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TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Prof.: Denise Matias


O QUE VEREMOS NESSA UNIDADE?

Nessa unidade, serão propostas discussões relevantes para


o cotidiano escolar: a relação família e escola, o bullying, a
indisciplina e violência na escola e o absenteísmo estudantil.
A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

Debater sobre a relação


existente entre essas duas
instituições significa ressaltar as
possibilidades e a urgência do
diálogo entre elas, para que a
educação seja realmente um
processo criador de autonomia,
de busca de felicidade e de
respeito à dignidade humana.
O processo educativo deve ser
compreendido então como um diálogo,
não apenas entre educadora e educando
mas também entre escola e família.

Partindo do pressuposto que instituições


escolares e familiares são sistemas de
educação, pode-se afirmar que elas não
estão fechadas em si, mas que são
influenciadas pelas transformações que
ocorrem no mundo.
Família e escola, são responsáveis
pela socialização dos sujeitos,
mostram a eles o que é aceitável,
esperado e o que não é, dividindo,
desta maneira, a responsabilidade da
constituição do eu daqueles que
fazem parte destas instituições.

A diferença entre escola e família é


basicamente na forma de atuação de
cada uma delas.
São alternativas para o desenvolvimento de uma relação saudável entre
instituições escolares e familiares por parte das escolas:

A valorização e reconhecimento das práticas


educativas familiares.

O fortalecimento de associações de genitores e


educadores.

O incentivo aos pais para acompanharem a vida


escolar de seus filhos.

Já para a família, é indicado que:

Procure participar das atividades


promovidas pela escola.
Incentive o empenho das crianças e dos
adolescentes ao estudo.
BULLYING

Conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem


sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s),
causando dor, angústia e sofrimento.

Até o início dos anos 2000, o bullying era classificado em direto, como
agressões físicas e verbais, ou indireto, que é a disseminação de
rumores desagradáveis e desqualificantes.

Na atualidade, há também o cyberbullying, que são “atos de violência


psicológica e sistemática contra crianças e adolescentes perpetrados nas
ambiências das redes de sociabilidade digital, podendo ocorrer a qualquer
momento e sem um espaço circunscrito e demarcado fisicamente.”
O bullying acarreta prejuízo para toda a instituição escolar

Para o agressor
O distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos
escolares.

A supervalorização da violência como forma de obtenção de


poder e a propensão para conduta delituosa.

Para a vítima

Sentimento de angústia, sofrimento, exclusão, danos físicos, morais e


materiais, depressão, baixo rendimento escolar, enurese, insônia, taquicardia,
cefaleia, agressividade, abuso de substâncias químicas, bloqueio do
pensamento, dificuldade de raciocínio.
INDISCIPLINA E VIOLÊNCIA NA ESCOLA

De acordo com Silva e Matos (2014), a


indisciplina pode ser compreendida como
“Vários comportamentos perturbadores que
põem em causa as regras no ambiente
escolar.”

É importante ressaltar que ela muda ao longo


dos anos da escolarização: nas séries
iniciais, é observada por meio da obstrução da
boa condução da aula, já nas séries finais,
constata-se o maior questionamento direto
da autoridade do professor.
A indisciplina está relacionada ao insucesso escolar, sendo ela sua causa ou
consequência.
A violência intraescolar é multicausal, sendo apontadas como possíveis
causas: profundas desigualdades sociais, violência extraescolar, perda do
sentido/valor da escola, imposição da cultura escolar e a organização social que
valoriza a violência.
Para se diferenciar a indisciplina e a violência, é imprescindível que se
considere:

O tipo de regras que violam.

O impacto que geram no ambiente escolar e nos


sujeitos e a gravidade.

Em relação à violência, Silva e Matos (2014, p. 716) afirmam que nos últimos anos
houve um alargamento em seu conceito, com uma tendência a “englobar
comportamentos que antes eram percebidos como práticas banais no mundo
social”.
Para evitar que isso ocorra, os autores sugerem que sejam englobados como
violência apenas os atos previstos no Código Penal.
ABSENTEÍSMO ESTUDANTIL

Ir ou não ir à escola/às aulas é determinado por várias causas, há aspectos


extraescolares e intraescolares. Entre os fatores externos ao ambiente escolar,
pode-se destacar:

Segurança

Trabalho

Assistência à saúde

Aspectos familiares

Valor da escolarização para a comunidade,


a família
JÁ ENTRE CAUSAS ESCOLARES PARA O ABSENTEÍSMO ESTUDANTIL,
RESSALTA-SE .

Baixa qualidade do ensino

Falta de sentido da escola para o estudante

Questões relacionadas aos professores

Sociabilidade dos estudantes

Defasagem série/idade
CONCLUINDO ...

O contexto familiar e escolar influenciam-se mutuamente. A maneira


como a criança/adolescente vivencia a questão da violência em sua
casa, será determinante para seu comportamento na escola, sendo
a recíproca também verdadeira.

Da mesma forma, a evasão e a repetência escolar: “Sabe-se que a


estrutura familiar tem um forte impacto na permanência do aluno na
escola, podendo evitar ou intensificar a evasão e a repetência
escolar” .

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