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A(o) criança/jovem, em sua maioria, tem a mãe e a família como refúgio no seu dia-a-
dia, e no ambiente hospitalar perde esse elo. Sem esse apoio ao qual estava
habituada, cria grande ansiedade e insegurança, o que agrava o seu estado de saúde.
Por isso a presença da família é muito importante, em especial a da mãe. A atuação
do pedagogo é uma necessidade de contribuição especializada no contexto lúdico-
pedagógico. O público-alvo é formado por crianças/jovens enfermas(os). O objetivo do
pedagogo é promover inserção, permanência e continuidade do processo educativo,
aliviar as possíveis irritabilidades, a desmotivação e o estresse. A comunicação e o
diálogo são essenciais, pois desenvolvem a relação de integração. O pedagogo e a
equipe inter/multi/transdisciplinar devem promover ocasiões que oportunizem a
exteriorização de situações conflituosas do enfermo, integrando saberes em ações
integradas. O papel do pedagogo é fazer da práxis sua filosofia de trabalho e seu
projeto deve estar carregado de humanismo e fundamentado teoricamente, pautado
em pesquisas e planejamentos, porém sem esquecer que cada caso é um caso
específico, e este é o desafio, como integrar sua prática em realidades tão iguais, que
é cada contexto hospitalar, e tão diferentes quando voltados a cada enfermo. O papel
da educação torna-se importante em face da multiplicidade das demandas e
necessidades sociais emergentes.
Ninguém faz nada sozinho, precisamos da ajuda de outras pessoas. Por isso,
necessitamos trabalhar em equipe, unindo força e conhecimento. A obtenção do bem-
estar pela evolução do processo de cura da(do) criança/jovem de maneira integral
torna-se o principal objetivo de todos que ali estão a oferecer seus préstimos.
Pensando nisso, foram criados alguns projetos levados à execução com sucesso,
como por exemplo: Hospitalização Escolarizada, Sala de Espera, Enquanto o Sono
não Vem, Mural Interativo, Inclusão Digital, entre outros. O hospital é um ambiente
muito triste e deprimente e estas práticas, como a contação de histórias, em que
pessoas tornam-se personagens da história, trazem mais alegria, encanto, brilho,
sonhos e fantasia ao olhar, ouvir, pensar e sentir dos enfermos. O ambiente se
transforma, ficando mais animador, mais colorido, mais descontraído. A energia
desses momentos lúdicos devolve à(ao) criança/jovem a alegria e deixa mais ameno o
clima frio e triste do ambiente hospitalar.
Como sabemos, todo cidadão tem direito à saúde e à educação, como consta no
Estatuto da Criança e do Adolescente. Para que isso aconteça, o pedagogo está
procurando como alternativa trabalhar dentro dos hospitais e, com isso, apontando
mais um campo de trabalho para aplicação da ação pedagógica. Apesar do hospital
ter condições contraditórias para que ocorra a educação dessa(e) criança/jovem, se
faz necessária sua presença, pois quando a(o) criança/jovem não tem esse
acompanhamento pedagógico, poderá perder conteúdos e até mesmo perder o ano
letivo, tudo isso dependendo do tempo em que o aluno ficará no hospital. Além dos
conteúdos programáticos que as crianças fazem em seus quartos ou nos diferentes
locais que alguns hospitais oferecem como sala de aula, laboratório com
computadores, brinquedoteca e sala de jogos, é um novo cenário marcando presença,
uma presença de fundamental importância também para a recuperação da saúde e do
bem-estar. Para a(o) criança/jovem que está em procedimento de consulta, porém
ainda não hospitalizada(o), existem propostas como a Sala de Espera, que oferece
desenhos, histórias infantis, fantoches e outras modalidades lúdicas pedagógicas.
Enfim, é importante a presença de um profissional da educação integrado aos
profissionais da saúde e ao contexto hospitalar em seus aspectos diferenciados
conforme a realidade, para que promovam ações que possam envolver esta criança
ou jovem que está hospitalizada(o) ou em processo de consultas de uma forma mais
harmoniosa e humana, pois a vida com saúde é o maior patrimônio que cada um de
nós tem, e quando isso está em jogo toda ação em prol de sua recuperação é bem-
vinda. Para que esse atendimento seja realizado desde o momento em que o paciente
entra no hospital até sua saída, é necessário que tenhamos profissionais preparados
e, para que isso aconteça, torna-se importante que as instituições de ensino superior
com os cursos de Pedagogia e Formação de Professores revejam suas propostas e
incluam esta temática de atendimento a educandos em contexto hospitalar, pois
muitas crianças e jovens adoecem todo dia e às vezes necessitam ficar um bom
tempo hospitalizados. Todas as realidades escolares deveriam começar a incluir essa
forma de atendimento por meio da qual a educação e a saúde trilham juntas em seus
diferentes contextos, especialmente quando for necessário coabitarem um mesmo
espaço para a promoção humana nas suas diferentes facetas.
Muito há pela frente, considerando suas novas vertentes que aí estão para se
associarem aos primeiros esforços que, certamente, servirão de base angular para
uma edificação sólida, com a consistente participação de todos, em prol daquelas
crianças e adolescentes que têm direito à saúde, mas também têm direito de se
educar. Essa polêmica realidade, de ordem política, social, psicológica e educacional,
com imensuráveis dimensões, veio, assim, se constituir em incontestes argumentos à
necessidade de se buscarem alternativas de complementação e aprimoramento
científico. A Pedagogia Hospitalar representa a segura resposta ao desafio que se
instalou.
Finalmente, pretende-se que este presente artigo, por mim organizado e produzido de
forma espetacularmente integrada entre alunas formandas dos turnos manhã e noite,
da disciplina Estudos Independentes do curso de Pedagogia da FACINTER, possa
apontar para o leitor um novo olhar sobre esta nova área que está surgindo no campo
da educação. Já temos várias instâncias legais do MEC, CNE e CEE de educação que
nos garantem este trabalho. A inclusão e a humanização se fazem presentes em
vários contextos, e este é um deles.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA