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PROFISIO SESCAD
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA EM TERAPIA
INTENSIVA
CARLA CRISTINE CUNHA CASALI
CLARISSA MARIA DE PINHO MATOS
n INTRODUÇÃO
Atualmente, os fisioterapeutas são vistos como parte integrante da equipe multiprofissional que
assiste os pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) na maioria dos hospitais
em países desenvolvidos.
n descondicionamento;
n fraqueza muscular;
n dispneia;
n ansiedade e depressão;
n redução da qualidade de vida em relação à saúde.
n OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de
n reconhecer os recursos da fisioterapia respiratória utilizados em uma UTI;
n compreender a fisiologia de todos os recursos apresentados;
n identificar as indicações e contraindicações dos recursos apresentados;
n identificar e utilizar corretamente os recursos da fisioterapia respiratória na UTI;
n reconhecer os riscos, os efeitos indesejáveis e as complicações de todos os recursos
fisioterapêuticos apresentados.
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TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
n ESQUEMA CONCEITUAL
Drenagem postural
Percussão torácica
Principais técnicas para remoção de
Vibração torácica
secreção na unidade de terapia intensiva
Tosse e outras técnicas relacionadas
Aspiração endotraqueal
Mobilização e exercícios
Terapia cinética
Caso clínico
Caso clínico
Caso clínico
Conclusão
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n DEPURAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
A depuração normal requer vias aéreas patentes, aparelho mucociliar funcional e tosse eficaz. As
vias aéreas normalmente são mantidas abertas, pelos mecanismos de suporte estrutural, e limpas
pelo funcionamento adequado de sua mucosa ciliada.
Qualquer anormalidade que altere a patência das vias aéreas, a função mucociliar ou a
eficácia da tosse pode causar retenção de secreções.3
A ventilação mecânica (VM), tanto invasiva quanto não invasiva, se associa com a disfunção do
sistema mucociliar, com a modificação reológica do muco e com a piora da efetividade da tosse,
com consequente prejuízo no transporte do muco.
n imobilidade;
n utilização de gases medicinais sem umidificação e aquecimento adequados;
n restrição hídrica;
n presença de via aérea artificial;
n doenças pulmonares;
n efeito de sedativos e/ou anestésicos;
n ventilação com altas frações de oxigênio;
n lesões da mucosa traqueobrônquica induzidas pela aspiração traqueal.
A retenção de secreção pode resultar em obstrução completa das vias aéreas com
consequente atelectasia e comprometimento da oxigenação ou obstrução parcial, gerando
aprisionamento aéreo, hiperdistensão e desequilíbrio da relação ventilação/perfusão
(V/Q), ambos aumentando o trabalho respiratório e predispondo ao desenvolvimento
de infecção.5
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Está(ão) correta(s)
A) as afirmativas I e III.
B) as afirmativas II e III.
C) apenas a afirmativa I.
D) as afirmativas I e II.
Resposta no final do artigo
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n RECURSOS PARA REMOÇÃO DE SECREÇÃO
LEMBRAR
Os objetivos básicos das técnicas para remoção de secreção brônquica consistem
em descolar, deslocar e eliminar a secreção acumulada nas vias aéreas. Na verdade,
esses procedimentos podem ser caracterizados como técnicas mucocinéticas, que
visam a atuar sobre a cinética do muco brônquico.7
O aumento da Ppl (pressão motora de ação primária) produzido pelas técnicas mucocinéticas
ocasiona aumento da PA (PA = Ppl + Pel), que se torna superior à pressão atmosférica, criando,
assim, um gradiente pressórico para promover uma variação intencional na taxa de fluxo (lenta,
alta ou oscilatória), com consequente alteração de volume.8
A principal finalidade das técnicas manuais de fisioterapia respiratória para a remoção de secreção
é, portanto, produzir energia mecânica transferida por meio da parede torácica para o interior das
vias aéreas, com a possibilidade de gerar ondas de fluxo aéreo.
A aplicação da força é realizada, na maioria das vezes, durante a fase expiratória e, além de poder
ser associada ao posicionamento ou às técnicas que utilizam pressão positiva, pode ser executada
por meio de compressão:8
n torácica ou abdominal;
n manual ou mecânica;
n autônoma ou assistida;
n brusca ou lenta;
n intermitente ou constante.
As técnicas de fisioterapia respiratória podem ser classificadas de acordo com o efeito mecânico
utilizado para atingir a remoção da secreção (Quadro 1).9
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TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
Quadro 1
CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
DE ACORDO COM O EFEITO MECÂNICO
LEMBRAR
A tosse, a compressão torácica manual, a pressão positiva expiratória (PEP) e o
Flutter são exemplos de técnicas que usam o mecanismo de interação gás-líquido.
Algumas técnicas desobstrutivas, como a vibração torácica, geram oscilações na taxa de fluxo
aéreo que agem no cisalhamento do muco brônquico, ocasionando agitação da secreção, com
ruptura parcial das fibrilas de mucina e fluidificação progressiva do muco (ação tixotrópica).
Outro aspecto importante a ser considerado no mecanismo de ação das técnicas desobstrutivas
é o efeito do volume pulmonar. O incremento do volume pulmonar gera uma maior tensão nas
paredes alveolares, e essa tensão se transfere para as vias aéreas, aumentando seu diâmetro
e prevenindo seu colapso.8 Portanto, em altos volumes pulmonares, as vias aéreas se mantêm
em uma situação de melhor condutância e menor resistência, permitindo fluxos expiratórios mais
elevados e uma forte interação gás-líquido. Por isso, uma prática comum da fisioterapia respiratória
em UTI é associar a hiperinsuflação manual ou mecânica e os exercícios respiratórios de inspiração
profunda ao aplicar algumas técnicas para remoção de secreção.5
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Algumas técnicas de fisioterapia para remoção de secreção das vias aéreas, utilizadas
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mais a nível ambulatorial, são executadas em condições de baixos volumes pulmonares e
com taxas de fluxo lento, visando à depuração das vias aéreas mais distais e periféricas.
Em baixos volumes, o diâmetro das vias aéreas é reduzido, aumentando a interação gás-
líquido. A limitação de fluxo (colapso da via aérea) é evitada pelo fluxo expiratório lento.12,13
Uma das maiores preocupações do fisioterapeuta que atua em terapia intensiva é não
permitir que os pacientes apresentem, por acúmulo de secreção, obstrução das vias
aéreas de grande calibre.
Quando essa obstrução ocorre, na maioria das vezes, é uma situação de emergência de
colapso pulmonar, lobar ou segmentar, com prejuízos importantes da troca gasosa ou da
relação V/Q. Portanto, as técnicas de remoção de secreção mais utilizadas na UTI são
aquelas que visam à depuração das vias aéreas proximais.11
No acometimento das vias aéreas periféricas, a perda de volume pulmonar parece ser a situação
de maior emergência. Dessa forma, a utilização de recursos para expansão pulmonar parece ser
mais indicada do que a utilização de técnicas para depuração do muco, lembrando que o incremento
do volume pulmonar acaba auxiliando na eliminação da secreção.11
LEMBRAR
Como diferentes mecanismos são responsáveis pela redução da depuração das vias
aéreas, antes do início da intervenção é importante identificar o diagnóstico funcional,
o grau de comprometimento da função pulmonar, a dificuldade de expectoração do
paciente, o nível de cooperação, a intervenção de maior efeito e menor dano, o custo
operacional e a preferência do paciente para, então, selecionar a intervenção mais
apropriada:2
Quadro 2
TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA EM PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
n Posicionamento
Aumento do volume inspiratório n Hiperinsuflação com o ventilador ou manual
n Mobilização
n Posicionamento
n Compressão torácica
n Mobilização
n Tosse
Aumento do fluxo expiratório - manualmente assistida
- mecanicamente assistida
n Hiperinsuflação com ventilador ou manual
n PEEP/ZEEP
n Percussão
Oscilação n Vibração
n Posicionamento
Aumento da CRF n PEEP
PEEP: pressão positiva expiratória final; ZEEP: zero de pressão positiva expiratória final; CRF: capacidade residual funcional.
Fonte: Adaptado de Gosselink e colaboradores (2008)2.
Quadro 3
TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA EM PACIENTE EM VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA
n Posicionamento
n Hiperinsuflação manual
Aumento do volume inspiratório n Mobilização
n Exercícios respiratórios
n Posicionamento
n Hiperinsuflação manual
n Mobilização
n Tosse
Aumento do fluxo expiratório - manualmente assistida
- mecanicamente assistida
n Tosse/huffing
n Exercício respiratório
n Percussão
Oscilação n Vibração
n OOAF
n Posicionamento
Aumento da CRF n CPAP/EPAP/PEP
OOAF = oscilação oral de alta frequência; CPAP: pressão positiva contínua nas vias aéreas; EPAP: pressão positiva expiratória nas
vias aéreas; PEP: pressão positiva expiratória.
Fonte: Adaptado de Gosselink e colaboradores (2008)2.
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5. Marque a afirmativa INCORRETA em relação aos recursos para remoção de
secreção.
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8. O que indica a obstrução das vias aéreas de grande calibre?
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
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DRENAGEM POSTURAL
A postura de drenagem consiste em posições que, anatomicamente, favorecem a eliminação de
secreções pela ação da gravidade. Essas posições auxiliam a movimentação de secreções do trato
respiratório dos lobos ou dos segmentos pulmonares distais para as vias aéreas centrais, onde
podem ser eliminadas pela tosse ou aspiração, promovendo melhora da ventilação e das trocas
gasosas e diminuindo o trabalho respiratório.6,14
Existem nove posições descritas na literatura para adultos que geralmente são mantidas por 3 a
15 minutos e modificadas de acordo com a condição e tolerância do paciente.
n o tipo de patologia;
n a quantidade de secreção;
n as propriedades reológicas do muco;
n o grau de hidratação;
n a tolerância do paciente.
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Algumas considerações devem ser feitas quanto ao uso da gravidade na remoção de secreção.
Sabe-se que o padrão de ramificação dos brônquios subsegmentares varia muito, principalmente
nos lobos superiores. Além disso, um estudo demonstrou que esses brônquios podem manter-se
em uma angulação negativa (horizontalizados), quando os segmentos pulmonares se mantêm
verticalizados. Esses fatores podem conduzir a incertezas e à ineficácia da técnica, já que a
posição e o ângulo de inclinação necessários para drenar cada segmento podem variar em função
de alterações anatômicas.15
LEMBRAR
Existe uma grande dificuldade na UTI em se colocar pacientes graves,
hemodinamicamente instáveis, em algumas posturas para drenagem gravitacional,
sobretudo aquelas utilizadas para os lobos inferiores que necessitam que o paciente
seja colocado na posição de Trendelenburg. Por isso, é comum a utilização somente
dos decúbitos laterais para remoção de secreção nesses pacientes com bons
resultados na prática.
A explicação mais provável para esse efeito é a de que a atuação da gravidade sobre
o pulmão, durante a mudança do posicionamento corporal, promove alterações na
relação V/Q, e a mudança da ventilação e da aeração pulmonar geradas contribui
na mobilização da secreção.15
As Figuras 1A–C ilustram três situações de drenagem postural para pacientes ventilados
mecanicamente.
ser realizada uma hora e meia ou duas horas após as refeições ou dietas enterais. Em presença
de sonda nasogástrica, esta deverá permanecer aberta durante o procedimento.
PERCUSSÃO TORÁCICA
A percussão torácica envolve a aplicação de energia cinética sobre a parede torácica utilizando
as mãos ou outros dispositivos elétricos e pneumáticos. A energia mecânica gerada produz fluxos
de ar transitórios no segmento pulmonar percutido, aumentando a interação gás-líquido, o que,
provavelmente, descola a secreção da parede e facilita sua eliminação. Além disso, a energia
produzida pela percussão manual torácica parece reduzir a viscosidade do muco, o que contribui
com a ação do aparelho mucociliar.10,13
A manobra deve ser realizada de maneira rítmica e intermitente nas porções dorsal, ventral
e lateral do tórax, com frequência variando entre 3 a 8Hz e pode ser aplicada nas fases
inspiratória e expiratória ou somente na expiração.6,9
A técnica manual é realizada com as mãos em concha, dedos e polegares aduzidos, procurando
manter braços e cotovelos parcialmente fletidos e os punhos soltos.
n tapotagem;
n punho-percussão;
n percussão cubital;
n dígito-percussão (utilizada em bebês).
LEMBRAR
É recomendado proteger a pele do paciente com um tecido fino, mantendo a aplicação
em um padrão circular, durante um período de 3 a 5 minutos. Devem-se evitar áreas
sensíveis ou locais de traumatismos ou de cirurgias e não percutir sobre proeminências
ósseas, como clavículas, escápulas e vértebras.6
87
As contraindicações para o uso da percussão manual torácica são:7,17
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n hemoptise;
n distúrbios de coagulação;
n instabilidade hemodinâmica;
n osteoporose grave;
n doenças ósseas degenerativas;
n fratura de costela;
n tórax instável;
n broncoespasmo;
n dispneia grave;
n embolia pulmonar.
O efeito da percussão torácica parece ser dependente da frequência, e vários estudos descobriram
que a frequência ideal é bem acima dos 6Hz possíveis na percussão manual. Alguns estudos
compararam a percussão manual torácica e mecânica e não encontraram diferenças significativas
entre as técnicas.14
Não há evidências da eficácia da percussão torácica como manobra isolada. Na maioria das vezes,
a técnica da percussão está associada à drenagem postural.
Em 1991, um estudo demonstrou que a associação entre drenagem postural e percussão torácica
aumentava a eliminação do muco, mas levava à dessaturação dos indivíduos estudados.18 Embora a
efetividade da percussão em melhorar a depuração de secreção em pacientes estáveis com doença
pulmonar crônica tenha sido amplamente estudada, não foram encontrados dados publicados sobre
sua efetividade para pacientes na UTI. Em pacientes críticos, o uso da percussão foi associado com
efeitos indesejáveis, como arritmias cardíacas e queda da complacência pulmonar.14
VIBRAÇÃO TORÁCICA
Vibração torácica são movimentos oscilatórios aplicados sobre o tórax, acompanhado ou não de
compressão torácica durante a expiração.
Acredita-se que as vibrações torácicas melhorem a depuração mucociliar traqueobrônquica por meio
de dois mecanismos principais – redução da viscosidade do muco e amplificação dos batimentos
ciliares por efeito de ressonância.
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TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
A eficácia das vibrações aplicadas em pacientes na UTI foi avaliada em poucos estudos que não
encontraram resultados positivos significativos.17
Tosse dirigida
A eficácia da tosse dirigida depende do volume pulmonar e da força dos músculos expiratórios,
principalmente dos abdominais. A inspiração profunda permite a dilatação das vias aéreas e o
aumento das forças de contração da musculatura expiratória e de recolhimento elástico pulmonar,
o que incrementa o pico de fluxo expiratório e favorece o deslocamento das secreções.
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PROFISIO SESCAD
Para a realização da tosse dirigida, é necessário que o paciente esteja em VE, cooperativo
e com capacidade inspiratória preservada.9,11
Podem ocorrer complicações decorrentes das elevadas pressões produzidas durante a tosse
vigorosa, como:9
n pneumotórax;
n enfisema subcutâneo,
n ruptura de veias nasais e anais;
n arritmias cardíacas;
n síncope;
n cefaleia;
n RGE;
n incontinência urinária, dentre outras.
Essa manobra faz com que a força de compressão durante a expiração seja maior, aumentando
a velocidade do ar expirado, o que auxilia na mobilização das secreções em direção à traqueia,
onde podem ser removidas pela tosse ou por aspiração traqueal.14,21
A técnica pode ser aplicada exclusivamente sobre o tórax, posicionando as mãos uni
ou bilateralmente sobre o terço inferior do tórax ou simultaneamente sobre o tórax e o
abdome.6
respiratório de 16 pacientes submetidos ao suporte ventilatório total e concluíram que a TMA alterou
a mecânica do sistema respiratório e aumentou, especificamente, as pressões resistivas por meio
do deslocamento de secreções.
LEMBRAR
A técnica pode ser empregada em adultos e crianças por meio de máscara facial,
bocal ou adaptador para pacientes intubados ou traqueostomizados.1,3,4
n presença de bolhas;
n enfisema pulmonar;
n hiper-reatividade brônquica.
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Técnica de expiração forçada ou huffing
A técnica de expiração forçada (TEF) ou huffing é uma modificação da tosse dirigida normal.
Consiste na combinação de uma ou duas expirações forçadas consecutivas de baixo ou médio
volume pulmonar sem o fechamento da glote, seguidas por um período de respiração diafragmática
e relaxamento. Para manter a glote aberta durante a técnica, pode ser usado um bocal entre os
lábios ou orientar o paciente a emitir o “huff” durante a expiração.3,6
Durante a manobra da TEF, a pressão transpulmonar média é menor do que a produzida com a
tosse, evitando a compressão exagerada dos bronquíolos, o que permite o deslocamento do muco.
É particularmente útil nos pacientes com propensão ao colapso das vias aéreas durante a tosse
normal, como os pacientes com DPOC, fibrose cística e bronquiectasias.3,14 À medida que o volume
pulmonar decresce durante a manobra, os pontos de igual pressão deslocam-se, provocando
oscilações das paredes dos brônquios e facilitando a eliminação da secreção.14
LEMBRAR
A HM melhora a oxigenação arterial pré e pós-aspiração traqueal, mobiliza o excesso
de secreção brônquica e reexpande áreas pulmonares colapsadas.17
Os efeitos adversos mais comuns da HM, apesar dos seus benefícios descritos, são:
n riscos de barotrauma;
n volutrauma;
n instabilidade hemodinâmica.
Além disso, a HM possui limitações quanto ao efeito deletério inerente à desconexão do ventilador
mecânico e ao menor controle de pressão média, volume corrente, fluxo, fração inspirada de
oxigênio (FiO2) e limite de pressão.
Alternativamente, a hiperinsuflação pode ser feita com o uso do próprio ventilador mecânico. A HV
pode ser realizada por meio do incremento do volume corrente, do uso de suspiros periódicos, do
aumento da pressão de suporte ou dos aumentos na PEEP.23,24
A HV parece ser a alternativa mais segura em relação à HM, pois permite maior controle
dos parâmetros ventilatórios sem os efeitos adversos inerentes à desconexão, além de
oferecer maior conforto ao paciente. 5,23
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11. Como podem ser evitados o RGE e a possibilidade de aspiração durante a drenagem
postural?
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12. Por que é comum a utilização dos decúbitos laterais para remoção de secreções dos
pacientes graves em UTI?
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PROFISIO SESCAD
13. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas a seguir sobre percussão
torácica.
14. Quais os efeitos da vibração torácica que levam à melhora da depuração mucociliar
traqueobrônquica?
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TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
Está(ão) correta(s)
A) as afirmativas I e II.
B) as afirmativas II e III.
C) apenas a afirmativa I.
D) as afirmativas I e III.
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n TÉCNICAS DE PRESSÃO POSITIVA NAS VIAS AÉREAS
COMO RECURSOS ACESSÓRIOS À REMOÇÃO
DE SECREÇÕES BRÔNQUICAS
Embora as técnicas de pressão positiva sejam bastante usadas para melhorar a expansão pulmonar,
é comum sua utilização associada às técnicas para remoção de secreção das vias aéreas. A
maioria dos pacientes críticos apresenta redução significativa de sua capacidade ventilatória e,
consequentemente, uma grande dificuldade em eliminar adequadamente as secreções.3,11
LEMBRAR
Em termos gerais, a aplicação destas técnicas assegura um aumento da ventilação
regional durante a fase inspiratória (RPPI, NPPV, CPAP e Bi-level) e/ou a estabilização
das vias aéreas durante a expiração (CPAP, Bi-level, PEP e EPAP), evitando o colapso
dessas vias e proporcionando um aumento da ventilação colateral de tal forma que
uma maior quantidade de ar penetre nos segmentos hipoventilados e impulsione a
secreção.
Essas técnicas serão mais detalhadas na descrição dos recursos sobre expansão pulmonar.
n aplicação externa às vias aéreas, ou seja, na parede torácica – compressão da parede torácica
de alta frequência (CPTAF);
n aplicação interna nas vias aéreas – ventilação intrapulmonar percussiva (VIP), válvula de Flutter
VRP1, Shaker e Acapella.
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TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
Assim como ocorre com outras técnicas de remoção de secreções brônquicas, uma tosse vigorosa
é necessária para maximizar a efetividade da CPTAF. A frequência e a pressão da oscilação/
compressão e a tendência do fluxo (inspiratório ou expiratório) determinam o conforto do paciente
e a eficácia da técnica. A recomendação é identificar individualmente a frequência que produz os
fluxos mais elevados e os maiores volumes no paciente.25
Até o momento, não existem evidências científicas que apoiem o uso da CPTAF em pacientes
ventilados mecanicamente.4
A VIP é uma técnica que utiliza um dispositivo que administra pequenas quantidades de gás
pressurizado em frequências de 100 a 225 ciclos por minuto (1,6 a 3,75Hz), gerando oscilações
intrabrônquicas.3 A VIP pode ser administrada por meio de bocal, máscara, tubo endotraqueal ou
traqueostomia.1
PROFISIO SESCAD
VÁLVULA DE FLUTTER VRP1 E SHAKER
A válvula Flutter VRP1 e o Shaker são aparelhos de OOAF, com objetivos e propostas semelhantes,
porém de fabricantes diferentes. O Flutter surgiu no final da década de 1980 na Suíça, e o Shaker
surgiu mais recentemente, é de origem nacional, com custo reduzido em relação ao Flutter e com
efeito muito semelhante.27
LEMBRAR
Ambos os aparelhos são usados na fisioterapia respiratória para auxiliar na
depuração das vias aéreas. Este efeito é obtido pela configuração dos equipamentos,
que possuem uma esfera de aço inoxidável na extremidade angulada e uma tampa
perfurada.3,28,29
Durante a orientação do uso dos dispositivos, é solicitado ao paciente que expire ativamente no
interior do aparelho, sendo que, no início, a esfera gera uma pressão positiva que varia entre 10 e
25cmH20. Após vencer essa resistência, o fluxo faz com que ocorra oscilação (15Hz) da esfera e
esta se transmite para o interior das vias aéreas. A pressão gerada pode ser controlada por meio
de variações do fluxo expiratório, e as oscilações, pela alteração do ângulo do dispositivo.3,29
n hemoptise;
n pneumotórax;
n enfisema;
n doenças cardiovasculares descompensadas.
Uma das técnicas fisioterapêuticas implementadas, porém com pouco respaldo científico, é a
utilização de aparelhos de OOAF no ramo expiratório do ventilador mecânico. Fitipaldi e Azeredo
avaliaram o desempenho do aparelho de OOAF nacional (Shaker, NCS, São Paulo) associado ao
ventilador mecânico em modelo in vitro em relação à frequência de oscilação e à pressão expiratória
com a variação do fluxo aéreo e da inclinação. Os resultados desse estudo indicaram que inclinações
positivas (30º a 40º graus) associadas às taxas de fluxo mais altos (50 e 60L/min) acarretaram um
aumento na pressão e na frequência de oscilação, sugerindo que o aparelho de OOAF pode ser
utilizado como auxiliar na terapia de desobstrução brônquica durante a VM28 (Figura 2).
98
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
Alves e colaboradores avaliaram a interferência de diferentes ângulos (- 30º, - 15º , 0º, +15º e
+30º) e fluxos (variando entre 0,2L/s a 2,0L/s) na performance do Flutter VRP1e concluíram que
as inclinações positivas otimizaram os efeitos da amplitude do fluxo, da PEP e da oscilação das
vias aéreas. Por outro lado, as inclinações negativas otimizaram o efeito “huff”.29
O Acapella é outro aparelho de OOAF com funcionamento semelhante ao Flutter com a vantagem
de poder executar a terapia em qualquer posição e com frequência ajustável. Segundo Volsko e
colaboradores,30 o Acapella combina princípios de oscilação de alta frequência e PEP, empregado por
uma alavanca e um imã contrapesador, o ar passa por meio do cone produzindo oscilações do fluxo.
n Green: para pacientes que alcançam um fluxo expiratório de 15L/min ou mais e conseguem
mentê-lo por 3 segundos;
n Blue: para pacientes que não conseguem manter um fluxo expiratório de 15L/min. A frequência
obtida varia de 0 a 30Hz na maioria dos pacientes.
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A) Flutter –
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B) Acapella –
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n ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Dentre as medidas utilizadas para manter a permeabilidade das vias aéreas na UTI, a aspiração
endotraqueal é considerada um procedimento necessário e rotineiro, devido à necessidade de
manutenção da permeabilidade das vias aéreas em pacientes intubados, nos quais o acúmulo
de secreção traqueobrônquica é inevitável.
100
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
É fundamental avaliar a indicação da aspiração traqueal, diante dos riscos e das complicações
inerentes ao ato. Dentre os sinais que indicam a necessidade do procedimento, destacam-se:
n sistema aberto, realizado com um cateter de uso único por meio da desconexão do paciente do
ventilador mecânico (Figura 3);
n sistema fechado, que fica conectado entre o tubo e o circuito, permitindo a aspiração sem a
interrupção da VM.
Alguns estudos indicam que o sistema fechado parece prevenir a hipoxemia, pois não há perda
da PEEP e FiO2 durante a aspiração, e reduzir o risco de infecções associadas à VM.
PROFISIO SESCAD
fechado em pacientes com insuficiência respiratória4 e encontraram que o sistema de
aspiração fechado previne a hipoxemia relacionada à aspiração, mas a quantidade de
secreção removida é menor em relação ao sistema aberto. Os autores sugerem que,
durante a aspiração no sistema aberto, a desconexão do ventilador e a perda da PEEP
simulam a tosse e facilitam a mobilização do muco.
n MOBILIZAÇÃO E EXERCÍCIOS
O desenvolvimento de fraqueza generalizada, relacionada ao paciente crítico, é uma complicação
importante e comum em muitos pacientes admitidos na UTI.4,17 A cinesioterapia, inclusive com início
precoce, parece trazer resultados favoráveis para a reversão da fraqueza muscular experimentada
pelo paciente crítico com retorno mais rápido à funcionalidade, com diminuição do tempo de
desmame e de internação, melhorando o condicionamento geral, a autoestima e a qualidade de
vida do paciente.32,33
Recentemente, tem-se dado mais atenção para a mobilização (precoce) como uma intervenção
segura e viável em pacientes com estabilidade neurológica e cardiorrespiratória. A mobilização
precoce inclui atividades terapêuticas progressivas, como exercícios realizado no leito, sedestação
à beira do leito, ortostatismo, transferência para o leito e deambulação.32,33
O fisioterapeuta que atua em UTI utiliza com frequência a variação de posicionamento como técnica
de remoção de secreção ou recurso para expansão pulmonar.
102
Diversos posicionamentos podem ser usados na UTI, como:4,17
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
A postura ortostática também deve ser estimulada, pois essa postura oferece benefícios
de uma posição ereta, como a restauração e distribuição de fluidos corporais, o que reduz
os efeitos da imobilidade e da permanência no leito.17
A postura ortostática, passiva ou ativa, pode ser adotada para estimulação motora, melhoria
das trocas gasosas e do estado de alerta.17,34 Podem ser utilizadas camas ortostáticas de plano
inclinado, principalmente nas situações em que os doentes são incapazes de se levantar ou se
mover com segurança. A cama ortostática oferece conforto e auxilia a readaptação dos pacientes
à posição vertical.17,34
n TERAPIA CINÉTICA
A terapia cinética, também conhecida como terapia de rotação contínua, é feita com o uso de
camas especializadas que intermitente ou continuamente giram o paciente em torno de um eixo
longitudinal entre 40º e 60º. A terapia consiste em ativar a plataforma de uma cama giratória, com
níveis de movimento e velocidades pré-programadas.
103
Os objetivos principais dessa técnica são:31
PROFISIO SESCAD
n promover a expansão pulmonar prevenindo o colapso de vias aéreas dependentes;
n impedir a retenção de secreção;
n melhorar a oxigenação;
n reduzir as estases venosas;
n prevenir úlceras cutâneas.
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n CASO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, portador de DPOC, foi internado na UTI com febre,
prostração, adinamia, piora da tosse e do aspecto da secreção. O paciente teve aumento
da frequência respiratória e piora do esforço. A radiografia torácica demonstrou áreas
de consolidação, e na gasometria foi evidenciada uma queda do pH com consequente
acidemia.
A partir do que foi visto neste artigo até aqui e das informações descritas no caso clínico, responda
às questões a seguir.
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29. Neste caso, qual a conduta fisioterapêutica a ser realizada para redução da
quantidade de secreção?
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Respostas no final do artigo
PROFISIO SESCAD
LEMBRAR
O colapso de áreas pulmonares ocorre em qualquer paciente que não pode ou não
consegue realizar inspirações profundas periodicamente, ou seja, em indivíduos
com doenças pulmonares e portadores de afecções neuromusculares, acamados
por longos períodos, intubados sob VM e em diversos tipos de pós-operatórios,
principalmente em cirurgias abdominais e torácicas.38
Os métodos que diminuem a pressão pleural são mais fisiológicos, mas exigem que o paciente esteja
consciente, cooperativo e capaz de realizar inspirações profundas. Os métodos que diminuem a
pressão pleural são os exercícios respiratórios e a inspiração máxima sustentada.
Dispositivos que aumentam o gradiente de pressão transpulmonar por meio da elevação da pressão
alveolar são menos fisiológicos. Esses dispositivos requerem mais equipamentos, sendo utilizados
nos indivíduos de riscos mais elevados.
n RPPI;
n PEP;
n EPAP;
n CPAP;
n Bi-level.
LEMBRAR
Exercícios respiratórios, em geral, abrem canais de ventilação colateral, homogeneizam
a ventilação devido ao fenômeno da interdependência e promovem recrutamento e
expansão alveolar, aumentando volumes e capacidades pulmonares. Todos os
exercícios respiratórios necessitam da cooperação e do esforço dos pacientes.40
Frenolabial
A técnica respiratória utilizando o frenolabial consiste na expiração suave com os lábios
franzidos ou dentes semifechados. O paciente pode realizar o tempo expiratório longo
ou curto.
Exercício diafragmático
O exercício diafragmático consiste na realização de inspirações lentas e profundas pelo nariz,
seguidas de uma expiração suave pela boca, sem nenhum recurso mecânico, com o objetivo de
expandir os pulmões, promovendo maior estabilidade alveolar. 26,28
Nas UTIs, a respiração profunda pode ser utilizada em diferentes posições, de acordo
com a tolerância dos pacientes, inclusive em VM, caso o paciente possua nível adequado
de consciência.9,38 Em pacientes sedados, o fisioterapeuta pode estimular inspirações
profundas por meio dos suspiros, utilizando pausa inspiratória.
107
Exercícios de expansão torácica
PROFISIO SESCAD
Os exercícios de expansão torácica consistem na mudança de ventilação de áreas específicas do
pulmão, utilizando estímulos manuais na região que se quer expandir. O paciente poderá ficar em
qualquer posição, mas deve-se dar preferência à posição sentada, pois o volume corrente e a
capacidade residual funcional são maiores nessa posição.9
LEMBRAR
Para todos os exercícios de expansão torácica, deve-se realizar uma inspiração
profunda e lenta, livre de compressão, até que se atinja a capacidade pulmonar total.
Em seguida, o paciente deve expirar, associando ou não o frenolabial.
Quando se quer expandir a parte inferior do tórax (expansão torácica inferior unilateral ou bilateral),
as mãos do fisioterapeuta ou do próprio paciente são posicionadas na região axilar média, sobre a
sétima, oitava e nona costelas de um hemitórax ou dos dois. Uma compressão leve com depressão
das costelas é realizada durante a expiração.9
Para a expansão da parte superior (expansão apical), o fisioterapeuta executa uma pressão
manual com as mãos posicionadas no tórax superior, na região infraclavicular.9
Pode-se também expandir a porção posterior do tórax (expansão torácica inferior posterior). Nesse
caso, uma pressão deve ser aplicada na face posterior do tórax, sobre as costelas inferiores. O paciente
permanece sentado, com inclinação do tórax à frente de seus quadris, e retificação da coluna.9,42
Apesar dos exercícios de expansão torácica provocarem o deslocamento da caixa torácica, não
existem, até o momento, evidências de que essa técnica promova o aumento do volume pulmonar.
O paciente realiza uma expiração prolongada durante a pressão realizada na região acometida.
Em seguida, faz uma inspiração lenta e profunda até a capacidade inspiratória máxima. Acredita-se
que, durante a fase inspiratória, com a retirada abrupta das mãos do fisioterapeuta, seja provocada
maior negatividade da pressão pleural local e maior direcionamento do fluxo ventilatório para a
região comprometida. Caso o paciente não coopere, o fisioterapeuta deverá coordenar a manobra
com os ciclos respiratórios do paciente.9,43
Até o momento, poucos estudos sobre a utilização da descompressão torácica abrupta foram
realizados e não demonstraram nenhum benefício do uso dessa técnica, não havendo, portanto,
justificativa para sua indicação em terapia intensiva.44-46
108
TÉCNICAS INSTRUMENTAIS DE EXPANSÃO PULMONAR
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
A SMI está contraindicada para pacientes com frequência respiratória elevada (> 25irpm),
dor e broncoespasmo agudo, bem como em indivíduos inconscientes ou incapazes
de cooperar. Pacientes que não compreendem bem a técnica poderão utilizar mais a
musculatura acessória e gerar um fluxo turbulento, obtendo efeitos indesejáveis, como
hiperventilação, desconforto e até hipoxemia.
PROFISIO SESCAD
Os espirômetros de incentivo são divididos em duas categorias: 39
n equipamentos orientados a fluxo, que são mais baratos, mas podem gerar fluxo mais turbulento,
tosse e dor. Esses aparelhos não fornecem diretamente o volume realizado, mas este pode ser
estimado multiplicando o fluxo inspirado pelo tempo da inspiração. O fluxo será mostrado pelo
deslocamento das bolas no cilindro;
n dispositivos orientados a volume, que mostram diretamente o deslocamento volumétrico, tem
maior custo e provocam menos tosse e dor, pois geram um fluxo mais laminar. Alguns autores
demonstraram que, quando comparados com aparelhos orientados a volume, espirômetros a
fluxo aumentam o trabalho respiratório e o uso de musculatura acessória e proporcionam uma
maior frequência respiratória.
Sempre que possível, o paciente pode fazer uma pausa inspiratória de 3 a 5 segundos
e, em seguida, realizar expiração sem esforço, até a capacidade residual funcional.
O exercício deve ser repetido de 5 a 10 vezes por hora, enquanto o paciente estiver
acordado. O paciente deve ser encorajado a realizar a técnica de forma independente,
sem necessidade da presença do fisioterapeuta.47,48
BREATH-STACKING
O breath-stacking é uma técnica alternativa de incentivo à inspiração, podendo ser utilizada em
indivíduos que não conseguem utilizar os espirômetros de incentivo por qualquer motivo e naqueles
que estão perdendo capacidade pulmonar por fraqueza muscular ou por qualquer condição que
leve à restrição pulmonar e torácica.46
A técnica aumenta o volume de ar que pode entrar e sair dos pulmões e trabalha
para abrir áreas colapsadas dos mesmos, melhorando a complacência pulmonar e,
consequentemente, a troca gasosa e o padrão respiratório. O breath-stacking apresenta
um importante dispositivo terapêutico, que pode ser utilizado em pacientes conscientes
ou não.46,49
O aparelho para utilização da técnica é composto de uma válvula unidirecional, com o ramo
expiratório ocluído, acoplada a uma interface (máscara ou bucal) (Figuras 5A–B). Conectado à
válvula unidirecional, pode ser acoplado um espirômetro de incentivo ou ao ambu. O indivíduo
realiza inspirações sequenciais sem exalação, até que se atinjam involuntariamente volumes
inspiratórios máximos, ativando uma maior expansão pulmonar. O tempo da manobra pode durar de
20 a 30 segundos. As sucessivas inspirações reduzem os esforços respiratórios devido ao aumento
progressivo do volume pulmonar e aumentam a ventilação colateral.46,49
110
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
A B
Figura 5: A) e B) Aparelho de breath-stacking montado, com uma válvula unidirecional, um espirômetro de incentivo a
volume e um ventilômetro para avaliar o volume inspirado.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
30. Qual dos exercícios a seguir não integra a terapia de expansão pulmonar?
PROFISIO SESCAD
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n CASO CLÍNICO
Paciente do sexo feminino, 25 anos, 140kg, 1,65m de altura, com IMC de 42kg/m2,
previamente hipertensa, submetida à cirurgia bariátrica de Fobi-Capella. A paciente estava
sonolenta, com queda da saturação, e foi encaminhada à UTI. Fez raio X, que mostrou
áreas de hipotransparências sugestivas de atelectasias.
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Respostas no final do artigo
A RPPI é uma técnica usada para oferecer pressão positiva inspiratória de forma intermitente a um
paciente respirando espontaneamente por curto tempo, com o propósito de aumentar a expansão
pulmonar, melhorar a administração de aerossolterapia ou assistir temporariamente a ventilação.
Esse modo de aplicação de pressão positiva pode ser gerado a partir de ventiladores
ciclados a volume ou a pressão, por meio de máscara facial ou bocal.50 O aparelho
utilizado pode ser aplicado em pacientes intubados ou não, mas seu uso é controverso,
apesar dos seus benefícios. Sendo assim, não é, então, a técnica de primeira escolha,
pois existem terapias que atingem o mesmo objetivo, com menor custo.50
Durante a aplicação da RPPI, a pressão é transmitida aos alvéolos e ao espaço pleural, aumentando
um pouco a pressão pleural durante a inspiração e permitindo uma expiração passiva devido à força
de retração do pulmão e da parede torácica, armazenada como energia potencial.50
A RPPI pode aumentar o volume corrente e a ventilação minuto, melhorando a troca gasosa e a
oxigenação arterial. Pode ser utilizada quando existe a necessidade de ventilação não invasiva
de curto prazo, pois promove um menor trabalho da musculatura respiratória.50,51 A RPPI também
reduz o débito cardíaco como resultado do aumento da pressão intratorácica e um menor gradiente
de pressão entre o tórax e o abdome.50
Existem outras situações clínicas em que a técnica deve ser avaliada com rigor, como:46
PROFISIO SESCAD
Alguns efeitos indesejáveis, como os descritos a seguir, podem aparecer e devem ser controlados
e minimizados, para que não ocorram complicações mais comprometedoras:50
n alcalose respiratória;
n barotrauma pulmonar;
n aumento de resistência das vias aéreas;
n infecção nosocomial;
n redução do retorno venoso e do débito cardíaco;
n aerofagia;
n distensão gástrica;
n desconforto.
Para a realização da RPPI, o paciente deve permanecer sentado, mas caso as condições
clínicas não permitam, poderá ficar na posição mais confortável possível. O dispositivo
deve ser testado previamente, e o paciente deve ser orientado em relação ao objetivo da
técnica e do tratamento.50 Se for utilizada a peça bucal, ela deve ser colocada entre os
lábios e deve ser feito um selamento compressivo para impedir o vazamento. A máscara
pode ser uma alternativa em caso de pacientes que não consigam evitar escape de ar.50
Os indicadores de boa resposta ao tratamento com RPPI são melhora radiológica, da ausculta
pulmonar, da eficiência da tosse e do padrão ventilatório.50
A PEP aumenta o gradiente transpulmonar por meio do aumento da pressão alveolar, promovendo
expansão pulmonar, deslocamento do ponto de igual pressão e melhora da hematose.2,5
O paciente deve realizar padrão respiratório diafragmático, tentando manter uma relação
inspiração/expiração na proporção de 1:3 ou 1:4. A inspiração deve ser realizada com
volumes acima do volume corrente e abaixo da capacidade pulmonar total. A evolução
do nível pressórico deve ser lenta e gradual, respeitando a tolerância e a necessidade
de PEEPs mais altas.7,9
O uso da pressão positiva nas vias aéreas pode ser feito de duas formas – CPAP e Bi-level.
A CPAP pode ser definida como a manutenção de uma pressão positiva nas vias
aéreas durante todo o ciclo respiratório. Na fase inspiratória, ocorre uma pressão
negativa mínima por parte do paciente, a partir da pressão positiva estabelecida
pelo dispositivo.2,7 A CPAP pode ser utilizada em pacientes com RE e consiste na
aplicação de um nível de PEEP associada a um fluxo inspiratório nas vias aéreas. 51
Essa técnica pode ser aplicada por meio de um gerador de fluxo específico ou por
fonte de gás pressurizado, respiradores, dois fluxômetros interligados por circuito
comum ou outros dispositivos.51
PROFISIO SESCAD
funcional e reduzem a frequência respiratória.2,7 O aumento das capacidades deve-se
ao aumento do volume alveolar e da pressão transpulmonar, possibilitando aberturas de
canais colaterais, recrutamento alveolar, melhor distribuição da ventilação, otimizando a
troca gasosa e a oxigenação arterial, além de reduzir áreas de shunt intrapulmonar. O
aumento da ventilação colateral pode contribuir também para aumentar o clearance de
secreções pulmonares.51
Um paciente respirando sob pressão positiva em todo o ciclo respiratório reduz seu trabalho
respiratório em razão do aumento da complacência e da abolição da autoPEEP.51 A CPAP ou o Bi-level
tem sido muito utilizados em pacientes com edema pulmonar cardiogênico, pois a aplicação da PEEP
leva à redução do retorno venoso e à redistribuição e extravasamento do líquido intra-alveolar.34
A técnica de ventilação com pressão positiva nas vias aéreas pode ser utilizada nos seguintes casos:
Pacientes restritos ao leito e não cooperativos também podem beneficiar-se da técnica. A ventila-
ção com pressão positiva na inspiração e na expiração também tem sido utilizada em pacientes
portadores de pneumopatias crônicas e de doenças neurológicas com comprometimento muscular,
para tratamento em longo prazo em domicílios.34,51
O paciente com hipoventilação e quadro neurológico instável pode não conseguir manter
a ventilação apenas com o uso do CPAP ou Bi-level, necessitando de VM com parâmetros
mais específicos. Outros problemas que podem contraindicar o uso da ventilação com
pressão positiva incluem náuseas, vômitos e traumatismos faciais.51
Como a pressão positiva acarreta redução do débito e do retorno venoso, o uso da CPAP e do Bi-
level oferece riscos inerentes à redução da volemia e da queda da pressão arterial. A má utilização
dos aparelhos e dos parâmetros pode levar ao barotrauma e ao aumento do trabalho respiratório.
Pacientes podem hipoventilar durante o tratamento, retendo gás carbônico.34
A Figura 6, a seguir, mostra um paciente recebendo pressão positiva por meio de um ventilador.
116
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
O paciente deve realizar a técnica da ventilação positiva sentado ou em decúbito dorsal com a
cabeceira elevada. É solicitado a ele que inspire dentro da máscara com tranquilidade, procurando
manter uma frequência respiratória entre 12 e 20irpm.34 A interface utilizada deve ser escolhida
de acordo com o tamanho, o conforto e o tipo de fixação. As máscaras podem ser nasal ou facial
(Figura 7).34,51
PROFISIO SESCAD
A Bi-level podem ser utilizados de forma intermitente ou contínua dependendo do seu objetivo.
Para recrutamento alveolar, expansão pulmonar e auxílio da remoção de secreção, a técnica pode
ser intermitente e repetida várias vezes ao dia, conforme necessidade e tolerância do paciente.
No tratamento da apneia do sono, edema agudo de pulmão e auxílio ao desmame, o método deve
ser utilizado de forma contínua, sendo retirado de forma lenta e gradual.50,51
Para a utilização da CPAP, uma pressão de 10cmH2O pode ser usada, podendo variar entre 8 e
12cmH2O. Estudos têm demonstrado que a CPAP de 10cmH20, além de recrutar alvéolos e otimizar
a oxigenação, promove o extravasamento de líquido e a redução do edema pulmonar.34 Para o uso
de dois níveis independentes de pressão, uma pressão inspiratória entre 15 e 20cmH2O promove
aumento do volume minuto, redução da frequência respiratória, melhora da troca gasosa e da
oxigenação. A pressão inspiratória utilizada deve gerar um volume corrente de 8 a 10mL/kg e deve
ser elevada de forma progressiva. A pressão expiratória deve ficar entre 4 e 6cmH20, podendo ser
ainda maior em caso de hipoxemia mais grave e congestão pulmonar.34
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n CONCLUSÃO
Atualmente, o fisioterapeuta tem contribuído muito com a equipe multidisciplinar no atendimento do
paciente crítico. Os objetivos da fisioterapia na terapia intensiva incluem a prevenção ou o tratamento
das complicações respiratórias e motoras associadas à permanência na UTI, como obstrução ou
colapso das vias aéreas, acúmulo de secreções, imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza
muscular. Para isso, são utilizados recursos para expansão-reexpansão pulmonar, remoção de
secreções brônquicas, treinamento muscular, posicionamento e mobilização.
Apesar dos resultados positivos observados na prática clínica, as evidências quanto aos efeitos
benéficos e adversos dos procedimentos fisioterapêuticos são limitadas pela diversidade
metodológica dos estudos, apontando para a necessidade de mais estudos randomizados,
controlados, com maior casuística e melhor padronização para descrição e comparação de diferentes
protocolos de tratamento.
119
RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
PROFISIO SESCAD
n
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: A retenção de secreção pode resultar em obstrução completa das vias aéreas com
consequente atelectasia e comprometimento da oxigenação ou obstrução parcial.
Atividade 5
Resposta: B
Comentário: O aumento da Ppl produzido pelas técnicas mucocinéticas ocasiona aumento da PA,
que se torna superior à pressão atmosférica.
Atividade 6
Chave de respostas: 2; 1; 3; 1; 3; 2
Atividade 13
Resposta: A) F; B) V; C) V; D) F
Comentário: A) A energia produzida pela percussão manual torácica parece reduzir a viscosidade
do muco, o que contribui com a ação do aparelho mucociliar. D) O efeito da percussão parece ser
dependente da frequência, e vários estudos descobriram que a frequência ideal é bem acima dos
6Hz possíveis na percussão manual.
Atividade 17
Resposta: A
Comentário: III) A tosse mecanicamente assistida ou técnica de insuflação e desinsuflação mecânica
é geralmente utilizada em pacientes com distúrbios neuromusculares, impossibilitados de gerar fluxos
e pressões adequadas para efetividade da tosse. Entre suas contraindicações, estão barotrauma,
presença de bolhas, enfisema pulmonar e hiper-reatividade brônquica.
Atividade 18
Chave de respostas: 2; 4; 1; 3
Atividade 19
Resposta: B
Comentário: A) A técnica de HM consiste em inspirações lentas e profundas consecutivas, ofertando
um volume pelo menos 50% maior do que o ajustado no ventilador mecânico. C) Diversos estudos
demonstraram que, após a realização da HM, houve redução da Rrs. D) Os efeitos adversos mais
comuns da HM são riscos de barotrauma, volutrauma e instabilidade hemodinâmica.
Atividade 22
Resposta: C
Comentário: Manobras de remoção de secreções brônquicas, como a vibração manual, podem
ser utilizadas em pacientes não cooperativos e inconscientes, com o fisioterapeuta tentando
acompanhar o ciclo respiratório espontâneo ou o do respirador. Sempre que realizar as terapias de
remoção de secreção, o fisioterapeuta deve provocar a eliminação de secreção por meio de tosse
assistida ou estimulada, mas a aspiração só deverá ser realizada caso o paciente seja incapaz
de expectorar. Dispositivos que promovem oscilação (Flutter e Shaker) podem ser utilizados em
pacientes internados em UTI; sendo que esses aparelhos podem ofertar pressão positiva, mas
não quantificada.
120
TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM TERAPIA INTENSIVA
Atividade 26
Resposta: B
Comentário: O posicionamento em decúbito dorsal promove o aumento de volumes pulmonares e
diminui o trabalho respiratório nos doentes em desmame ventilatório.
Atividade 28
Resposta: Pacientes portadores de DPOC podem agudizar o quadro, devido à infecção pulmonar,
levando a esforço respiratório, a risco de fadiga muscular e à necessidade de VM.
Atividade 29
Resposta: Poderão ser realizadas manobras torácicas, mas o paciente, devido ao esforço, pode não
conseguir ficar em posições adequadas para a técnica. Dispositivos, como Flutter, Acapella e Shaker,
poderão ser utilizados, mas com risco de aumentar o esforço ou, ainda, o paciente poderá não ter fluxo
expiratório para realização desses aparelhos. Poderá ser ofertada a terapia com pressão positiva, como
o CPAP ou Bi-level, que ajudarão a reduzir o esforço respiratório e a eliminar a secreção.
Atividade 30
Resposta: D
Comentário: O exercício de respiração forçada auxilia a remoção de secreções brônquicas.
Atividade 31
Chave de respostas: 4; 2; 1; 3
Atividade 34
Resposta: A paciente necessitou de sedação prolongada devido à cirurgia, o que acarretou
hipoventilação e prováveis áreas de atelectasias, levando à redução da troca gasosa e à queda
da oxigenação.
Atividade 35
Resposta: Enquanto a paciente estiver sonolenta e pouco cooperativa, o breath-stacking pode ser
utilizado colocando-se uma máscara na sua face, permitindo inspirações sucessivas e aumentando
os volumes e as capacidades pulmonares. Assim que a paciente estiver mais acordada, exercícios
diafragmáticos podem ser utilizados durante as sessões, e um espirômetro de incentivo deve ser
orientado para que ela realize inspirações profundas com feedback visual, realizando de 5 a 10
manobras de hora em hora.
Atividade 36
Resposta: D
Comentário: A utilização de PEEP em patologias unilaterais deve ser criteriosa, pois poderá provocar
uma hiperinsuflação de um dos lados, aumentando áreas de espaço morto.
Atividade 37
Resposta: D
Comentário: Técnicas que fazem pressão positiva na inspiração e na expiração promovem redução
do retorno venoso e, consequentemente, da perfusão cerebral e da filtração glomerular. Esses
dispositivos aumentam a pós-carga do ventrículo direito, devido ao aumento da pressão nos capilares
pulmonares. A pós-carga do ventrículo esquerdo é reduzida, devido à diminuição do débito cardíaco
e da vasodilatação dos vasos extrapulmonares.
121
Atividade 38
PROFISIO SESCAD
Resposta: B
Comentário: A utilização de pressão positiva está contraindicada nos pneumotórax não drenados,
levando à piora do quadro quando utilizada.
Atividade 39
Resposta: A paciente está apresentando congestão pulmonar, prejudicando a troca gasosa e
aumentando o trabalho da musculatura respiratória.
Atividade 40
Resposta: Poderá ser instalado um dispositivo que ofereça pressão positiva contínua (CPAP)
para que promova extravasamento do líquido com melhora da congestão e do relaxamento da
musculatura respiratória.
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