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Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo compreender o desafio de atuação do pedagogo que atua no
ambiente hospitalar. E como objetivos específicos busca-se apresentar as peculiaridades do
trabalho pedagógico no hospital; e, destacar a importância da formação continuada para
professores da classe hospitalar. Aborda o tema da pedagogia hospitalar, como uma modalidade
de ensino, destacando as possibilidades de prática educacional do pedagogo em instituições não
escolar, proporcionando a criança e ao adolescente que se encontra hospitalizado o direito a
continuidade de seus estudos. Nesse sentido, discute-se a prática do pedagogo em espaços não
escolares, destacando o ambiente hospitalar como possibilidade de atuação do pedagogo.
Destaca-se ainda a importância da formação de professores para atuarem em instituições
hospitalares, ambiente com peculiaridades que exigem do profissional da educação não apenas
conhecimentos específicos, mas habilidades para lidar com situações diferentes da sala de aula.
Aborda a importância da função do pedagogo e os desafios que enfrentará em sua atuação
pedagógica na educação hospitalar. E nos remete a uma reflexão sobre a Inovação social a
construção de um novo conceito de educação, para além dos muros da escola. O trabalho
desenvolveu-se por meio de uma pesquisa qualitativa, onde seus instrumentos utilizados foram
revisões bibliográficas de vários autores. A pesquisa bibliográfica alicerça os fundamentos que
abordam o assunto em questão, a fim de relatar a contribuição do pedagogo no contexto
hospitalar. Assim, esta pesquisa destaca que o a discussão sobre o pedagogo no ambiente
hospitalar é tema com pouca ênfase na formação acadêmica do pedagogo e pouco conhecida
pela sociedade em geral, tendo poucas edições bibliográficas para pesquisas e estudos em
relação à pedagogia hospitalar, e a relação do pedagogo em espaços não escolares.
1
Acadêmica do curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. E-mail:
madadias12@hotmail.com
2
Mestre em Educação pela PUCPR, Professora Pesquisadora da Educação Profissional IFPR, Orientadora e
Coordenadora do PAP CIC – Curitiba UNINTER. E-mail: karina.r@uninter.com
ISSN 2176-1396
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Introdução
O direito a educação para crianças e adolescentes foram negados por muitos anos
durante uma eventual hospitalização, os descasos eram visíveis e frequentes, era como se não
tivessem direitos e necessidades. Estes eram privados da vida acadêmica, correndo o risco de
um fracasso escolar e maiores transtornos em seu desenvolvimento intelectual, considerando as
peculiaridades do tratamento de saúde que estavam passando, a preocupação é direcionada aos
danos na aprendizagem.
Dada a importância da aprendizagem das crianças e adolescentes internados em
hospitais ou em tratamento de saúde, o tema a ser desenvolvido levanta a seguinte problemática:
Como pode o hospital ser considerado um espaço de atuação profissional do pedagogo?
Compreendendo a relevância dessa problemática, percebe-se que a educação se encontra cada
vez mais em constantes modificações na sociedade, levando seus profissionais da educação
além dos espaços escolares, como em hospitais onde se encontram crianças e adolescentes
internados, sendo temporariamente cessados de seu processo de ensino-aprendizagem.
Assim, o objetivo geral desta pesquisa foi compreender o desafio de atuação do
pedagogo que atua no ambiente hospitalar. Os objetivos específicos foram: apresentar as
peculiaridades do trabalho pedagógico no hospital; e, destacar a importância da formação
continuada para professores da classe hospitalar. Para a realização desta pesquisa foi necessária
uma abordagem qualitativa, onde seus instrumentos utilizados foram revisões bibliográficas de
vários autores, livros, revistas, artigos, dissertações e outros tipos de documentos que abordam
o assunto em questão.
Segundo Bogdan (1994, p.16) acredita que a investigação qualitativa deve ser usada;
A pesquisa veio nos desvendar uma cruel realidade que estava até então oculto de
progressões incontroláveis, trazendo assim o comprometimento para crianças e adolescentes
indefesos e familiares leigos dos seus direitos, o qual pela falta de instrução e carência
socioeconômica e cultural faz com que seus anseios e desânimos sejam sufocados.
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Atualmente, a prática do pedagogo deixou de ser atuada somente dentro das salas de
aula, ou seja, numa educação formal. De acordo com Farfus (2012, p. 81), “A educação,
atualmente, não se faz mais apenas dentro dos muros escolares, mais vai além”. Diante disso,
percebe-se que o desenvolvimento global tecnológico e ideológico de uma sociedade inclusiva
e da igualdade social, forçou o surgimento de uma nova maneira de pensar sobre a educação.
Assim, processo de ensino-aprendizagem se tornou prioridade, não somente nos muros das
escolas, mas em outros espaços, cujo objetivo é a formação humana.
Farfus (2012, p. 81), complementa que: “A organização dos espaços educativos requer
um olhar mais amplo para o processo educacional”. Segundo a autora, compreende-se que são
muito diferentes os espaços onde a atuação do pedagogo é necessária, para que seja aplicada a
prática pedagógica sistematizada, sendo necessário um profissional que esteja preparado.
Assim, cabe aos profissionais que atuam na educação um processo de formação para atuar em
diferentes espaços escolares.
Libâneo (2001) destaca que:
Há várias práticas educativas, em muitos lugares e sob variadas modalidades, há, por
consequência várias Pedagogia: a pedagogia familiar, a pedagogia sindical, a
pedagogia dos meios de comunicação etc., e também a pedagogia escolar (LIBÂNEO,
2001, p.24).
Diante disso, percebe-se que o pedagogo, pode executar suas práticas educativas em
espaços alternativos, promovendo uma educação eficaz aqueles que são privados de poder ir à
escola devido a sua situação. Assim, as práticas educativas na “educação formal
compreenderiam instâncias de formação, escolares ou não, onde há objetivos educativos
explícitos e uma ação intencional institucionalizada, estruturada, sistemática” (LIBÂNEO,
2001, p. 23).
Várias outras instâncias e atividades sociais e foram se desenvolvendo e vendo a
necessidade de ações e projetos educativos. Com isso, surge necessidade de um mediador capaz
de unir a teoria e a prática, este profissional não podia ser ninguém melhor do que o pedagogo.
De acordo com Farfus (2012):
Assim, percebe-se que outros locais estão abertos e aceitam o trabalho pedagógico, na
medida em que esses requisitos forem concretizados pelos acadêmicos. Cabe não só as
universidades, mas também aos alunos e futuros pedagogos a preparação profissional para o
desenvolvimento de um bonito trabalho fora dos muros da escola.
Diante disso, compreende-se que é necessário que estes profissionais, estejam sempre
em busca de inovar e aprimorar seus conhecimentos, e não há outra maneira que isso possa se
dar se não através da formação continuada. Pois, sabe-se que o professor tem um papel social
na formação do estudante, fazendo o estudante assimilar melhor a sociedade onde vive, mais
para que isso aconteça é necessário que o professor tenha consciência disso.
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O papel da educação, por sua vez, torna-se cada vez mais importantes faz-se a
multiplicidade de demandas das necessidades sociais emergentes; é o motivo pelo
qual precisa a educação, como mediadora das transformações sociais, com o apoio
das demais ciências, contribuir, com maior rapidez e criatividade, para uma sociedade
mais consciente, mais justa e mais humana. (MATOS, 2006, p.16)
Dada a importância de uma educação de qualidade atualmente, torna-se cada vez mais
à necessidade de formação de um professor, em sintonia com a evolução da sociedade, para que
possa prestar aos atendimentos as necessidades dos alunos. Assim, preparando os diversos e
complexos contextos pedagógicos, de maneira que possa contribuir as demandas dessas
necessidades.
Caiado (2003) destaca que:
Esta ênfase deveria ser mais que uma prioridade nos currículos nas universidades, pois
contribuir em uma boa formação aos profissionais da educação, onde eles estarão ajudando não
somente o seu aluno, mais sim contribuindo com a alta demanda de um bom profissional,
reconhecendo que a educação e saúde é um direito de todos, ou seja, direito de toda sociedade.
Portanto, cabe destacar que ao colocar em prática, e nos cursos de formação de
professores e pedagogos, seria a união de faculdades de educação com hospitais universitários,
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já que esses locais são para formação de extensão da área da saúde, porque não ser também
para projeto de extensão para profissionais de educação.
O currículo deve ser previamente elaborado para cada criança/adolescente, pois cada
um tem uma especificidade, mas, o educador não requer de muito tempo para isso, pois a
demanda de atendimento é muita, para pouco profissional com formação especifica.
Muitas crianças e adolescentes internados com algum tipo de doença crônica requerem
tratamentos prolongados e isso requer um tempo maior de internamento, podendo passar até
anos em um leito de hospital.
Diante disso, Straub (2005), destaca que:
Uma criança com uma doença crônica fatal apresenta estresse especialmente intenso
e desafios de e ela enfrentamento para sua família. Para a criança, há a dor e medo da
quimioterapia, da radiação ou de procedimentos cirúrgicos e, é claro, a ameaça de
morrer; para os pais, o custo emocional de ter uma criança doente ou terminal muitas
vezesé o suficiente para desencadear sérios sintomas psicológicos e fisiológicos em
indivíduos que de outra forma seriam saudáveis (STRAUB, 2005, p.535).
(a) nas dependências do hospital, pode acabar atrasando o atendimento médico e atrapalhando
alguns procedimentos. Essa é uma inverdade que já foi comprovada.
De acordo com a autora, nota-se que os novos espaços educativos exerceram papeis
fundamentais para essa mudança, e sabemos também que a sociedade exerce seu papel, mas
quer que os direitos delas também sejam cumpridos.
Toda inovação social é um processo constituído de inúmeros agentes que interagem
solidariamente para a recreação contínua da sociedade e precisa ser respeitado, pois na unidade
da natureza humana todos somos iguais por participarmos da mesma espécie.
Farfus (2012, p.90) ressalta que:
Os atores responsáveis pela organização pedagógica serão todos aqueles que ousarem
mudar, buscar o novo, encontrar espaços para saberes ainda não descobertos, esquecer
a sala de aula como único espaço para aprendizagem.
Desta forma, compreende-se que devemos deixar bem claro que para que seja umespaço
educativo, não é necessário que se esteja em sala de aula, ou muros da escola, mas sim onde
tenham oportunidade e diferentes pessoas estejam de acordo para a mesma realidade
pedagógica. O papel de cada um na sociedade não é delimitado por um governo nem por um
líder, mas por si próprio.
De acordo com esse novo enfoque educacional, sugerimos a prática de uma educação
para o afeto ao lado da secular educação para o conhecimento. E também convidamos
à reflexão sobre as novas possibilidades de se pôr em prática a relevância da
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Considerações finais
REFERÊNCIAS
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LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para Quê? 4ª edição. São Paulo, Cortez,
2001.
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/docs/PL-339.pdf. Acesso em
10 fev. 2016.
STRAUB, R. O. (2005). Psicologia da Saúde. (R. C. Costa, trad.). Porto Alegre: Artmed
(trabalho original publicado em 2002). Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151608582011000100012.>
Acesso em: 10 fev. 2016.