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NOME DA FACULDADE

FACULDADE VENDA NOVA DO EMIGRANTE - FAVENI

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCUSIVA E METODOLOGIA DE ENSINO

Nossa Senhora do Socorro


2020
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também
que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido
copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte
além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim
realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando
minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de
Serviços). “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor
vermelha”.
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O ACESSO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NO CICLO I DO ENSINO


FUNDAMENTAL

ADRIANA VIEIRA

RESUMO- Diante de uma vivência acadêmica como discente e hoje na condição


docente, e que desde então já sentia os anseios de buscar contribuir para que a
formação docente seja cada vez mais dotada de ferramentas que possam capacitar
o aluno para o seu papel formador em uma sociedade cada vez mais complexa no
que harmonizar-se aos seus anseios.
O objetivo é introduzir um assunto complexo e importante, quando falamos em
inclusão. A inclusão de todo tipo de pessoa, seja esta em todos os seus aspectos,
mas o que queremos abordar é o aspecto da criança com algum tipo de deficiência.
Este trabalho terá o objetivo de identificar se as escolas de ensino regular estão
capacitadas para absorver alunos com síndrome de down, a aprendizagem e
desenvolvimento dos deste e pesquisar que tipo de atividades são importantes e
realizadas com alunos portadores dessa deficiência.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Síndrome down. Ensino Fundamental.

ABSTRACT- Faced with an academic experience as a student and today in the


teaching condition, and since then I already felt the desire to seek to contribute
so that the teacher education is increasingly equipped with tools that can
enable the student for his formative role in a increasingly complex society in
terms of harmonizing with their desires. The goal is to introduce a complex and
important subject when it comes to inclusion. The inclusion of every type of
person, be it in all its aspects, but what we want to address is the aspect of the
child with some type of disability. This work will aim to identify whether regular
schools are able to absorb students with down syndrome, their learning and
development and research what types of activities are important and carried
out with students with this disability.

KEYWORDS: Inclusion. Down syndrome. Elementary School.

INTRODUÇÃO
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Como é possível verificar na literatura, a ciência ao longo de sua história,


vem desempenhando um papel muito importante na evolução da humanidade, como
não aferir os aspectos evolutivos advindos de eventos científicos, não podemos
deixar de atenuar tais evidências, pois estas evidências já estão totalmente
interligadas a nós, ou ao que entendemos por humanidade. É preciso estar
conectado nesta grande rede de conhecimento para que a ciência continue a
contribuir com os aspectos evolutivos da sociedade, como é do nosso conhecimento
a humanidade já convive há tempos com o número abrangente de casos com
crianças com síndrome de down, e constatando que o convívio destes seres
humanos na sociedade, é de uma complexidade imensa, já que apesar dos avanços
ainda não estamos preparados o suficiente para sermos capazes de nos comportar
– mos de forma adequada. Com o interesse de dar a minha contribuição para o
problema, venho desenvolver o tema das crianças com síndrome de down no
primeiro ciclo de ensino fundamental I.

ESCOLA NOSSO HABITAT


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A escola é o lugar onde podemos aplicar a mudança de comportamento,


portanto a inclusão de crianças especiais com síndrome de down na rede regular de
ensino pode ser um começo para que as transformações não sejam somente de
pensamentos mais que também as atitudes, sejam aplicadas. Incluir tem o
significado de cingir, envolver, incluir e é nisso que devemos pensar quando falamos
em inclusão de pessoas com algum tipo deficiência, é trazer para nosso convívio,
dar a estas pessoas o direito de ter as mesmas oportunidades, é aceitar os
diferentes e também aprender com eles. É importante saber discutir esse assunto
com muito cuidado e interesse, pois está na constituição, a inclusão é um direito
garantido por lei, todas as pessoas que possuírem algum tipo de deficiência temos
que dar esse direito, e é mais que cumprir uma lei é permitir que elas estejam
inseridas na sociedade que mais tarde precisará conviver, é não deixá-las
desprezadas e despreparadas para uma realidade que também é nossa. A ideia de
trazer esse tema é provocar uma discussão importante, já que o assunto é ou
deveria ser de interesse de todos já que parte considerável da sociedade sofre com
algum tipo de privação ou deficiência e não estamos imune, não estamos livres de
sermos atingidos por este ou tipo de problema.
A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino
Fundamental Regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção, além disso,
devem, receber atendimento especializado complementar de preferência dentro da
escola.
Essa inclusão ganhou reforços com a LDB (Lei de Diretrizes de Bases da
educação Nacional) de 1996 e a Convenção da Guatemala, em 2001.
Então, com isso podemos ver que manter crianças com algum tipo de deficiência
fora do ensino regular é considerado exclusão, e crime. O motivo mais importante
que as crianças sejam levadas ao convívio escolar, é que elas tenham a
oportunidade de encontrar um espaço democrático, onde poderão dividir
experiências e conhecimentos com diferentes pessoas, sejam crianças ou adultos.
O processo de inclusão faz parte de um grande projeto pela melhoria do ensino, e
primeiro devemos olhar a educação com outros olhos para que isso aconteça.
Precisamos entender que a inclusão não é apenas para crianças deficientes, e sim
para todos os excluídos ou descriminados, para as minorias. Atendimento
educacional feito por pessoas capacitadas deve ser visto como complemento da
escolarização e não uma coisa substituir outra.
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Quando perguntamos qual e que tipo de benefícios a inclusão pode gerar,


são diversas as respostas e sempre surge aquelas pessoas com o pensamento de
que as crianças deficiência têm mais chances de se desenvolver, mas é óbvio que
todos ganhamos com a inclusão, pois é uma experiência onde todos nós acabamos
de um modo ou de outro aprendendo e tendo algum benefício. Estamos vivendo
num mundo contemporâneo extremamente intolerante precisamos nesses dias
exercitar a tolerância e o respeito, seja o outro for.
Estudos comprovam que existem muitos motivos que levam a crer que
uma criança com Síndrome de Down que possa ter uma oportunidade de freqüentar
uma escola de ensino regular tem uma evolução relevante. Cada vez mais as
pesquisas têm sido veiculadas e o conhecimento sobre as capacidades de crianças
com Síndrome de Down e o potencial de serem incluídos com sucesso tem
aumentado. A inclusão traz benefícios no aspecto acadêmico quanto no aspecto
social.
Quando é bem-sucedida não acontece automaticamente, a escola
como um todo é um fator relevante nesse processo.
Muitos docentes podem achar a ideia de inclusão alunos com Síndrome
de Down em salas de aula, um processo muito complexo, e vão ficar preocupados e
apreensivos no início, contudo, as pesquisas demonstram que a maioria dos
docentes possuem as ferramentas necessárias para saber se conduzir diante das
necessidades específicas das crianças com a deficiência e são capacitados para
ensiná-las com muito afeto e sensibilidade. Werneck (2015, rolimã) diz que o que a
inclusão propõe é uma revolução sistêmica. É você de fato construir um mundo, uma
sociedade, prédios, escolas, postos de saúde e instituições levando em conta todos
os seres humanos que existem e que nascem com suas infinitas formas de ser, é o
que ela chama de modos embaralhados de ser. Os seres humanos são totalmente
diferentes entre si e chegam ao mundo de modo embaralhado. A gente perde um
tempão tentando organizar a manifestação da espécie humana sobre a Terra,
criando sociedades que vão totalmente contra essa mistura, essa infinita
diversidade. Alunos diferentes terão diferentes oportunidades, para que a educação
e o ensino possam alcançar os mesmos objetivos. Incluir é inserir, é abandonar
conceitos pré definidos, é abandonar estereótipos”.
Embora hoje, aspectos da Síndrome de Down sejam mais familiarizados e
conhecidos, é importante que eles tenham melhores oportunidades na vida e
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desenvolvimento, e que também uma das maiores barreiras para inclusão social
desses indivíduos que ainda é o preconceito seja destruído.
O preconceito normalmente é consequência de escassez de informação,
e a insegurança das pessoas, o ser humano tende a temer aquilo que está fora dos
padrões que o mesmo conhece.
E esse é motivo para que cada vez mais, a inclusão de crianças com
deficiência nas escolas de ensino regular seja tratada como muito importante, pois
elas serão introduzidas da maneira mais apropriada e natural, possível para que
essas pessoas na vida das crianças tidas como “normais”, e assim criara um
pensamento mais consciente em nossos filhos.
Vamos lutar e acreditar que a educação possa ser renovadora a cada dia.
Assim como sociedade vem evoluindo, os estudiosos em educação
precisam fazer que seus conhecimentos sejam pontes de maneira natural,criativa e
prazerosa, não se opor aos novos desafios,e estar disposto e pronto para receber
crianças com deficiência, saber se comportar com situações adversas, o que o
levará não somente a um crescimento pessoal mais também profissional.
A inclusão não é interação, mais existem diferenças entre os dois
conceitos. Na interação, a criança precisa se adequar a sua nova realidade e da
escola, na inclusão, a escola é que tem que se adequar a criança.
A inclusão propõe que todos os sistemas políticos, sociais e econômicos
sejam construídos levando em conta as diferentes formas de existir dos seres
humanos, a qualquer momento, em qualquer lugar.
(WERNECK,09/07/2015 – revista rolimã).
A maior busca e anseios de educadores é encontrar uma classe
homogenia para lecionar, mas é fantasia já que é praticamente impossível isso,
tendo em vista que todos nós somos diferentes, e temos nossas particularidades.
Um aluno com deficiência na sala de aula, pode parecer complicado, mas
na verdade possuí um aluno portador de deficiência em sua sala de aula, é aceitar a
diversidade, e não só aceitar, é dar o direito a todos de oportunidades iguais.
As limitações que os deficientes enfrentam todos os dias ficam mais
simples de conviver, quando as pessoas que vivem ao lado deles aceitam a sua
deficiência com mais naturalidade.
A criança com Síndrome de Down inclusa na escola de ensino regular
tem grandes chances de melhor se desenvolver porque esse ambiente para ela
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certamente será mais desafiador, do que para os outros alunos sem


deficiência, e é isso que vai servir de estimulo para que ela se desenvolva.
E comum ser individualista, principalmente quando o assunto é
deficiência, geralmente as pessoas só se dão conta de que estão direta ou
indiretamente excluindo o deficiente da sua convivência quando se depara com o
problema dentro da sua casa ou família.
Na maioria dos casos, os pais entram em pânico quando recebem o
diagnóstico que seu filho tem síndrome de down ou algum tipo de deficiência, e a
principal causa é não ter informações mínimas para saber como agir em uma
situação como essa, contudo, se houvesse uma conscientização da sociedade e um
interesse por parte do estado criando campanhas que desse a capacidade de
informar as pessoas de forma que, não apenas conscientizassem, também
tornassem minimamente capacitadas para saberem como agir diante dessa
situação, o problema poderia ser amenizado ou até dirimido, se nós como sociedade
tivéssemos um pouco o interesse de nos preocuparmos com o próximo, pois uma
das grandes preocupações de pais de crianças com deficiência, é as discriminações
e exclusões que seu filho, poderá sofrer ou sofre por causa da sua deficiência.
Mesmo com crianças ´´ normais``, sabemos que o ritmo do aprendizado é
peculiar, com a criança com Síndrome de Down também, porém aprende num ritmo
diferente das outras crianças, mas isso não atesta que a mesma não vai aprender, e
sim que ele necessita de mais atenção e cuidados e estímulos a mais que as outras
crianças para chegar à aprendizagem.
É importante salientar que é perfeitamente possível que uma pessoa com
Síndrome de Down chegue a cursar faculdade, fazer cursos profissionalizantes
enfim se tornar um profissional, como é do conhecimento, que empresas já
absorvem pessoas com síndrome de down, não é grande o número, mas, já nos
mostra que a pessoa com Síndrome de down pode desempenhar normalmente o
papel de um profissional em uma empresa. Isso vai depender do grau da sua
deficiência e também dos estímulos e as oportunidades que essa pessoa receberá.
A inclusão hoje em dia é um tema muito comum, contudo, é
necessariamente importante e que haja mais atitudes e mudança de pensamento do
que somente discursos eloquentes, é necessário antes de tudo uma mudança de
aforismo da sociedade em relação a esse problema. As escolas, estas também
precisam mudar sua postura, não se pode de querer jogar toda a responsabilidade
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para as instituições de educação especial, os docentes e educadores devem se


capacitar mesmo que não ingresse nenhum aluno com algum tipo de deficiência em
sua turma, os pais, estes devem ensinar aos seus filhos o respeito ao próximo, seja
ele quem e como for, e a sociedade? Esta deve cobrar dos órgãos competentes
ações que proporcionem a inclusão.
A educação de crianças com Síndrome de Down, apesar de sua
complexidade, não invalida a afirmação de quem tem possibilidade de
evoluírem. Com o devido acompanhamento, poderão tornar-se cidadãos
úteis à comunidade, embora seus progressos não atinja os patamares
das crianças normais. (SCHWARTZMAN, 1999, p.262).
Essa ideia de ter uma sociedade mais consciente, que admita e respeite
que os direitos iguais é pra todos pareça uma utopia estamos caminhando, a passos
lentos, mas acreditamos que mesmo assim, alcançaremos objetivos.
Estamos em um processo de conscientização, e isso leva tempo,
podemos mudar a ordem natural das coisas, mas exige empenho e esse
comprometimento, deve ser exigido da sociedade como um todo, só assim
chegaremos ao fim de que todos teremos benefícios igualitários.
A inclusão de crianças com Síndrome de Down na rede regular de ensino,
será o meio que levará, a esses pequenos cidadãos, benefícios que darão
a capacidade de aprender desde cedo a ser, cidadãos, autônomos, independentes e
também serão capazes de saber viver em sociedade e esse direito não deve ser de
forma alguma negado, a ninguém. E aos educadores, a conquista da inclusão está
em conseguir garantir a todos o direito a educação. Se a escola prepara seus
alunos para o futuro ela se prepara e evolui junto com eles, e dar a todos o mesmo
preparo, aceitar a diversidade, evita a exclusão e contribui para a evolução de todos.
A filosofia da inclusão, por sua vez, precisa ser interpretada, divulgada e
planejada corretamente, afim de produzir resultados adequados. Neste
sentido, campanha de esclarecimento sobre a educação inclusiva, levada
a efeito pelos setores público e privados junto à sociedade, muito contribuirá para
torná-la realidade. (SCHWARTZMAN, 1999, p.262).

Conseguir inserir as crianças com Síndrome de Down no contexto de


sociedade, não é tarefa fácil, considerando que se vivemos numa sociedade onde os
estereótipos são mais relevantes que os direitos humanos.
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CONCLUSÃO
Estamos cientes que o tema inclusão tem uma grande relevância em
nossa sociedade, contudo, ainda temos muita dificuldade em abordá – lo. A
mudança de atitude se faz muito necessária. Acolher a inclusão é antes de tudo
aceitar e entender que vivemos numa sociedade onde as diferenças existem e
devem ser respeitadas por todos nós, não só a educação, mas, todas as áreas da
sociedade têm grande responsável por essa mudança de comportamento, e uma
das missões mais importantes, é a de conscientizar e passar informação, pois, é a
formas mais simples, porém eficaz no combate ao preconceito.
A inclusão é um meio de aproximar pessoas, e isso faz com que pessoas
antes tidas como ´´anormais``, e ´´incapazes`` estejam ao nosso lado, e essa
aproximação causa o efeito muito positivo e faz a diferença na vida todos, na
daquele que foi incluso e na daquele que incluiu, o diferente em sua vida.
Esse processo de inclusão só deixará de ser uma utopia, quando todos
aquele que possuam seja qual for seu tipo de deficiência, estejam de fato com as
mesmas oportunidades e direitos, na educação, na profissão, em todos as áreas da
sociedade.
A inclusão não é um conceito novo, mas ainda precisa ser mais bem
absorvido nas consciências e mentes de toda a sociedade, pais, aluno, educadores,
e governantes, não podemos ignorar a existência do problema e sim torna-lo parte
de nossas vidas naturalmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva.


Rio de Janeiro:WVA,1997.
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Em entrevista à Rolimã, Cláudia Werneck


09/07/2015

SCHWARTZMAN. Muito prazer eu existo. Rio de janeiro:WVA,1993.

SALOMÃO, José. Síndrome de Down. Mackenzie: Memnon, São Paulo:1999.

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