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RESUMO: Esta pesquisa apesenta uma pesquisa sobre a inclusão escolar de crianças com
deficiência física: cadeirantes e seus desafios. O estudo contou com pesquisa bibliográfica do
tema com base na legislação, escritos e publicações que tratam do assunto, visando
compreender aspectos legais, sociais e de inclusão dos alunos com deficiência. A sociedade e
a escola vivem um processo de adequação no que diz respeita a inclusão de alunos, mesmo com
os direitos previstos é possível perceber aspectos de fragilidade neste processo, sendo muitas
vezes violado o que está previsto na lei, pois em diversos casos os deficientes físicos são vistos
como pessoas com limitações e incapazes de realizar algumas atividades. Na sociedade a
acessibilidade é algo de extrema importância, pois é um dos desafios que se faz presente com
frequência na vida do deficiente físico ou cadeirantes.
1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa consiste em abordar os desafios que são encontrados na inclusão para os
deficientes físicos e como se relaciona inclusão e deficiência. Ao falar de deficiência física se
pensa em diversos aspectos e também nos desafios que são enfrentados pelas pessoas com
necessidades especiais, onde na maioria das vezes são vistos com um olhar de preconceito ou
rejeição de algumas pessoas na sociedade.
Deficientes físicos são pessoas com limitações em seu funcionamento corporal e/ou
de forma parcial de membros superiores ou inferiores do seu corpo, mais na maioria das vezes
são pessoas dispostas a lutar pela inclusão social e fazer a quebra de inúmeros preconceitos que
se faz tão presente no meio.
A sociedade atualmente tem falado em acessibilidade e inclusão social para as Pessoas
Com Deficiência - PCD. A acessibilidade para a pessoa com deficiência é algo de extrema
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Discente no curso de licenciatura em pedagogia do instituto de estudos e pesquisas do vale do Acaraú
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Discente no curso de licenciatura em pedagogia do instituto de estudos e pesquisas do vale do Acaraú
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Discente no curso de licenciatura em pedagogia do instituto de estudos e pesquisas do vale do Acaraú
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Docente no curso de licenciatura em pedagogia do instituto de estudos e pesquisas do vale do Acaraú
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importância, é um dos desafios que se faz presente com frequência na vida do deficiente físico
ou cadeirante.
No contexto social a pessoa com mobilidade reduzida imagina o quanto é difícil um
local de locomoção melhor para si, pois, locais adequados e reservados para os cadeirantes
dentro da sociedade é algo ainda a se alcançar. Desde a saída de casa até chegar à escola ou no
local de trabalho, por uma falta de estrutura e até mesmo de uma pessoa que esteja apta a ajudar
aquela pessoa. No contexto escolar as pessoas com deficiências sofrem bastante devido a não
aceitação com os demais.
Pessoa com deficiência deve ser aceita e se fazer presente em diversos espaços sociais,
pois são pessoas que mesmo com deficiência também apresentam competências e habilidades
e conseguem desempenhá-las com a finalidade de alcançar suas metas. A sociedade tem várias
leis que tratam deste tema mas a população não tem ideia e desconhecem, a deficiência física e
os impactos na vida principalmente dos cadeirantes, que por motivos de locomoção são os que
costumam enfrentar diversos desafios sempre que saem de casa tendo em vista que os espaços
não dispõem de acessibilidade como rampas, corre mão e outros.
A inclusão é algo quem vem sendo colocado em pauta para debate e reflexões nos
encontros educacionais, e tem havido de certo modo, uma sensibilização a respeito desse
movimento visando que seja garantido o direito de ir e vim da pessoa com deficiência.
Para Gomes (2007) os principais limitadores do aprendizado são questões de
mobilidade, pouco se fala na parte pedagógica, bem como das diversas dificuldades
apresentadas no dia a dia nas salas de aulas. Oportunizar situações e vivencias na sala de aula
é um trabalho muito exigente ao papel do professor ao envolver seu aluno cadeirante no meio
aos demais.
O motivo da escolha deste tema se deu por uma questão pessoal. Primeiramente porque
me identificar com a temática onde pude perceber que apesar de legislação que garante direito
a este público e de todo o movimento voltado para a inclusão, os que apresentam necessidades
especiais, especialmente os que se utilizam de cadeira de rodas para se locomover, ainda
encontram muitas dificuldades para se inserirem nos espaços sociais. Desse modo com o intuito
de ampliar os conhecimentos e obter noções básicas de como atuar no âmbito da escola
(inclusão) com crianças que apresentam problemas específicos de desenvolvimento, acredita-
se que esta pesquisa é de grande relevância para uma melhor compreensão acerca do
atendimento a essas pessoas, visto que em tempos de tantas transformações e discussões possa
estabelecer uma educação igualitária.
Um aluno cadeirante na maioria das vezes em sala de aula que não se faz presente a
adaptação de aulas para esses indivíduos, eles passam boa parte do tempo sentados e sem
participar, onde eles ficam a só observar vários correndo, participando de forma ativa, enquanto
esse tem que estar somente na observação. Fazer com que esses alunos participem da aula de
forma ativa é ainda uma utopia a ser alcançada para muitos.
A Constituição Federal de 1988 declara que todo aluno com deficiência física ou não,
possuem direitos e deveres iguais, bem como o seu desenvolvimento da pessoa, e o seu preparo
para o exercício de uma cidadania e qualificação para o mercado de trabalho.
Fazer uma sala de aula inclusiva para as crianças com deficiência física é algo que
precisa do comprometimento de todos da escola e ações destinadas a este devem estar
contempladas na proposta pedagógica da escola. O que ocorre é que muitos professores se vêem
ocupados para se debruçar sobre os documentos precisos para ampliar seus conhecimentos
sobre a temática em questão.
A pesquisa tem como objetivo geral destacar as considerações que traduzem os
paradigmas atuais que defendem o acesso universal à escolaridade básica através da
transformação da escola em um ambiente de convivência respeitosa, enriquecedora e livre de
qualquer discriminação para com as pessoas com deficiência.
Especificamente objetiva-se: apresentar um breve histórico sobre o conceito e
definição de deficiência, apresentar alguns desafios enfrentados pelos alunos com deficiência
física ao inserir-se na escola e reconhecer a importância da relação escola e acessibilidade.
Deficiência física é uma variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo
em termos de mobilidade, coordenação motora geral ou de fala, como decorrência de
lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda de más-formações
congênitas ou adquiridas”. (CEARÁ, 1998, p.13).
Segundo Austin (2004) diz-se que o indivíduo é deficiente físico, quando, por uma ou
mais razões sua capacidade de movimento, coordenação motora, de fala e audição estão
comprometidas.
A definição legal de deficiência, conforme os artigos 3 e 4, capítulo primeiro do
Decreto Federal de nº 3.298, datado de 20 de dezembro de 1999, entende-se por deficiência:
“todo e qualquer comprometimento que afete a integridade da pessoa e traga prejuízos a sua
locomoção, coordenação de movimentos, fala, compreensão de informações, orientação
espacial, percepção e contato com as outras pessoas”.
A Lei 7853/89 dispõe sobre o apoio as pessoas portadoras de deficiência, sua
integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência – CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses
coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define
crimes e dá outra providencias. (Alterada pela Lei 8.028/90). (BRASIL, 2004, p. 26).
As pessoas com deficiência física para exercerem esses direitos e fortalecerem sua
participação como cidadãos, há necessidade de se atingir alguns objetivos, como o direito a
acessibilidade em edificações de uso público. Assim, a conquista por espaços livres de barreiras
arquitetônicas implica a possibilidade e a condição de alcance para que portadores de
deficiência utilizem com segurança e autonomia as edificações, mobiliários, os equipamentos
urbanos, os transportes e meios de comunicação.
A inclusão da pessoa com deficiência física em classes regulares tem se mostrado
como um desafio à comunidade escolar, à família e aos serviços de saúde. Em se tratando de
uma inclusão significativa, vários fatores destacam-se na forma como se dá a permanência e a
qualidade desta no ambiente escolar. Dentre estes fatores, pode-se citar os aspectos
administrativos, organizacionais, do espaço físico, de rotinas, de práticas da instituição e os
processos de formação dos educadores. Além de estrutura do prédio para recebê-los de forma
adequada.
Diante disso merece atenção a presença de barreiras físicas que impeçam o deficiente
de se deslocar livremente. Não se deve segurar a cadeira de rodas sem a permissão do dono.
Pois, ela é a expansão do seu corpo físico. É aconselhável sentar durante uma conversa
demorada, evitando que ele olhe por muito tempo para cima.
A integração das pessoas com deficiência deve ser pensada como processo que permita
a inclusão com responsabilidade. Para tanto, se faz necessário conscientizar toda a comunidade
escolar: direção, corpo docente, funcionários e pais. O desenvolvimento do educando sempre
foi tema de estudo de múltiplas disciplinas e saberes. É fascinante para os que trabalham com
alunos, sejam portadora de alguma deficiência ou não, percebê-las desde seus primeiros
momentos, na condição de completa dependência de outros e falta de autonomia e acompanhar
o processo continuo de conquista e mudanças até que elas possam obter uma percepção mais
clara de sua presença no mundo como indivíduo singular inserido na cultura.
Desse modo, em qualquer nível que seja, o acesso à educação é um direito que não
deve haver questionamentos e que todas as pessoas, inclusive as com deficiência física têm o
direito de frequentar a educação escolar em qualquer escola que deseje em qualquer um de seus
níveis.
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A maioria das escolas afirma que não estão preparadas para atender aos alunos
portadores de necessidades educacionais especiais, criando-se assim situações de exclusão tanto
dentro como fora da sala de aula, desrespeitando assim as diferenças que a LDB e a Convenção
de Guatemala tanto defende. Assim, o papel da escola é tão somente oferecer apoio, defender
os interesses das pessoas com deficiência e cuidar para que ela cumpra o seu papel, adaptando
o seu currículo, e buscar eliminar as barreiras seja da arquitetura, pedagógica ou comunicativa,
buscando orientações, recursos de ensino e equipamentos adequados e suficientes para garantir
que os alunos tenham suas especificidades atendidas.
A cada dia que passa o movimento pela inclusão cresce e junto a ela o desafio de
promover uma educação que seja significativa e de qualidade para todos. Os educandos
precisam conviver uns com os outros, com as diferenças, se tornando assim cidadãos que sejam
solidários.
Muita coisa já vem sendo dita sobre inclusão nos dias atuais, mas não exclui como
preocupante o índice existente da não aceitação do acesso de alunos deficientes em salas de
alunos comuns, especialmente os cadeirantes, por parte de alguns pais de deficientes e até
mesmo de uma camada da sociedade. O preconceito e a discriminação ainda são constantes, e
a causa maior é o fato de não aceitarem que a escola inclusiva se destina a atender aos
deficientes sejam eles, mentais, visuais, físicos, auditivos ou motores, os que possuem
síndromes ou outros quadros neurológicos, psicológicos ou psiquiátricos. Estão inseridos
também os alunos que possuem dislexia, déficit de atenção dentre outros. De acordo com
documento do Ministério Público Federal (2004):
Como tudo é passível de críticas, a inclusão não fugiria a regra. Pois, ser gordo ou
muito magro, agressivo, negro, superdotado, pobre ou rico, ter déficit de atenção ou diabetes e
usar óculos muitas vezes torna uma pessoa alvo de preconceito e exclusão. Com o indivíduo
que necessita de uma cadeira de rodas para se locomover não é diferente. Por isso, todos
precisam conscientizar-se, começando pelos professores, sem exceção, que precisam praticar o
respeito e a tolerância, que só nascem quando se entende que o normal é ser diferente.
É difícil reconhecer que todos têm limitações e capacidades, e é papel da escola ensinar
e praticar o respeito às diferenças, dando oportunidades as crianças, jovens e adultos de
reconhecer seus limites e os dos colegas. E acima de tudo, destacar o que há de bom em si e
nos outros. Tem-se que superar toda forma de preconceito e sensibilizar a consciência pessoal
e social sobre a questão da deficiência.
Vive-se em uma sociedade que não tem espaço para os fracos e frágeis, para os que
andam devagar ou têm dificuldade para entender as coisas, os que não escutam bem ou não
conseguem falar. Mas, pessoas com deficiência nem sempre significam pessoa dependente ou
totalmente incapaz, muitas pessoas com algum tipo de deficiência, inclusive os cadeirantes,
desenvolvem outras capacidades e isso lhes possibilita uma vida autônoma.
Diante dos fatos salientados o ser humano é levado a crer que a sociedade brasileira
ainda engatinha no que se refere à inclusão, devido à falta de informação e o preconceito. Com
isso, os educandos que tem alguma deficiência sentem-se incapazes porque o tratam dessa
forma, excluindo-o. Os pais, por sua vez, protegem seus filhos demais infantilizando-os.
Quando esse aluno chega à escola com essa história o professor fica temeroso de encarar o
desafio de integrá-lo na sociedade.
A acessibilidade é uma condição acessível aos lugares, às pessoas, aos serviços, dentre
outros. É a possibilidade de interagir com o ambiente de forma segura, com o máximo
de autonomia possível, mesmo que as pessoas tenham singularidades acentuadas. Isso
implica condições acessíveis e sem obstáculos (SOUSA et. al., 2017, p. 111).
pedagogia mais centralizada na criança, para que sejam capazes de atender a essas
necessidades (Declaração de Salamanca, 1994, apud Brasil, 2001, p. 13) .
Diante disso, pode-se dizer que incluir é um grande desafio a ser superado, mas que se
as escolas estiverem dispostas a enfrentar a qualidade da educação seja em qual nível ou
modalidade, essa realidade pode ser mudada. Para isso, a escola deve aperfeiçoar e repensar
suas práticas, de modo que possa atender as diferenças, tirar proveito dela e proporcionar um
bom desenvolvimento dos alunos, para se fazer acessibilidade infelizmente é muito caro, seja
física com adaptações arquitetônicas ou atitudinal com custos e capacitações. Para Guimarães,
(2003):
Nesse sentido pode-se afirmar que a escola se torna inclusiva quando há um projeto
pedagógico construído coletivamente, um currículo adequado de acordo com as necessidades
de cada um, e principalmente a mudança de atitudes e postura adotadas e na forma de avaliação.
Visto que, incluir é muito mais do que oportunizar aos deficientes o direito de se matricular e
frequentar a escola, mas também oferecer condições para a sua permanência. Nesse sentido não
é somente a escola que precisa ser transformada, mas a sociedade como um todo precisa assumir
de forma concreta o seu papel no sentido de garantir a igualdade de oportunidades para todos.
As escolas em sua estrutura arquitetônica devem contemplar a acessibilidade de aluno
com deficiência, incluindo textura no piso, barra de apoio no banheiro, corrimão e outros
visando atender à necessidade e particularidades de cada aluno e com isso promover a
autonomia destes no espaço escolar.
Acessibilidade na escola para alunos com deficiência física consiste na adaptação de
espaços que visem a inclusão de pessoas com deficiência. Na estrutura física da escola que
facilite o dia a dia.
Quando a acessibilidade está bem desenvolvida, mostra que tem sido um fator que
promove a atividade motora em geral, seja em sala de aula ou fora dela; por outro lado, quando
não ocorre de forma efetiva, tem sido apontada como uma das mais barreiras significativas para
a prática de atividade motora.
Vale ressaltar que todo o procedimento gira em torno da questão da acessibilidade,
embora englobe uma variedade de fatores. Ou seja, desde a adequação das tarefas ao princípio
que estamos a debater neste momento, nomeadamente a acessibilidade.
3 METODOLOGIA
Com a delimitação do tema para a pesquisa é possível definir o que se pretende estudar
e analisar sobre o assunto a ser pesquisado. A pesquisa bibliográfica é a base metodológica para
produção deste Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
A pesquisa bibliográfica, para Fonseca (2002), é realizada:
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com o movimento de inclusão dos alunos com deficiência, faz tornar os direitos iguais
independente de suas características e suas limitações, fazer a verdadeira inclusão se faz
necessário aos futuros cidadãos sabendo de seus direitos educacionais e inclusivos sempre.
Ao abordar os questionamentos aos educadores, surge a ponto principal, falar sobre a
sua graduação, saber se eles obtêm formações para atender as crianças cadeirantes, falar sobre
suas vivencia a quanto tempo está nesse lado de ensino especializado.
Para a gestora ela fala que:
“As formações são continuadas, assim tentando viver com a intensidade que o
surgimento dessas crianças com necessidades no meio escolar, e tentando também
ajudar aos educadores a vivenciar com todos na sala de aula de ensino regular com os
demais da turma, e falar sobre a inclusão já fala a partir das formações frequentes”.
“Muitas das vezes é algo bem difícil e complicado pois as famílias não querem aceitar
e se recusam muito a ajudar as crianças nessa nova etapa de ensino, e oferecemos que
a psicóloga tenha um momento para assim melhorar essa vivência e a aceitação do
momento, logo depois com muito diálogo a família já se torna aliada para ajudar a
escola”.
Para a educadora:
“A relação família e escola é algo bastante falado desde o meio escolar, até mesmo
aos atendimentos especializados mais ainda se acontece a rejeição por algumas
famílias, pois não sabem se esse momento vai ajudar a sua criança e como vai ser a
adaptação com novas metodologias de ensino”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
GUEBERT, Mirian Célia Castellain. Inclusão: uma realidade em discussão. 2. Ed. Curitiba:
Ed. Ibpex, 2007.