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PROFISIO SESCAD
TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR
DO PACIENTE CRÍTICO
n INTRODUÇÃO
O transporte intra-hospitalar acontece principalmente quando um paciente crítico necessita de
cuidados adicionais que não estão disponíveis no local onde ele está. Esse tipo de transporte é
realizado com mais frequência para admissão de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
e para realização de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos.1,2
Esse transporte envolve uma série de riscos, e está associado a várias complicações, sendo as
alterações cardiorrespiratórias as mais frequentes, podendo interferir no desfecho clínico do
paciente.3
Para ser seguro e eficiente, o ato de transportar deve reproduzir a extensão da unidade de origem
do paciente, sem expô-lo a riscos desnecessários que poderiam agravar seu estado de saúde.
O risco do transporte não deve sobrepor o possível benefício que o mesmo proporcionará ao
paciente.1,3-6
LEMBRAR
O transporte intra-hospitalar pode trazer complicações adicionais ao paciente crítico,
por isso o processo deve ser organizado e eficiente.
154
TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DO PACIENTE CRÍTICO
n OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de
n ESQUEMA CONCEITUAL
Transporte intra-
-hospitalar do
paciente crítico
Transporte
realizado com
o ressuscitador
manual
Fatores de risco O paciente
relacionados aos em ventilação
equipamentos mecânica Transporte
Transporte
intra-hospitalar
realizado com
e pneumonia
ventilador de
associada à
transporte
Fatores de risco ventilação mecânica
relacionados à equipe
Fatores de risco e
eventos adversos Fatores de risco
relacionados ao
planejamento e à
organização
Fatores de risco
relacionados à
condição clínica do
paciente
Fase preparatória
Caso clínico 1
Casos clínicos
Caso clínico 2
Conclusão
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n TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DO PACIENTE CRÍTICO
Voigt e colaboradores descreveram que 43,4% dos 948 pacientes estudados foram submetidos a
transporte intra-hospitalar; destes, 45% foram submetidos a dois ou mais episódios de transporte.
Nesse mesmo estudo, demonstrou-se que os transportes acontecem principalmente durante a
semana e no período da tarde.10
Na maioria dos estudos, a tomografia computadorizada (TC) é a razão mais frequente para o transporte
intra-hospitalar do paciente – de 70 a 97% dos casos.3,7,9,11 Mazza e colaboradores relataram que, dos
pacientes que tiveram como destino a sala de TC, 97% realizaram tomografia de crânio.7
Fatores de risco que podem causar repercussões hemodinâmicas, respiratórias, neurológicas, psicológicas.
Está(ão) correta(s)
A) as afirmativas I e II.
B) as afirmativas II e III.
C) apenas a afirmativa II.
D) as afirmativas I e III.
Resposta no final do artigo
Vários estudos contribuíram para identificação dos fatores de risco dos eventos adversos (EA)
imediatos relacionados ao transporte.3,5,7,9,10,13-15,19,20 No entanto, pouco se conhece sobre os efeitos
desses eventos a longo prazo.8
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sendo que o último verificou que em 8,9% deles ocorreram sérios eventos adversos.3,13 No estudo
apresentado por Beckmann e colaboradores, ocorreram sérios eventos adversos em 31% dos
transportes e óbito em 2%. Os autores atribuíram esses eventos a causas multifatoriais.14
LEMBRAR
Todo o transporte, assim como todos os eventos ocorridos durante o mesmo, devem
ser detalhadamente documentados no prontuário do paciente.1,4,6
De acordo com Fanara e colaboradores,1 os fatores de risco são classificados em quatro categorias
distintas:
n equipamentos de transporte;
n equipe;
n organização e planejamento do transporte;
n gravidade do quadro clínico do paciente.
Quadro 1
EVENTOS ADVERSOS COMUNS NO TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR
LEMBRAR
A monitorização contínua e sistematizada durante todo o transporte é indispensável
para que os eventos adversos sejam detectados prontamente.3
Muitos serviços possuem uma unidade móvel de transporte permanentemente equipada com
ventilador mecânico, monitor de eletrocardiograma (ECG) e de pressão não invasiva, oximetria de
pulso, capnografia e bombas de infusão, além de tubos orotraqueais e material para intubação.6
Alguns estudos recomendam que a unidade de transporte contenha um desfibrilador e um
aspirador de secreções.6,8,10 No entanto, Pereira Júnior e colaboradores recomendam que, caso
esses equipamentos não estejam disponíveis, eles devem estar alcançáveis em no máximo quatro
minutos de qualquer ponto do transporte para atender emergências que possam ocorrer durante
o mesmo.2
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 7 publicada no Diário Oficial da União
(DOU) de 24 de fevereiro de 2010,22 que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento
das UTIs, a mesmas devem dispor de:
n maca para transporte, com grades laterais, suporte para soluções parenterais e suporte para
cilindro de oxigênio;
n equipamentos com bateria para monitorização contínua de múltiplos parâmetros, como oximetria
de pulso, pressão arterial não invasiva, cardioscopia, frequência respiratória (FR) específicos
para transporte;
n ventilador mecânico com bateria, específico para transporte;
n kit de acompanhamento para o transporte de pacientes graves, contendo medicamentos e
materiais para atendimento às emergências.
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O paciente em ventilação mecânica
Se utilizada com técnica apropriada e com atenção, a ventilação manual pode promover uma
boa ventilação durante o transporte.6,11,16,21,23 No entanto, o ambiente de transporte não favorece a
concentração do profissional que opera o ambu, pois além de o profissional andar junto da maca,
ele, muitas vezes, desempenha outra função no transporte, favorecendo a variação na oxigenação
e na ventilação. Isso ocorre frequentemente quando a ventilação manual é interrompida durante
a passagem em portas, rampas, elevadores e durante a transferência para macas ou para mesas
de exames.2,4
LEMBRAR
Mesmo durante a ventilação manual, realizada por profissionais experientes, a
hiperventilação e o aumento do trabalho respiratório podem ocorrer.23
160
TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DO PACIENTE CRÍTICO
Uma estratégia sugerida para o transporte de pacientes adultos é o ajuste da FiO2 para
100% durante o procedimento.3,6
O ventilador de transporte deve ser capaz de ventilar pacientes que apresentam diferentes
condições respiratórias mantendo o mesmo modo ventilatório utilizado na UTI. 6,7,24 As
características consideradas essenciais na escolha do ventilador de transporte estão descritas
no Quadro 2.1-3,7,10,11,23,24
Quadro 2
CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS DE UM VENTILADOR DE TRANSPORTE
n Bateria
n Funcionamento sem ar comprimido
n Ventilação em modos assistido e controlado
n Operação em modo volume ou pressão controlada
n Controle independente do VC e da FR
n Monitor de Pva, VC e FR
n Ajuste de sensibilidade
n Sistema de alarmes
n PEEP
n Ajustes da FiO2
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Transporte intra-hospitalar e pneumonia associada à ventilação mecânica
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A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é um evento frequente nas UTIs. Sua incidência
varia de 9 a 67%, e sua mortalidade 24 a 70%.9 O transporte representa um risco adicional para
o paciente intubado em ventilação mecânica, especialmente pelo risco de aspiração de secreção
contaminada, favorecida pela posição supina durante o transporte.2,4,24
Durante o trajeto do transporte, deve-se ter especial atenção à passagem por rampas. Ao
subir e descer uma rampa, a cabeça do paciente deve estar sempre no lado mais alto da
mesma. Esse cuidado pode evitar aspiração pulmonar de secreção contaminada.
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Respostas no final do artigo
6. Que cuidados se pode ter para diminuir o risco de PAV no transporte de pacientes
intubados em ventilação mecânica?
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LEMBRAR
De acordo com a RDC n°7 da ANVISA,22 todo paciente grave deve ser transportado
com o acompanhamento contínuo de, no mínimo, um médico e um enfermeiro, ambos
com habilidade comprovada para o atendimento de urgência e emergência.
163
Segundo Lahner e colaboradores e Gillman e colaboradores, a baixa incidência de eventos adversos
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encontrada em seus respectivos estudos reflete a experiência da equipe de transporte.11,20 Vários estudos
citam o fisioterapeuta como integrante dessas equipes de transporte.1-3,6,10 Zuchelo e Chiavone3
relataram que o fisioterapeuta esteve presente em 37% dos transportes estudados. Nesse estudo, em
112 eventos adversos encontrados, apenas oito foram atribuídos à falha da equipe de transporte.
De acordo com estudo realizado pela ASSOBRAFIR sobre o perfil dos fisioterapeutas brasileiros
que atuam em terapia intensiva, 37% deles participam de todos os transportes da unidade.25
No estudo apresentado por Mazza e colaboradores,7 a equipe de transporte foi composta sempre
por um médico, um enfermeiro e um fisioterapeuta. Esse estudo avaliou parâmetros hemodinâmicos
antes e após o transporte intra-hospitalar.
LEMBRAR
Ao planejar o transporte de um paciente crítico, a equipe deve prever e, se possível,
antecipar, todas as intercorrências que possam surgir durante seu deslocamento. A
falta de planejamento pode contribuir para situações críticas.1,1,6,13,24
164
A implantação de rotinas e de protocolos operacionais é responsável pelo sucesso desta fase. O
TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DO PACIENTE CRÍTICO
Um dos fatores de risco identificado por Beckmann e colaboradores14 foi a falta de atenção da
equipe com os protocolos existentes. Esse autor enfatiza a necessidade de treinamento constante
da equipe e a aderência à utilização de protocolos para limitar a ocorrência de eventos adversos.
7. Entre as alternativas a seguir, qual NÃO pode ser considerada risco ao paciente
durante o transporte?
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FATORES DE RISCO RELACIONADOS À CONDIÇÃO CLÍNICA DO
PACIENTE
A gravidade do quadro clínico do paciente foi identificada como fator de risco para ocorrência
de eventos adversos.1 Os fatores relacionados a seguir favorecem a ocorrência de eventos
adversos:1,2,14,19
Em pacientes ventilados mecanicamente, uma redução de 20% ou mais da relação PaO2/FiO2 foi
encontrada em 43% dos pacientes submetidos ao transporte intra-hospitalar.8 Zuchelo e Chiavone3
encontraram diminuição da PaO2 após o transporte em 45% do pacientes. A principal variável
relacionada a essa alteração é a necessidade de PEEP.1,8,11,14,19,25
Pereira Júnior e colaboradores2 consideram como pacientes mais graves e de maior risco no transporte
aqueles com necessidade de PEEP superior a 14cmH2O e em uso de aminas vasoativas.
LEMBRAR
No caso de pacientes com níveis elevados de PEEP, é recomendado que o transporte
seja feito somente em ventilação mecânica, especialmente em um ventilador que
permita o mesmo modo ventilatório e o mesmo nível de PEEP.1,3,6,8
Além disso, deve-se ter um cuidado extremo com a via aérea artificial, especialmente com a
desconexão do tubo endotraqueal, evitando, assim, uma despressurização do sistema, o que
desfavorece a mecânica pulmonar.3
O transporte do paciente neurológico pode contribuir com déficits neurológicos futuros ou prolongá-
los. As lesões secundárias, nesses pacientes, afetam negativamente o desfecho da condição clínica,
por isso deve-se trabalhar para a prevenção dessas complicações.24 Os fatores mais preditivos de
mortalidade em pacientes neurológicos são:26
Alguns cuidados que podem limitar os eventos adversos no paciente neurológico estão listados
no Quadro 3, a seguir.24,26
Quadro 3
CUIDADOS NO TRANSPORTE DO PACIENTE NEUROLÓGICO
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12. Assinale a alternativa que NÃO é considerada um fator de risco relacionado à
gravidade do quadro do paciente?
n implantação de protocolos;
n comunicação;
n treinamento da equipe;
n equipamentos adequados e monitorização constante.
n fase preparatória;
n fase de transferência;
n fase de recuperação pós-transporte.
FASE PREPARATÓRIA
Nessa fase, deve-se promover a melhor estabilização cardiorrespiratória possível para iniciar o
transporte, observando os seguintes itens:
Isso deve ser feito apenas para a transferência do paciente para a maca de transporte. Deve-se
ter o cuidado de posicionar o recipiente de drenagem em um nível abaixo do ponto de inserção
do dreno no tórax;
n checar a bateria dos equipamentos de monitorização, principalmente do oxímetro de pulso;
n checar as bombas de infusão e as sondas nasogástrica, nasoentérica e vesical, para assegurar
uma fixação adequada, assim como a necessidade de esvaziamento do conteúdo gástrico antes
do transporte, visando à prevenção da broncoaspiração;
n comunicar-se com o local de destino para que este esteja aguardando o paciente, evitando
atrasos;
n verificar os equipamentos existentes no local de destino e seu funcionamento;
n conhecer o trajeto a ser feito e, se possível, a distância a ser percorrida e o caminho a ser
seguido, para que se possa estimar o tempo gasto no transporte;
n verificar se há disponibilidade de elevadores.
FASE DE TRANSFERÊNCIA
A fase da transferência1-8,10,13,14,16,19,20,24,26-28 é a fase do transporte em que acontecem mais
intercorrências, pois os pacientes ficam fora da área de cuidados intensivos, em locais onde a
monitorização é difícil e, muitas vezes, sem equipamentos suficientes para atender a situações
de emergência.
LEMBRAR
Os cuidados devem ser redobrados durante a transferência do paciente para outro
leito ou maca, pois, neste momento, podem ocorrer muitos dos eventos adversos já
citados.
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n ECG;
n frequência cardíaca (FC) e FR;
n oximetria de pulso;
n medida intermitente da pressão arterial não invasiva.
Em muitos transportes, apenas o oxímetro de pulso está disponível para a monitorização do paciente,
que, por suas limitações, pode tornar a leitura não confiável.2,3 A monitorização da capnografia, da
pressão arterial invasiva e da PIC podem beneficiar alguns pacientes e devem ser utilizadas sempre
que disponíveis e necessárias.1-3,24,26
LEMBRAR
O paciente submetido ao transporte deve receber a mesma monitorização oferecida
no ambiente de UTI.
Alguns cuidados devem ser destacados para a adequada conduta e estabilização do paciente
pós-transporte:1,2,24
15. Após a decisão pelo transporte de um paciente crítico, para que seja um
procedimento seguro, qual das alternativas a seguir NÃO se deve ter como rotina
de transporte?
n CASOS CLÍNICOS
CASO CLÍNICO 1
n PIC: 15mmHg;
n FiO2: 60%;
n VC: 520mL;
n FR: 16irpm;
n pressão de vias aéreas (pico): 20cmH2O;
n PEEP: 7cmH2O.
O paciente será encaminhado ao setor de radiologia para realização de TC de crânio. Está sedado,
e seu transporte será realizado com o ventilador de transporte.
A partir do que foi visto neste artigo e das informações descritas no caso clínico 1, responda à
questão a seguir.
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16. Cite alguns eventos adversos que podem ser minimizados pela presença do
fisioterapeuta no processo do transporte deste paciente?
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Resposta no final do artigo
CASO CLÍNICO 2
Paciente em ventilação mecânica (ventilação controlada a pressão – FiO2 = 80%, Pva =
32cmH2O, PEEP = 12cmH2O, FR = 16irpm, VC de aproximadamente 550mL) com quadro
de PAV, traqueostomizado, apresentando grande quantidade de secreção purulenta.
17. Qual conduta realizada pelo fisioterapeuta que compõe a equipe de transporte
pode limitar alterações cardiorrespiratórias neste paciente?
n CONCLUSÃO
O transporte de pacientes críticos é uma atividade complexa, e, de acordo com o relato de vários
estudos, o fisioterapeuta está cada dia mais inserido na equipe multidisciplinar.
Atividade 3
Resposta: A) F – As alterações cardiorrespiratórias são os eventos adversos mais frequentemente
encontrados no transporte intra-hospitalar. B) V; C) V; D) F – Ambu é o nome dado a um ressuscitador
ou reanimador manual utilizado em várias unidades para transporte de pacientes estáveis. Seu uso
é favorecido pela sua simplicidade e baixo custo.
Atividade 4
Resposta: A ventilação manual deve ter capacidade de gerar volume adequado ao paciente a ser
transportado (por exemplo, neonatal, pediátrico ou adulto), manômetro para medir a pressão de
vias aéreas, válvula de PEEP, bolsa reservatória de oxigênio para otimizar a FiO2.
Atividade 5
Resposta: O ventilador de transporte deve ter bateria; funcionar sem ar comprimido; ventilar em
modos assistido e controlado; operar em modo volume ou pressão controlada; monitor de pressão
das vias aéreas, VC e FR; ajuste de sensibilidade; sistema de alarmes; PEEP.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: O principal fator determinante da qualidade dos cuidados durante o transporte é o
treinamento e a eficiência da equipe. O número de profissionais que participa do transporte varia
de acordo com a gravidade e a complexidade do quadro clínico do paciente, com o número de
equipamentos exigidos e com a rotina da instituição.
Atividade 9
Resposta: D
Comentário: Existem fatores relacionados à gravidade do quadro do paciente que favorecem a
ocorrência de eventos adversos, como uso de aminas vasoativas, número de bombas de infusão
e paciente que está em ventilação mecânica com altos níveis de PEEP.
Atividade 10
Resposta: D
Comentário: A aspiração das vias aéreas antes do transporte pode evitar a broncoaspiração em
pacientes com via aérea artificial ou naqueles com perda dos mecanismos de proteção de via aérea.
O paciente neurológico requer outros cuidados especiais, como o posicionamento da cabeça, a
utilização de colar cervical na suspeita de fratura de vértebras, a monitorização frequente com o
capnógrafo, que pode evitar oscilação da PaCO2 e a monitorização dos parâmetros da ventilação
mecânica, que também pode prevenir alterações cardiorrespiratórias.
Atividade 11
Resposta: B
Comentário: Os ventiladores de transporte podem manter os parâmetros utilizados na ventilação
mecânica dentro da UTI, diminuindo alterações cardiorrespiratórias consequentes da mudança.
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Atividade 12
Resposta: D
Comentário: A sedação pode ser necessária em alguns pacientes e, muitas vezes, pode diminuir
a ocorrência de eventos adversos.
Atividade 13
Resposta: D
Comentário: Para ser considerado seguro, o transporte deve contar com equipe multidisciplinar
qualificada, equipamentos necessários para manter o mesmo nível de cuidados oferecidos na UTI,
planejamento e organização de todo o processo. O uso de protocolos de transporte é recomendado
como rotina e como forma de minimizar a ocorrência de eventos adversos.
Atividade 14
Resposta: D
Comentário: A fixação adequada do tubo orotraqueal deve ser realizada na fase preparatória para
evitar o deslocamento do tubo ou extubação acidental na fase de transferência.
Atividade 15
Resposta: D
Comentário: O transporte deve ter como rotina a fase preparatória, a fase de transferência e a fase
de estabilização do paciente. A equipe de transporte deve ser experiente e treinada periodicamente;
no entanto, esse treinamento não deve ser realizado de forma rotineira durante o transporte.
Atividade 16
Resposta: Os seguintes eventos podem ser minimizados pela presença de fisioterapeuta no
transporte intra-hospitalar do paciente:
n secreção no tubo orotraqueal durante o transporte: o fisioterapeuta, se inserido na equipe de
transporte, na preparação para o mesmo, deve auscultar o paciente e aplicar técnicas de remoção
de secreção e de aspiração do tubo orotraqueal, se necessário;
n tracionamento do tubo orotraqueal e/ou extubação acidental: antes do transporte, o fisioterapeuta
deve verificar as condições da via aérea artificial, certificando-se de que o tubo está fixado
adequadamente e com pressão suficiente do balonete para evitar vazamentos e minimizar o
risco de aspiração de secreção contaminada. Deve também checar o cilindro de oxigênio, para
assegurar o fornecimento de O2 por trinta minutos;
n descontinuidade da ventilação mecânica durante o transporte: verificar a bateria do ventilador
de transporte;
n descontinuidade da monitorização da SaO : verificar a bateria do oxímetro de pulso.
2
Atividade 17
Resposta: C
Comentário: O paciente que é transportado com secreção abundante em tubo orotraqueal ou
traqueostomia pode apresentar aumento da pressão de pico, queda da SatO2 e retenção de CO2
durante o transporte. Esses fatores podem ser minimizados com a avaliação e o emprego de
técnicas de remoção de secreção e de aspiração antes do transporte, visando à manutenção das
vias aéreas pérvias.
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TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DO PACIENTE CRÍTICO
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