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TRABALHO DE CONCLUSÃO

DE CURSO NA MODALIDADE
ARTIGO CIENTÍFICO

UNINASSAU – SER
EDUCACIONAL O REFLEXO DA EDUCAÇÃO VIOLENTA NO
ENSINO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE
Ano 2022 PARNAMIRIM

THE REFLECTION OF VIOLENT


Laine Gomes Lopes de Freitas EDUCATION IN EARLY CHILDREN'S
Uninassau Parnamirim EDUCATION IN THE MUNICIPALITY OF
lainelopes123321@gmail.com
PARNAMIRIM
Jammerson Yuri da Silva
Uninassau Parnamirim RESUMO
jammerson_yuri@hotmail.com O presente artigo tem como objetivo abordar uma discussão
sobre a violência verbal, física, moral e o bullying presentes na
sala de aula e fora dela. Para referenciar a presente pesquisa,
temos os teóricos Henri Wallon (1879-1962), Lev Vygotsky
(1896 - 1934) e artigos que abordam os diferentes tipos de
violência infantil, seja ela na escola ou no âmbito familiar.
Portanto, será exemplificado as formas de violência e seus
conceitos para elucidar e embasar o artigo em questão como
forma descritiva e quali-quantitativa por meio de um
formulário enviado aos docentes que responderam questões
associadas ao emocional, afetivo, cognitivo aprendizagem e
violência. Abordaremos também o reflexo dessa questão na
vida e na aprendizagem, bem como a análise dos resultados
coletados. O intuito final da pesquisa é obter um novo olhar
quanto ao reflexo da educação violenta no Ensino Infantil
como uma pauta indispensável para ser discutida durante o
processo formativo do estudante em sala de aula e alcançar o
olhar docente ao acolher, investigar e intervir nessas ações.
Palavras-Chave: Educação; Violência; Aprendizagem;
Docente; Emoção.

ABSTRACT
This work has like objective to address a discussion about verbal,
physical, moral violence and bullying present in the classroom and
outside of it. To reference this research, we have the theorists Henri
Wallon (1879-1962), Lev Vygotsky (1896 - 1934) and articles that
address the different types of violence against children, whether at
school or within the family. of violence and its concepts to elucidate
and base the article in question in a descriptive and quali-
quantitative way through a form sent to teachers where they will
answer questions related to emotional, affective, cognitive learning
and violence. We will also address the reflection of this issue in life
and learning, as well as the analysis of the results collected. The final
Artigo apresentado a UNINASSAU- aim of the research is to obtain a new look at the reflection of violent
PARNAMIRIM-RN, para obtenção education in Early Childhood Education as an essential agenda to be
do título de graduado (a) em discussed during the student's formative process in the classroom
Pedagogia. and to reach the teaching perspective by welcoming, investigating
and intervening in these actions.
Keywords: Education; Violence; Learning; Teacher; Emotion.

1
LAINE GOMES LOPES DE FREITAS 2

1 INTRODUÇÃO

Aprendemos a naturalizar atos de violência por se tratar de algo que se perpetua ano após
ano diante dos contextos que vivenciamos em toda parte do mundo. O que não paramos para
analisar são os riscos e sequelas que envolvem o estudante em seu processo de aprendizagem plena.
Portanto, destacamos a importância do presente tema quanto aos reflexos da educação violenta que
acaba sendo um assunto delicado de ser abordado, porém necessário na vida dos estudantes.
O ministério da educação juntamente com a UNESCO redigiu um documento falando
sobre a violência e o papel da escola diante disso, onde um dos trechos destaca: “A violência contra
crianças e adolescentes esteve presente na história da humanidade desde os mais antigos registros”.
Como afirma De Mouse, em uma visão bastante pessimista: “A história da infância é um pesadelo
do qual recentemente começamos a despertar” (BRASÍLIA, 2008, p 16).
Por muitos anos atrela-se a esse ato como uma forma de educar e disciplinar as pessoas na
sociedade, acreditando-se ser o melhor caminho para a aprendizagem. Neste cenário descrito sobre
a violência, não nos restringimos apenas ao ataque físico, mas a violência pode ser abordada em
diversos contextos, bem como: violência psicológica, física, moral, sexual e até mesmo no bullying
escolar.
Dito isto, enquanto docentes em formação, sabemos que a infância é o período que abrange
um melhor desenvolvimento intelectual na fase inicial dos estudantes, ofertando-o também uma
ampla busca e absorção de tudo aquilo que lhe é ensinado, tornando-se reflexo para sua
aprendizagem. Ao analisarmos o contexto geral dos processos de aprendizagens, encontramos
relações diretas com o emocional e o sentimental destes indivíduos durante o seu pleno
desenvolvimento formativo, reunindo os aspectos mencionados em conjunto à aprendizagem.
Porém, quando estes estudantes se encontram em um contexto violento, sua aprendizagem
sofre um abalo e pode desencadear alterações no desenvolvimento. Em se tratando de uma dessas
formas de violência expressa pelo bullying, Neto (2005, p. 169) afirma que

Os identificados como alvos/autores apresentam maior probabilidade de desenvolverem


doença mental, devendo ser considerados como de maior risco. Manifestações como
hiperatividade, déficit de atenção, desordem de conduta, depressão, dificuldades de
aprendizado, agressividade, além de todas as demais já citadas, podem ser encontradas.

Durante muitos anos a aprendizagem estava relacionada diretamente com a comunicação


violenta por parte dos responsáveis pelos estudantes, ou seja, associa-se esse ato como uma forma
de educação e impulso no processo de aprendizagem regular, exercendo assim uma dominação,
LAINE GOMES LOPES DE FREITAS 3

acreditando ser o melhor caminho para a aquisição do conhecimento (Santos, 2019). Porém, não
imaginam como elas precisam do cuidado, afeto e comunicação para que seja desenvolvido em todo
o processo humano sendo uma condição básica para a aprendizagem. Nesse sentido nos orienta
competência 9 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): “Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de
sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas”.
Pensando nisso, objetivamos apresentar a perspectiva de educação não violenta por parte
dos pais e docentes, que visa a validação dos sentimentos emocionais desses estudantes em todas as
etapas de aprendizagem que serão desenvolvidos no ambiente escolar. O foco aqui é adquirir um
olhar altruísta, considerando os sentimentos emocionais desses estudantes em seus processos de
aprendizagem plena, relacionando-se com o cognitivo e o emocional e, com isso, obtenham-se bons
resultados em seus estudos. Tendo dito isto, a aprendizagem deve-se estar em conjunto com a
comunicação, que implica a não violência na totalidade de sua verbalização, mas prezando-se pela
comunicação respeitosa.
O pensador e psicólogo Lev Vygotsky (1999) afirma que “a criança aprende para depois se
desenvolver, deste modo, o ciclo do estímulo das habilidades de um ser humano se dá pela
aquisição/ aprendizagem de tudo aquilo que o mesmo vivencia e constrói socialmente ao longo da
história da humanidade”. Portanto, ele enfatiza o ciclo social onde podemos prever que a família
(pai, mãe, irmãos) são os primeiros a fazer parte dele.
Portanto, a partir das premissas mencionadas, sabemos a importância de abordar o tema
proposto com um enfoque maior no reflexo dessas agressões na vida do estudante, bem como o
papel dos docentes nesse processo de construção de saberes, fazendo com que haja uma evolução
crescente em suas aprendizagens. Mas, para que isso ocorra, a relação de docente - estudante
precisa ser trabalhada na totalidade para além das reproduções de conteúdos elaborados naquele
momento de aula, mas um olhar humano para os sentimentos e emoções demonstrados ao longo dos
processos de formação.
Como orientadores e formadores, eles também são responsáveis pela construção do sujeito
por meio dos saberes adquiridos por eles ao longo de sua experiência na Educação Infantil. O papel
deles é encontrar meios de descobertas, de impulso e valorização do “eu”. Busca-se, portanto,
valorizá-los na totalidade para que entendam a sua importância também dentro da escola.
Não podemos normalizar alguns fatores que são gerados na estrutura física e emocional.
Podemos sim, trabalhar conjuntamente para que se disponha de uma Educação plena dessas
pessoas, mostrando-os a importância dos sentimentos para dentro das suas necessidades de
aprendizagem e como algo necessário para tal. Segundo Henri Wallon:
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A criança, para Wallon, é essencialmente emocional e gradualmente vai constituindo-se em


um ser sócio-cognitivo. O autor estudou a criança contextualizada, como uma realidade
viva e total no conjunto de seus comportamentos, suas condições de existência.

Nesse contexto, podemos perceber a importância do ser emocional, demonstrando ainda


mais a validação do afetivo como um precursor fundamental nos processos de ensino. Dito isto:

Para Vygotsky (1998, 2001, 2004) o desenvolvimento do indivíduo é um processo


construído nas e pelas interações que o indivíduo estabelece no contexto histórico e cultural
em que está inserido. A construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo
de interação social, e, portanto, é a partir da inserção na cultura que a criança, vai se
desenvolvendo (TASSONI, 2000), uma vez que as interações sociais são responsáveis pela
aquisição do conhecimento construído ao longo da história.

Ele enfoca isso como uma construção do sujeito em formação por meio da sociedade no
qual estão inseridos e demonstra ainda mais a importância dessas relações humanas em suas
diversidades. Como o meio tem uma total influência para os estudantes, podemos então analisar o
grau de relevância que o professor possui dentro e fora da sala de aula.
Se as interações sociais também são responsáveis pela aquisição do conhecimento, então as
pessoas que estão inseridas em contextos vulneráveis às diversas violências (psicológica, física,
moral, bullying) podem estar sendo formadas por esses acontecimentos. O formar do seu
psicológico, do seu lado afetivo, do emocional e das relações interpessoais interferem diretamente
na aprendizagem, partindo da premissa que o meio social molda a pessoa.
Portanto, as emoções devem ser validadas e estabelecidas como um sentimento importante
para a solidificação das aprendizagens em sala de aula. Talvez os aspectos mencionados não sejam
trazidos para dentro do contexto geral dos estudantes. Eles mesmos não sabem expressar o que
sentem por medo da compreensão distorcida ou de não serem levados à sério quanto ao sentir e
demonstrar.
O objetivo específico da presente pesquisa tem a finalidade de exemplificar os diferentes
tipos de violência, analisar as consequências da violência infantil causadas no emocional e no
processo de aprendizagem, entender a importância do meio social para a vida das crianças/
estudantes, apresentar o que os teóricos falam sobre o meio afetivo e quais os caminhos da pesquisa
em relação à opinião dos docentes frente às práticas apresentadas por meio do formulário.
Exemplificamos também a importância do incentivo ao olhar dos professores quanto a essas
práticas mencionadas, pois os sinais podem estar camuflados no desempenho escolar, causando um
prejuízo em sua aprendizagem, motivação, ânimo e humor.
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Com isso, no primeiro tópico, iremos detalhar os aspectos de violência e seus contextos,
exemplificando o que significa cada ato de violência (Psicológica, física, sexual e bullying) e os
respectivos contextos para o reflexo dessas práticas na vida e na aprendizagem. Abordaremos
também a violência e os caminhos da pesquisa, ou seja, os gráficos com as respectivas perguntas
elaboradas para os docentes, que responderam na sua perspectiva. Em seguida, falaremos sobre a
análise geral dos dados e discussões do que foi relatado ao longo de toda pesquisa bem como, os
feitos do formulário a partir das respostas obtidas pelos docentes por meio de questões objetivas. Já
no terceiro tópico, apresentaremos a análise geral e possíveis conclusões a respeito da prática de
violência no qual tem como objetivo descrever e esclarecer o porquê da prática violenta traz
consigo efeitos negativos para o processo de aprendizagem.
Com isso, a violência pode não estar explícita de uma forma clara e visível, mas pode ser
revertida no modo de agir, em uma atitude violenta, em uma fala diferente ou no isolamento sem
motivo aparente. Foi questionado também na análise dos dados os conceitos para refletir a respeito
da educação autoritária trazendo os aspectos emocionais do estudante como parte do reflexo da
violência. Foi questionado qual o tipo de violência é mais comum de ser identificado em sala de
aula.

2 A VIOLÊNCIA E SEUS CONTEXTOS

Sabemos que a violência é um tipo de comportamento que provoca danos a outras pessoas
por meio de forças verbais, físicas, morais, bullying, entre outros. É uma prática danosa cometida
por outra pessoa que deseja algo ou que tem um ataque de fúria repentina a partir de alguma ação
ou fala. Mas, algumas dessas práticas podem estar niveladas sutilmente. Com isso, exemplificamos
em seguida alguns tipos de violência e os diferentes contextos no meio social do estudante.

Quadro 1: Tipos de violência

TIPOS DE VIOLÊNCIA DESCRIÇÃO

Psicológica É o ato da agressão por meio da manipulação. Ela age diretamente no


emocional e no psicológico das pessoas. Humilha e chantageia com
palavras torpes, fazendo com que o indivíduo agredido acredite nas
palavras do agressor, causando um impacto emocional.

Física Está atrelada ao ato de espancar, jogar objetos e machucar, violando o


corpo do agredido por meio de hematomas visíveis. Um ato de coerção
como pode ser identificado também como uma forma de controle,
reações de raiva e classificação de posse
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TIPOS DE VIOLÊNCIA DESCRIÇÃO

Sexual É aquela em que se viola a vontade da pessoa quanto ao ato sexual,


obrigando o indivíduo a fazer o ato sem o seu consentimento.

Bullying O bullying une todas as formas de violência citadas, pois traumatiza o


indivíduo e paralisa-o diante das agressões, diante dos xingamentos,
pressões psicológicas, isolando o indivíduo, privando-o de participar e
de interagir com outras pessoas.
Fonte: Quadro produzido pela pesquisadora (2022).

Podemos notar que esses tipos de violência estão presentes em diferentes meios sociais e
podem estar inseridos de uma forma sutil, porém danosa à vida dos estudantes. Nesse contexto
social como um todo, devemos prezar pela integridade física e psicológica de cada estudante,
levando também a responsabilidade para a escola em relação a esses atos, pois é neste meio onde se
integra e se forma as crianças em seu desenvolvimento psíquico, afetivo, motor e cognitivo.
Os diferentes contextos de violências são mais comuns do que imaginamos,
principalmente dentro das escolas, pois ali é o lugar de diferentes culturas, jeitos, linguagem, ensino
e a personalidade formada por cada indivíduo onde há abertura para essas práticas. Com isso,
reforçamos que:

Fatores econômicos, sociais e culturais, aspectos inatos de temperamento e influências


familiares, de amigos, da escola e da comunidade, constituem riscos para a manifestação do
bullying e causam impacto na saúde e desenvolvimento de crianças e adolescentes (SBP, p
166, Jornal de Pediatria).

Tendo dito isto, sabemos a importância do meio para as pessoas em construção social,
principalmente as crianças que, desde o nascimento, estão em completa formação e
desenvolvimento. O fator de grande relevância para o desenvolvimento da aprendizagem é
justamente o ambiente no qual estão inseridos (Rousseau). Neste sentido, se compreende que o
meio exerce interferências diretas para formação dos sujeitos.
O contexto social e afetivo dessas relações para se adquirir o saber, tem uma influência
direta no processo formativo. Por isso, não podemos normalizar e naturalizar as violências como
algo que faz parte do meio e suas personalidades. Quando entendemos o valor de cada indivíduo de
uma forma completa para a valorização deles no ambiente escolar, entendemos também a obtenção
de uma aprendizagem saudável emocionalmente e fisicamente para o processo de formação ao
longo da vida.
O aluno como protagonista da sua história de formação, também é um sujeito que possui
ou deve possuir a autonomia, a integridade física e psíquica respeitada no ambiente escolar.
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Tendemos a vê-los apenas como alguém que precisa ser ensinado o tempo inteiro, sem deixar
espaços para expressarem o que estão sentindo emocionalmente nesse processo, o que pode ser
moldado, reformulado à seu nível de linguagem.
A confiança do professor é um papel importante a ser desenvolvido em sala, (Referência
em Educação integral, 2013) pois é a partir daí que se consegue obter um olhar diferente para cada
indivíduo, sabendo identificar quando algo não está indo bem a partir dos sinais demonstrados ao
decorrer das aulas e socialização. Se observa que muitos pais e educadores (Soares, 2020) focam na
aprendizagem como uma absorção de conteúdos levando em consideração apenas a necessidade do
aprender, independentemente das circunstâncias em que se encontram e, até mesmo, como essas
informações chegam até eles. Porém, a aquisição do conhecimento vai muito além dos aspectos
mencionados, mas um olhar diferente para as particularidades emocionais de cada estudante.

3 REFLEXOS NA VIDA E NA APRENDIZAGEM

As consequências da violência são inevitáveis. Podemos citar exemplos de como esse ato
afeta na aprendizagem: Baixo rendimento escolar, evasão escolar, dispersão nas aulas ministradas,
desinteresse acadêmico, dificuldade na área de resolução de problemas (Souza, 2008). Por outro
lado, temos também as consequências emocionais dos indivíduos onde é fomentado e intensificado
o medo e a vulnerabilidade das crianças diante das práticas de violência.

Resultados indicam que a presença da experiência de qualquer tipo de violência contra


criança está associada a problemas de comportamento. Especificamente, a sintomas de
externalização (incluindo agressividade e violação de regras) e a internalização, como
sintomas de ansiedade, retraimento e depressão (Revista Brasileira, 2017, p 24).

Ao falarmos sobre vivências e aspectos que afetam a vida do estudante, lembramos do


vínculo familiar onde o Teórico Vygotsky (1999) também destaca a importância do meio social da
criança e o papel da família nesse processo como necessário para o seu desenvolvimento cerebral e
cognitivo. É a partir das experiências vividas primeiramente na família que irá dar continuidade no
aprendizado e desenvolvimento ao longo dos anos seguintes.
Tendo em vista que os diversos fatores são determinantes para o processo do aprender
quanto aluno em formação contínua, principalmente no período inicial, destacamos a importância
do acolhimento familiar nesse processo por meio da identificação dos sinais mostrados quando estes
estão sofrendo algum tipo de violência. Após isso, destacamos a importância de falar a respeito da
violência encontrada em diversos meios, inclusive no ambiente escolar. Faz-se necessário um olhar
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humano por parte dos docentes para verificar tais práticas no qual às vezes estão visíveis de uma
forma clara ou implícita. No próximo tópico, analisaremos os gráficos respondidos pelos docentes
quanto aos aspectos violentos e suas consequências.

4 A VIOLÊNCIA E OS CAMINHOS DA PESQUISA

A pesquisa tem por finalidade a coleta de dados por meio de artigos e teóricos que
embasam a importância do afeto e o desenvolvimento da aprendizagem durante o processo da
aquisição dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes. A pesquisa se dá de forma exploratória
com o objetivo principal de analisar os reflexos da educação violenta no Ensino Infantil por meio da
participação dos docentes do Município de Parnamirim/RN.
A coleta de dados se deu através de um formulário com 11 perguntas e é um meio de
adquirir respostas quanto ao olhar docente dos que lecionam na Educação Infantil. O objetivo é
elucidar e firmar as questões apresentadas. Vygotsky (1999) afirma que

Quanto ao desenvolvimento e a aprendizagem do indivíduo, que são processos com raízes


sociais, portanto sócio históricos, e que se constituem nas interações no espaço social.
Segundo, para esta compreensão nos estudos com indivíduos, é necessário analisar os seus
fundamentos históricos, e a narração possibilita conhecer os acontecimentos e sentidos para
os sujeitos.

Gráfico 1: Ao observar um estudante que sofre violência (verbal, física, moral, psicológica, bullying), você como
docente, verifica alguma diferença no comportamento da criança em relação à sua aprendizagem?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).


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Observamos no gráfico 1 o olhar docente para as práticas de agressões. É possível notar


uma diferença significativa na aprendizagem dos estudantes durante alguma prática de violência
mencionada, e quando estes estão inseridos nesse contexto.

Gráfico 2: Você acredita que ações como gritos e punições quanto ao comportamento do estudante prejudicam o seu
desempenho em seu processo formativo?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).

Observamos no gráfico 2 uma reafirmação do primeiro. Durante o processo formativo,


existem temperamentos e comportamentos diferentes que existem nos alunos e precisamos ter a
compreensão de que os gritos e punições para intervir em algum comportamento, não se apresentam
como uma opção adequada para se adquirir o “controle” dos diferentes tipos de estudantes
existentes, de modo que o grito e a punição também são caracterizados como um tipo de violência e
pioram ainda mais a situação.
No gráfico 3, afirmamos a importância do acolher para compreender o sentimento da
criança. Diante das violências, o docente em seu processo de ensinar também tem o papel de
compreender e entender o porquê da reação de choro e birra constante do aluno. Deve-se ficar
atento a qualquer sinal mostrado por eles, visto que a maioria não sabe expressar os sentimentos
diante de uma violência sofrida. Podemos validar seus sentimentos dentro das salas de aula e
afirmando sua importância.
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Gráfico 3: Ao perceber nos estudantes ações como choro, birra, gritos que são reflexos de sentimentos. Qual a melhor
condução em sua visão docente?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).

Gráfico 4: Em relação a violência (gritos, violência moral, física, emocional e o bullying) você considera que pode ser
identificada facilmente?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).

No gráfico 4, questionamos se as violências mencionadas podem ser identificadas


facilmente. As respostas dos docentes ficaram divididas diante do questionamento, o que pode ser
preocupante a questão da não identificação dessas práticas, pois a partir da identificação é onde
encontrarão algumas respostas quanto à aprendizagem dos estudantes. Porém, uma porcentagem de
docentes respondeu que sim, podem ser identificadas.
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Gráfico 5: Você considera que as emoções e reações podem interferir no processo de socialização e interação com
outros estudantes?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).

Observamos no gráfico 5 a importância das emoções para o processo de socialização dos


estudantes com outras pessoas em seu meio social. O teórico Lev Vygotsky (1896-1934) afirma que
a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor, ou seja, o homem
modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Por isso destacamos a importância das
emoções para o contexto de socialização com o meio.

Gráfico 6: Em relação a educação familiar, você acredita que a criança é capaz de aprender sem precisar das
intervenções punitivas, como bater, gritar, colocar de castigo e etc?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).


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No gráfico 6, abordamos a relação familiar nesse processo de aprendizagem, haja vista que a
educação começa no âmbito familiar. As agressões também podem estar presentes neste contexto, o
que pode interferir no processo de aprendizagem dos estudantes.

Gráfico 7: Qual o tipo de violência é mais recorrente de ser identificado no processo formativo?

Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2022).

No gráfico 7, enfatizamos os tipos de violência que são mais comuns de serem


identificados. Neste sentido, a violência física e o bullying ganharam um maior destaque quanto a
percepção por parte dos docentes. É de suma importância o olhar para os alunos em seu processo de
aprendizagem levando em consideração o seu emocional e sentimento, visto que eles também criam
vínculos dentro das salas de aula e precisam da intervenção e cuidado por parte das pessoas que
convivem com eles durante o processo formativo.

5 ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÕES

Durante a presente pesquisa buscamos reafirmar o reflexo da Educação violenta no Ensino


Infantil em todos os sentidos e meios onde a criança/ estudante estão inseridos, não só na vida
acadêmica, mas na vida pessoal das relações construídas ao longo do seu processo formativo. O
papel da família para essa educação é o ponto principal, pois é aí onde se estenderá para o
desenvolvimento de outras relações, visto que a educação se inicia pela interação familiar (BIET,
SOARES, P 1).
O objetivo também é estimular os docentes a refletir sobre a temática, percebendo que
existe uma elaboração de estratégias para que seja desenvolvido um novo olhar quanto às questões
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que abarcam o ato violento. Assim, é possível identificar quando algo não está indo bem com
aquele aluno em seu processo de aprendizagem a partir dos sinais apresentados em sala de aula.
Destacamos a importância quanto ao conhecimento dos diferentes tipos de violência
(verbal, física, moral, bullying) e as intervenções necessárias para tal ato. De acordo com Assis,
Constantino e Avanci (2010, p 59) “A violência é um ‘fato humano e social’ que pressupõe o uso da
força, do poder e de privilégios para dominar, submeter e provocar danos a outros: indivíduos,
grupos e coletividades”. Não normalizar esses atos violentos é de suma importância para a vida em
todos os contextos.
O reflexo das violências também é retratado no emocional e no físico dos envolvidos.
Sabemos que essas duas premissas são questões relevantes para a aquisição do conhecimento e
aprendizagem, o que pode ser comprometido a depender das vivências. Vejamos uma das
influências no processo mencionado:

A violência doméstica, para muitas crianças e adolescentes, torna-se a principal causa de


inúmeros transtornos, podendo interferir nas mais diversas áreas das suas vidas. Nisto, um
dos pontos mais relevantes seria a sua influência na educação, tendo em vista que esse
grupo encontra-se em uma idade na qual ocorre um desenvolvimento fundamental, com
uma grande repercussão na vida adulta (SALES, 2019).

Portanto, ao analisarmos os atos contidos, estes podem ser percorridos durante anos na
vida de quem sofre ou sofreu algum ato de violência. Levar em consideração as marcas dessas
atitudes é algo a ser pensado e atrelado ao processo de aprendizagem. Muitas vezes, queremos
apenas o resultado pleno do aprender desses estudantes durante o ano letivo, mas sem levar em
consideração como eles estão por completo, não só na necessidade de absorver a matéria quanto aos
conteúdos ministrados, mas do conhecer-se em seu estado emocional e afetivo.

Assim sendo propomos articular emoção e aprendizagem, no sentido de que, o processo de


aprender (ou não aprender) pode estar relacionado a uma série de fatores, entretanto, um
deles é o fator emocional do aprendente. De acordo com Silva (2002), o afeto é um dos
fatores de motivação para futuras atitudes, pois são elas que define o rumo das ações e dão
a partida nas realizações de longo prazo (QUINTAMILHA, SILVA, P 8).

O acolher diante de alguma reação adversa ou contrária àquele aluno também é uma das
formas de demonstrar sinais diante de uma violência sofrida por eles e podem ser expostas de
diversas maneiras. O reflexo das violências mencionadas até aqui estão inteiramente ligadas à
aprendizagem. Se o meio muda o aluno, e o aluno muda o meio, então podemos dizer que esses
processos interferem diretamente no entendimento do estudante como algo que precisa ser
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investigado e intervindo durante o convívio em sala de aula bem como por meio dos pais ou
responsáveis.

Henri Wallon defende a ideia de que as relações do homem com o meio são de
transformações mútuas e o social influencia a evolução humana, sendo assim, o meio social
é compreendido como sendo indispensável ao ser humano, tanto para a construção do
sujeito quanto do conhecimento (RIBAS, CERVI, P 2).

A prática do Bullying de acordo com um artigo desenvolvido sobre o tema da violência e


suas consequências, destaca que: “As vítimas, testemunhas e agressores são os atores do bullying
que atuam, na maioria das vezes, nas instituições de ensino e essa violência mascarada na forma de
brincadeira provoca sérias consequências no processo de aprendizagem” (SANTOS, P 7, 8).
Carpenter e Ferguson (2011, p. 124) afirmam que

O bullying afeta diretamente o desenvolvimento escolar de uma criança. Por ser


constantemente maltratada, concentra suas forças em encontrar alternativas para escapar do
sofrimento. Vive em estado de alerta e suas únicas preocupações passam a ser controlar
suas emoções, evitar os bullies e chegar a casa em segurança. Estudar deixa de ser
prioridade, não consegue se concentrar nas aulas, evita participar dos trabalhos em grupos e
das atividades extracurriculares. Quando suas notas começam a cair, os pais e professores
começam a pressioná-la, seus níveis de estresse se elevam ainda mais. Em muitos casos,
acaba sendo reprovada e até desiste de estudar. É lamentável constatar que um bully tem o
poder de ameaçar o futuro educacional e as oportunidades de vida de uma criança. Ao se
sentir humilhada e perder a autoestima, ela pode deixar de aproveitar oportunidades que lhe
dariam melhores empregos e uma carreira de sucesso.

Podemos perceber nos diferentes tipos de relações as consequências de qualquer ato violento
cometido contra crianças e adolescentes. O que nos preocupa é o desenvolvimento de suas
aprendizagens, o seu vínculo social, afetivo e cognitivo, pois vimos que é refletido em todas essas
áreas mencionadas.
Ao analisar os questionários respondidos pelos docentes percebemos que o prejuízo
dessas agressões vão além das salas de aulas, mas destaca-se em seu emocional que muitas vezes
causam um impacto na aprendizagem dos estudantes. A identificação e abordagem diante das
agressões é algo que precisa ser construído diante dos professores por meio de seu processo
formativo, obtendo um grau de importância para com essas questões apresentadas, pois o reflexo
desses atos podem ser irreparáveis quanto ao retardo da descoberta por meio de intervenções
externas.
Durante o nosso processo de desenvolvimento como seres humanos, somos levados a
acreditar na educação autoritária de poder e rigidez quanto a necessidade de aprender independente
das circunstâncias apresentadas por nós. Devemos desmistificar a educação autoritária para que ela
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não seja atrelada a uma forma de ensino e aprendizagem. Precisamos aprender a validar as
emoções, a identificar e observar os sinais de agitação, grito, nervoso, timidez, ansiedade, depressão
e vários outros transtornos no qual o estudante apresenta quando este está inserido em algum
contexto violento.
O autoritarismo é a concentração de poder, a centralização do eu, o que acaba aniquilando
a vontade da outra pessoa (Bezerra, 2022). Isso faz com que o professor seja visto de uma forma
negativa quando passa a imagem de arrogância, não dando espaço para a fala dos estudantes em
sala no momento de interação, ou quando o que ele fala precisa ser feito daquela forma sem
abertura para possíveis indagações e sugestões. Para aprendizagem, isso pode ser um fato de perigo,
pois o aluno necessita de uma boa interação com seu professor.
Com isso, os dados do formulário nos mostram que a maioria dos docentes encontram
problemas na aprendizagem dos estudantes quando estes estão em situações vulneráveis às
violências sofridas. A identificação do ato não é algo fácil de ser percebido, mas se pararmos de
olhar para os estudantes apenas de uma forma autoritária e rígida, conseguiremos desenvolver uma
confiança em suas relações para que se adquira maior seguridade na relação professor-aluno e
aluno-professor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista os aspectos mencionados, observa-se que o reflexo da educação


violenta no Ensino Infantil é uma pauta indispensável para ser discutida durante o processo
formativo do estudante em sala de aula. Destacamos a importância do olhar docente para esses
sinais de agressões, seja ela física, moral, sexual ou por meio do bullying. Devemos procurar
integrar os alunos em seus aspectos únicos como também os aspectos gerais, exercendo uma boa
comunicação para com as relações professor-aluno e quebrar os protocolos ditos de que o professor
é um reprodutor de conhecimento, mas um acolhedor de sentimentos nesses processos
mencionados.
Desse modo, entende-se que a vida do estudante em formação está em desenvolvimento
constante a partir de tudo que os envolve, podendo afetá-los negativamente ou positivamente a
depender das situações vivenciadas, bem como a vida acadêmica incluída nesse processo. Devemos
ter em mente que, quando estes são expostos a violência seja ela qual for, irá acarretar em alguma
consequência na vida emocional e no aprender.
Sendo assim, sabemos que o acolher, o abraçar e o cultivo dos sentimentos de afetividade
durante os processos de aprendizagem são de suma importância para o desenvolvimento dessas
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relações, possibilitando uma abertura para identificação de algum problema que não está em um
bom andamento. O ambiente educacional é um lugar de integração, é onde os alunos passam a
maior parte do seu dia e possibilita ao professor um contato direto em suas relações para
compreender o que está se passando com o estudante, o porquê de a aprendizagem estar sendo
prejudicada. Será algum problema físico, emocional ou cognitivo? A intervenção precisa ser
imediata, pois o emocional e tudo que acontece em seu meio é um fator decisivo para sua formação
e desenvolvimento pleno da aprendizagem, trazendo os indivíduos para perto, demonstrando
carinho, troca afetiva e adquirindo confiança.
Portanto, faz-se necessário destacar ainda que, os processos emocionais influenciam
diretamente na vida e no aprendizado da criança, não podendo ser separado das vivências externas
para um convívio e aprendizado pleno dentro da sala de aula. Uma coisa não subsiste sem a outra.
Vemos que as atitudes e ocorrências durante o processo de vida podem ter influências diretas com o
nosso psicológico, envolvendo as emoções, o pensamento e o aprendizado, ao associarmos ao que
dizem os teóricos Henri Wallon (1996) e Lev Vygotsky (1984).

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE – QUESTIONÁRIO APLICADO

1) AO OBSERVAR UM ESTUDANTE QUE SOFRE VIOLÊNCIA (VERBAL, FÍSICA,


MORAL, PSICOLÓGICA), VOCÊ COMO DOCENTE, VERIFICA ALGUMA DIFERENÇA
NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA EM RELAÇÃO À SUA APRENDIZAGEM?

( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO CONSIGO IDENTIFICAR

2) VOCÊ ACREDITA QUE UM ESTUDANTE APÓS SOFRER UM ATO DE


VIOLÊNCIA, ISSO INTERFERE EM SUAS EMOÇÕES E HUMOR, O QUE PODE
PREJUDICAR O SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM?

( ) SIM
( ) NÃO

3) VOCÊ ACREDITA QUE AÇÕES COMO GRITOS E PUNIÇÕES QUANTO AO


COMPORTAMENTO DO ESTUDANTE, PREJUDICAM O SEU DESEMPENHO EM
SEU PROCESSO FORMATIVO?

( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO CONSIGO IDENTIFICAR

4) AO PERCEBER NOS ESTUDANTES AÇÕES COMO: CHORO, BIRRA, GRITOS


QUE SÃO REFLEXOS DE SENTIMENTOS. QUAL MELHOR CONDUÇÃO EM SUA
VISÃO DOCENTE?

( ) DEIXÁ-LO SOZINHO PARA REFLETIR


( ) ACOLHER PARA COMPREENDER O OCORRIDO
( ) IGNORAR

5) EM RELAÇÃO A VIOLÊNCIA (GRITOS, VIOLÊNCIA MORAL, FÍSICA,


EMOCIONAL E O BULLYING) VOCÊ CONSIDERA QUE PODE SER IDENTIFICADA
FACILMENTE?

( ) SIM
( ) NÃO

6) VOCÊ CONCORDA COM A EDUCAÇÃO AUTORITÁRIA PARA MANTER O


ALUNO FOCADO NA APRENDIZAGEM DOS CONTEÚDOS?

( ) SIM
( ) NÃO
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7) VOCÊ CONSIDERA QUE AS EMOÇÕES E REAÇÕES PODEM INTERFERIR NO


PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E INTERAÇÃO COM OUTROS ESTUDANTES?

( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO CONSIGO IDENTIFICAR

8) EM RELAÇÃO A EDUCAÇÃO FAMILIAR, VOCÊ ACREDITA QUE A CRIANÇA É


CAPAZ DE APRENDER SEM PRECISAR DAS INTERVENÇÕES PUNITIVAS, COMO:
BATER, GRITAR, COLOCAR DE CASTIGO E ETC...?

( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO CONSIGO IDENTIFICAR

9) VOCÊ ACREDITA QUE HÁ CONSEQUÊNCIAS NA APRENDIZAGEM E


VÍNCULOS AFETIVOS DA VIDA DOS ESTUDANTES QUANDO ESSE É EXPOSTO A
VIOLÊNCIAS?

( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO CONSIGO IDENTIFICAR

10) VOCÊ CONSIDERA QUE UMA DAS FORMAS DE AMENIZAR A VIOLÊNCIA, É


REBATENDO COM A MESMA VIOLÊNCIA, CAUSANDO UM IMPACTO PARA QUE
TUDO ACABE?

( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO CONSIGO IDENTIFICAR

11) QUAL O TIPO DE VIOLÊNCIA É MAIS RECORRENTE DE SER IDENTIFICADO


NO PROCESSO FORMATIVO?

( )VIOLÊNCIA FÍSICA
( )VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
( )VIOLÊNCIA SEXUAL
( )VIOLÊNCIA MORAL
( )BULLYING

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