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PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA:

CADERNO TEMÁTICO

A CONTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES


LÚDICAS NA DIMINUIÇÃO DA VIOLENCIA ESCOLAR

MANOEL RIBAS
2011
VERA LÚCIA DOS SANTOS DE OLIVEIRA

PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA:

CADERNO TEMÁTICO

A CONTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES


LÚDICAS NA DIMINUIÇÃO DA VIOLENCIA ESCOLAR

Produção Didática Pedagógica


apresentada ao Programa
Desenvolvimento Educacional - PDE,
sob a Orientação da Profº Ms.
Marcelo Romanzini, do Departamento
de Educação Física da Universidade
Estadual de Londrina.

MANOEL RIBAS
2011
APRESENTAÇÃO

Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem
medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que se
atua, em que se cria, em que se ama, se adivinha, a escola que apaixonadamente
diz sim à vida.
(Paulo Freire)

Vivemos em uma sociedade marcada por crises de ordem econômica,


social, religiosa, política, cultural e educacional. A escola como ambiente
propício às interações sociais sofre os efeitos dessas crises, refletidos no
aumento da agressividade e da violência, nos diversos ambientes escolares,
particularmente durante os intervalos entre as atividades formais. Isto pode
estar ocorrendo, também, devido à falta de ações mais significativas, ou
mesmo pela falta de experiência com atividades que envolvam o espírito de
colaboração e o respeito pela opinião do outro.
Segundo Lucon e Schwarts (2003, p.134):

“o recreio, por representar um intervalo maior entre as atividades


previstas, torna-se um momento propício para o aumento de atos
agressivos e exclusão, onde a falta de opções, de estímulos positivos
e o desconhecimento do universo lúdico, podem influenciar atitudes
de rebeldias, entre os diferentes grupos existentes dentro da escola,
que utilizam da violência para resolverem alguns fatos”.

É significativo o número de alunos que se queixam de serem alvos de


atos de violência, seja física ou verbal no ambiente escolar e tais atos ocorrem
geralmente durante os intervalos das atividades regulares.
Deste modo, o professor de Educação Física pode se utilizar das
atividades lúdicas nos intervalos, como meio de proporcionar experiências
prazerosas que permitam uma maior sociabilidade e bem estar aos seus
alunos, buscando contribuir para a minimização das situações de violência no
ambiente escolar.
O presente caderno temático é fruto de questionamentos e reflexões de
uma seqüência de conhecimentos adquiridos ao longo do Processo de
Formação Continuada da Professora PDE. Assim, diante das várias violências
que a escola vem sofrendo, torna-se essencial uma formação sólida e
renovada, capaz de permitir ao professor refazer, repensar e avaliar a sua
prática pedagógica e com isso intervir no cotidiano escolar e por isso este
caderno temático aborda o compromisso de todos os professores com a sua
prática pedagógica.

INTRODUÇÃO

Pretende-se com esse trabalho realizar uma pesquisa bibliográfica sobre


a importância dos jogos e brincadeiras na diminuição da violência escolar. Para
que isso fosse possível foram realizadas várias leituras de autores que tratam
sobre o assunto.
Como vivemos na emergência de novos paradigmas com desafios que
precisam ser superados a fim de não ficarmos à margem da modernidade. E
nesse contexto de mudanças e incertezas que estão inseridas a educação e a
escola. Embora na prática, na vivencia diária, a escola não tenha mudado
muito sua forma de atuar, estudiosos da área debruçam-se sobre a questão a
fim de buscar um novo fazer, objetivando melhorar a qualidade para todos do
ensino oferecido.
Neste mar de incertezas, não sabemos qual o caminho certo. Há uma
infinidade deles. É necessário escolher algum e toda a escolha é um risco, mas
urge fazer essa escolha, fazer uma educação diferente que vise à construção
de um homem solidário, fraterno, e aberto ao novo, interagindo com o universo.
Esta produção pedagógica foi subdividida em três subunidades: a
Violência Escolar; os Jogos Cooperativos e Competitivos; e os Jogos e
Brincadeiras.
A subunidade Violência Escolar, tem como foco norteador, disponibilizar
conhecimentos e ferramentas para o enfrentamento das questões referentes à
violência no ambiente escolar, de modo a conduzir o esclarecimento de
questões relacionadas à ordem social, econômica e cultural da sociedade e dar
subsídios ao professor para que este possa intervir no seu dia-a-dia escolar.
A subunidade Jogos Cooperativos e Competitivos aborda a
diferenciação entre estes jogos, bem como a relação social que se estabelece
entre os participantes em cada um deles, de modo a oferecer aos professores
subsídios para ampliar sua visão quanto à utilização dos Jogos Cooperativos,
que podem trazer grandes benefícios no processo dos relacionamentos.
A terceira e última subunidade, busca reafirmar que os Jogos e
Brincadeiras podem ser um importante veículo para diminuição da violência
escolar, além de ampliar os vínculos afetivos e sociais entre os estudantes.
A escolha destas subunidades para compor o caderno temático pautam-
se no que expõe Angulski et al (2008, p.5), quando afirmam que:

“tais reflexões partem da premissa de que a Educação Física na


escola, atualmente se resume, na maioria dos casos, na prática do
esporte de forma descontextualizada, sem uma intenção pedagógica
clara e que não leva o aluno a compreender a realidade para superá-
la. Dessa maneira, as aulas acabam se constituindo em um
agrupamento de atividades que, por não fazerem parte de um projeto
pedagógico maior e de um efetivo trabalho pedagógico do/a
professor/a, torna-se sem sentido e desprovido de significados,
materializando-se na prática pedagógica de forma mecânica e
superficial”.

Esta maneira de conduzir a disciplina de Educação Física nas escolas


foi adquirindo significados diversos e podem tentar se transformar com a
aplicação de uma prática pedagógica centrada na mediação entre professores
e alunos, na busca de um objetivo comum.

UNIDADE I - VIOLENCIA ESCOLAR

Hoje em dia a violência tornou-se uma constante em nossas escolas. Os


adolescentes muitas vezes não conseguem lidar com suas emoções, e nem
com suas frustrações, não toleram regras, nem mesmo se compreendem.
Entender e buscar respostas são cruciais para se trabalhar com a realidade
dos jovens agressivos.
Compreender e saber diferenciar agressividade de agressão é de suma
importância, pois a primeira é um instinto natural do ser humano, é a
capacidade de preservação e sobrevivência do ser humano. E a segunda é a
utilização deste instinto de agressividade de forma desarmônica, levando a
violência a atos extremos.
A violência escolar, nas ultimas décadas, adquiriu uma grande
visibilidade em toda a sociedade, existindo atualmente, uma grande percepção
de violência em todas as escolas

Antes de tudo é preciso deixar claro o que de fato constitui a violência.


Ninguém é violento sozinho, precisa sempre existir outro, sua característica é
uma ação baseada na força e no poder de um sobre o outro, Piaget ainda
afirma que “a critica nasce da discussão, e só é possível entre iguais: portanto,
só a cooperação realizará o que a coação intelectual é incapaz de realizar”
(PIAGET, 1994, pp. 298-299).

Os autores Bee (1986) e Goleman (1995) citados por Lucon e Schwartz


(2003, p.2) salientam a respeito da violência que afeta o ambiente escolar:

“que, tanto a realidade social (família, escola, amigos), quanto os


estímulos gerados pela mídia, principalmente a televisão, podem
interferir na formação de indivíduos agressivos que utilizam a
agressividade como estratégias de resolução de problemas, tanto
dentro como fora do ambiente escolar”.

Assim, “é por meio das situações de brincadeira que se podem


desenvolver os vínculos afetivos e sociais positivos” de modo que sempre se
busque instrumentalizar a educação para a vida (SENICATO, 1998 citado por
Lucon e Schwartz, 2003, p.3). Ainda, de acordo com Brotto (2001), a recreação
é uma forma específica de atividade, uma atitude ou disposição, uma área da
vida rica e abundante, a vida fora das horas de trabalho.

Portanto, a utilização de atividades lúdicas nos recreios pode ser uma


das possíveis soluções para a violência escolar, haja vista que ao brincar o
indivíduo desenvolve vínculos afetivos e sociais, aprendendo a conviver em
grupo.

O compromisso cada vez mais firme dos educadores e outros


profissionais que atuam diretamente junto às crianças começam a produzir
mudanças nas instituições quanto ao enfrentamento desta violência. No
entanto, muitos se perguntam sobre a responsabilidade da família, e constatam
a situação complexa em que esta se encontra.

Vivemos em um período histórico caracterizado pelas incertezas, em


que a única segurança possível é compreendermos a velocidade com que com
que as mudanças ocorrem na vida humana, nas instituições.

Segundo Jr. Rebelo (2011), [...] geralmente existem três tipos de


pessoas envolvidas nessa situação de violência que são: o espectador, a
vítima e o agressor. A vítima costuma ser a pessoa mais frágil, com algum
traço destoante do “modelinho” culturalmente imposto pelos seus pares, traço
este que pode ser físico têm poucos amigos, são passivas e não reagem aos
atos de agressividade sofridos. [...] O agredido costuma ser uma pessoa que
não dispõe de habilidades físicas e emocionais para reagir, tem um forte
sentimento de insegurança e um retraimento social suficiente para impedi-lo de
procurar ajuda. [...] Os espectadores, representados pela grande maioria dos
alunos, convivem com a violência, se sentem incomodados, mas se calam em
razão do temor de se tornarem as próximas vítimas.

Autores como Lago, Massa e Piedra (2006) defendem que a violência


escolar pode manifestar-se das seguintes formas: violência física (como
agressões, empurrões, agressões com objetos); violência verbal (insultar,
colocar apelidos nos colegas, ridicularizar a pessoa publicamente); violência
psicológica (através de ações a deteriorar a auto-estima da vitima, e fomentar a
sua sensação de insegurança e receio); violência social (propagação de
rumores humilhantes sobre a vítima, pretendendo desta forma o isolamento e a
exclusão desta); violência indireta (quando é feita a agressão a um terceiro).

Violência é uma palavra que está em moda devido aos muitos casos que
estão sendo detectando nas escolas e colégios, e que levam estudantes a
viverem situações verdadeiramente aterrorizadoras, através de constantes
ameaças, insultos, agressões, humilhações, etc., e assim tê-lo sob seu
completo domínio durante meses, inclusive anos. A vítima sofre calada.

São inúmeros os fatores que levam uma criança ou um adolescente a


um ato violento. A desigualdade social é um dos fatores que levam um jovem a
cometer atos violentos, a situação de carência absoluta de condições básicas
de sobrevivência tende a embrutecer os indivíduos, a influência de grupos de
referência de valores, crenças e formas de comportamentos seriam também
motivação para o jovem cometer crimes. “A partir desse... de estar numa
posição secundária na sociedade e de possuir menos possibilidades de
trabalho, estudo e consumo, porque além de serem pobres se sentem
maltratados, vistos como diferentes e inferiores. Por essa razão, as percepções
que têm sobre os jovens endinheirados são muito violentas e repletas de
ódio..." ABRAMOVAY et al. (1999) . Muito se comenta a respeito dos graves
problemas decorrentes da violência escolar, enfrentados por alunos e
professores. A verdade é que a instituição escolar vem perdendo seu caráter
transformador e seu poder de combater a violência.

As crianças passam a reproduzir o modelo educativo familiar com o qual


foi criada, a prevenção deve começar cedo nas séries iniciais, trabalhando
valores e princípios tão necessários quanto carentes em nossa sociedade.
Segundo alguns autores (PORTO, 2002, p. 153; HAYECK, 2009, p. 2), é
arriscado expor um conceito da palavra violência, pois ela pode ter vários
sentidos. O alto índice de agressividade, as consequências emocionais e
morais, se não físicas, mostram a necessidade de reflexão, ponderação e
ação. Importante lembrar que a família, escola e comunidade, cada qual deve
tomar para si a responsabilidade de combater e prevenir a violência escolar,
uma vez que as causas e consequências repercutem em todos.

Silva (2004) considera que o aumento da problemática da violência na


sociedade está relacionado, também, com a maneira como tais situações são
apresentadas pelos meios de comunicação de massa. São comuns os
programas televisivos, infantis e adultos, exibirem programas (desenhos e
filmes) com cenas de violência de todos os tipos: físicas e morais. Ele
considera,

[...] como mais um fator de promoção da violência a maneira como ela tem
sido veiculada pelos meios de comunicação: o real é transmitido na forma
de espetáculo, o que acaba não sensibilizando ninguém, e a virtual com um
grau de realismo que faz com que seja confundida, a ponto de não saber
mais quando se trata de uma ou de outra. Ao contrário, os meios de
comunicação têm contribuído para a banalização deste fenômeno [...] A
violência passa a ser vista como algo comum e até certo ponto como um
fenômeno normal, e quiçá natural. (SILVA, 2004, p. 82).

E necessário mostrar a cada aluno, professor e funcionário sua co-


responsabilidade em transformar a escola, em fazer agradável e amistoso o
ambiente escolar, onde todos são aceitos e respeitados.

Por este fato acaba por ser extremamente importante encontrarmos


medidas para combater esta violência, devido essencialmente às
conseqüências que ela acaba por causar nos elementos envolvidos
(testemunhas, agressores e vitimas). Estes alunos acabam por conviver num
meio escolar, com um nível de ansiedade, medo e agressividade que lhes
poderá afetar decisivamente o seu processo de desenvolvimento e
aprendizagem.

Este fenômeno existe em todas as sociedades; tendo sua incidência


vinda a agravar-se de forma alarmante. Por isso é extremamente relevante
encontrarmos medidas para combater essa problemática. Sendo assim, é de
extrema relevância, que todos estejamos cientes das conseqüências e efeitos
negativos destes comportamentos para a saúde mental dos indivíduos.

Apesar da maioria dos comportamentos de violência ocorrerem na


escola, a sua prevenção devera centrar-se em toda a comunidade, salientamos
que toda as pessoas tem um papel importante a desempenhar no auxilio desta
perturbação, que são: Família, Escola, Comunidade, Crianças, Jovens.

UNIDADE II - JOGOS COOPERATIVOS E JOGOS COMPETITIVOS

Jogos cooperativos e competitivos são jogos feitos para unir pessoas, a


preocupação não é de ganhar e sim se divertir e de se contrair. Nos jogos
cooperativos existe cooperação, que significa agir em conjunto para superar
um desafio ou alcançar uma meta, enquanto que nos jogos competitivos cada
pessoa ou time tenta atingir um objetivo melhor do que o outro.
Qual proposta não ambiciona simplesmente substituir a competição pela
cooperação e sim demonstrar outra forma de jogo, mais democrática e flexível
em que o interesse está na participação, na diversão, na criação. Sem a
pressão de ter que vencer sempre (BROWN, 1994).

O jogo cooperativo denomina-se assim o jogo em que todo o grupo


colabora combinando as diferentes habilidades dos indivíduos para conseguir
um objetivo comum, todos ganham ou todos perdem se não se consegue
alcançar o objetivo proposto.

Os Jogos Cooperativos sempre estiveram inseridos na sociedade,


porém começaram a ser mais valorizados na década de 1950 nos Estados
Unidos através do trabalho de Ted Lentz. Já no Brasil, um dos primeiros a
produzir textos sobre Jogos Cooperativos foi o professor Fábio Otuzi Brotto
(SOLER, 2003).

Nas aulas de Educação Física há uma predominância muito forte do


espírito competitivo através dos jogos que sempre visam um vencedor. Nesse
sentido, a introdução dos Jogos Cooperativos como conteúdo da Educação
Física seria de suma importância para o rompimento da tradição unívoca do
esporte competitivo (CORREIA, 2007).

Segundo Reinado Soler (2008), os Jogos Cooperativos sempre


existiram, consciente ou inconscientemente. A competição ganhou ênfase na
sociedade moderna quando a riqueza passou a ser controlada apenas por
alguns e estes tinham poder sobre os outros. Ainda segundo este autor, na
organização social anterior ao surgimento da distribuição do poder, os homens
eram eminentemente cooperativos, dividiam mais e não existia quem fosse
mais ou menos importante. Talvez os argumentos de Soler sejam por demais
romantizados, mas o fato é que há culturas que lidam com a questão da
competição e da cooperação de modo diferente ao da sociedade capitalista.

Brotto publicou em 1995 o livro “Jogos Cooperativos”: se o importante é


competir o fundamental é cooperar, que serviu de referência para vários
pesquisadores brasileiros. A partir daí, foram criados vários projetos
organizados pelo Projeto Cooperação de Brotto, sempre destinados ao
desenvolvimento de programas que visam à cooperação (SOLER, 2008). Os
Jogos Cooperativos têm como características principais a participação de
todos, a não exclusão por falta de habilidade, a mistura de grupos e a diversão.
Nesse tipo de jogo, o resultado não é a principal preocupação, mas sim a
diversão o prazer em jogar, a união do grupo que não se preocupa com o
fracasso ou o sucesso, com o vencer ou perder (BROTTO, 1995).

Reinaldo Soler (2008) utiliza em seu livro Brincando e Aprendendo com


os Jogos Cooperativos um quadro com características competitivas e
cooperativas elaboradas por Brown (1994). Esse quadro denota certo
radicalismo em comparar competição e cooperação. Para esses autores,
competição é sinônimo de desordem, desunião, trapaça, esperteza, frustração,
repúdio, etc.

Brotto (1999), ao abordar essa relação, entre cooperação e competição,


em sua dissertação de mestrado, faz ponderações interessantes:

[...] apesar da comparação apresentada, não há uma divisão rígida e


linear entre essas duas formas de jogar. Na realidade existe uma
aproximação muito estreita entre jogar cooperativamente e jogar
competitivamente (p.77).

Segundo Reinado Soler (2008), os Jogos Cooperativos sempre


existiram, consciente ou inconscientemente, onde existe cooperação, que
significa agir em conjunto para superar um desafio ou alcançar uma meta,
enquanto que nos jogos competitivos, cada pessoa ou time tenta atingir um
objetivo melhor do que o outro.

Através de jogos cooperativos torna- se mais fácil criar um bom espírito


de grupo, de elementos ligados por laços solidários e afetivos. Antes de
começar uma sessão de jogos cooperativos convém que as pessoas se
conheçam mutuamente para criar um ambiente mais familiar. Os jogos de
apresentação podem constituir um bom instrumento para criar esse ambiente
favorável.
No final dos jogos cooperativos deve haver um espaço para todos
dialogarem sobre a experiência, fazendo o confronto entre estratégias
competitivas e cooperativas. O que se ganha e o que se perde em cada uma
delas?
Os Jogos Competitivos são jogos que possuem regras rígidas, que
sempre eliminam um grupo e que o objetivo principal é vencer. Mas ao
analisarmos bem, nesse tipo de jogo também há cooperação entre a equipe,
também há união entre os jogadores e também podem ser muito divertidos. E,
nosso objetivo com o trabalho não é criticar esse tipo de jogo, mas analisar
possibilidades de diversificar formas de se jogar, alternativas que permitam a
participação de toda a criatividade, a adaptação de regras e não somente a
reprodução do que já está pronto.

Da mesma maneira que há cooperação nos Jogos Competitivos,


também há competição nos Jogos Cooperativos, como é o caso dos jogos de
inversão que é um jogo baseado no esporte de rendimento, como por exemplo,
o Voleibol, em que a diferença está na adaptação das regras que permite a
participação de todos os jogadores nos dois times, dessa maneira, há
competição e não rivalidade entre as equipes. Podemos também citar como
exemplo de cooperação competitiva a criação de cooperativas cujas
legislações que as regulamentam deveriam ser baseadas em princípios
cooperativos e ao mesmo tempo ser flexível para permitir que estas possam
competir em condições iguais com outros tipos de empresas. Apesar tais
assertivas parecerem óbvias, ainda existe autores que consideram competição
e cooperação como elementos diametralmente opostos.

Os jogos, as brincadeiras, devem sempre dar condições para que todos


os que pratiquem sintam prazer em estar fazendo uma atividade que lhes
tragam o autodesenvolvimento e não uma oportunidade de destruir os outros,
preponderantemente, estas atividades lúdicas favorecem a socialização,
contribuindo ativamente a não violência e indisciplina. Segundo HAIDT (2000),
a participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito
mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de
responsabilidades, disciplina, iniciativa pessoal e coletiva.

Os jogos competitivos são defendidos por alguns como um artifício


importante na educação das crianças, tendo como base de que assim ficariam
melhores preparadas para viverem num mundo competitivo como o nosso.
Porém, a competição – quando trabalhada em excesso – diminui a auto –
estima e aumenta o medo de falhar, reduzindo a expressão das capacidades
pessoais e o desenvolvimento da criança. Ela favorece a comparação entre as
pessoas e a exclusão baseada em poucos critérios. Um ambiente competitivo
aumenta a tensão e a frustração, podendo desencadear comportamentos
agressivos (FERNANDES, 2006).
A maioria dos professores de educação física tem experiências variadas
com os jogos competitivos, mas poucos procuram uma alternativa com os
jogos cooperativos. Até hoje, grande parte dos programas de educação física e
de jogos praticados nas escolas pouco ou quase nada ofereceu como
alternativa aos jogos competitivos (CORREIA, 2006).
A ênfase é dada ao ensino de jogos esportivos, em que as habilidades
técnicas são os pontos centrais do conteúdo desenvolvido, além do mais, numa
aula de Educação Física é comum que a comunicação verbal se restrinja a
simples indicações e orientações técnicas por parte do professor. Se o
professor atual não fizer uma leitura crítica do conteúdo e da metodologia que
irá trabalhar junto aos alunos, poderá ministrar a mesma aula tecnicista que
recebeu, reproduzindo movimentos técnicos e acentuando o rendimento em
detrimento da participação (ABRAHÃO, 2004).
Por isso, um grande desafio para o professor é mudar sua prática de
ensino e exercer seu papel de mediador, mostrando aos alunos que aquele é
um espaço de aprendizagem. Não cabe mais aos profissionais de Educação
Física ensinar a competitividade, a desunião, formação de grupos fechados, no
qual apenas dez alunos são bons em um esporte e o restante tem que ficar
olhando.

UNIDADE III – JOGOS E BRINCADEIRAS

As crianças ao nascerem são introduzidas num contexto social. Os


adultos ao conviver com elas, transformam-se em parceiros de seus jogos e
brincadeiras, e não se dão conta dessa importância.
Os educadores devem trabalhar jogos e brincadeiras. Ao brincar a
criança transforma o seu mundo em realidade o que era imaginário, torna-se
real, onde as crianças fazem conexões e interagem com o meio e se
descobrem. É uma atividade necessária no relacionamento entre as pessoas, e
uma possibilidade para que a afetividade, prazer, cooperação, autonomia,
imaginação e criatividade cresçam e que o outro construa através da alegria e
do prazer.
Jogos e brincadeiras e uma maneira privilegiada de desenvolver a
aprendizagem. Na medida em que crescem, as crianças transportam para suas
brincadeiras o que vêem, escutam, observam e experimentam. Onde ficam
ainda mais atraentes quando os diferentes conhecimentos a que tiveram
acesso podem ser combinados. Combinações, extremamente inusitadas aos
olhos dos adultos, as crianças mostram suas visões de mundo, suas
descobertas.
Algumas escolas desvalorizam o brincar em relação a outras atividades,
consideradas mais produtivas e importantes. A brincadeira acaba ocupando o
tempo da espera, do intervalo.
Brincar é mais do que uma atividade sem consequência para a criança.
Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que
vive e se relaciona com este mundo. Segundo FREIRE (2002), as brincadeiras
têm grande significado no período da infância, onde de forma segura e bem
estruturada podem estar presentes nas aulas de Educação Física dentro da
sala de aula.

Brincar é o maior bem que o ser humano possui. É através das


brincadeiras que se conquistam espaços e abrem-se horizontes a cada jogada,
numa constante troca de experiência em que o conhecimento sempre é
reelaborado, valorizando a riqueza do prazer de usar o corpo em movimento.

Vygotsky (1991) considera a brincadeira uma grande fonte de


desenvolvimento que, como foco de uma lente de aumento, contem todas as
tendências do desenvolvimento de forma condensada. Para o autor, a
brincadeira fornece ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e
da consciência. Pois, nas brincadeiras, as crianças ressignificam o que vive e
sentem.
Kishimoto (2003) entende o brinquedo como o suporte de uma
determinada brincadeira. Ele pode ser concreto ou ideológico. Objeto cultural
que não pode estar distante da sociedade. Ele deve ter como referência direta
a criança e a sua história. Deve também apresentar uma estreita ligação com a
história da criança. A brincadeira, para Kishimoto (2003), é a descrição de uma
conduta estruturada, abrangendo regras e jogo infantil, com o intuito de
possibilitar o envolvimento das crianças durante um determinado tempo.

Para Huizinga (1993), o jogo é uma atividade voluntária, realizada em


determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras definidas
livremente, mas de caráter obrigatório, acompanhada de um sentimento de
tensão, de alegria e de ser diferente da vida cotidiana.

Nas palavras de Rodrigues (1993) o jogo constitui um veículo


educacional muito importante. É um fenômeno cultural e biológico, constitui
atividade livre, alegre que encerre um sentido, uma significação; favorece o
desenvolvimento corporal; estimula a vida psíquica e a inteligência; contribui
para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade. As
brincadeiras propiciam uma grande interação entre os participantes e, numa
ação comunicativa entre as crianças, nos permitem revelar a importância para
aprendê-lo.

Brincando a pessoa relaxa, e a ludicidade acontece com descontração e


cresce gradativamente. À medida que ela vai se envolvendo em uma atividade
lúdica, aos poucos se revela com seus defeitos, suas qualidades, suas
carências e seus pontos fortes. Para um educador cauteloso e preparado essa
experiência é de grande valor como facilitador no processo ensino-
aprendizagem.

Segundo Freire, (2002, p.119) “Quem vai ao jogo leva, para jogar, as
coisas que já possui que pertencem ao seu campo de conhecimento, que já
foram aprendidas anteriormente em procedimentos de adaptação, de
suprimento de necessidades objetivas”.
Mesmo não tendo a pretensão de educar ele educa, já que por meio da
brincadeira nos socializamos com o outro e aperfeiçoamos o aprender a
conviver.

Através do vantajoso caminho da alegria, do prazer, do relacionamento


amigável com o outro, ela descobre como se preparar para novos desafios,
superando dificuldades no presente, e sendo encorajada a aprendizagens
inéditas que lhe servirão de alicerces sólidos para o seu futuro, tanto na escola
como na vida

A grande maioria dos jogos continua sendo capazes de despertar a


curiosidade e o prazer das crianças nos dias de hoje. Alguns deles, como a
amarelinha, por exemplo, Os jogos tradicionais têm forca para atravessar o
tempo e o espaço, mas poucos conseguem atravessar os muros das escolas.
São varias as condições indispensáveis para desenrolar os jogos e
brincadeiras, garantindo certa liberdade de escolha pela criança. O papel do
adulto e fundamental nesse processo, pois o ambiente que a cerca influencia
suas experiências lúdicas.
A importância de usar os jogos como meio educativo para superar os
preconceitos e vícios adquiridos no dia a dia, e para acentuar as vivências
positivas é porque através dele, descobrimos caminhos diferentes para nos
tornarmos uma pessoa melhor.

Dentro dos seus estudos Freire, (2002, p. 87) explica que “o jogo é [...]
uma das mais educativas atividades humanas [...]. Ele educa não para que
saibamos mais matemática ou português ou futebol; ele educa para sermos
mais gente, o que não é pouco”.

A criança brincando exercita diversos sentimentos, que auxiliam no


amadurecimento de suas emoções enquanto joga: ajudar, ser ajudado,
superar-se, ser superada, alegria, tristeza, raiva, compaixão, etc. São todos
sentimentos que levam a maturidade emocional. Uma boa garantia de um
adulto mais equilibrado e adaptado socialmente é uma inteligência emocional
ajustada, e isto, o jogo bem conduzido pode contribuir.
Conforme Freire (2002, p. 82-83) “O jogo ajuda a não deixar esquecer o
que foi aprendido [...] faz a manutenção do que foi aprendido [...] aperfeiçoa o
que foi aprendido [...] vai fazer com que o jogador se prepare para novos
desafios...”

O lúdico utilizado como meio de aprendizagem deve ter seus elementos


bem analisados, para que ele seja um meio na construção do conhecimento. O
aluno aprende através do caminho da alegria, do prazer, do relacionamento
amigável com o outro, então é importante que o jogo seja o instrumento que
possibilitará isso.

Pereira (2005), por sua vez, chama a atenção de que as brincadeiras


são uma linguagem que perpassa toda a nossa experiência de vida. São
gestos, sons, expressões, inflexões, declarações e imagens que se inter-
relacionam. Podemos estabelecer nossa forma de trabalho nessa linguagem,
mas precisamos saber o que estamos fazendo. O educador precisa
constantemente procurar saber o que o brincar tem a ver com o seu trabalho.
Os jogos e brincadeiras devem envolver conteúdos e ações pré-
estabelecidas que regulem a atividade do grupo, contribuindo para a
compreensão de como são estabelecidas as regras e normas de convivência
social. Desta forma o jogo não apresenta apenas experiências vividas, mas
prepara a criança para o que está por vir, exercitando habilidades e
principalmente estimulando o convívio social. Por tudo isso, ressalto o grande
valor educativo do jogo e a importância de se trabalhar esse conteúdo nas
escolas, de forma comprometida com a formação física, intelectual, moral e
social do aluno.

Os jogos, as brincadeiras, devem sempre dar condições para que todos


os que pratiquem sintam prazer em estar fazendo uma atividade que lhes
tragam o autodesenvolvimento e não uma oportunidade de destruir os outros,
preponderantemente, estas atividades lúdicas favorecem a socialização,
contribuindo ativamente a não violência e indisciplina. Segundo HAIDT (2000),
a participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito
mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de
responsabilidades, disciplina, iniciativa pessoal e coletiva. Além disso,
necessitamos de algumas ferramentas para podermos interagir com os alunos
e para poder atingi-los efetivamente, no que diz respeito à violência escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O homem em sua globalidade é um ser que possui um corpo físico e um


corpo mental. Portanto ele não é uma maquina e sim um ser biológico e
dinâmico. Enquanto o corpo físico é uma forma estética o mental da sentido a
este corpo.
No trabalho com jogos e brincadeiras é possível desenvolver com o
aluno atividades que favorecem todas as duas dimensões corporais do homem,
pois além da preocupação com o desenvolvimento das habilidades físicas e
conhecimento do próprio corpo, age sobre as funções mentais e
comportamentais levando a maior harmonia do corpo com a mente
Estes elementos impulsionaram o interesse deste estudo, em
procurar investigar sobre a perspectiva de atuação da atividade lúdica como
um diferencial na minimização da agressividade no contexto escolar. E a
educação física é uma área particularmente interessante para abordar esse
conflito pelo seu caráter socializador, porque se desenvolve em um marco
lúdico e motriz de inter-relação no qual aflora o lado emocional do aluno. As
discrepâncias surgem a miúdo e existe a possibilidade de trabalhar com
conflitos reais no momento em que se produzem, podendo abordá-los desde
seus primeiros estágios, ou inclusive antes que se produzam, sem esperar a
que explodam como uma crise difícil de acometer, podendo assim analisar e
buscar soluções criativas para aplicar no presente e no futuro, quando surja a
necessidade. Escolhi este tema porque quando criança gostava muito da aula
de Educação Física, pois sabia que seria um momento prazeroso e satisfatório.
Vejo que hoje as crianças ainda aguardam este momento, então por que não
tornar este momento além de prazer e satisfação em momento de
aprendizagem e construção social.

Diante de todas estas afirmações, formuladas por estudiosos e


educadores na área de Educação e notando que cada vez mais os alunos
demonstram comportamentos e atitudes agressivos, ferindo tanto a integridade
física, quanto psicológica de colegas e professores. Por esse motivo, faz-se
necessária uma investigação mais consistente das causas dessa violência,
bem como, as possíveis alternativas para compreender e modificar essa
situação. Com tudo isso, é possível compreender a importância dos jogos e
brincadeiras para amenizar a violência escolar.

A escola é um espaço qualificado para aplicar propostas educativas e


de aprendizagens para a tolerância, e o brincar pode ser um instrumento
mediador para a formação moral, política, crítica e social das crianças.
Podemos na Educação Física ter uma intervenção educativa para a tolerância
e para resolução de conflitos por vias não violentas. Este momento educativo é
propício para abordar, compartilhar e oportunizar momentos em que os valores
e sentimentos serão apreendidos e praticados por todos.

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