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FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

ELLEN APARECIDA DA SILVA

BULLYING

VESPASIANO
2019
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

ELLEN APARECIDA DA SILVA

BULLYING

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em
ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO E EDUCAÇÃO
INCLUSIVA.
Orientador:

VESPASIANO
2019
BULLYING

Autor, ELLEN APARECIDA DA SILVA

Declaro que sou autor(a) deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais.

RESUMO- O presente trabalho busca apresentar de forma clara e objetiva um assunto que atualmente é
muito importante ser discutido em sociedade democraticamente: o BULLYING, dando ênfase ao Bullying
com pessoas portadoras de necessidades especiais. Em 1970 foi iniciada uma pesquisa sobre o tema na
Noruega. A coleta dos dados foi feita através de pesquisas via web conferindo conversas, opiniões,
concepções, pressupostos e teses de diversos profissionais da área da educação onde eram
questionados sobre o preocupante assunto e a forma com que estariam crescendo os casos de bullying
nas escolas. O objetivo desse trabalho é buscar conhecimentos nas áreas de psicopedagogia,
pedagogia, direito humano (área jurídica) entre outras, analisar, viabilizar a compreensão do motivo pelo
qual o agressor comete tal ato, as seqüelas deixadas nas vítimas e suas famílias, uma vez que reflete em
toda sociedade, também como intervir em diversos pontos do problema tanto do agressor quanto da
vítima, como troca de escola, ansiedade,insônia, estresse emocional,entre outros, divulgando esse fato
social e suas conseqüências em todo país.

PALAVRAS-CHAVE: Bullying. Escolas. Crianças Deficientes


1 INTRODUÇÃO

Antigamente, brincadeiras eram feitas entre crianças e adolescentes no período


escolar, como apelidos, empurrões, agressões físicas, mas nada tão relevante a ponto
de causar interferência na vida pessoal ou ao âmbito escolar. Hoje o que era tão
comum entre alunos se tornou uma polêmica,denominada “BULLYING”.
O Bullying tem características agressivas e são intencionais verbais ou físicas, o
agressor ou agressores agem de forma repetitiva, contra um ou mais colegas. A palavra
tem origem inglesa “bully” que significa valentão, brigão e vem acontecendo a muito
tempo por todo o mundo. No início da década de 70, o professor Norueguês Dan
Olwes foi o primeiro a relacionar Bullying ao fenômeno, devido ao suicídio de três
alunos que sofreram constantes agressões na escola. O trabalho envolveu alunos de
vários níveis escolares, pais, professores e foi descoberto que a maioria desses
adolescentes tinham sofrido algum tipo de ameaça e que portanto o Bullying era um
mal a se combater.
O tema se tornou conhecido no Brasil em 2004, devido a inúmeras ocorrências
que vinham ocorrendo nas escolas. O objetivo do agressor é amedrontar ou agredir o
outro,que no momento encontra-se em relação desigual de forças ou poder. As
agressões normalmente acontecem sem motivo evidente, com atitudes e ações
discriminatórias, violência moral e física desencadeando consequências físicas e ou
emocionais.
Com a obrigatoriedade da inclusão escolar, todos os alunos portadores de
necessidades especiais têm direito de estudarem em escolas regulares uma vez que
todo ser humano tem direito a educação sem distinção de raça, cor ou religião e que
todos precisam ser incluídos e usufruírem de um ensino de qualidade.
Ordinariamente o Bullying é feito pelo agressor de forma a afetar o psicológico da
vítima. Hoje, o maior alvo devido a novidade nas escolas são as crianças de inclusão
que são menos habilidosas física e ou emocionalmente, e que não têm condições de
lidarem com as agressões, desencadeando uma série de fatores que direta ou
indiretamente afetam tanto as vítimas, quanto pais, responsáveis legais ou com nível
alto de afetividade por elas.
Ele se faz presente em qualquer situação entre dois ou mais indivíduos tanto em
escolas públicas ou privadas,não se diferenciando entre cor, raça ou religião.
Por fim o presente trabalho tem por objetivo avaliar de forma quantitativa através
de vários estudos feitos por diversas literaturas, ações pedagógicas inclusivas capazes
de reverter essa nova estatística e banir comportamentos agressivos e intolerantes
dentro e fora das escolas. Tem ainda por objetivo investigar o porque dessa violência e
do silêncio dos educadores acerca dessa problemática, evidenciando fatos ocorridos
em pleno século XXI, onde a legislação estabelece o direito de ir e vir de cada cidadão
e ao direito de escolhas.

2 EVOLUÇÃO DO BULLYING NA ATUALIDADE

2.1 Bullying: A origem

Bullying vem do inglês “bully” e seu significado é valentão, porém em português


não existe um significado exato para a palavra, pois, serve para descrever ações
dissimuladas, como atitudes discriminatórias, assédio, violência moral, física e sem
motivo aparente.
A palavra bullying tem sido divulgada na mídia e tem sido tema de debates,
porém a prevenção e até mesmo o diagnóstico tem se mostrado difícil de ser entendido.
Visto isso, temos por definição que o bullying envolve atitudes agressivas, intencionais
e repetitivas, que acontecem sem motivação, sendo praticadas por alunos contra
outros, causando dor e angústia, sendo executada dentro de uma relação desigual de
poder (LOPES, 2005)
Segundo Fante, o Bullying é um fenômeno que pode ser encontrado no contexto
das famílias, escolas, trabalho, prisões, asilos, ou qualquer lugar que se estabeleça
relações interpessoais, sendo um fenômeno novo, porém sempre existiu. (FANTE,
2005).
2.2 Bullying nas Escolas

Nas escolas os praticantes de bullying usam diversas formas para intimidar as


vítimas, como fazer exclusão em trabalhos de grupo, usar apelidos maldosos,
aproveitar de uma fraqueza do indivíduo com ameaças, ataques on-line, empurrões,
entre outros.
Dentro desse contexto, no bullying existem dois tipos de assédio: o escolar direto
e o indireto que também é conhecido como agressão social, onde o direto é mais
praticado entre meninos e o indireto entre meninas e crianças menores (são forçadas
ao isolamento social).

3 EDUCAÇÃO ESPECIAL

3.1 Bullying com deficientes

De acordo com o portal Barcelona Superfícies, a Educação Especial é o ramo


da educação voltado para o atendimento de pessoas com alguma deficiência.
Preferencialmente em instituições de ensino regulares ou ambientes especializados
(como por exemplo escolas de surdos, cegos, ou que atendem a pessoas com
deficiência intelectual). São também considerados público-alvo dessas escolas crianças
com transtornos globais de desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação de
acordo com o art. 58 da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, n o9394 de
20 de dezembro de 1996, que diz: “Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”.
Vigotsky afirma que:

“ As crianças com deficiência mental,


por exemplo, podem demandar um
ensino por mais tempo e procedimentos
especiais, podem alcançar um nível
menor de aprendizagem, porém,
aprenderão o mesmo que todas as
demais crianças e receberão a mesma
preparação para a vida futura”. (Vigotsky
(1989, p. 118).

Já Goes, reforçando as idéias Vygoskianas afirma que:

“Isso não significa que o deficiente


mental chegará a ter as mesmas
capacidades de outros alunos
considerados normais; mas não
podemos estabelecer limites ao seu
desenvolvimento. Essa visão decorre da
diretriz segundo a qual as ações sociais
propiciadoras de desenvolvimento
devem ser orientadas para a
compensação, a plasticidade dos
processos sóciopsicológicos”. (GÓES,
(2002, p. 103).

Ordinariamente o Bulyling é feito pelo agressor de forma a afetar o psicológico da


vítima. Hoje, o maior alvo devido a novidade nas escolas são as crianças de inclusão
que são menos habilidosas física e ou emocionalmente, e que não têm condições de
lidarem com as agressões, desencadeando uma série de fatores que direta ou
indiretamente prejudicam tanto as vítimas, quanto pais, responsáveis legais ou com
nível alto de afetividade por elas.
Ele se faz presente em qualquer situação entre dois ou mais indivíduos tanto em
escolas públicas ou privadas ,não se diferenciando entre cor, raça ou religião.

3.2 Fatores que influenciam a prática do Bullying

Existem grandes fatores que influenciam negativamente esses acontecimentos,


como a irrelevância dos educadores, atitudes deliberadas, a falta de conhecimento dos
agressores acerca de tais deficiências, seja física, intelectual e até mesmo o
preconceito que geralmente é trazido de casa.
Não existe uma faixa etária definida para tais acontecimentos, recentemente foi
realizada uma pesquisa liderada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas) em 501 escolas do Brasil e foi divulgado que 96,5% dos entrevistados
conjecturam ter preconceito com pessoas deficientes.
As causas que faz com que o bullying ocorra, segundo os estudos de especialistas,
devem-se à um grau elevado de carência afetiva aliada a falta de limites impostas pelos
pais juntamente com os educadores e a vivência escolar com práticas educativas
baseadas em maus tratos físicos e psicológicos com explosões emocionais intensas.
Os bullies sentem a necessidade de reproduzir em outros indivíduos as violências e
agressões sofridas, como forma de se fazer notado e de exercer autoridade, muitas
vezes para se auto-afirmar para que possam obter reconhecimento e satisfação
pessoal. A falta de modelos educativos instrutivos e mais humanos contribui também
para que o bullying se manifeste, diante disso o direcionamento do educando leva-o ao
caminho da intolerância, onde é expressa pela não aceitação das diferenças pessoais,
intolerância e preconceito. Dessa forma o bullying geralmente se inicia com a recusa de
aceitação de uma diferença que envolva raça, religião, condição econômica, deficiência
física, diferença de ordem psicológica ou sexual ou ligada a aspectos como força,
coragem e mesmo habilidades esportivas ou intelectuais.(LINS, 2010).
Lins afirma:

“Vítima típica: São aquelas que servem


de “bode expiatório” para um grupo.
Geralmente são os alunos que
apresentam pouca ou nenhuma
habilidade de socialização, são tímidas
ou reservadas não conseguindo reagir
às provocações e agressões dirigidas a
elas. Normalmente são mais frágeis
fisicamente, apresentando deficiência de
coordenação motora, extrema
sensibilidade, passividade, submissão,
insegurança, baixa auto-estima,
dificuldades de aprendizagem,
ansiedade e aspectos depressivos.
Podem ser aquelas que apresentam
alguma diferença que as destaca dos
outros como: são gordinhas ou muito
magras, altas ou baixas demais; são de
raça, cor, credo, condição
socioeconômica ou opção sexual
diferentes. Enfim, qualquer coisa que as
diferencie, fugindo dos padrões
impostos por um determinado grupo ou
indivíduo, pode ser motivo (sempre
injustificável) para ser escolhida como
alvo das agressões. Vítima provocadora:
São aquelas capazes de despertar em
seus colegas reações agressivas contra
si mesmas e com as quais não
consegue lidar com eficiência. Brigam
ou discutem quando são insultadas ou
atacadas, mas, de maneira ineficaz
exacerbando ainda mais as agressões
dos outros. As vítimas provocadoras são
as que chamamos de “gênio ruim”.
Nesse grupo podemos incluir as
crianças e jovens hiperativos e
impulsivos, imaturos, tolos, dispersivos e
ofensores que acabam por criar um
ambiente tenso ao seu redor, facilitando
e chamando a atenção dos agressores
reais que se aproveitam da situação
para iniciar suas provocações sem
mesmo serem percebidos ou
responsabilizados. Vítima agressora: A
vítima agressora é aquela que diante
dos maus tratos sofridos reage
igualmente com agressividade ou
reproduzindo-os como forma de
compensação, procurando outro alvo
ainda mais frágil para canalizar toda a
sua insatisfação contida e reprimida
pelas agressões anteriores. Essa
tendência tem sido observada entre as
vítimas que assim expandem os
resultados, acionando o efeito cascata,
aumentando o número de vítimas já tão
volumoso. O círculo vicioso instalado
contribui para que o bullying se
transforme em um problema de difícil
control”.( Lins (2010, p.7).

Segundo Orson Camargo, o(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas
que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o
relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro
lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa
capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte
sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e


particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da
5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são:
Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da


pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause
dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode
também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as
escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que
ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
4.0 Consequências do Bullying

Segundo Lopes (2005, sp) “para os alvos de bullying, as conseqüências podem ser
depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar.”

Segundo Lins:

- Sintomas psicossomáticos: cefaléia,


cansaço crônico, insônia, dificuldades de
concentração, náuseas, diarréia, boca
seca, palpitações, alergias, crises de
asma, sudorese, tonturas, tensão
muscular entre outras; - Transtorno do
pânico: caracteriza-se por medo intenso,
infundado e sem motivo aparente,
acompanhado de grande ansiedade e
de uma série de sintomas físicos; -
Fobia escolar: caracterizada pelo medo
intenso de freqüentar a escola o que
resulta em repetências por faltas,
dificuldades de aprendizagem e evasão
escolar; - Fobia social ou transtorno de
ansiedade social (TAS): também
conhecida por timidez patológica. O
indivíduo teme se sentir o centro das
atenções, ser julgado e avaliado, pode
ainda apresentar gagueira e ter
“brancos” quando tenta se comunicar; -
Transtorno de ansiedade generalizada
(TAG): faz a pessoa se preocupar com
tudo ao seu redor, viver com pressa e
ter a impressão de que algo de mal vai
acontecer, geralmente sofrem de insônia
e irritabilidade constante; - Depressão:
trata-se de uma doença grave que afeta
o humor, os pensamentos, a saúde e o
comportamento em geral, trazendo uma
sensação de tristeza, fraqueza contínua
e de insatisfação com a vida. Muitas
vítimas de bullying, entretanto, são
capazes de transformar a dor, as
mágoas e o sofrimento em superação e
conseguem apesar de todos os revezes,
fazer a sua história e ser alguém de
respeito e sucesso. Os danos aos
agressores em geral se evidenciam pela
propensão a adotarem comportamentos
delinquentes e a se relacionarem com
seus pares de contravenções e crimes.
Suas ações se caracterizam num
crescente de violência tais como:
agressões sem motivo aparente; uso de
drogas; porte ilegal de armas; furtos;
indiferença à realidade que o cerca; não
obediência às leis; formação de
quadrilhas, grupos de extermínio e
ausência de respeito pelo semelhante.
Aos agressores resta apenas uma
saída: ser lembrado pelos horrores,
maldades e sofrimentos que foi capaz
de provocar em suas vítimas”. (Lins,
2010, p. 7).

As conseqüências do bullying conforme o portal professores heróis para a vítima são muitas e
destacamos as seguintes:

 Baixa autoestima,
 Medo,
 Angústia,
 Pesadelos,
 Falta de vontade de ir à escola e rejeição da mesma,
 Ansiedade, dificuldades de relacionamento interpessoal,
 Dificuldade de concentração, diminuição do rendimento escolar,
 Dores de cabeça, dores de estômago e dores não-especificadas,
 Mudanças de humor súbitas,
 Vômitos,
 Urinar na cama,
 Falta de apetite ou apetite voraz,
 Choro,
 Insônias,
 Medo do escuro,
 Ataques de pânico sem motivo,
 Sensação de aperto no coração,
 Aumento do pedido de dinheiro aos pais e familiares,
 Furto de objetos,
 Sumiço de materiais,
 Alcolismo,
 Stress emocional,
 Tentativa ou suicídio.

O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de
ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e
apresentar baixo rendimento.

Segundo Orson Camargo,as pessoas que testemunham o bullying, na grande


maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se
tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma
efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem
exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e
ansiedade.
De acordo com Silva:
“Os problemas mais comuns são:
desinteresse pela escola; problemas
psicossomáticos; problemas
comportamentais e psíquicos como
transtorno do pânico, depressão,
anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia
social, ansiedade generalizada, entre
outros. O bullying também pode agravar
problemas preexistentes, devido ao
tempo prolongado de estresse a que a
vítima é submetida. Em casos mais
graves, podem-se observar quadros de
esquizofrenia, homicídio e suicídio” .
(Silva, 2010, SP).
4.1 Desempenho de quem sofre Bullying

Segundo o portal Chega de Bullying, crianças que têm um perfil mais retraído
costumam ser as maiores vítimas. No geral, elas apresentam maior dificuldade para se
expressar, se abrir em casa ou na escola. O medo de piorar a situação, quando a
chantagem costuma fazer parte das agressões, também contribui para o silêncio.
“Os casos de Bullying começam muito mais silenciosos e, por isso, são mais
graves. Quem sofre a agressão não conta nem na escola nem na família, mas começa
a mudar o comportamento”, explica. Ciomara afirma que, queda no rendimento escolar,
faltas na escola e mudanças no comportamento são os sinais mais frequentes
apresentados por quem sofre esse tipo de violência. Por isso a família e escola devem
estar sempre atentos para os sinais que são apresentados pelos jovens.
(http://www.chegadebullying.com.br/parents.php )
No texto Principais Problemas e conseqüências do bullying, Amanda Viegas cita
que: as consequências do bullying podem ser prejudiciais para o desenvolvimento
adequado das atividades em sala de aula e para a construção de um processo de
aprendizado eficiente. Além de afetar o contexto educacional, o bullying pode prejudicar
o desempenho dos alunos e causar danos psicológicos e físicos.

As agressões verbais, por exemplo, estão cada vez mais presentes nesse
contexto, gerando necessidade de observação maior por parte da equipe escolar, o que
é um desafio para os gestores e os professores. (Amanda Viegas 2018)
https://www.somospar.com.br/principais-problemas-e-consequencias-do-bullying/

4.2 Pós Trauma de quem sofre bullying

Segundo Amélia Hamze e baseado em pesquisas da ABRAPIA (Associação


Brasileira multiprofissional de Proteção à infância e Adolescência), quando há
intervenções eficazes contra o Bullying, o espaço escolar torna-se totalmente
corrompido. Todas as crianças, são afetadas, passando a experimentar sentimentos de
ansiedade e medo. Os alunos que sofrem Bullying, dependendo de suas características
individuais e dos meios em que vivem, principalmente os familiares, poderão não
ultrapassar os traumas sofridos na escola. Poderão quando adultos apresentar
sentimentos negativos, especialmente com baixa auto estima, tornando-se indivíduos
com sérios problemas de relacionamento. Poderão adquirir também, um
comportamento hostil.

4.3 Intervenção

Existem formas mesmo que ainda não identificadas com eficácia, que podem minimizar
ou até mesmo excluir a prática de tal ato, por exemplo aplicando-se em prática
pedagógica coletiva a ação democrática, usar dinamismo e flexibilidade nas atividades
desenvolvidas, aumentar a relação família escola, formar professores aptos a
identificarem de forma rápida as agressões, estrutura da escola

O coordenador e médico de pesquisas da ABRAPIA Amaris Lopes Neto, diz: “Trata-se


de um problema complexo e de causas múltiplas. Portanto cada escola deve
desenvolver sua própria estratégia para reduzi-lo. A única maneira de se combater o
bullying é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, funcionários,
alunos e pais. As medidas tomadas pela escola para controle do Bullying, se bem
aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a
formação de costumes de não violência na sociedade”.
Para que o combate ao bullying seja eficaz e seguro é fundamental a participação
de profissionais da saúde, pais e professores. A interação desses profissionais
juntamente com os professores se faz necessário para que se possa observar o
comportamento do indivíduo na escola, assim como as condições psicopedagógicas e
ambiente físico do espaço escolar. É importante que crianças e os adolescentes
possuam boa relação com seus colegas na escola, pois ao contrário, poderá ser
prejudicada em relação ao desenvolvimento social, já que o estresse psicossocial está
envolvido na saúde do indivíduo. O indivíduo deve ser encorajado a enfrentar o
problema, participar de grupos sociais e ser incentivado a comunicar a alguém caso
sofra alguma agressão ou mesmo presencie atos de violência. Já em relação aos
educadores é preciso que sejam treinados para que 18 possam identificar o bullying,
aprender a lidar com os alunos envolvidos no processo e dar o devido encaminhamento
quando necessário aos profissionais da saúde. (Almeida et al., 2000)

5.0 Conclusão

Com base no contexto literário estudado, conclui-se que realmente é um assunto


bem crítico e preocupante por ser tão comum, indevidamente ignorado pela sociedade
e por abordar uma forma indireta de violência.
Um exemplo a ser dado e discutido, foi o acontecido em Suzano-RJ, onde
informações preliminares dão conta que o autor principal do crime sofria Bullying na
escola.
Contudo, o assunto gera polêmica, principalmente por tratar-se de relações
interpessoais onde exige-se com urgência capacitação profissional para o corpo
docente das escolas regulares, por estarem diretamente envolvidos a esse tipo de
situação, completando com conhecimentos e habilidades a docência de Apoio.
Destacando-se também a importância que a direção e supervisão devem estar aptos,
sabendo identificar o comportamento dos alunos e estando capazes de intervir com
ações pedagógicas inclusivas, banindo qualquer vestígio de comportamento intolerante.
Quando identificado no início seja pela docência ou pelos familiares, as chances de
intervenções eficazes são bem maiores, minimizando e ou acabando com os fatos.
Conclui-se também que a relação entre família, comunidade e escola devem estar
entrelaçadas, e devem agir de forma democrática respeitando-se uns aos outros,
atribuindo bons valores e crenças aos seus filhos, ter sempre diálogo aberto, ensiná-los
a reagir pacificamente diante das agressões, facilitando assim o convívio entre eles.

Referencias

GARCIA, Rosalba Maria Cardoso, A educação de sujeitos considerados portadores de


deficiência: Contribuições Vygoskianas. Ponto de Vista, Revista de Educação e
Processos Inclusivos, Julho/Dezembro 1999.
GÓES, Maria Cecília Rafael; LAPLANE, Adriana Lia Frezzman de(orgs.) Políticas e
práticas da Educação Inclusivas. São Paulo; autores associados, 2004.

________. M. K.; Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio


histórico. São Paulo, Scipione 1993

Vygotsky. L. S. Obras escogidas V. Madrid: Centro de Publicaciones Del MEC y Visor


Distribuciones, 1997

SIMÃO, Antoniete & Simão, Flávia. Inclusão: Educação Especial – educação essencial.
São Paulo: Livro pronto. 2004

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