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PALHOÇA
2021
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Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- Este Artigo Científico apresenta o tema educação inclusiva no cotidiano escolar. Justifica-se a
escolha do tema, uma vez que a inclusão de uma criança com necessidades educativas especiais na rede
regular de ensino, faz das salas de aulas muito mais heterogêneas, não podendo prescindir de uma
reflexão da posição do professor enquanto mediador fundamental para o desenvolvimento das ações
pedagógicas nos grupos. É de competência dos profissionais que atuam no contexto educativo, formar
verdadeiros cidadãos, com capacidade de analisar o mundo, entendendo sua diversidade e assim
construindo opinião própria com a consciência de seus direitos e deveres. O que representa uma tarefa
que algumas vezes o professor tem dificuldades, em realizar por diversos fatores, sejam estes políticos,
afetivos, psicológicos, sociais, entre outros. Tem-se como principal objetivo destacar os desafios da
educação inclusiva no ensino regular. Para alcance do objetivo proposto, utilizou-se de pesquisa
bibliográfica.
1 vivianeespindola0809@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
que ele frequenta as aulas, mas não interage com seus colegas e nem se socializa, pois
lhe é negada a oportunidade de ser parte do grupo não sendo lhe oportunizado caminhos
para a inclusão.
Com isso, perpetua-se a segregação também na sociedade, pois nenhum dos
indivíduos envolvidos no processo educativo na escola, aprenderam a considerar os
alunos com deficiência como sujeitos ativos de seus direitos e capazes de aturem
socialmente.
Tem-se como principal objetivo destacar os desafios da educação inclusiva no
ensino regular.
Para alcance dos objetivos optou-se por pesquisa bibliográfica e qualitativa. O
estudo qualitativo foi de grande valia, uma vez que todas as informações colhidas no
mesmo, embasaram a construção deste trabalho.
2 DESENVOLVIMENTO
Atualmente, após muitas lutas, os deficientes são amparados pelo ideal humanista
de que todos os seres humanos são iguais e detentores dos mesmos direitos.
Com a Revolução Industrial, Fernandes (et al., 2011) ressaltam que a questão da
reabilitação e da utilização da pessoa deficiente para o trabalho começou a ser discutida,
pois as próprias condições de trabalho na indústria fizeram com que os acidentes de
trabalho criassem um número considerável de mutilações e deformidades, se tornando
também uma das causas de deficiência.
Com crescimento da ciência e também com a intensificação de discussões
humanistas e democráticas em várias sociedades, a deficiência começou a ser
considerada doença e, por isso. Surgiram vários estudos no âmbito biológico e
psicológico. Logo apareceram os primeiros tratamentos para a reabilitação das pessoas
deficientes (FERNANDES et al., 2011).
No Brasil uma maior preocupação com as pessoas deficientes foi expressa com a
criação ,no Período Imperial, do Instituto dos Meninos Cegos, atualmente Instituto
Benjamin Constant, por Dom Pedro II, em 1854. Em seguida, foi fundado o Imperial
Instituto de Surdos Mudos (atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos –
INES). Nesses institutos havia estudos para o tratamento e reabilitação dessas pessoas
com deficiência. (FERNANDES et al., 2011).
O Século XX foi um marco com grandes mudanças nos paradigmas que
sustentavam as sociedades em todo o mundo. Houve duas guerras mundiais na primeira
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metade desse século e o mundo que visualizou a morte de milhões de pessoas com a
luta de ideais discriminatórios, ficando mais sensível para as questões humanistas.
No ano de 1948 ,após a II Guerra Mundial, os líderes mundiais declararam a
preservação da vida humana ante os genocídios ocorridos nas duas guerras mundiais.
Desta forma, a Declaração Universal dos Direitos Humanos se tornou o primeiro
documento internacional que apresenta todas as pessoas sem distinções, como cidadãos
com direitos. Logo, aparece o acesso a educação como direito de todos.
Por serem iguais, as pessoas têm direitos a educação gratuita, que objetiva o pleno
desenvolvimento da personalidade humana e fortalecimento do respeito pelas pessoas
independente de suas peculiaridades, garantindo suas liberdades fundamentais. A
educação ainda promove a compreensão, a tolerância, a amizade e a manutenção da
paz entre os grupos sociais humanos, como ressalta o inciso 2º do art. 26 da Declaração
dos Direitos Humanos:
Sob essa perspectiva toda criança tem direito a atingir o nível adequado de
aprendizagem. Toda criança tem um conjunto de características e necessidades para
aprender que lhe são particulares. A criança com deficiência tem necessidades especiais
de aprendizagem, pois apresenta particularidades no aprender e precisa de alternativas
diferenciadas para alcançar o seu nível adequado de aprendizagem, que não se equipara
aos padrões estabelecidos, mas a uma vida social sustentável e autônoma.
As escolas regulares sob tal orientação constituem meios eficazes de combate a
atitudes discriminatórias, aprimorando o sistema educacional. Assim, Declaração de
Salamanca (1994) constitui um avanço e uma nova proposta de educação que leva em
conta as peculiaridades e especificidades de aprendizado, onde o ensino e a
aprendizagem devem se voltar para o desenvolvimento da criança, garantindo inclusive
o aprimoramento de métodos para assim suprir e atender aos mais diversos alunos.
Dentre as responsabilidades impostas pelos signatários da Declaração de
Salamanca está à adoção da educação inclusiva como princípio norteador da lei ou de
política educacional (SALAMANCA, 1994, art. 3º). Com isso, todas as crianças, com ou
sem deficiência, devem estar matriculadas no ensino regular. E, para sustentar essas
ideias da inclusão, a Declaração determina ainda que é imprescindível o investimento
financeiro em formação dos profissionais; o incentivo e a sustentação de estruturas
participativas; a descentralizadas para planejar e avaliar as ações educativas do âmbito
escolar; e a buscar de facilitadores de participação das famílias das crianças e
organizações em prol dos direitos das pessoas com deficiência para que o princípio da
inclusão seja eficaz em seus objetivos.
A Carta Magna do Brasil (BRASIL, 1988), em seu art. 5º, caput, anterior à
Declaração de Salamanca (1994), já assegurava que: “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade”. De acordo com o que está fulcro no disposto acima, é
possível dizer que é objetivo fundamenta da nação brasileira promover o bem estar de
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todos independente de origem, cor, idade, gênero e se coloca contraria a qualquer forma
de discriminação.
A escola, em seu papel de educar e ensinar oferece as crianças como meio de
preparo para o desempenho de funções sociais e de função produtora para a manutenção
da sua sobrevivência e da sociedade. Assim, todos podem ter meios de exercer
autonomamente seu papel social e contribuir produtivamente para a sociedade dentro de
suas habilidades, interesses e aptidões.
Colocar uma criança dentro da escola é um direito, mas a forma como o ensino
escolar se desenvolve e a integração se dá nesse espaço, é o que preocupa muitos
educadores. Pois, algumas crianças portadoras de deficiência não conseguem expressar
com clareza seus sentimentos, emoções e linha de raciocínio; e crescem com mais
limitações do que aquelas que o seu corpo já possui.
Com o passar dos séculos, foi se criando um novo olhar sobre as pessoas com
diferentes tipos de deficiências.
Segundo Catarina (2001, p. 9 - 10)
Contudo, o Estado mostra o direito as famílias, no mesmo tempo quem tem que
procurar os seus direitos são os responsáveis pela criança com deficiência e nem sempre
os mesmos são plenamente atendidos.
Outro documento que visa a garantir os direitos das crianças com deficiência
aparece na reformulação das Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996,
Capitulo V, Art. 58, 59 e 60:
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. §1º Haverá,
quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para
atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O atendimento
educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre
que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua
integração nas classes comuns do ensino regular. §3º A oferta da educação
especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis
anos, durante a educação infantil. (BRASIL, 1996, p.89).
limitações e restrições de lidar com o processo evolutivo por qual passou a escola nas
últimas décadas.
O papel da educação deve direcionar-se também para a democratização do
acesso ao seu espaço para todos, disseminando o conhecimento, a produção, a
reprodução e a interpretação do mundo a sua volta, percebendo suas linguagens e
consequências. Para isto, torna-se necessário que o professor ultrapasse os muros que
estabeleceu para fugir ao atendimento de todos os educandos, utilizando
pedagogicamente suas aprendizagens, para conseguir um cidadão capaz de produzir e
interpretar as novas linguagens do mundo atual e futuro.
Talvez o tema inclusão chame a atenção de algumas pessoas, pelo fato de ainda
desperta a curiosidade e, em muitos casos, o desinteresse em querer mudar por parte
dos professores. Mas esta questão, hoje é estratégica, básica e de sobrevivência deste
profissional, uma vez que ele é o responsável, na escola, pela formação do aluno
enquanto cidadão do mundo. O professor precisa entender que a inclusão é uma
conquista ampla e ilimitada. Assim, ele poderá, junto com seus alunos, descobrir,
compreender, interagir e contribuir para modificar o mundo que nos cerca.
O professor, porém, não pode colocar-se à margem do processo social de
inclusão, sob pena de perder a oportunidade de participar e influenciar na construção do
conhecimento e ainda democratizar junto toda sua maior riqueza, o conhecimento
acumulado ao longo der séculos de cultura.
É de competência dos profissionais que atuam no contexto educativo, formar
verdadeiros cidadãos, com capacidade de analisar o mundo, entendendo sua diversidade
e assim construindo opinião própria com a consciência de seus direitos e deveres. O que
representa uma tarefa que algumas vezes o professor tem dificuldades, em realizar por
diversos fatores, sejam estes políticos, afetivos, psicológicos, sociais, entre outros.
Uma das maneiras do professor superar suas dificuldades como agente
transformador está na ação direta no processo de inclusão, no sentido de produzir uma
educação de qualidade. Por outro lado, ele precisa contar com orientações e capacitação
capazes de captar, entender e utilizar em seu trabalho, as mais variadas metodologias
pedagógicas, que cada vez mais se tornam parte ativa da construção do projeto
pedagógico das escolas.
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O desafio educacional dos dias de hoje está centrado numa sociedade inclusiva,
promotora de mudanças, ou seja, a efetiva participação de todos na escola, no processo
de construção de uma nova sociedade, globalizada, erudita, inclusiva, capaz de permitir
que o educando se aproprie dos mais variados conceitos.
Ao compreender que necessitam redimensionar seus conceitos e visualizar as
novas práticas inseridas na escola, oriundas de uma sociedade em constantes
transformações, ocorre um choque, que algumas vezes resulta no despreparo daqueles
que deveriam estar construindo as novas habilidades suas e de seus alunos.
Deve-se pensar numa escola que possibilite o acesso as diferentes áreas do
conhecimento humano, mediante a utilização de caminhos, recursos e estratégias
alternativas que possibilitem o alargamento das capacidades cognitivas, afetivas e
sociais de nossos educandos.
Observa-se ainda, que as mudanças no ensino escolar e numa prática inclusiva
não podem ser apenas uma mudança nos conteúdo a serem inseridos, portanto não
basta incluir por incluir, acrescentar esse ou aquele tópico, trocar essa ou aquela
definição. O que se busca com estas mudanças é uma modificação na forma de incluir
este aluno e favorecer sua apreensão dos conhecimentos, ou seja, metodologias
diferenciadas, que tenham relação com a vida de todas as crianças.
Portanto, “as aprendizagens que os alunos realizarem na escola serão
significativas à medida que estabelecerem relação entre os conteúdos escolares e os
conhecimentos previamente construídos, num processo de articulação, de novos
conhecimentos” (BRASIL, 1997, p. 9).
O sistema de educação regular promoveu a exclusão desta clientela devido a sua
ineficiência e seu despreparo para atender tal demanda de educandos. Se para atuar
junto àqueles que o sistema considera “normal” existe dificuldades extremas e até falte
de recursos, tanto no campo material, profissional ou mesmo afetivo, que dirá com
relação aos alunos com deficiência.
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3 CONCLUSÃO
O desafio educacional dos dias de hoje está centrado numa sociedade inclusiva,
promotora de mudanças, ou seja, a efetiva participação de todos na escola, no processo
de construção de uma nova sociedade, globalizada, erudita, inclusiva, capaz de permitir
que o educando se aproprie dos mais variados conceitos.
Ao compreender que necessitam redimensionar seus conceitos e visualizar as
novas práticas inseridas na escola, oriundas de uma sociedade em constantes
transformações, ocorre um choque, que algumas vezes resulta no despreparo daqueles
que deveriam estar construindo as novas habilidades suas e de seus alunos.
Observa-se ainda, que as mudanças no ensino escolar e numa prática inclusiva
não podem ser apenas uma mudança nos conteúdo a serem inseridos, portanto não
basta incluir por incluir, acrescentar esse ou aquele tópico, trocar essa ou aquela
definição. O que se busca com estas mudanças é uma modificação na forma de incluir
este aluno e favorecer sua apreensão dos conhecimentos, ou seja, metodologias
diferenciadas, que tenham relação com a vida de todas as crianças.
É preciso estimular todas as crianças especiais para que elas tenham suas
aptidões trabalhadas e recebam estímulos positivos que as encorajem para uma vida
social sem distanciamento das outras crianças, que possam ter uma vida tão normal
quanto possível e que tenham capacidade para superar todos os obstáculos, fazendo
das pedras que encontrarem pelo caminho desafios, não obstáculos.
Uma escola bem equipada e preparada com uma boa qualidade para seus alunos,
estará adequada a acolher a todos, inclusive aos portadores de necessidades especiais.
O convívio com a diversidade será benéfica para todos, uma vez que todos estarão mais
aptos a viver em harmonia, nesta época em que os valores humanos perderam o
significado. O convívio na diversidade da sala de aula fará com que a criança habituadas
a conviver com as diferenças, leve essas experiências adquiridas com a vivência para
suas vidas profissionais.
REFERÊNCIAS
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RIOS, Terezinha Azeredo. Ética e competência. 8ed. São Paulo: Cortez editora, 1999.