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PROFISIO SESCAD
HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA
CONCEIÇÃO ALICE BOEURI
n INTRODUÇÃO
A humanização na saúde significa o resgate de uma forma do cuidar, respeitando os princípios
básicos da ética e dos direitos do paciente. Ela busca envolver profissionais, pacientes, família e
instituições de forma mais sensível e com respeito à dignidade da vida do ser humano que está
mais vulnerável nesta situação.
n OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
n compreender o que é humanização na saúde e qual sua importância nos dias atuais;
n reconhecer o que é bioética e alguns referenciais envolvidos nessa abordagem;
n identificar os conceitos de distanásia, eutanásia e ortotanásia;
n reconhecer os programas públicos de governo sobre humanização;
n compreender o que são cuidados paliativos e sua implicação prática;
n identificar ações de humanização na sua vivência profissional.
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HUMANIZAÇÃO E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
n ESQUEMA CONCEITUAL
Importância da humanização
no cuidar
Princípio da autonomia
Princípio da beneficência
Origem e principais
Princípio da não maleficência
conceitos da bioética
Princípio da justiça
Princípio da proporcionalidade
Interfaces do cuidar
Cuidados paliativos
Caso clínico 1
Casos clínicos
Caso clínico 2
Conclusão
Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética, ou seja, para que o sofrimento
humano e as percepções de dor ou de prazer sejam humanizados, é preciso que as
palavras que o indivíduo expressa sejam reconhecidas pelo outro.1 Humanizar, entre
outras implicações, envolve uma boa comunicação, que, por sua vez, inclui o saber
ouvir, falar com clareza e com sensibilidade, isto é dialogar com nossos semelhantes.
Vive-se uma época de enorme desenvolvimento tecnológico na área da saúde como um todo.
Devido à dificuldade que se tem em lidar com esse paradigma, convive-se com as consequências
de uma transformação de valores e prioridades sociais que se refletem de forma drástica no âmbito
da saúde e do cuidar. No entanto, o avanço conquistado com a tecnologia não proporcionou a
mesma dimensão nas relações humanas, em que se percebe, de forma muito cruel, uma perda
significativa do respeito à dignidade do ser humano.
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Não se pode pressupor que tamanha mudança no painel social e tecnológico das ciências não venha
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alterar os valores morais e éticos que permeiam a vida e o cotidiano dos sujeitos envolvidos, sejam
eles profissionais da saúde, instituições, pacientes ou familiares. Quanto mais possibilidades, opções
terapêuticas e tecnológicas surgem, as dúvidas, os conflitos e as incertezas na sua aplicabilidade
também vão aumentando. Esse universo é vasto, bem como suas descobertas. A bioética surgiu,
então, como uma busca para decifrar e compreender melhor esses mistérios morais e éticos.2
Potter, preocupado com as consequências dos avanços terapêuticos e das pesquisas clínicas
envolvendo pacientes com câncer, decidiu lançar um alerta a todos os profissionais para que
refletissem sobre a profundidade da ética em todas as dimensões da vida e também pensassem
com mais sensibilidade nos reais anseios dos envolvidos e suas interfaces. Paralelamente, na
mesma época, surgiu o livro Princípios de ética biomédica, que acabou sendo um dos pilares da
própria bioética.4
A bioética envolve um conceito multi, trans e interdisciplinar, para que os princípios éticos
sejam praticados em todas as áreas das ciências relacionadas à vida, seja ela humana, animal
ou, até mesmo, do meio ambiente. Atualmente, a bioética busca refletir e entender os inúmeros
conflitos que surgiram sobre os mais variados temas, descobertas e desenvolvimento tecnológico
nas diversas áreas que envolvem a vida.
Alguns exemplos de situações que são enfrentadas hoje, de forma constante, sempre com muitos
fatores associados e que necessitam de interpretações bem individualizadas, são:
n a clonagem;
n o uso das células-tronco;
n o aborto;
n a eutanásia.
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Assuntos polêmicos tornam-se complexos em virtude dos inúmeros valores que devem
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n princípio da autonomia;
n princípio da beneficência;
n princípio da não maleficência;
n princípio da justiça;
n princípio da proporcionalidade.
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
O princípio da autonomia requer do profissional o respeito à vontade, à crença e aos valores
morais do sujeito e do paciente, reconhecendo o domínio deste sobre sua própria vida e o respeito
à sua intimidade.
Este princípio gera diversas discussões sobre os limites morais da eutanásia, do suicídio
assistido, do aborto, etc. Além disso, exige também definições relacionadas à autonomia,
quando a capacidade de decisão do sujeito (ou paciente) está comprometida – são as
pessoas ou grupos considerados vulneráveis. Isso ocorre em populações e comunidades
especiais, como menores de idade, indígenas, deficientes mentais, pacientes com dor,
militares, etc.
Com relação à ética em pesquisa, surge o princípio do “termo de consentimento livre e esclarecido”
a ser feito pelo pesquisador e preenchido pelos sujeitos da pesquisa ou seus representantes legais,
quando os sujeitos estiverem com sua capacidade de decisão comprometida.
PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
O princípio da beneficência assegura o bem-estar das pessoas, evitando danos e garantindo que
seus interesses sejam atendidos. Trata-se de um princípio indissociável ao da autonomia.
Riscos da pesquisa são, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrentes, as possibilidades
de danos nas seguintes dimensões do ser humano:
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física;
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n
n psíquica;
n moral;
n intelectual;
n social;
n cultural;
n espiritual.
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
LEMBRAR
Atualmente, discute-se a bioética englobando outros referenciais, como
vulnerabilidade, compaixão, solidariedade, espiritualidade, veracidade, sigilo, amor,
empatia, comunicação, humanização, cuidados paliativos entre outros, sinalizando
quão complexa e profunda pode ser a abordagem de quaisquer temas correlacionados
e que denotem um caráter reflexivo.
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Está(ão) correta(s)
A) as afirmativas I e III.
B) as afirmativas II e III.
C) as afirmativas I e II.
D) apenas a afirmativa I.
n INTERFACES DO CUIDAR
Hoje, os recursos existentes nas UTIs mais atualizadas permitem que se mantenha a vida humana
por tempo indefinido, com o auxílio dos mais modernos e onerosos equipamentos, que vão desde
respiradores artificiais, máquinas de diálise, circulação extracorpórea a inúmeros medicamentos.
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Porém, pergunta-se: até que ponto se está realmente pensando no sofrimento e na dignidade da
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pessoa que está sob esses cuidados? Quantos de nós gostaríamos de ser submetidos a tratamentos
tão invasivos e permanecer semanas, meses ou até anos sedados ou conectados a máquinas e
totalmente distantes das pessoas que realmente amamos?
A morte é a única certeza que há em relação à condição finita de vida humana. Todos morrerão um
dia e, justamente por isso, é preciso enfrentar o tabu de falar sobre esse tema. Várias pesquisas já
foram feitas sobre a forma como as pessoas gostariam de morrer e é praticamente um consenso
esta resposta: “eu gostaria de morrer dormindo”. Isso pressupõe que ninguém quer sofrer, seja
de forma física ou emocional, além do fato de que se deseja estar próximo das pessoas queridas
nesse momento.1
Por que, então, permite-se tanto sofrimento e isolamento das pessoas que estão sob nossos
cuidados em um ambiente de saúde?
Vale a pena ressaltar que é o despreparo de todos os profissionais que atuam nos hospitais, mais
especificamente nas UTIs, em relação a como enfrentar os limites do saber e do conhecimento
tecnológico, esquecendo-se da divindade da vida humana, da pessoa que possui uma história e
que merece todo respeito e dignidade.
A ortotanásia procura respeitar o bem-estar global das pessoas, garantindo a dignidade tanto
no seu viver bem como no seu morrer. Discutir e aprofundar esse conceito é, hoje, fundamental
para se tentar evitar os outros extremos, que são a distanásia e a eutanásia.
A) Eutanásia –
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B) Distanásia –
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C) Ortotanásia –
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n CUIDADOS PALIATIVOS
Não é possível pensar em ações de humanização sem falar em cuidados paliativos.
Cuidados paliativos são muito mais uma filosofia do que um tipo específico de
tratamento, que independe do local de sua aplicabilidade, e pode ser exercido em
um hospital, clínica ou ambiente domiciliar, e tem por objetivo cuidar do paciente sem
perspectivas de cura.
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O seu histórico remonta à Idade Média, quando os peregrinos cristãos, nas suas viagens aos
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locais santos, deslocavam-se por longas distâncias, caminhando por meses e até por alguns
anos. Naquele tempo, eles vivenciavam toda sorte de aventuras, assaltos, maus-tratos e doenças,
sendo, então, recolhidos em casas denominadas hospices (que significa refúgio, abrigo, asilo),
fundadas e dirigidas por cristãos. Nesses locais, os peregrinos eram cuidados até melhorarem,
para prosseguirem sua caminhada.10,11
No século XX e após a Segunda Guerra Mundial, houve um avanço científico nos campos médico-
cirúrgicos e farmacêuticos, dando lugar a tratamentos mais indiferentes, mecanizados, em que o
valor da vida humana cedeu espaço à tecnologia e à obstinação terapêutica a qualquer custo.1,11
A definição de cuidados paliativos descrita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) surgiu,
inicialmente, em 1998 e foi revista em 2002, ficando com a seguinte redação final:
Cuidado paliativo é uma abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e famílias
que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras da vida, através da prevenção
e alívio do sofrimento, por meios de identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor
e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual.12
Não existe o certo ou o errado, mas modos diferentes de se perceber uma situação. Na abordagem
do tema cuidados paliativos, convém considerar alguns conceitos-chave, a fim de evitar desgastes
desnecessários.
n aliviar o sofrimento;
n respeitar a pessoa e seus valores como um todo;
n garantir uma informação adequada sobre a situação;
n manter a confidencialidade;
n ter clareza da autonomia do outro ou seu responsável;
n não provocar a maleficência.
LEMBRAR
O ato de ouvir implica uma comunicação franca, aberta, baseada na veracidade, na
confiança, na compaixão e na sensibilidade da vulnerabilidade que o outro enfrenta,
sendo esse outro não somente o paciente, mas também a família dele.2
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Resposta no final do artigo
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LEMBRAR
Uma melhor assistência envolve redução de custos, objetividade, eficiência e evita
desperdícios causados pela falta de informação, pelo descaso e pelo despreparo dos
gestores e demais envolvidos.
PROGRAMA HUMANIZASUS
O HumanizaSUS tem o objetivo de efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção
e de gestão, assim como estimular trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários para
a produção de saúde e de sujeitos. O que se quer é um SUS humanizado, comprometido com a
defesa da vida e fortalecido em seu processo de pactuação democrática e coletiva.
Hospitalar?
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O bom profissional é aquele que percebe a necessidade, que entende os limites e que propõe ações
simples, porém concretas, no seu ambiente de trabalho. São inúmeras as posturas que podem ser
adotadas e que geram resultados maravilhosos na relação profissional da saúde/paciente/família/
equipe multidisciplinar (Quadro 1).
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Quadro 1
EXEMPLOS DE POSTURAS A SEREM ADOTADAS PELOS PROFISSIONAIS
PARA HUMANIZAR O ATENDIMENTO AO PACIENTE
n Proporcionar um horário de descanso ao paciente (mesmo aquele que está na UTI), quando,
por um determinado período, ninguém o manipula, para que ele possa dormir.
n Explicar, de forma simples, mas pertinente, quais os procedimentos que você fará nele e
quais seus objetivos. Fale com o paciente preferencialmente, e não com seu acompanhante,
como se o paciente não estivesse ali.
n Respeitar a privacidade e a intimidade do paciente, não o expondo fisicamente aos outros
durante seus procedimentos.
n Procurar saber quais as vontades do seu paciente e, se possível, ajudar a realizá-las. Busque
agir com sensibilidade. Por exemplo, certa vez, uma fisioterapeuta, conversando com uma
paciente, descobriu que a mesma sentia muita falta do seu animal de estimação e, como não
havia a possibilidade de alta a curto prazo, foi proposto à sua família que trouxesse o animal
ao ambiente hospitalar, o que gerou uma reação altamente positiva no quadro da paciente.
n Evitar dar respostas evasivas ou com descaso às perguntas feitas pelo paciente e/ou seu
familiar. Essa atitude gera angústia e insegurança na assistência.
n Procurar entender o sofrimento e a vulnerabilidade do outro, agindo com delicadeza e
compaixão. Isso não significa agir pela emoção, mas sim conciliar sensibilidade com eficiência.
n Criar ações conjuntas da equipe que visem à individualização da assistência, como comemorar
o aniversário do paciente se ele estiver internado, seja com um simples parabéns, uma
lembrança, ou permitir mais visitas naquele dia.
n Estar aberto para ouvir mais e lembrar os limites de atuação profissional, mas não de atuação
humana.
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11. “Estar aberto para ouvir mais e lembrar os limites de atuação profissional, mas não
de atuação humana.” Cite uma situação em que você tenha vivenciado na prática essa
postura.
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HUMANIZAÇÃO E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
n CASOS CLÍNICOS
CASO CLÍNICO 1
Paciente do sexo masculino, 94 anos, está internado na UTI com choque cardiogênico
após ter tido uma parada cardíaca na qual foi feita reanimação cardiopulmonar. Está sob
ventilação mecânica, sedado, com uso de altas doses de medicamentos vasoativos, sem
condições de recuperação clínica. A família conversa com a equipe médica e solicita para
que não sejam mais realizados procedimentos invasivos no paciente.
A partir do que foi visto neste artigo e das informações descritas no caso clínico 1, responda às
questões a seguir.
12. A atitude de não realizar mais procedimentos invasivos, qual conceito de conflito
ético está se tentando evitar e qual referencial poderia servir de base para a decisão
de interromper a realização de procedimentos invasivos?
A) Ortotanásia e autonomia
B) Distanásia e humanização.
C) Eutanásia e beneficência.
D) Morte súbita e veracidade.
13. Neste caso, qual seria a melhor conduta a ser adotada pelo fisioterapeuta?
CASO CLÍNICO 2
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de 30 dias aguardando liberação da instituição para se submeter a novo procedimento
cirúrgico e colocação de illizarov. O motivo alegado para essa demora foi a necessidade
de uma órtese especial devido à obesidade da paciente e o fato de o custo ser muito alto.
A paciente não conseguia sair do leito e evoluiu com sinais de necrose tecidual no local
da fratura, com necessidade de desbridamento constante. Pela falta de medicamento
no hospital, não recebia analgesia adequada, o que a fazia sofrer dores insuportáveis.
Não havia, na rotina desse hospital, uma participação multidisciplinar que visasse
coordenar, agilizar e direcionar as responsabilidades dos envolvidos, e a paciente
reclamava que não conseguia ter uma resposta clara sobre o que aconteceria com ela.
14. Quais aspectos de humanização não foram respeitados no caso desta paciente?
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15. O que poderia facilitar a busca de soluções para humanizar este atendimento?
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Respostas no final do artigo
n CONCLUSÃO
O objetivo principal de todos os profissionais de saúde é buscar terapias eficientes e que visem
o bem-estar do ser humano. Pensar na qualidade de vida e em ações humanizadas é fundamental
para que não se perca a capacidade de se relacionar como pessoas e para perceber o outro também
como uma pessoa, que tem uma história, uma vida e merece todo o respeito e a dignidade ao ser
submetido a qualquer tratamento.
Muitas são as ações que podem ser realizadas para tornar um ambiente mais humanizado seja
em uma enfermaria, uma UTI ou home care. Não existem receitas nem limites, a não ser os de
ordem operacional; basta querer agir, de forma simples, com conhecimento dos princípios éticos.
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Respeitar a autonomia do outro, bem como os demais referenciais da bioética e da moral que
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Atividade 3
Chave de resposta: 3; 5; 1; 2; 4
Atividade 4
Resposta: Eutanásia é abreviar voluntariamente a vida de alguém que está sob cuidados de saúde.
Distanásia é a obstinação terapêutica, ou seja, prolongar o sofrimento de um doente com recursos
que não vão proporcionar uma recuperação do seu quadro. Ortotanásia é a morte natural, deixando
a vida seguir o seu caminho natural, sem interferências questionáveis.
Atividade 5
Resposta: O primeiro hospital com a filosofia de cuidados paliativos foi o Christopher’s Hospices,
criado em 1967, em Londres, pela enfermeira Cicely Saunders.
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: O programa de governo voltado para humanização é o HumanizaSUS, e foi criado
em 2003.
Atividade 12
Resposta: B
Comentário: Evitar a distanásia, uma vez que, neste caso, o uso dos recursos terapêuticos apenas
prolongaria o sofrimento do paciente e de seus familiares, e a humanização está em perceber esse
sofrimento e a individualização da conduta a ser tomada.
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: O fisioterapeuta precisa entender que, mesmo quando o paciente está fora das
possibilidades de cura, o cuidar ainda é necessário, pois deve-se pensar em aliviar o sofrimento e
respeitar a dignidade da vida. São condutas simples, mas fundamentais neste momento.
Atividade 14
Resposta: Vários aspectos da humanização não foram respeitados, como a falta de esclarecimento
por parte da equipe sobre o caso, a demora na busca de soluções efetivas (a órtese), a falta de
medicação adequada, provocando dor desnecessária, a falta de equipamentos adequados para
tirar a paciente do leito, despreparo da equipe em lidar com casos complexos.
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Atividade 15
Resposta: Implantar rotinas e protocolos de tratamento, delegar funções claras aos membros da
equipe, eleger um responsável para direcionar o tratamento, acionar outros profissionais para
resolver o problema (assistente social, gestores).
n REFERÊNCIAS
1. Pessini, L. Bertachini, L. Humanização e Cuidados Paliativos. Centro Universitário São Camilo. São Paulo:
Loyola; 2004.
2. Boueri CA. Conflitos éticos vivenciados por pais de crianças portadoras de síndromes com prognóstico
de vida limitante [dissertação]. São Paulo (SP): Centro Universitário São Camilo; 2007.
3. Durand G. Introdução geral à Bioética história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola; 2003.
4. Beauchamp TL. Childress JF. Princípios de Ética Biomédica. 5. ed. São Paulo: Loyola; 2002.
7. Kübler- Ross E. O Túnel e a Luz: reflexões essenciais sobre a vida e a morte. Campinas: Verus; 2003.
8. Kübler- Ross E. Sobre a Morte e o Morrer. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes; 2005.
9. Pessini L. Distanásia. Até quando prolongar a vida? São Paulo: Loyola; 2001.
10. Doyle D, Hanks G, Cherny N, Calman K. In: Oxford Textbook of Palliative Medicine. 3. ed. Oxford: Oxford
University Press; 2005.
11. Pessini L, Bertachini L. Novas perspectivas em cuidados paliativos: ética, geriatria, gerontologia,
comunicação e espiritualidade. Acta Bioethica. 2006;12(2): 231-41.
13. Política Nacional de Humanização. [capturado 2010 Jul 07]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/
portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1342