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WORLD UNIVERSITY ECUMENICAL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS


AUTISTAS NA ESCOLA – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Mikaelly Ferreira Sousa


PROFESSORA: Adriana Schneider Muller Konzen
NATUREZA DO PROJETO: Mestrado
INSTITUIÇÃO PROPONENTE: World University
Ecumenical

TERESINA
2021
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS AUTISTAS NA
ESCOLA – REVISAO BIBLIOGRAFICA

RESUMO
A sociedade moderna reflete novas ideias, definições e ações voltadas não apenas para o
cumprimento de leis, mas também na busca por melhor qualidade de vida. No âmbito
educacional, a proposta de inclusão vem se mostrando fundamental, pois em diferentes
escolas e a partir de distintas formas de ensinar, o objetivo é um só: tornar possível no ensino
regular um espaço de acolhimento à diversidade. Em razão desse problema, as questões
norteadoras desse estudo foram: quais as dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas
crianças autistas na escola regular? Como os professores vem trabalhando com esse
segmento? E, principalmente, quais as dificuldades enfrentadas por crianças autismo na sala
de aula da escola regular? Nesse sentido, este estudo teve objetivo geral investigar as
dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas na escola e por objetivos específicos: 1)
Identificar as dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas incluída na escola; 2)
Caracterizar as dificuldades enfrentadas pelas crianças nos âmbitos pessoal, social e
educacional; 3) Verificar quais os conhecimentos que o professor tem sobre as crianças
autistas; Conhecer os recursos que o professor utiliza no ensino das crianças autistas. A busca
foi efetuada nas Bibliotecas; Lilacs e PuBmed e SciELO. Ao término do recorte os dados
serão ordenados e classificados por similaridade semântica, as temáticas serão agrupadas
conforme semelhança do conteúdo

1. INTRODUÇÃO

A sociedade moderna reflete novas ideias, definições e ações voltadas não apenas para
o cumprimento de leis, mas também na busca por melhor qualidade de vida. No âmbito
educacional, a proposta de inclusão vem se mostrando fundamental, pois em diferentes
escolas e a partir de distintas formas de ensinar, o objetivo é um só: tornar possível no ensino
regular um espaço de acolhimento à diversidade.
O termo inclusão desperta nos educadores sentimentos contraditórios, pois em alguns
há a convicção de que se há de enfrentar novos desafios e buscar novas modalidades de
ensino para atender crianças diferentes; em outros, desencadeia receios, angústias, rejeição a
esses mesmos sujeitos. Independente do sentimento que surge, a inclusão é um direito de
todos e forma de exercer a cidadania.
Na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDB, o Art. 59, inciso III determina que: “professores com
especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem
como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas
classes comuns”. Não obstante essa determinação, reconhece-se que nem todos os professores
tem formação adequada para atuar com o alunado da educação especial.
Em razão desse problema, as questões norteadoras desse estudo foram: quais as
dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas crianças autistas na escola regular? Como os
professores vem trabalhando com esse segmento? E, principalmente, quais as dificuldades
enfrentadas por crianças autismo na sala de aula da escola regular?

Nesse sentido, este estudo teve objetivo geral investigar as dificuldades enfrentadas
pelas crianças autistas na escola e por objetivos específicos: 1) Identificar as dificuldades
enfrentadas pelas crianças autistas incluída na escola; 2) Caracterizar as dificuldades
enfrentadas pelas crianças nos âmbitos pessoal, social e educacional; 3) Verificar quais os
conhecimentos que o professor tem sobre as crianças autistas; Conhecer os recursos que o
professor utiliza no ensino das crianças autistas.

2. PROBLEMA

Quais as dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas crianças autistas na escola


regular?

3. HIPÓTESES

As dificuldades de aprendizagem apresentam-se em graus variados, desde os mais


severos até os mais leves, mas existem formas de diminuir essas dificuldades, proporcionando
um melhor acolhimento e humanização, além de instrumentos e estruturas para uma melhor
adequação e um melhor desenvolvimento e à compensação de limitações funcionais.

4. JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA

Atualmente o autismo é um tema muito abordado e vivenciado nas escolas, em função


a diversas leis e decretos que beneficiaram os autistas ao direito em estudar em escolas
regulares.
Mesmo com vários estudos realizados sobre essa temática considera importante
destacar as dificuldades para lidar com a aprendizagem desses alunos. Os alunos são incluídos
nas escolas no ensino regular, para atender os requisitos legais, sem investir muito na
capacitação dos profissionais de modo a proporcionar o ensino de qualidade, instrumentos e
estruturas. Do crescente aumento observado na incidência desse transtorno em função de
novas formas de identificação, assim como dos conhecimentos recentes, mas também pela
legislação que fundamenta a inclusão de pessoas com necessidade educacional especiais nas
escolas regulares.
Refletindo sobre a necessidade e dificuldades enfrentadas para transmitir informações
e a construção de conhecimento que são essenciais para alunos autistas.
Optamos por pesquisar com esta temática principalmente por ter aumentado a
quantidade de crianças autistas inseridas em escolas de ensino regular e a dificuldade no
processo de aprendizagem dos mesmos. Por meio dessa pesquisa buscaremos analisar as
dificuldades de aprendizagem enfrentadas por crianças autistas na escola.

5. OBJETIVOS

Geral
Investigar as dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas na escola.

Específicos
Identificar as dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas incluída na escola;
Caracterizar as dificuldades enfrentadas pelas crianças nos âmbitos pessoal, social e
educacional;
Verificar quais os conhecimentos que o professor tem sobre as crianças autistas;
Conhecer os recursos que o professor utiliza no ensino das crianças autistas;

6. REFERENCIAL TEÓRICO

Entende-se que o autismo é um tema muito abordado e vivenciado nas escolas. E esse
tema existe várias definições onde vários pesquisadores ainda estão desenvolvendo pesquisa
para definir o autismo. Um dos primeiros pesquisadores a conceituar o autismo foi o
psiquiatra Americano Leo Kanner que diagnosticou o autismo pela primeira vez em 1943,
onde ele definiu e caracterizou que o autismo é um distúrbio de desenvolvimento
caracterizado por incapacidade para estabelecer relações com pessoas, um amplo conjunto de
atrasos e alterações na aquisição e uso da linguagem e insistência obsessiva em manter um
ambiente sem mudança, acompanhada de tendência a repetir uma gama de atitudes
ritualizadas.
Outro pesquisador Winnicott (1967), descreve que o autismo é uma questão de
imaturidade afetiva que pode acontecer quando o amadurecimento da criança é interrompido
de alguma forma, pela inadequação ou insuficiência do ambiente perante suas necessidades. E
em 1978, Michael Rutter propôs uma definição do autismo baseado em quatro critérios:
1. Atraso e desvio sociais não só como função do retardo mental;
2. Problemas de comunicação, também não só em função do retardo mental
associado;
3. Comportamentos incomuns (movimentos estereotipados e maneirismos)
4. Início antes dos 30 meses de idade.

O autismo se caracteriza por um conjunto de comportamentos, como limitação ou


ausência de comunicação verbal, falta de interação social, contato visual que é difícil sendo
normalmente evitado, dependência de rotinas e resistência à mudança. E esses sintomas
ocorrem desde cedo na criança a partir dos três anos de vida. A existência do autismo é de
cinco a cada 1.000 crianças sendo mais comum em sexo masculino do que em feminino e
atualmente esse transtorno está aumentando na população.
O transtorno autista atinge maciçamente o desenvolvimento afetivo, social e
cognitivo da criança, transformando o autismo em uma das síndromes mais
devastadoras no tocante ao desenvolvimento da criança (BANDIM, 2011).
Atualmente as crianças autistas estão cada vez mais sendo incluídas nas escolas
regulares, pois através da lei n°12.764, que institui a “Política Nacional de Proteção dos
Direitos das pessoas com transtorno do espectro Autista”. Sancionado em dezembro do ano
2012 pela presidente Dilma Roussef – Lei Berenice Piana, em que os autistas tendo o direito à
educação. Percebesse que hoje encontramos mais ainda aluno autista nas escolas. E lei exige
isso:
No artigo 3o São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: no
inciso IV - o acesso:
a) à educação e ao ensino profissionalizante;
b) à moradia, inclusive à residência protegida;
c) ao mercado de trabalho;
d) à previdência social e à assistência social.

No artigo 7o O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de


aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido
com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos.

É um grande desafio para o educador, e para a escola, pois precisam de formação para
receber esses alunos, para que eles tenham uma educação de qualidade, mas a realidade é
outra.

Segundo Cunha (2013), a escola precisa realmente ser inclusiva, isto é, não apenas
integrar o aluno fisicamente em seu espaço, mas se adequar a ele. Isso é possível, mas não
depende só da escola. Depende também dos governos, principalmente dando condições para a
formação do professor.

E na maioria das escolas não tem esse adequadamente que deveria ter para receber o
aluno autismo e isso faz com que os educadores sintam dificuldade de educar um aluno com
esse transtorno. Cunha (2013) também enfatiza que são poucas as escolas do ensino comum
que têm espaços adequados e profissionais capacitados para trabalhar na educação inclusiva.
São necessárias ações que materializem as políticas educacionais que tratam da inclusão no
cotidiano das escolas. É um grande desafio. É preciso promover a preparação docente,
adaptação do espaço escolar, investimento financeiro na aquisição de materiais pedagógicos e
apoio à família do aluno com necessidades educacionais especiais.

De acordo com Sá (2003) Os professores do ensino regular vivenciam a dura realidade


das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos,
o espaço físico inadequado e o despreparo para ensinar “crianças especiais”, ou diferentes. O
professor da educação especial também não estar preparado para atender todas as
necessidades do aluno especial. De o outro lado estar à resistência dos pais que prefere manter
a criança em instituição especializada por medo de que a criança seja discriminada e
estigmatizadas no ensino regular. E é isso que acontece, mas está ocorrendo mudanças, pois
após essas leis, as escolas estão procurando se adaptar para ter uma educação inclusiva.

7. METODOLOGIA
Nesta seção descrevemos a trajetória de desenvolvimento da pesquisa. A apresentação
da natureza da pesquisa, lócus da pesquisa, os participantes investigados, o instrumento e os
procedimentos utilizados na coleta de dados.

Será realizada uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório com a técnica


bibliometria para a mensuração da produção científica, a partir de busca em periódicos,
conjuntos de estudos e artigos, com objetivo de contribuir para o levantamento, avaliação e
análise da produção científica (OLIVEIRA, 2004; SPLITTER; ROSA; BORBA, 2013).

Portanto, propusemos como lócus desta investigação, participantes e instrumentos será


os artigos ou trabalhos científicos que apresentam temáticas de dificuldade de aprendizagem
de crianças autistas, desde os anos de 2015 até a data de apresentação do trabalho, publicados
nas plataformas do Lilacs e PuBmed e SciELO.

Ao término do recorte os dados serão ordenados e classificados por similaridade


semântica, as temáticas serão agrupadas conforme semelhança do conteúdo, buscando
compreender as principais informações procurando-se forma de correlacionar às ideias
apresentadas.

8. CRONOGRAMA (Inseri um modelo, que vocês devem adequar à ada realidade)

ATIVIDADES Junho Julho a Janeiro Julho a Nov. a Jan. a Dezembro


2021 Dezembro a Junho Outubro Dezembro Novembro 2023
2021 2022 2022 2022 2023

Cursar as disciplinas
X X
Realização de estudos
sobre a temática
X

Levantamento
bibliográfico
X X X X X

Elaboração de
instrumento de coleta
X
de dados

Início da orientação
X
Aplicação dos
instrumentos de
pesquisa
X X X X

Organização dos
dados
X
Análise dos dados
X
Elaboração final da
dissertação
X
Defesa
X

REFERÊNCIAS

BANDIM, J. M. Autismo: uma abordagem prática. Recife: Bagaço 2011.

CUNHA, E. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito


diferente de ensinar – idéias e práticas pedagógicas. 2ª ed. RJ: Wak Editora,
2013.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

GODOY, A. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de


Administração de Empresas. 1995.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo. Atlas. 1999. P 202.

RIBEIRO, E.A. A perspectiva da entrevista na investigação qualitativa. Evidência: olhares


e pesquisa em saberes educacionais, Araxá/MG, n. 04, p.129-148, maio de 2008.

SÁ, E.D. A Educação Inclusiva no Brasil: Sonho ou realidade? Disponível


em: www.educacaoinclusiva.com.br A educação no Brasil: Sonho ou realidade?

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