, acompanhando
a diversidade de contextos e valores presentes na comunidade escolar , diante disso a
sensibilidade cultural é fundamental para garantir que as estratégias de intervenção sejam
culturalmente competentes e eficazes. (Silva, 2020).
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O bullying não se limita a um contexto cultural ou temporal específico.
Diversas formas de comportamento agressivo foram registradas em diferentes
sociedades e épocas. No entanto, o reconhecimento formal e a conscientização
sobre o bullying como um problema social significativo são fenômenos relativamente
recentes (Espelage & Swearer, 2003).
Nas décadas de 1960 a 1980: Precedentes e Reconhecimento Inicial :
Embora o termo "bullying" tenha sido utilizado no contexto escolar, sua
formalização como problema social começou a ganhar destaque principalmente nas
décadas de 1960 a 1980. Dan Olweus, psicólogo norueguês, desempenhou um
papel crucial ao conduzir pesquisas pioneiras e desenvolver uma definição clara de
bullying escolar na década de 1970 (Olweus, 1978).
Década de 1990: Aumento da Conscientização e Intervenções:
Durante os anos 1990, a conscientização sobre o bullying aumentou
consideravelmente. Programas educacionais foram implementados para sensibilizar
a comunidade escolar sobre os efeitos prejudiciais do bullying, marcando um
período de transição de reconhecimento para ações mais direcionadas (Smith et al.,
1999).
Início dos anos 2000: Surgimento do Cyberbullying:
Com o avanço da tecnologia, o bullying estendeu-se para o mundo virtual. O
início dos anos 2000 testemunhou o surgimento do cyberbullying, uma forma de
agressão que ocorre online, por meio de redes sociais, mensagens eletrônicas e
outras plataformas digitais. Essa mudança introduziu novos desafios na
compreensão e enfrentamento do bullying (Patchin & Hinduja, 2012).
Década de 2010 até o Presente: Desafios Contemporâneos:
Ao longo da última década, a sociedade enfrentou desafios únicos
relacionados ao bullying, incluindo a disseminação rápida de informações através
das redes sociais, aumentando a complexidade das dinâmicas sociais nas escolas.
A necessidade de intervenções mais sofisticadas e a promoção de ambientes
escolares saudáveis tornaram-se prioridades na agenda educacional. (Patchin &
Hinduja, 2012).
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3 BULLYNG E A TECNOLOGIA
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indivíduos infratores vivem e são educados. Todavia essa falta de empatia e
crueldade com o próximo tem uma relação direta de como o indivíduo é tratado e
inserido na sociedade. O acesso a internet se faz indispensável para o mundo
globalizado, sendo a maior fonte universal de tráfico de informações. De acordo com
LUCCHESI, HERNANDES (2018), O mau uso da tecnologia acarreta consequências
e responsabilidades, O uso incorreto do mundo virtual pode propiciar a prática de
ofender a honra e a imagem de outros e, com isso, surgem danos emocionais e
psicológicos, além dos danos materiais, sendo necessário que o Estado proteja os
usuários deste mundo virtual. Lamentavelmente, a legislação não acompanha a
evolução destas práticas criminosas com a mesma velocidade do avanço
tecnológico. Assim, apresentou-se uma breve evolução na criação de leis, bem
como atualizações, e a aplicação do Código Penal nas práticas citadas. FROTA,
PAIVA (2017), cita que durante os séculos XVIII, XIX e XX, os quais foram marcados
pelas revoluções industriais, podemos observar uma grande e rápida evolução das
tecnologias. A comunicação, que antes era feita através de cartas, ficou muito mais
rápida e prática com a invenção de máquinas como os computadores e da internet,
invenção criada para a guerra, mas que logo se popularizou. Com o advento da
tecnologia, o bullying não se restringe mais apenas ao ambiente escolar físico. O
cyberbullying emergiu como uma forma contemporânea, utilizando plataformas
digitais para perpetuar comportamentos hostis (Patchin & Hinduja, 2012). Essa
evolução destaca a necessidade de adaptar estratégias de prevenção e intervenção.
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visam promover a empatia entre os estudantes têm se mostrado eficazes. Iniciativas
que estimulam a compreensão das emoções alheias podem reduzir atitudes
agressivas e fomentar relações mais saudáveis (Hawkins et al., 2019).
Diante disso, a promoção de habilidades sociais é uma estratégia preventiva
essencial. Treinamentos que visam desenvolver habilidades de comunicação,
resolução de conflitos e assertividade podem empoderar os estudantes, reduzindo a
vulnerabilidade ao bullying (Merrell, Gueldner, Ross, & Isava, 2008). Também se
torna viável abordagens de intervenção em grupo têm se mostrado eficazes na
redução do bullying. Grupos terapêuticos proporcionam um espaço seguro para
discussões e reflexões, permitindo que os participantes desenvolvam empatia e
compreensão mútua (Olweus, 1993).
A colaboração estreita com os pais é essencial para uma intervenção bem-
sucedida. A sensibilização dos responsáveis para os sinais de bullying, combinada
com estratégias de apoio em casa, fortalece a eficácia das intervenções escolares
(Ttofi & Farrington, 2011).
5 MATERIAL E MÉTODOS
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6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados indicaram que estratégias de intervenção lideradas por psicólogos são
fundamentais para modificar comportamentos agressivos e promover uma cultura de respeito.
Menesini et al. (2017) destacam que "as intervenções em grupo oferecem um espaço seguro
para a expressão de emoções e o desenvolvimento de habilidades sociais". A abordagem
colaborativa entre psicólogos, professores e pais foi identificada como uma estratégia eficaz
para lidar com casos de bullying (Swearer et al., 2010).
A avaliação dos impactos das intervenções psicológicas revelou melhorias
significativas na saúde mental das vítimas e uma recuperação notável do desempenho
acadêmico. De acordo com Arseneault et al. (2010), "intervenções direcionadas podem
mitigar os efeitos a longo prazo do bullying na saúde mental dos estudantes". Esses resultados
sugerem que o trabalho do psicólogo não apenas aborda o problema imediato, mas também
contribui para o desenvolvimento a longo prazo dos alunos.
Os resultados da pesquisa corroboram com a literatura existente, destacando a
importância do psicólogo na identificação precoce, prevenção e intervenção eficaz no
bullying. A abordagem multidisciplinar e colaborativa entre psicólogos, professores, pais e
comunidade é essencial para criar um ambiente escolar seguro e promover o bem-estar dos
estudantes. No entanto, desafios persistem, exigindo uma contínua adaptação e
aprimoramento das estratégias de intervenção em resposta às dinâmicas sociais em evolução,
ressaltando a eficácia das intervenções psicológicas no enfrentamento do bullying,
sublinhando a necessidade contínua de pesquisa e desenvolvimento de estratégias inovadoras
para enfrentar esse problema social complexo.
7 CONCLUSÃO
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relações positivas e a implementação de programas educativos, destacam-se como
fundamentais para criar uma cultura escolar que rejeite o bullying.
À medida que avançamos, é imperativo que a intervenção psicológica no
enfrentamento do bullying evolua para atender às nuances contemporâneas, incluindo o
aumento do cyberbullying. O psicólogo escolar deve continuar aprimorando suas abordagens,
incorporando métodos inovadores para manter-se eficaz diante das mudanças nas dinâmicas
sociais e tecnológicas.
O enfrentamento do bullying não é apenas uma tarefa da escola, mas sim uma
responsabilidade coletiva. Os esforços conjuntos de profissionais, educadores, pais e
comunidade são vitais para erradicar esse problema, proporcionando um ambiente propício ao
desenvolvimento integral dos alunos.
Infere-se, portanto, que ao abordar o papel do psicólogo no contexto do bullying,
destacou-se a importância da prevenção e da intervenção, as quais são eficazes e requerem
não apenas conhecimento técnico, mas também uma compreensão empática das experiências
dos envolvidos. Sendo assim no âmbito escolar, a presença ativa do psicólogo não apenas atua
como elemento de dissuasão ao bullying, mas também como promotor de uma cultura de
respeito e solidariedade, fundamentais para o crescimento saudável de cada estudante.
8 AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por sua presença constante em minha vida e por todas as bênçãos
recebidas. Agradeço também à minha família pelo amor incondicional, apoio e
companheirismo. Sou verdadeiramente abençoada por tê-los ao meu lado.
9 REFERÊNCIAS
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