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A IMPORTÂNCIA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

QUEIROZ, Apda Rosely RU 1802986


POLO TRES LAGOAS
UNINTER

Resumo

No mundo em que vivemos hoje, houve uma grande evolução na forma das
pessoas agirem, pensarem e se comportarem, mas a inclusão continua sendo
um movimento mundial onde as pessoas com deficiência e suas famílias lutam
por direitos e lugar na sociedade a qual vivem por esse motivo o presente
artigo traz a definição da inclusão, segregação, exclusão, integração e
apresenta através de depoimento de uma mãe que quando a escola há
educação inclusiva e integrada a criança consegue se desenvolver e obter
melhores resultados.

Palavras-chave: Inclusão, integração, segregação, exclusão e educação.

A luta por uma sociedade mais inclusiva e receptiva aos deficientes


físicos se tornou um desafio a ser enfrentando e conquistado pelos portadores
de uma alguma deficiência e cada vez mais eles tem conseguido conquistar o
seu espaço.
Mas o que é inclusão? É o ato e incluir ou adicionar pessoas ou coisas
em núcleos que antes não faziam parte, socialmente a inclusão é um ato de
igualdade entre diferentes indivíduos, há diversos tipos de inclusão, mas neste
artigo iremos tratar da inclusão escolar que é garantir a todas as pessoas o
direito ao sistema de ensino independente da religião, classe social, condições
físicas, psicológicas e evitando assim a segregação ou exclusão.
Para Ainscow & Ferreira (2003) a inclusão é um processo que visa
apoiar a Educação para Todos e para cada criança no Mundo, ideia que

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implica encarar a escola como um espaço onde todas as crianças e jovens têm
lugar para aprender e adquirir conhecimento e para desenvolver-se enquanto
pessoa, a promoção de uma igualdade de oportunidades de acesso e de
sucesso, com a participação de todos e o respeito pela diversidade individual e
cultural dos alunos, através da inclusão na escola, bem como da inclusão da
escola no meio local, permitirá uma intervenção integrada, no sentido da
elevação do nível educativo da população.
Mas a possibilidade da inclusão surge a partir da ideia de exclusão e da
segregação.
A segregação é uma dissociação na quais indivíduos e grupos perdem o
contato físico e social com outros indivíduos e grupos. Essa separação
geralmente se dá por fatores biológicos e sociais, tais como a condição social,
física, psicológica entre outros.
Esse termo segregação está diretamente ligado à temática da qualidade
e equidade dos sistemas educacionais de forma mais ampla, à justiça social.
Evidências de diferentes países, incluindo o Brasil, sugerem que concentrar
alunos com características específicas em determinadas escolas pode
influenciar a forma como eles são tratados, a qualidade do ensino e a
aspiração para os níveis subsequentes de educação (COSTA, 2010).
A exclusão é o ato de excluir, deixar alguém de lado, descartar, afastar
ou negar possibilidade.
No entanto a exclusão escolar acontece quando por algum motivo seja
físico, psicológico ou social é vedado à criança o direito de frequentar a escola.
Há alguns anos no Brasil a exclusão ou a segregação acontecia muito
com as pessoas que possuía algum tipo de deficiência, elas eram mantidas em
casa e raramente saiam de casa raramente tinham um convívio social, mas
com o passar dos anos essa questão foi evoluindo.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência) destina, assegura e promove condições de igualdade,
no exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Atualmente temos passado por um processo de integração na sociedade
e nas escolas, uma vez que a integração significa o ato ou efeito de integrar-se,
no contexto da educação isso quer dizer aluno deve se adaptar em sua vida

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escolar seja na questão de aprendizagem ou mesmo de relacionamento, o
aluno que consegue ter essa integração consegue obter melhores resultados.
Com o conceito de Escola Inclusiva, as políticas educacionais ensejam
novas práticas de ensino com o propósito de atendê-la em suas
especificidades, garantindo o direito à educação para todos (SILVA, 2000).
As pessoas que possui alguma deficiência têm provado que capazes
quanto qualquer outro ser humano, porém possui algumas limitações que
devem ser respeitadas, onde a escola deve oferecer condições necessárias
para o desenvolvimento intelecto e humano, sendo necessário que escola
esteja preparada para receber o aluno, independente de sua necessidade.
Para Mendes (2006) a integração fundamenta-se no princípio da
normalização. Com início nos países do norte europeu, defendia que toda
pessoa com deficiência tem o direito inalienável de experimentar um estilo ou
padrão de vida que seria normal em sua cultura, com iguais oportunidades de
acesso a essa cultura. Sob este princípio, toda criança com deficiência, ou
qualquer outra característica que até então a colocava na posição de excluída
da educação, era garantido o acesso à escola regular e igual participação nas
atividades propostas aos demais alunos, ainda que os instrumentos legais não
discorressem sobre a perpetuação da exclusão mesmo na escola regular e
efetividade da aprendizagem, com a disponibilidade dos recursos necessários
para isso.
O individuo que possui deficiência enfrenta grandes dificuldades em sua
trajetória, por isso a importância da adaptação e apoio a essas pessoas seja na
sociedade ou escola.
O aluno que é surdo por exemplo, sua linguagem deve ser diferenciada
através de libras e deve haver na escola um professor que tenha grande
habilidade na linguagem de sinais, deve haver troca de experiência entre
professores a fim de se aprimorarem, ter sistema de amplificação sonora
coletiva, usar diversos textos em sala de aula, trazer ilustrações visuais entre
outros métodos.
De acordo com Skliar (1996) vários estudiosos têm tentado
redimensionar as questões relativas ao ensino de surdos. Ao invés de restringir
o fenômeno da surdez aos problemas que envolvem a audição e a fala,
procurando-se alertar o professor para a necessidade de desenvolver uma

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visão mais global. Além de possuir um conhecimento específico sobre seu
público-alvo e saber direcionar os procedimentos adequados a tal público, o
professor deve estar mais atento às suas funções que se relacionam a
questões de ensino.

A oferta do AEE é fundamental para a efetivação da proposta de


educação bilíngue estabelecida no Decreto nº 5626/2005, que regulamenta Lei
no. 10.436/2002, construído pelo Ministério da Educação em parceria com a
Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS e demais
órgãos governamentais e não governamentais. De acordo com este Decreto, a
educação bilíngue para estudantes com surdez caracteriza-se pelo ensino
ministrado por meio da Língua Portuguesa e da Libra, devendo ser
disponibilizados os serviços de tradutor/intérprete e o ensino das Libras para os
estudantes.
Em Paranaíba de acordo com lei do direito a educação, a inclusão já é
uma realidade há várias escolas Municipais e Estaduais que estão preparadas
para receber as crianças com deficiência.
De acordo com relatos da secretária de Educação do Município de
Paranaíba, a cidade atualmente tem escolas preparadas e habilitadas para
receber alunos com deficiência e promover assim uma educação de qualidade
e inclusiva, e que possui alunos com Sindrome Down, autistas e mudo e ambos
estão sendo assegurado o direito de aprender.

Conclusão

Foi realizada uma entrevista com a família de uma criança que é surda,
a mãe relatou que descobriu que criança não ouvia quando ela tinha 1 ano e 5
meses, no inicio percebeu que a criança estava demorando a falar, mas como
as pessoas sempre comentam que cada criança tem seu ritmo, decidiu
esperar mas após perceber que não estava havendo evolução optou por
procurar um especialista, então que descobriu que a criança tinha deficiência
auditiva.
No inicio a mãe contou que foi muito difícil, que não sabia o que fazer,
até saiu do emprego para ficar mais próxima e cuidar a filha, mas que hoje já
consegue lidar com a situação e tem apoio de muitas pessoas.

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A mãe disse que consegue entender o que a filha fala, mas há pessoas
próximas que tem muita dificuldade, mas elas superam esse desafio dia após
dia e que ressaltou que após sua filha começar a conviver com outras crianças
melhorou o seu comportamento ficando mais calma e comunicativa, o que
mostra a importância da educação inclusiva.
A professora disse que aluna é muito esperta, apresenta algumas
dificuldades, mas já sabe ler e escrever, está na quarta serie e que de forma
geral se relaciona bem com os seus coleguinhas.
Observou-se que a professora trabalha com a linguagem de sinais junto
com a monitora e ilustrações visuais, mas acredita-se que ela poderia
aprimorar, se começasse a trocar experiência com outros professores que
lidam com esse tipo de criança e se a escola promovesse mais integração com
pessoas com deficiência, poderia trazer palestrantes com deficiências a fim de
mostrar que essas pessoas apesar de suas limitações são pessoas e
profissionais capacitados e capazes quanto qualquer outro.

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REFERENCIA
Ainscow, M., & Ferreira, W. (2003). Compreendendo a educação inclusiva:
algumas reflexões sobre experiências internacionais. In D. Rodrigues (Ed.),
Perspectivas sobre inclusão: da educação à sociedade (pp. 103-116). Porto:
Porto Editora.
COSTA, M. et all. Oportunidades e escolhas: famílias e escolas em um sistema
escolar desigual. In: NOGUEIRA; ZAGO; ROMANELLI. (Orgs.). Família &
Escola: novas perspectivas de análise. Petrópolis:
Planalto. http://www.planalto.gov.br. Acesso 30/05/2018.
SILVA, T. T. da (Org). Identidade e Diferença. A perspectiva dos Estudos
Culturais. Petrópolis, Vozes, 2000
MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil.
Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 33 set./dez. 2006.
SKLIAR, C. Idealismo y etnocentrismo en las políticas de integración de los
sordos a la escuela regular. Cadernos de Educação Especial, v.10, p.22-36,
1997

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