A educação inclusiva de pessoas com transtornos neurológicos no Brasil enfrenta desafios devido à apatia social e à ineficácia de políticas públicas. A sociedade precisa se engajar mais na causa e o governo deve investir em programas que garantam o direito constitucional à educação destes cidadãos.
A educação inclusiva de pessoas com transtornos neurológicos no Brasil enfrenta desafios devido à apatia social e à ineficácia de políticas públicas. A sociedade precisa se engajar mais na causa e o governo deve investir em programas que garantam o direito constitucional à educação destes cidadãos.
A educação inclusiva de pessoas com transtornos neurológicos no Brasil enfrenta desafios devido à apatia social e à ineficácia de políticas públicas. A sociedade precisa se engajar mais na causa e o governo deve investir em programas que garantam o direito constitucional à educação destes cidadãos.
O QUE DIZ O MANUAL DO CANDIDATO CARTILHA DO PARTICIPANTE REDAÇÃO
TEMA: Problema Social – atenção aos núcleos temáticos (frase tema)
PONTO DE VISTA: Problematização do tema
AS DIFICULDADES DE.... ARGUMENTOS: Causas do problema Arg. 01: SOCIAL Arg. 02: INSTITUCIONAL PROPOSTA: Intervenção Exequível / Coerente / Direitos Humanos / Detalhada PROPOSTA TEMÁTICA
RECORTE TEMÁTICO/ SINÔNIMO : EIXO EDUCAÇÃO
“Desafios educacionais de pessoas com
transtornos neurológicos nas escolas brasileiras” TEXTO I A data 18 de junho marca o Dia Mundial do Orgulho Autista. O objetivo é valorizar a neurodiversidade e as características únicas que as pessoas com o Transtorno de Espectro Autista (TEA) apresentam. Outro transtorno do neurodesenvolvimento muito comum é o Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) caraterizado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade. Estas características também exigem cuidados especiais no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, a psicóloga Margareth Silva recomenda que os professores evitem distratores, isto é, tudo o que tira a atenção do aluno com TDAH, como sentar próximo a porta ou perto de colegas que o distraem, por exemplo. A psicóloga propõe ainda o uso de metodologias que ajudem o aluno a se organizar. Disponível em: <https://bit.ly/2RDOw4I>. Acesso em: 29 abr. 2022. TEXTO II O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que obriga o poder público a oferecer um programa de diagnóstico e tratamento precoce aos alunos da educação básica com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou qualquer outro transtorno de aprendizagem. Não houve vetos. A norma estabelece que as escolas da rede pública e privada devem garantir acompanhamento específico, direcionado à dificuldade e da forma mais precoce possível, aos estudantes com dislexia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem que apresentam instabilidade na atenção ou alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita. As necessidades do aluno serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde. Disponível em: <https://bit.ly/3MYVI7p>. Acesso em: 29 abr. 2022. TEXTO III Os alunos com autismo matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental são um desafio ao educador, pois além de ser uma criança que exige atendimento individualizado, exige atenção e estratégias diversificadas. Só o conhecimento pode trazer mais politização para o educador trabalhar de maneira eficaz com esses alunos autistas. A hipótese é que a teoria traga mais conhecimento ao educador, por isso devemos encontrar caminhos via teoria. Vê-se que a escola não pode continuar oferecendo uma educação padronizada, que exclua todo aquele que não acompanha, e que é diferente. Trabalhar na diversidade é construir capacidades a partir das diferenças. Esse é o papel do novo educador frente à inclusão. Disponível em: <https://bit.ly/3mW9PzX>. Acesso em: 29 abr. 2022. TEXTO IV Dificuldade de prestar atenção na aula, distrair-se facilmente e ficar com a mente vagando pelo “mundo da lua” quando o professor está falando. Pouca paciência para estudar e fazer os deveres, agitação, inquietude e uma capacidade incrível de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo. E quase nenhuma delas associada à aula. Estas são algumas características de alunos que apresentam o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, conhecido como TDAH. O problema atinge um grande número de crianças e adolescentes, que veem o seu desempenho acadêmico prejudicado pela doença e muitas vezes sequer sabem que são portadores. Uma das principais dificuldades dos alunos portadores de TDAH são os problemas de comportamento no ambiente escolar, que se manifestam pela dificuldade de obedecer a um código disciplinar rígido e pela agitação na sala de aula. Disponível em: <https://bit.ly/3xC2gDx>. Acesso em: 29 abr. 2022 Direcionamento REPERTÓRIO INICIAL CONTEXTUALIZAÇÃO: A Constituição Federal de 1988 prevê o amplo acesso à educação de qualidade e gratuita para todos os cidadãos do país PROBLEMATIZAÇÃO ➢TESE: O cenário desafiador de garantir a plena inclusão educacional de pessoas com transtornos neurológicos no Brasil ASPECTOS SOCIAIS ➢ARG. 01: Apatia social ASPECTOS INSTITUCIONAIS ➢ ARG. 02: : Ineficácia de políticas públicas INTRODUÇÃO A Constituição Federal de 1988, base do Estado Democrático de Direito, assegura os direitos e o bem-estar da sociedade. Entretanto, quando se observa o cenário desafiador de garantir a plena inclusão educacional de pessoas com transtornos neurológicos no Brasil, verifica-se que esse preceito, apesar de legalmente previsto, não é constatado na prática. Dessa forma, percebe-se que essa realidade se deve não só à apatia social, mas também à ineficácia de políticas públicas. DESENVOLVIMENTO 01 Sob tal perspectiva, cabe destacar que uma grande parcela da população se mostra apática diante do problema. Segundo a filósofa alemã Hannah Arendt, a massificação da sociedade afasta os indivíduos de reflexões morais e de preocupações coletivas. De maneira análoga, percebe-se que a exclusão de pessoas com neurodiversidades, como TDAH e autismo, encontra um forte alicerce na estagnação social. Essa situação ocorre porque a sociedade pouco se movimenta em prol da erradicação dessa problemática por não mensurar como a dificuldade de acesso à educação inclusiva causa prejuízos para o desenvolvimento intelectual do citado grupo e ampliação das dificuldades de acesso a uma educação ainda padronizada. Logo, é essencial superar esses preceitos que atestam um contexto preocupante. DESENVOLVIMENTO 02 Ademais, vale ressaltar que a insuficiência de ações do Poder Público possui íntima relação com o revés. Acerca disso, John Rawls defende que a justiça é a primeira virtude das instituições sociais. As autoridades, todavia, vão de encontro à ideia de Rawls, uma vez que possuem um papel inerte em relação à visível exclusão de pessoas com neurodiversidades e, por consequência disso, notam-se a precarização de políticas de qualificação de educadores, bem como a carência de programas eficazes de inclusão educacional de alunos com dificuldades de desenvolvimento acadêmico, violando, assim, o direito à educação. Desse modo, é inadiável que a assistência a esses cidadãos seja alcançada, a partir de medidas governamentais. CONCLUSÃO Portanto, a fim de reverter o atual quadro de exclusão educacional de pessoas com neurodiversidades, é necessário que as escolas promovam a discussão sobre a importância da atuação social nesse âmbito, por meio de atividades extracurriculares, a exemplo de debates e de feiras, as quais tratem das dificuldades de adaptação de indivíduos com transtornos neurológicos. Além disso, cabe ao Estado – responsável pela garantia dos direitos - investir, mediante a reorganização das diretrizes orçamentárias, na criação de um plano nacional de ampliação de programas de acesso à educação inclusiva no Brasil, com o intuito de superar os entraves que comprometem a efetivação constitucional. PROFESSOR ERICK SOARES ✓ Graduado em Letras Português pela UFPI; ✓Especialista em Docência do Ensino Superior; ✓Professor da rede pública estadual do Maranhão ✓Professor de pré-vestibular da rede privada de ensino de Teresina;