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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: A BUSCA PELO RESPEITO À DIVERSIDADE UTILIZANDO PRÁTICAS LÚDICAS NA


PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR

Autor: Edilene Aparecida Silva

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Implementação do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco


Projeto e sua localização:

Município da escola: Mandirituba

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul

Professor Orientador: Dra. Lindamir Salete Casagrande

Instituição de Ensino Superior: UTFPR

Relação Interdisciplinar: Ensino Religioso e Arte


O objetivo deste projeto é promover a
Resumo:
compreensão, o respeito e a valorização da
diversidade a fim de prevenir a violência escolar.
Observou-se um aumento do número de conflitos
no período vespertino nas turmas de 6º ano do
Ensino Fundamental do Colégio Estadual
Joaquim de Oliveira Franco, localizado no
município de Mandirituba, onde os alunos não
respeitam-se mutuamente. Buscamos discutir, a
diversidade, o respeito e a sua valorização,
desenvolvendo ações preventivas para
diminuição da violência no ambiente escolar,
para tanto propõe-se práticas lúdicas que visam
contribuir na prevenção ou resolução dos
conflitos que ocorrem na escola, que é um
espaço de promoção, entendimento e reflexão
de atitudes em relação ao outro. Relacionar a
escola, a violência e as práticas lúdicas, é
desafiador, porém, é através da aprendizagem
realizada por meio dos jogos e brincadeiras que
objetivamos contribuir para a prevenção e
resolução dos conflitos que ocorrem no ambiente
escolar. Esperamos que as ações preventivas
para diminuição da incidência da violência no
ambiente escolar seja uma medida capaz de
possibilitar o completo desenvolvimento e
aprendizagem dos educandos e com isso
consigamos criar um ambiente favorável a
conscientização e reflexão dos alunos sobre as
consequências que possam ter em suas vidas,
proporcionando assim, uma convivência social
agradável e segura.

Respeito 1. Diversidade 2. Práticas Lúdicas


Palavras-chave:
3. Prevenção 4. Violência na escola 5.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico


Público: Alunos do 6º ano
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Caderno Pedagógico

Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola - 2014

Curitiba, 2013.
APRESENTAÇÃO

Caros professores e professoras

Este caderno pedagógico foi elaborado para que vocês no cotidiano


escolar possam aplicar ou adaptar de acordo com a sua realidade, todas as
possibilidades de abordagens que o caderno traz, que sejam questionadas,
reformuladas e repensadas pelo coletivo de cada escola. O material visa
promover a compreensão, o respeito e a valorização da diversidade a fim de
prevenir a violência escolar, identificando situações de desrespeito,
discriminação e violência no espaço escolar, compreendendo que a escola
também é um espaço de aprendizagem, formação e reflexão de nossas
atitudes em relação ao outro, elaborando e aplicando atividades lúdicas para
desenvolver a compreensão, respeito e valorização da diversidade,
melhorando a convivência escolar. A violência escolar, pode ser entendida
como um assunto complexo e desafiador, no entanto, temos que ser
cuidadosos e nos aprofundar teoricamente, mas desprovidos de discriminações
e preconceitos. Para isso, este material didático que ora apresentamos, será
dividido em quatro unidades, apresentadas abaixo, elaboradas sobre a
temática do respeito a diversidade e a prevenção da violência escolar. A
metodologia utilizada será através do desenvolvimento de atividades lúdicas e
será desenvolvida com a contribuição dos professores das disciplinas de
Ensino Religioso e Arte.

 Unidade 1 - Diagnosticando e identificando situações de violência


escolar. A unidade aplicará um questionário para diagnosticar e
identificar situações de desrespeito, discriminação e violência no espaço
escolar.

 Unidade 2 - Identificando tipos (formas) de violência escolar. A


unidade apresentará as formas de violência através de vídeos, textos e
por meio do lúdico os alunos irão vivencia-las.
 Unidade 3 - Cooperação e respeito (brincando e praticando). A
unidade irá propor ações favorecendo a interação social, baseadas na
cooperação e respeito.

 Unidade 4 - Construção coletiva de um livro (Processo de


construção e valorização do respeito à diversidade)

Este material não visa esgotar o assunto que é muito complexo, e sim
contribuir e estimular aos professores e professoras na grande tarefa de criar
um ambiente favorável a conscientização e reflexão dos alunos sobre as
consequências que a violência escolar e o desrespeito podem deixar em suas
vidas.

INTRODUÇÃO

No dia-a-dia escolar o tema violência não é novo, pois ao longo da história da


educação mundial e brasileira, ela se fez e se faz presente, principalmente em
relação às crianças e adolescentes em desenvolvimento, criando uma base
para disciplinarização. (CASAGRANDE, 2011, p.209).

Na década de 1990, as situações de violência escolar é observada nas


interações dos grupos de alunos e, é também neste período que aumentam as
iniciativas preocupadas em diminuir este fenômeno. Ainda nesta década foram
observadas nas escolas públicas, atos de vandalismo, agressões interpessoais
(físicas e verbais) e ameaças, sendo as últimas as mais frequentes. (SPOSITO,
2001, p.91-94).

Hoje os problemas mais debatidos pelos professores é a indisciplina e a


violência na sala de aula, são comportamentos inadequados que perturbam o
bom andamento das atividades cotidianas, são provocações que desafiam a
autoridade do professor com agressões verbais ou físicas entre os alunos. Os
conflitos surgem devido a interesses diferentes relativamente ao mesmo objeto
ou situação, a mediação desses conflitos deveria ser efetiva com a resolução
entre os alunos diretamente envolvidos na situação, no entanto, isso nem
sempre acontece, há situações em que o conflito é resolvido pela força, pela
prepotência e sai vencedor o mais forte, o mais violento. Estas situações de
relações entre pares com abuso de poder são frequentes e são designadas de
violência.

Portanto, relacionar a violência, a escola e o lúdico, é um desafio que visa


contribuir para a prevenção e resolução dos conflitos que ocorrem no ambiente
escolar, de forma assertiva, através da aprendizagem realizada em jogos e
brincadeiras que oportunizem momentos de alegria, onde os alunos possam
em condições seguras, expressar sua agressividade e ao mesmo tempo
respeitar e conviver com o outro, por meio da brincadeira. Este estudo tem por
objetivo, promover o respeito à diversidade utilizando práticas lúdicas na
prevenção da violência escolar.

O local para desenvolver o projeto de intervenção é o Colégio Estadual


Joaquim de Oliveira Franco que atende o Ensino Fundamental e Médio.
Apresentaremos um breve resumo: localizado no munícipio de Mandirituba, é
o maior e mais antigo da localidade, inaugurado em 1950, atendendo
aproximadamente 1600 alunos na faixa etária de 10 à 18 anos, nos períodos
da manhã, da tarde e da noite. O mesmo conta com 17 salas de aula sendo
que nos períodos manhã e tarde todas são usadas. A seguir fotos dos
espaços que serão utilizados.
l
Fotografia 1 - Laboratório de Informática Fotografia 2 – Sala de aula
Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria

Fotografia 3 – Biblioteca Fotografia 4 – Fachada do Colégio


Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria
Unidade 1
Diagnosticando e identificando
situações de violência escolar.
Para Iniciar o trabalho será aplicado o questionário de pesquisa adaptado do
Kidscape, (apêndice 1), com o intuito de diagnosticar e identificar situações de
desrespeito, discriminação e violência no espaço escolar, nas turmas do sexto
ano do período vespertino do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco . O
questionário apresenta 15 questões sobre as concepções básicas prévias
trazidas dos alunos, identificando suas experiências, atitudes, expectativas e
conhecimentos sobre violência escolar. O mesmo será respondido por via
eletrônica, visando contribuir na preservação da natureza e no incentivo aos
estudantes em conhecer este ambiente de trabalho (Google Drive) o mesmo
será respondido no laboratório de informática no endereço abaixo.

https://docs.google.com/forms/d/12doK1Y2h0NE1NliiWTzXi06UwJfSmayIjG93F
j_9yP8/viewform

Treze (13) questões são objetivas e as demais subjetivas, onde os alunos


poderão expressar suas opiniões e conhecimentos sobre o tema. Após a
aplicação do questionário, da análise e tabulação dos dados coletados, que
serão apresentados através de gráficos, será escolhido duas turmas (as mais
problemáticas) para realização das intervenções, que irão proporcionar aos
educandos, informações, discussões, reflexões, emoções, sentimentos e
afetividade, utilizando atividades lúdicas que poderão contribuir para a
valorização do respeito e melhor convivência escolar, onde
consequentemente poderão contribuir para a melhoria do rendimento escolar.
Esse mesmo questionário ao final das atividades lúdicas será reaplicado
verificando se houve ou não, benefícios da intervenção.
Reforçando
Para Beaudoin e Taylor (2006, p.44) os alunos envolvidos em situações de
desrespeito e violência precisam de ajuda, para auxilia-los, é necessário que se
crie e proporcione experiências de opções, de forma que os educandos tenham
possibilidades de fazer escolhas variadas. Essa experiências de opções,
colocadas pelas autoras, não significam que os adultos exponham suas
opiniões e sim que os alunos sejam convidados a refletir sobre o que está
acontecendo, realizando um processo mais aprofundado de auto investigação e
reflexão, estabelecendo internamente noções mais pessoais, criando mais
possibilidades de escolhas e decisões positivas em um dado contexto de suas
vidas.
Unidade 2

Identificando tipos (formas) de

violência escolar.
Nesta unidade serão utilizados vídeos, textos, dinâmicas, jogos e brincadeiras
com o objetivo de identificar e refletir sobre as formas de violência escolar.

Reforçando

O lúdico, através dos jogos propicia a


diversão e o prazer, o jogo escolhido
possibilita aos educandos a vivência de
sua autonomia e permite que se
complemente os conhecimentos já
adquiridos, ou ainda, pode melhorar as
informações e as habilidades ainda pouco
desenvolvidas. (KISHIMOTO, 1992)

Atividade 1
O objetivo desta atividade é compreender que a escola também é um espaço
de formação, reflexão e aprendizagem de nossas atitudes em relação ao outro.

Inicialmente assistiremos a um pequeno vídeo, (aproximadamente 6 min) que


nos mostra as forma de bullying. O mesmo encontra-se no endereço abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=j3v70bmk4eE

Após faremos a leitura conjunta de um fragmento da Cartilha do Conselho


Nacional de Justiça (CNJ) que nos traz quais são as formas de bullying e quem
comete mais meninos ou meninas?

Quais são as formas de bullying? Normalmente, existem mais meninos ou


meninas que cometem bullying?

As formas de bullying são:


• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)

• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir


pertences da vítima)

• Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar,


difamar)

• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)

• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas


tecnológicas: celulares, filmadoras, internet etc.)

Importante diferenciar o bullying da violência escolar.

Na concepção de Lopes Neto (2005, S165) :

“ bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e


repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por
um ou mais estudantes contra outro (s), causando dor e angústia,
sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder”.

“ a violência escolar são todos os comportamentos agressivos e


anti-sociais incluindo os conflitos interpessoais, danos ao
patrimônio, atos criminosos, etc”, e acrescenta que são os fatores
externos (família, amigos, comunidade etc) que incitam a
violência nas dependências escolares.

Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No


entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos
meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na
base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar
despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico.

Ao término do vídeo e da leitura do texto, iremos realizar uma dinâmica que é


a seguinte:
A delícia de sermos quem somos: nos identificando (adaptado)

Você precisa de...

Cartolinas, fita crepe e canetas.

Realizando a atividade...

Com a colaboração dos colegas professores, iremos confeccionar tiras com a


cartolina e levar os alunos a refletir justamente sobre às diferenças e as
diversidades, indicadas no texto e no vídeo assistido. Para a atividade, o
grupo juntamente com a indução do professor, devem produzir vários rótulos
como: sou muito legal, sou uma travesti, sou gordo (a), sou feio (a), sou negro
(a), sou jovem com HIV, sou popular, sou pobre, sou narigudo (a), sou lindo(a)
etc...depois pedir ao grupo que faça uma roda e coloque um rótulo nas costas
de cada colega, esses poderão ver os rótulos dos colegas, mas não o seu. Na
sequência irão circular pela sala, realizar a leitura mentalmente e demonstrar
em formas de gestos quais as atitudes a sociedade se relaciona com uma
pessoa que tem essas características.

Atenção

Tenha cuidado, e esclareça muito bem que


isso é uma brincadeira e que os rótulos serão

usados somente neste momento.

Solicite aos alunos que indique como se sentiram: onde quem se sentiu “mal
tratado” vai para o canto direito da sala, quem se sentiu “bem tratado”, vai para
o canto esquerdo da sala, e que se sentiu “ignorado”, fica próximo ao quadro
de giz. Na sequência devem saber o que estava escrito nos rótulos.
Neste momento em uma roda de conversa o professor juntamente com os
alunos irão apresentar verbalmente e discutir quais sensações tiveram e o que
poderiam fazer para melhorar principalmente os sentimentos desagradáveis.

Avaliação

Os alunos irão registrar, por meio de texto, quais atitudes positivas poderão ser
substituídas pelas atitudes negativas apresentadas compreendendo a
necessidade de respeitar as diferenças e que todos precisam ser valorizado
socialmente dentro de sua diversidade.

Atividade 2

Essa atividade objetiva-se em identificar e estimular discussões a cerca dos


temas respeito, discriminação, preconceito e violência.

Os vídeos abaixo nos mostram:

No primeiro (aproximadamente 7 min), os variados tipos de preconceito


existente na sociedade e o que é necessário para termos uma sociedade mais
justa e com igualdade para todos.

https://www.youtube.com/watch?v=h4Et0z7KY5Q

Reforçando

PRECONCEITO: é um pré-conceito uma opinião que se


emite antecipadamente alimentada pelo estereótipo, é
um juízo preconcebido, manifestado geralmente na
forma de uma atitude discriminatória pessoas, lugares
ou tradições considerados diferentes ou “estranhos”.
(DCE Gênero e Diversidade, 2010. )
No segundo vídeo (aproximadamente 5 min) vemos a valorização da
diversidade de raças.

A análise e reflexão dos vídeos são


importantes para o melhor entendimento
dos alunos e sobre suas próprias atitudes
em relação ao convívio escolar.

https://www.youtube.com/watch?v=W9eBpv-WPAs

E agora realizaremos a brincadeira chamada:

Caixa de Pandora

Você precisa de...

Uma caixa onde serão colocadas frases, palavras e imagens que estimulem
discussões sobre respeito, discriminação, preconceito e violência. Um aparelho
de som, um objeto qualquer que circulará entre os estudantes.

Realizando a atividade...

Acomode a turma e inicie uma conversa sobre o mito de Pandora. Faça a


relação desse mito com a caixa que está no centro da sala. Explique que
enquanto estiver tocando a música, o objeto deverá ser passado de mão em
mão sequencialmente. Quando a música parar, o/a estudante que estiver com
o objeto na mão deverá retirar um envelope da caixa de pandora, ler o seu
conteúdo e expressar sua opinião sobre o tema. Em seguida, os demais
poderão falar. Esse processo se repetirá enquanto houver envelopes na caixa
ou até que você perceba que o grupo esteja perdendo o interesse.

A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada


quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade,
mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de
se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle.
Esta expressão vem do mito grego, que conta sobre a caixa
que foi enviada com Pandora a Epimeteu.
(http://www.sohistoria.com.br/ef2/mitologiagrega/p1.php)

Enquanto a turma discute, anote os temas/pontos que suscitarem mais


discussões ou dúvidas. Mas fique atento, pois você poderá participar da
discussão interferindo com dados, conceitos, explicações. Este é um momento
riquíssimo para você perceber as crenças e valores dos estudantes. Não perca
a oportunidade de também questioná-los e interferir.

Avaliação

Ao final proponha que em duplas elaborem três perguntas (dúvidas ou


curiosidades) sobre os temas discutidos. A busca pelas respostas as perguntas
elaboradas, serão desdobradas pela professora juntamente com os alunos no
decorrer das intervenções.

Atividade 3

Para iniciar será lida uma pequena história: Sexualidade: papo de criança na
escola? Sim (RIBEIRO e RIZZA), onde tem por objetivo informar, problematizar
e discutir as questões de gênero, diversidade sexual, enfrentamento à violência
e à discriminação. A seguir iniciaremos a seguinte ação:
É assim, mas pode mudar

Você precisa de...

Papel folhas A4, fita crepe e canetas.

Realizando a atividade...

Inicie com a turma uma conversa sobre diferenças de comportamentos de


homens e mulheres em situações como namoro, casamento, restaurante, praia
etc. A ideia é que sejam estimulados a falar um pouco sobre os
comportamentos sociais aceitos como convenientes para os gêneros em nossa
sociedade.

Em seguida, divida a turma em grupos a partir do número de situações a serem


discutidas. Nessa atividade, oferecemos três casos, mas você poderá elaborar
outros de acordo, por exemplo com uma situação surgida na própria escola.

Grupo 1: Uma estudante adolescente namorou três colegas da escola durante o


semestre e foi muito criticada pelos colegas e pelas colegas da escola. Certo dia,
quando chegava à escola, viu que seu nome estava pichado no muro
acompanhado de um xingamento. E, na mesma época, algumas meninas
começaram a se afastar dela e a rir e cochichar quando ela passava.
Um estudante da mesma escola namorou três colegas, mas não foi censurado.
Certo dia, quando chegava à escola, os colegas o cercaram e disseram: “Fala
pegador, nosso herói” e passaram a se referir a ele como “pegador” como um
elogio. Ele percebeu ainda que as meninas começaram a olhá-lo com mais
admiração.

O que vocês acham dessas situações?

Grupo 2: Uma turma decidiu comemorar o dia do/a professor/a. Organizaram uma
Avaliação
festinha e dividiram as tarefas da seguinte forma: os meninos refrigerantes e as
meninas, os doces e salgados. Ao final da comemoração, os estudantes
recolocaram as carteiras e cadeiras no lugar e jogaram o lixo fora. E as estudantes
varreram o chão e limparam as mesas.

O que vocês acham dessa divisão de tarefas? Por que vocês acham que as tarefas
foram dividas dessa forma?
Grupo 3: Joana e Carlos estudam na mesma turma e têm uma filha de um ano. Joana
tem cochilado durante as aulas e não tem participado do recreio. Carlos, por sua vez,
não aparenta estar cansado, pelo contrário, continua disposto nas aulas, nas
atividades esportivas e no recreio.

O que vocês acham que está acontecendo com esse casal e sua filha? Como vocês
avaliam essa situação?

Avaliação

Cada grupo deverá expor a situação trabalhada e suas opiniões sobre ela.
Após essa exposição. Oriente o debate conduzindo toda a turma a discussão.
A ideia é leva-los à reflexão e a perceberem a existência da assimetria de
gênero e preconceitos sexuais. Como fechamento cada grupo irá escrever um
texto com as suas reflexões.
Unidade 3

Cooperação e respeito (brincando e

praticando)
Nesta unidade serão utilizados dinâmicas, jogos e brincadeiras com o objetivo
de desenvolver a compreensão, respeito e a valorização da diversidade e do
outro, no intuito de melhorar a convivência e prevenir a violência escolar. Esse
trabalho será desenvolvido em grupos envolvendo ações e visando favorecer a
interação social baseada na cooperação, confiança, reciprocidade, e
responsabilidade, estimulando os alunos na capacidade de resolver problemas
com o diálogo e a busca conjunta de soluções.

Atividade 1

Navegar é (Im)Possível… Para Todos (Travessia)1


Objetivo

Perceber e vivenciar o poder de realização coletiva quando saltamos do


paradigma do individualismo para a consciência da cooperação. Estimulando a
criatividade, empatia, diálogo grupal, apoio mútuo, confiança e resolução de
problemas.

Você precisa de...

Um espaço amplo para acolher todo o grupo. Uma cadeira (sem braço e em
boas condições) para cada participante. Organizar o grupo em 04 times
(“barcos”) com aproximadamente o mesmo número de participantes.

1
Fonte: Fábio Otuzi Brotto – Jogos Cooperativos: O Jogo e o Esporte como um exercício de
convivência. São Paulo : Editora Projeto Cooperação, 2001.
Realizando a atividade...

O grupo é organizado em 04 Times (“barcos”) com aproximadamente o mesmo


número de participantes. Cada Time é formado por “tripulantes” sentados cada
um numa cadeira (“parte do barco”), lado a lado. Os Times formados são
posicionados como lados de um grande quadrado (“porto seguro”). Porém,
deixando os cantos mais espaçados. Isto é, um “barco” não se encosta ao
outro. Todos os barcos voltados para o centro do quadrado, conforme figura
abaixo:

É importante criar uma atmosfera lúdica desde o início. Para isso, pode-se criar
um enredo, um cenário adequado ao momento. Por exemplo, imaginando um
grupo de velejadores sendo desafiado a realizar diferentes manobras para
aperfeiçoar suas co-opetências de navegação.

1o. Desafio:

Cada barco deverá sair de seu “porto seguro” e chegar no “ponto futuro”. Isto é,
navegar para o outro lado do quadrado, imediatamente à frente de cada
respectivo barco. Todos os tripulantes devem chegar levando o próprio barco
(as próprias cadeiras). Quando todos os barcos alcançarem seu “ponto futuro”,
o desafio é vencido por todos!
Condições de Navegação:

Imaginando que todo o piso do ambiente corresponde às águas de um oceano


muito frio e povoado por tubarões, todos os barcos deverão navegar
respeitando 2 condições:

a) Nenhuma parte do corpo pode tocar a água (o piso). Incluindo calçados,


roupa e qualquer outro tipo de material. Afinal, a água é muuuito fria e cheia de
TUBARÕES!!!

b) O barco (as cadeiras) não pode ser arrastado.

2o. Desafio:

Depois de todos os barcos terem alcançado o “ponto futuro” e celebrado essa


conquista, desafiamos o Grupo, como um único Time, a se posicionar em
ordem alfabética… Respeitando as mesmas Condições de Navegação!!!

Existem muitas variações para este Jogo, para torná-lo mais desafiador e
divertido. Vão desde a colocação de alguns obstáculos (“rodamoinhos”,
“piratas”, “furacões” etc.), até a implementação de diferentes características de
“tripulação” (vendar, amordaçar ou amarrar braços e pernas).

Para facilitar o desafio para grupos mais jovens ou na falta de cadeiras,


podemos substituir as mesmas por folhas de jornal aberto e estendido no chão.

Esta “Navegação” (im)possível desafia os alunos a saírem de seu “ponto


seguro” e partir na direção do “ponto futuro”. Um Jogo Cooperativo muito
potente que estimula romper a inércia provocada pelo comodismo ou pela
resignação. Este é um desafio que pode nos impulsionar em direção de realizar
nossas mais essenciais aspirações e alcançar metas aparentemente
(im)possíveis…. desde que naveguemos orientados pela bússola da
Cooperação.
Avaliação

Para concluir essa atividade os alunos irão descrever por escrito quais as
sensações que tiveram diante dos obstáculos apresentados nesta dinâmica
respondendo as seguintes questões:

Quais foram as principais dificuldades encontradas?

Diante dessas dificuldades, quais as sensações que o grupo teve? Elas foram
positivas ou negativas? Explique.

Reforçando

O brincar na escola é uma vivência fundamental

para os alunos, já que possibilita maior intimidade com o

conhecimento, construção de respostas, interpretação e

assimilação do mundo por meio das práticas lúdicas. Os

brinquedos e as brincadeiras desenvolvem a imaginação e

possui força socializadora, colaborando no processo de

interação grupal, ajuda a liberar a emoção e auxilia na

aquisição da auto estima. (KISHIMOTO.1996)

Atividade 2

Eu gosto de você2

Objetivo

Estimular a ludicidade, o elogio e a promoção de valores como inclusão,


empatia, valorização e reconhecimento do que o outro tem de melhor.

2
Adaptação feita por Fábio Otuzi Brotto a partir do Livro Manual de Jogos Cooperativos de
Jim Deacove (Editora Projeto Cooperação).
Você precisa de...

Espaço que comporte o número de participantes sentados em um único círculo.


Cadeiras (número correspondente ao total de participantes).

Realizando a atividade...

Inicia-se o jogo convidando os participantes a sentarem formando um único


círculo, cada um em sua cadeira. O facilitador ficará sem cadeira, em pé, no
centro do círculo e irá começar o jogo. Ele escolhe qualquer pessoa que estiver
sentada e se posiciona em sua frente, chamando-a pelo nome e
dizendo: “Fulano, eu gosto de você”. A pessoa escolhida estará sentada e
responderá, perguntando ao facilitador: “Porque”? O facilitador, então, terá
que escolher uma resposta que ele identifique na pessoa, como por
exemplo: “Porque você sempre ajuda os colegas ”, ou “Porque você é
inteligente, bonito(a), especial, dança bem“….

Todas as pessoas que se identificarem com a resposta dada pelo facilitador,


inclusive a pessoa escolhida, trocará de lugar no círculo, sentando em uma
outra cadeira. Por exemplo, se o facilitador deu como resposta “porque você
gosta da cor azul”, todos que gostarem dessa cor trocam de lugar. Se a
resposta for “porque você é legal”, todos que se considerarem legais, trocam
de lugar e assim sucessivamente.

Neste momento, o facilitador terá que sentar em alguma cadeira e isso irá
provocar a sobra de alguém no centro, sem cadeira. A pessoa que sobrou
passará a ser o líder e dará sequência ao jogo, escolhendo uma outra pessoa,
dirigindo-se a ela e seguindo a mesma consigna. A partir daí, o jogo prossegue,
sempre com a pessoa que sobra virando líder. A dinâmica deste jogo desperta
nas crianças a possibilidade de com-viverem em um ambiente de aceitação e
muita descontração. Quando somos estimulados a enxergar o “belo”,
passamos a descobrir as infinitas qualidades que estão presentes em cada um
de nós, transformando um padrão de crítica, cobrança e tensão em uma cultura
de elogio, valorização e reconhecimento. Experimente elogiar as pessoas ao
seu redor!
Avaliação

Os alunos irão criar cartazes contendo elogios que eles receberam, que eles
deram e que gostariam receber.

Atividade 3 Reforçando
Conviver com a diversidade de modos de

Arco-íris da Diversidade vida presentes na sociedade, implica em realizar


enfrentamentos, baseados no respeito,
reconhecimento e a valorização do(a) outro(a),
promovendo a aprendizagem e a formação do aluno
como cidadão.
Objetivo

Discutir a diversidade e problematizar que gostos, opiniões e preferências não


impedem a aproximação entre as pessoas e não devem se tornar
desigualdades.

Você precisa de...

Papel das sete cores do arco-íris, papel cartolina, revistas, tesouras, cola,
canetinhas, saquinho plástico, papel.

Realizando a atividade...

A professora deve fazer bolinhas de papel com as cores do arco-íris, de modo


que haja o mesmo número de bolinhas para cada cor. As bolinhas são
colocadas dentro de um saquinho e os alunos devem escolhê-las de acordo
com a cor que preferem. Após as bolinhas serem escolhidas, os alunos devem
se unir pelas cores escolhidas. Dentro do saquinho, a professora deve colocar
tiras de papel com as seguintes palavras: TIME, CRENÇAS, ESPORTE,
RELACIONAMENTOS, RAÇA, TIPO DE MÚSICA e TRIBOS. Cada grupo irá
retirar uma tirinha e, a partir da palavra sorteada, o grupo deverá elaborar um
cartaz tendo esta como tema, sendo que neste cartaz deverá estar expressa a
opinião de todos os componentes do grupo.
Possibilidades de abordagens:

Discutir formas de preconceitos

Discutir as identidades das torcidas, a presença das mulheres no futebol.

Discutir as diferentes culturas, manifestações soais, acerca das crenças.

Problematizar que esportes são ditos femininos ou masculinos.

Discutir os diferentes tipos de relacionamento (hetero, homo, bissexual, assim


como namorar, ficar, amizade, entre outros.)

Discutir as identidades das diferentes tribos, problematizando os marcadores


de cada uma.

Avaliação

Além do cartaz, em uma roda de conversa promover uma discussão sobre


como foi o processo de elaboração do mesmo: Houve muitas discussões?
Houve uma votação? Algum componente quis exaltar sua preferência em
detrimento das outras?

Atividade 4

Pessoa pra Pessoa

Objetivo

Despertar a atenção e tempo de reação, diminuir a distância entre as pessoas


e promover o con-tato e desfazer preconceitos sobre demonstrações de afeto.

Você precisa de...

Espaços abertos ou fechados, compatíveis com o número de participantes e


livres de obstáculos. Joga-se com um único grupo e com participação ilimitada.
Realizando a atividade...

Para Cooperar é preciso se aproximar mais uns dos outros e da gente mesmo.
Que tal jogarmos para diminuir a distância e desfazer as barreiras que nos
distanciam?

Inicia-se incentivando as pessoas a caminhar livre e criativamente pelo


ambiente (andar com passo de gigante; de formiguinha; andar como se o chão
tivesse pegando fogo; com um tique nervoso etc.). Depois de alguns poucos
minutos fala-se, em voz bem alta, duas partes do corpo (mão na testa; dedo no
nariz; orelha com orelha; cotovelo nas costas, etc.).
A este estímulo, todos deverão formar uma dupla e tocar, um no outro, as
partes faladas pelo Focalizador, o mais rápido possível! Por exemplo: – “Mão
na testa”. Cada pessoa deverá encontrar um par e tocar sua mão na testa do
outro e vice-versa.
Quando todos estiverem em duplas e tocando as partes faladas, o Focalizador
reinicia o processo, propondo a caminhar livre e criativamente.
Após 2 ou 3 dessas combinações o Focalizador pode dizer em voz alta o nome
do jogo: “Pessoa pra pessoa”. Nesse momento, todos – inclusive o Focalizador
– devem formar uma nova dupla e abraçar um ao outro, para garantir o
encontro.
Com a entrada do Focalizador diretamente no Jogo, haverá um desequilíbrio
numérico: alguém irá ficar sem par. – “E o quê a gente faz com quem sobra?!!”
Diferente dos Jogos convencionais, aquele que sobra não será nem castigado
nem excluído. Quem sobrou virará Focalizador e re-iniciará o Jogo servindo ao
grupo, ao invés de ser servido por ele. Para dificultar pode-se propor Con-Tatos
em trios quartetos ou em grupos maiores pode tornar o jogo mais desafiante e
muito divertido.

Este Jogo trata de aspectos fundamentais como a Cooperação através do con-


tato (toque) e demonstrações de afeto e carinho. Trabalha a questão do poder
de um modo lúdico e muito eficaz, propondo exercitar a aproximação e a
empatia num ritmo gradativo e que respeita a integridade pessoal e grupal.
Avaliação

Discutir como meninos e meninas demonstram carinhos e afetos entre seus


pares, como se sentiram ao serem abraçados? Os registros dos relatos e
discussões serão feitos em papel bobina.

Atividade 5

Vivendo valores: O amor


Objetivo

Discutir com os alunos temas ligados às relações afetivas, aos prazeres e aos
corpos presentes em suas vidas e manifestados, também, na sala de aula.

Você precisa de...

Folhas ofício, caneta hidrocor, lápis de cor, som, revistas e cola .

Realizando a atividade...

Para realização das atividades previstas, a professora deve conhecer bem a


turma e os valores que precisam ser trabalhados com os alunos. Apresentamos
algumas propostas a serem desenvolvidas sobre o tema amor e outros valores
a ele relacionados, como a solidariedade, a caridade, a amizade, a
colaboração, a cooperação e o respeito.
Inicialmente, a professora apresenta a música Velha Infância, dos Tribalistas, a
fim de que os alunos possam ler, cantar e interpretar, discutindo os
sentimentos e valores que aparecem na letra. Depois, solicita que os alunos
dediquem a música para alguém.

VELHA INFÂNCIA

Você é assim, um sonho pra mim

e quando eu não te vejo

eu penso em você, desde o amanhecer

até quando eu me deito.


Eu gosto de você e gosto de ficar com você.

Meu riso é tão feliz contigo,

o meu melhor amigo é meu amor.

E a gente canta, e a gente dança, e a gente não se cansa de ser criança,

da gente brincar, da nossa velha infância.

Seus olhos meu clarão, me guiam dentro da escuridão.

Seus pés abrem o caminho, eu sigo e nunca me sinto só.

Em seguida, é realizada uma explosão de ideias com a palavra amor e uma


discussão sobre esse sentimento, enfatizando a importância de vivenciá-lo no
nosso dia-a-dia, já que o amor é um dos sentimentos que nos possibilita
crescer e construir. Através de poesias e músicas sobre amor levadas pela
professora, realizar interpretações e debates acerca dos vários tipos de amor:
entre pais e filhos, irmãos, amigos, namorados, homens e mulheres,
homossexuais, pela natureza, pelo meio que vivemos, entre outros.

Possibilidades de Abordagem

(Re) significar valores que hoje estão ausentes ou são pouco exercidos em
nossa sociedade como a solidariedade, caridade, amizade, colaboração,
cooperação e respeito, entre outros, destacando a importância deles nas
relações cotidianas.

Avaliação

A partir dessa discussão, os alunos irão elaborar cartazes, utilizando recortes


de jornais, revistas, evidenciando os diversos tipos de amor e as várias
maneiras de demonstrar esse sentimento. E ainda como fechamento, solicita-
se que os alunos imaginem um mundo onde houvesse amor, solidariedade,
amizade, colaboração e respeito entre outras as pessoas, e escrevam ou
desenhem contando como seria.
Atividade 6
Preconceito, Violência e Diversidade...: Produzindo Campanhas
Publicitárias

Objetivo

Promover discussão e reflexão sobre a necessidade de haver uma sociedade


com mais respeito à diversidade. Problematizar o preconceito ou violência
atribuídos aos alunos.

Você precisa de...

Caixa, Folhas ofício, caneta hidrocor, lápis de cor, revistas, cartolina, canetas,
tesoura e cola .

Realizando a atividade...

Em um 1º momento: a professora dividirá a turma em cinco grupos e explicará


que cada um será uma agência de publicidade, que terá como desafio elaborar
uma campanha publicitária sobre alguns temas, tais como: Preconceito Racial,
Violência verbal, Preconceito as mulheres, Violência Física e Violência
Psicológica e Moral. Os grupos confeccionarão cartazes a partir do tema
sorteado e apresentarão para a turma. Em seguida, a professora fará um
debate sobre os cartazes.

No 2º momento: a professora lançará um novo desafio: as agências de


publicidade deverão se unir e trabalhar junto em uma única campanha. Para
tanto, deverão eleger, através de votação, o tema que merece maior destaque
para dar continuidade ao trabalho. Após, cada grupo terá que escolher uma
forma de divulgação da campanha com o tema escolhido por todos, ou seja,
poderão confeccionar folder, jornal, panfletos, produzir programa de TV, entre
outros, para divulgarem tal campanha com o propósito de informar e alertar as
pessoas quanto ao tema em questão.

Possibilidades de abordagens
Discutir os direitos das mulheres, tais como: liberdade, não sofrer nenhum tipo
de discriminação, participação política, não ser submetida a maus tratos.

Discutir o respeito que todos devemos ter uns com os outros frente as
diversidades

Rever e discutir os tipos de violência, problematizando suas consequências.

Problematizar a discriminação em situações de preconceito na escola e fora


dela.

Avaliação

Será feita através dos cartazes e também por meio das apresentações que
poderá ser feita para o restante das turmas da escola.
Unidade 4

Construção coletiva de um livro

(Processo de construção e valorização

do respeito à diversidade).

Todas as atividades propostas serão

registradas por meio de fotos, cartazes,

produções de textos, perguntas, desenhos,

colagens, enfim, todo o material

confeccionado será coletado para que

possamos construirmos um pequeno livro que

ficará na biblioteca da escola para consultas.

Ao final das atividades lúdicas e da confecção do livro, será reaplicado o


questionário verificando se houve ou não, benefícios da intervenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A violência faz parte do cotidiano escolar. Professores, funcionários, alunos e


pais preocupam-se diante das manifestações e seus efeitos. Sendo que, o
estresse nas relações interpessoais, associados as situações de conflito muitas
vezes chegam a violência propriamente dita no interior da sala de aula ou fora
dela.
Encontrar caminhos para reverter e prevenir a violência no ambiente escolar é
o nosso desejo e de toda a comunidade escolar. Como um desses caminhos
propõem-se a construção de um projeto coletivo para o enfrentamento dos
problemas, e é fundamental que as ações sejam coletivas. Neste sentido, esse
caderno pedagógico foi elaborado para promover a compreensão, o respeito e
a valorização da diversidade a fim de prevenir a violência escolar . Espero que
o material seja útil a todos que venham a conhecê-lo e que queiram criar em
sua escola um espaço favorável a conscientização e reflexão dos alunos, sobre
as consequências que o desrespeito e a violência podem deixar em suas vidas.
Como incentivo finalizo deixando as palavras de São Francisco de Assis:

Comece fazendo o que é necessário,


depois o que é possível, e de repente
você estará fazendo o impossível .
(São Francisco de Assis)
REFERÊNCIAS

BEAUDOIN, Marie N., TAYLOR, Maureen. Bulliyng e desrespeito como


acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BRASIL, Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em
gênero, sexualidade, orientação sexual e relações étnico-raciais. Caderno de
atividades. Rio de Janeiro: CEPESC, 2009.
KISHIMOTO, T. M. O jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo:
Cortez, 1996.
KISHIMOTO, Tizuko M. O jogo e a educação infantil. Florianópolis:
Perpectiva UFSC/CED, NUP, n.22, 105-128p. Disponível em:
<http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/10745/10260>
Acesso em: 02 mai.2013.
PARANÁ, Secretaria Estadual de Educação. Diretrizes curriculares de
gênero e diversidade sexual. Versão Preliminar. Curitiba, 2010. p. 12-13.
RIBEIRO, Paula R. C., (org.). Corpos, gêneros e sexualidades: questões
possíveis para o currículo escolar. 3.ed.revisada. Rio Grande: Editora da
FURG, 2013. (Caderno Pedagógico – Anos Iniciais)
RIBEIRO, Paula R. C., QUADRADO, Raquel P.(orgs.). Corpos, gêneros e
sexualidades: questões possíveis para o currículo escolar. 3.ed.revisada. Rio
Grande: Editora da FURG, 2013. (Caderno Pedagógico – Anos Finais)
RIBEIRO, Paula R. C., RIZZA, Juliana L.(orgs.). Sexualidade: papo de
criança na escola? Sim!!!.2.ed. Rio Grande: Editora da FURG, 2013.
SILVA, Ana B. B. Bulliyng: cartilha 2010 - Projeto justiça nas escolas. Brasilia:
Complexo educacional FMU, 2010. Disponível em
www.cnj.jus.br/images/programas/justica-escola/cartilha_bullying.pdf. Acessado
em 05/12/2013.
Só história. Pandora. Disponível em:
www.sohistoria.com.br/ef2/mitologiagrega/p1.php. Acessado em 15/09/13.
www.observatoriodainfancia.com.br/IMG/pdf/doc-161.pdf. Acesso em
25/07/2013
www.projetocooperacao.com.br/com-partilhando/jogos-e-atividades-
cooperativas/ Acessado em 15/09/13.
VÍDEOS.

Refletindo sobre o bullying. Prof.Hermelinda de Figueiredo. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=j3v70bmk4eE. Acesso em 30/11/ 2013.

Preconceito. Jair Claumann. Disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=h4Et0z7KY5Q. Acesso em 15/09/13.
Menina bonita do laço de fita. Silvia Cerqueira. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=W9eBpv-WPAs. Acesso em 15/09/13.
APÊNDICE 1

Questionário de pesquisa Kidscape (adaptado)

Pra você o que é violência escolar?


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Você já sofreu algum tipo de intimidação, agressão ou assédio?


( ) Sim
( ) Não

Que idade você tinha quando isso aconteceu?


( ) Menos de 5 anos
( ) De 5 a 11 anos
( ) De 11 a 14 anos
( ) Mais de 14 anos

Quando foi a última vez que você sofreu algum tipo de intimidação, agressão
ou assédio?
( ) Hoje
( ) Nos últimos 30 dias
( ) Nos últimos 6 meses
( ) Há um ano ou mais

Quantas vezes você já sofreu intimidação, agressão ou assédio?


( ) Uma vez
( ) Diversas vezes
( ) Quase todos os dias
( ) Várias vezes ao dia

Onde isso aconteceu?


( ) Indo ou vindo da escola
( ) No pátio da escola
( ) Nos banheiro da escola
( ) Na sala de aula
( ) Em outro lugar

Como você se sentiu quando isso aconteceu?


( )Não me incomodou
( ) Me senti assustado
( ) Fiquei com medo
( ) Me senti mal
( ) Não queria ir mais pra escola

Quais foram as consequências da intimidação, agressão ou assédio sofrido por


você?
( ) Não teve consequências
( ) Algumas consequências ruins
( ) Consequências terríveis
( ) Fez você mudar de escola

O que você pensa sobre quem pratica intimidação, agressão ou assédio na


escola?
( ) Não penso nada
( ) Tenho pena deles
( ) Não gosto deles
( ) Gosto deles

Na sua opinião, de quem é a culpa se a intimidação, agressão ou assédio


continuam acontecendo?
( ) De quem agride
( ) Dos pais deles
( ) Dos professores
( ) Da direção da escola
( ) De quem é agredido
( ) Dos outros alunos que só assistem e não fazem nada
Por favor, marque se você é:
( ) Menino
( ) Menina

Quem intimidou. agrediu ou assediou você é:


( ) Menino
( ) Menina

Que tipo de intimidação, agressão ou assédio você sofreu?


( ) Físico
( ) Verbal
( ) Emocional
( ) Sexual
( ) Racista

O que poderia ser feito para resolver esse problema?


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Você já intimidou, agrediu ou assediou alguém?


( ) Sim
( ) Não

Qual sua idade?


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Nome da escola
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Qual é o ano e turma de você frequenta.


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Nome (opcional) Se quiser poderá colocar um pseudônimo (falso nome).


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