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ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.7505-65182-1-RV.

0903201502

Melo EM, Aragão AL, Pessoa CMP et al. Cuidados dispensados pela equipe de enfermagem...

ARTIGO ORIGINAL
CUIDADOS DISPENSADOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM DURANTE O
PROCEDIMENTO DE PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA
CARE PROVIDED BY NURSING STAFF DURING THE PERIPHERAL VENIPUNCTURE
PROCEDURE
CUIDADOS DISPENSADOS POR EL EQUIPO DE ENFERMERÍA DURANTE EL PROCEDIMIENTO DE
PUNCIÓN VENOSA PERIFÉRICA
Elizabeth Mesquita Melo1, Aline Lima Aragão2, Camila Moreira de Paula Pessoa3, Francisca Elisângela Teixeira
Lima4, Islene Victor Barbosa5, Rita Mônica Borges Studart6, Lorena Pontes de Souza7
RESUMO
Objetivo: analisar os cuidados realizados pelos profissionais de enfermagem durante a punção venosa
periférica. Método: estudo exploratório descritivo, de abordagem quantitativa, realizado em um hospital
público com 92 profissionais de enfermagem. Os dados foram coletados em outubro e novembro de 2012, com
questionário, analisados e apresentados em figuras e tabelas. O estudo teve aprovado o projeto pelo Comitê
de Ética em Pesquisa, parecer 114.660. Resultados: 89,1% sempre higienizavam as mãos antes do
procedimento; a maioria usava luvas de procedimentos e realizava antissepsia da pele do paciente com álcool
a 70%. A seleção da veia iniciando pelo dorso da mão nem sempre era considerada; 92,4% não reutilizavam o
dispositivo de punção em caso de insucesso no procedimento; todos retiravam o ar da seringa/equipo antes da
venopunção. Conclusão: os cuidados realizados pelos profissionais foram satisfatórios, porém, há necessidade
de mais enfoque nos equipamentos de segurança e na seleção da veia. Descritores: Cateterismo Venoso
Periférico; Equipe de Enfermagem; Cuidados de Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: to analyze the care performed by nursing professionals during the peripheral venipuncture.
Method: exploratory, descriptive study of a quantitative approach, carried out in a public hospital with 92
nursing professionals. The data were collected in October and November 2012, with questionnaire, analyzed
and presented in charts and tables. The study had approved the project by the Ethics Committee in research,
number 114.660. Results: 89.1% always wash their hands before the procedure; use of gloves for the
procedures and performed antisepsis of the skin of the patient with alcohol at 70%. The selection of the vain
starting at the back of the hand was not always considered; 92.4% did not reuse the puncture device in case
of failure in the procedure; all removed air from syringe/equipment before venipuncture. Conclusion: the
care carried out by professionals was satisfactory, but there is need for more focus on safety equipment and
in the selection of the vein. Descriptors: Peripheral Venous Catheterization; Nursing Staff; Nursing Care.
RESUMEN
Objetivo: analizar los cuidados realizados por los profesionales de enfermería durante la punción venosa
periférica. Método: estudio exploratorio descriptivo, de enfoque cuantitativo, realizado en un hospital
público con 92 profesionales de enfermería. Los datos fueron recogidos en octubre y noviembre de 2012, con
cuestionario, analizados y presentados en figuras y tablas. El proyecto del estudio fue aprobado por el Comité
de Ética en Investigación, parecer 114.660. Resultados: 89,1% siempre higienizaban las manos antes del
procedimiento; la mayoría usaba guantes de procedimientos y realizaba antisepsia de la piel del paciente con
alcohol a 70%. La selección de la vena iniciando por el dorso de la mano ni siempre era considerada; 92,4% no
reutilizaban el dispositivo de punción en caso de no tener suceso en el procedimiento; todos retiraban el aire
de la jeringa/equipo antes de la venopunción. Conclusión: los cuidados realizados por los profesionales
fueron satisfactorios, sin embargo hay necesidad de más enfoque en los equipamientos de seguridad y en la
selección de la vena. Descriptores: Cateterismo Venoso Periférico; Equipo de Enfermería; Cuidados de
Enfermería.
1
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Hospital Distrital Dr. Evandro Ayres de Moura / Hospital São José de Doenças Infecciosas.
Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: elizjornet@yahoo.com.br; 2Enfermeira, Hospital Batista Memorial. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail:
aragaoaline@hotmail.com; 3Enfermeira, Hospital São José de Doenças Infecciosas. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail:
camila_moreir@hotmail.com; 4Enfermeira, Professora Doutora em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará/UFC. Fortaleza (CE),
Brasil. E-mail: felisangela@yahoo.com.br; 5Enfermeira, Professora Doutora em Enfermagem, Universidade de Fortaleza/UNIFOR.
Enfermeira do Instituito Dr. José Frota. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: islene@terra.com.br; 6Enfermeira, Professora Doutora em
Enfermagem, Universidade de Fortaleza/UNIFOR. Enfermeira do Hospital Geral de Fortaleza. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail:
monicastudart@hotmail.com; 7Acadêmica de Enfermagem, Bolsista do Programa Aluno Voluntário de Iniciação Científica/PAVIC,
Universidade de Fortaleza/UNIFOR. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: lorenapontess@gmail.com

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Rev enferm UFPE on line., Recife, 9(3):1022-30, mar., 2015 1022
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Para que os procedimentos sejam bem


INTRODUÇÃO
executados, é necessário que o profissional
Na equipe de enfermagem, o enfermeiro possua conhecimento e habilidades
exerce as funções de gestor e administrador específicas, fatores considerados requisitos
do cuidado, em todos os níveis de atenção à básicos para a realização de procedimentos de
saúde, além da supervisão das ações dos forma eficiente, em diferentes níveis de
demais membros da equipe. Sob essa ótica, complexidade.3
cita-se a importância desse profissional estar Maximizar o êxito na punção venosa
atento ao desenvolvimento dos procedimentos periférica implica desenvolvimento de
pela equipe, incluindo-se a punção venosa competências científicas e técnicas, visando
periférica, atividade aparentemente simples, promover uma assistência de enfermagem
mas que pode trazer riscos ao paciente mais segura e de qualidade.4 Assim, devem ser
quando realizada sem a devida seguidas todas as recomendações e evidências
fundamentação teórica. científicas a fim de minimizar os riscos
A punção venosa periférica é considerada inerentes ao paciente, possibilitando sua
um dos maiores avanços na área da saúde, recuperação de forma mais tranquila.
constituindo-se num procedimento rotineiro O trabalho no ambiente hospitalar é
realizado pela equipe de enfermagem, para a dinâmico, estimulante e heterogêneo,
infusão de líquidos, medicamentos, sangue, contudo, demanda dos profissionais,
seus componentes e derivados, diretamente conhecimento amplo sobre situações de
na rede venosa, através de um cateter venoso saúde, domínio do processo de trabalho e dos
periférico, proporcionando efeito imediato.1 riscos advindos deste.5 Podem ser incluídos
É imprescindível a capacitação técnico- nesses riscos aqueles relacionados a acidentes
científica dos profissionais para a execução ocupacionais durante a realização de
desse procedimento, possibilitando um acesso procedimentos invasivos, assim como os riscos
seguro e eficaz.1 Destaca-se que a decisão inerentes aos pacientes.
sobre a escolha dos locais, calibre dos A prática hospitalar demonstra que os
dispositivos e prevenção de complicações profissionais de enfermagem, diante de tantas
pertinentes a cada caso deve ser atribuições a eles destinadas, algumas vezes
responsabilidade do enfermeiro. não seguem à risca os cuidados básicos
As complicações da punção venosa durante a punção venosa periférica, sendo
periférica podem ser classificadas em locais e importante a discussão acerca da temática.
sistêmicas. As locais incluem: deslocamento O estudo é relevante, pois proporciona
do cateter, hematoma, infiltração, dano ao dados inerentes às condutas dos profissionais
nervo, tendão ou ligamento, oclusão, flebite, que integram a equipe de enfermagem,
tromboflebite, trombose, irritação da veia ou direcionando a realização de educação
dor no local e espasmo venoso. Dentre as permanente, bem como a elaboração de
complicações sistêmicas, podem ser citadas: procedimentos operacionais padrão,
embolia aérea, reação alérgica, infecção contribuindo para a redução de riscos
sistêmica (septicemia) e sobrecarga associados à punção periférica.
2
circulatória.
OBJETIVOS
Os profissionais de enfermagem devem
apresentar conhecimento técnico-científico ● Analisar os cuidados realizados pelos
satisfatório acerca do procedimento de profissionais de enfermagem durante a punção
instalação e manutenção do cateter de acesso venoso periférico.
periférico. Dentre os cuidados, podem ser ● Verificar o principal profissional
citados: a técnica correta, o uso de responsável pela realização do procedimento;
equipamentos de proteção individual (EPI’s), a
● Identificar os materiais selecionados para
escolha do dispositivo (tipo agulhado ou
o procedimento.
flexível), os cuidados relativos à medicação e
● Conhecer os cuidados enfocados pelo
ao paciente.
profissional.
Na busca da qualidade da assistência, é de
grande importância a realização da MÉTODO
atualização profissional. Na equipe de
enfermagem, o enfermeiro deve sempre Estudo exploratório-descritivo, com
promover cursos de atualização, visando abordagem quantitativa, realizado em um
prioritariamente à qualidade da assistência, hospital público, localizado em Fortaleza-
além da redução dos riscos para todos os Ceará, nos seguintes setores: emergência,
envolvidos nos procedimentos, ou seja, unidade de internação e Unidade de Terapia
profissionais e pacientes.3 Intensiva (UTI).
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A população foi composta pelos Fortaleza, com parecer nº 114.660. A


profissionais de enfermagem lotados nos participação no estudo foi voluntária,
referidos setores, sendo a amostra composta mediante assinatura de um Termo de
por 92 profissionais. Os critérios de inclusão Consentimento Livre e Esclarecido.
foram: estar escalado em um desses setores;
RESULTADOS
atuar há pelo menos seis meses na
enfermagem; e realizar o procedimento de Verificou-se que 83 participantes eram do
punção venosa periférica. Os critérios de sexo feminino (90,2%), predominando a faixa
exclusão incluíram: estar escalado de forma etária de 41 a 50 anos com 30 (32,6%), seguida
ocasional no setor; e não demonstrar interesse das faixas de 20 a 30 anos e de 31 a 40 anos,
em participar do estudo. com 25 cada (27,2%), sendo a média de idade
Os dados foram coletados durante os meses 38,4 anos; 51 (55,4%) eram técnicos de
de outubro e novembro de 2012, utilizando-se enfermagem; 25 (27,2%) auxiliares de
um questionário, incluindo as variáveis enfermagem; e 16 (17,4%) enfermeiros.
sociodemográficas e um checklist, contendo O tempo de conclusão do curso de
os cuidados importantes durante a punção graduação ou do curso técnico apresentou
venosa periférica, sendo organizados em um média de 9,7 anos. A emergência foi o setor
banco de dados no Programa Excel e que mais se destacou (40,2%), seguida da
analisados através da estatística descritiva, unidade de internação (32,6%); 32 (34,8%)
com exposição em gráficos e tabelas. atuavam no setor há menos de dois anos, 31
O estudo foi baseado na Resolução 196/96, (33,7%) de dois a cinco anos e 29 (31,5%) há
que dispõe sobre pesquisas envolvendo seres mais de cinco anos; 50 (54,3%) referiram
humanos.6 Desse modo, o projeto foi aprovado nunca haver realizado curso de capacitação na
pelo Comitê de Ética da Universidade de área de punção venosa periférica.
Tabela 1. Distribuição dos profissionais segundo o uso de técnica asséptica na
realização do procedimento de punção venosa periférica. Fortaleza, 2012.
Variáveis n %
Higienização das mãos antes do procedimento
Sempre 82 89,1
Às vezes 10 10,9
Uso de luvas de procedimento
Sempre 69 75
Às vezes 23 25
Antissepsia da pele com álcool a 70%
Sempre 86 93,5
Às vezes 06 6,5
Técnica realizada na antissepsia
De baixo para cima 60 65,2
De cima para baixo 21 22,8
Circular 07 7,7
Outra 04 4,3
Higienização das mãos após o procedimento
Sempre 85 92,4
Às vezes 06 6,5
Nunca 01 1,1
Total 92 100

Verificou-se que 82 (89,1%) costumavam 70%, 86 (93,5%) sempre realizavam. A técnica


realizar a higienização das mãos antes do de antissepsia era realizada por 60 (65,2%) de
procedimento de punção periférica. Em baixo para cima, 21 (22,8%) de cima para
contrapartida, dez (10,9%) não adotavam essa baixo, sete (7,7%) em movimentos circulares e
conduta continuamente. A higienização das quatro (4,3%) não especificaram a técnica.
mãos após o procedimento sempre era Os materiais mais citados para o
realizava por 85 profissionais (92,4%), seis procedimento foram: dispositivo para punção,
(6,5%) realizavam às vezes e um (1,1%) nunca referido por 92 profissionais; algodão (79);
realizava. álcool (68); garrote (66); esparadrapo (60);
O uso de luvas de procedimentos para a extensor (47); seringa com soro ou água
punção sempre era considerado por 69 destilada (45); luvas (44); e cuba rim (38).
profissionais (75%), porém, 23 (25%)
utilizavam somente algumas vezes. Sobre a
antissepsia da pele do paciente com álcool a

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Tabela 2. Distribuição dos profissionais segundo os cuidados relacionados ao


procedimento de punção venosa periférica. Fortaleza, 2012.
Variáveis n %
Preparo da medicação antes
Sempre 60 65,2
Às vezes 21 22,8
Nunca 11 12
Administra medicação preparada por outro profissional
Sempre 02 2,2
Às vezes 15 16,3
Nunca 75 81,5
Utiliza flash
Sempre 77 83,7
Às vezes 13 14,1
Nunca 02 2,2
Seleciona a veia iniciando pelo dorso da mão
Sempre 32 34,8
Às vezes 54 58,7
Nunca 06 6,5
Dá “tapinhas” na veia antes de puncionar
Sempre 06 6,5
Às vezes 37 40,2
Nunca 49 53,3
Reutiliza o dispositivo caso tenha insucesso no procedimento
Nunca 85 92,4
Uma vez 01 1,1
Mais de uma vez 06 6,5
Total 92 100

Os resultados demonstram que 60 (58,7%) nem sempre demonstravam esse


profissionais (65,2%) sempre preparavam a cuidado e seis (6,5%) nunca o adotavam. O uso
medicação antes e 21 (22,8%) nunca de “tapinhas” no vaso, buscando a melhor
preparavam. A grande maioria, representada visualização, não foi observado em 49 (53,3%)
por 75 (81,5%), nunca administrava medicação dos questionados, entretanto, 37 (40,2%) às
preparada por outro profissional, 15 (16,3%) às vezes usavam e seis (6,5%) sempre. A quase
vezes administravam e dois (2,2%) sempre totalidade, 85 (92,4%), enfatizou que nunca
administravam. Quanto ao uso do “flash” reutilizava o dispositivo de punção, um (1,1%)
durante o procedimento, 77 (83,7%) sempre referiu que reutilizava uma vez e seis (6,5%)
usavam; 13 (14,1%) às vezes; e dois (2,2%) mais de uma vez. Em se tratando da retirada
nunca. do ar da seringa/equipo antes da punção,
O cuidado relacionado à escolha da veia do 100% tinham essa precaução. Destaca-se que
paciente a partir do dorso da mão foi exposto 84 (91,3%) referiram sempre orientar o
por 32 profissionais (34,8%). Contudo, 54 paciente sobre o procedimento.

Figura 1. Distribuição das justificativas dos profissionais para a seleção da veia a


partir do dorso da mão. Fortaleza, 2012.

Como principal justificava para a seleção possibilidade de maior movimento e conforto


da veia de forma ascendente encontra-se a ao paciente (6,5%). É importante salientar
facilidade na visualização do vaso (15,2%), que 45,7% não justificaram a questão.
consistir na técnica correta (9,8%), além da

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Figura 2. Distribuição das respostas dos profissionais referente aos sinais que
indicam a retirada do acesso. Fortaleza, 2012.

O principal fator considerado importante eram técnicos, 39,94% auxiliares e 9,8%


para a retirada do acesso periférico foi o enfermeiros.9
edema, citado por 70 participantes, seguido O maior contingente dos profissionais de
de dor (59), flebite (56), rubor (55) e calor enfermagem de nível médio está associado ao
(32). Outros fatores foram citados por 18 grau de suas funções, geralmente de menor
profissionais, incluindo: tempo de complexidade, porém com maior demanda. O
permanência do acesso, ocorrência de reação enfermeiro é responsável pela coordenação da
pirogênica, hematoma e extravasamento de equipe, desempenhando atividades de maior
soluções. exigência técnico-científica.
DISCUSSÃO Foi abordado na pesquisa o tempo de
conclusão do curso de graduação ou do curso
Em relação à caracterização dos técnico, variando de menos de três até mais
profissionais inseridos no estudo, verificou-se de 15 anos, sendo mais incidente o período de
que 90,2% eram do sexo feminino e somente 11 a 15 anos, seguido de menos de três anos e
9,8% do sexo masculino. Apesar da mudança acima de 15 anos.
atual no perfil dos profissionais que compõem Dentre os setores em que os participantes
a equipe de enfermagem, representada pela estavam escalados, a emergência foi o
procura maior de homens, ainda é superior o principal, com 40,2%. Na sequência, tem-se a
número de mulheres nessa área. A e a unidade de internação (32,6%) e a UTI
enfermagem possui como característica (27,2%). O tempo de atuação no setor
histórica, o fato de ser exercida quase que apresentou similaridade entre os
exclusivamente por mulheres, mantendo-se participantes.
feminina em todos as categorias.7 No que concerne à capacitação profissional
A respeito da faixa etária, os participantes realizada pelos participantes na temática
tinham idade entre 21 a 61 anos, sendo a punção venosa periférica, mais da metade não
média 38,4 anos, com predominância da faixa havia realizado cursos em momento anterior,
de 41 a 50 anos, seguida das faixas de 20 a 30 em concordância com outra pesquisa.9
anos e 31 a 40 anos. Pesquisa realizada com Os aspectos relativos ao uso de técnica
profissionais de enfermagem de um hospital asséptica foram explorados no estudo,
público demonstrou média de idade de 41 considerando que, durante o procedimento de
anos, variando entre 25 e 64 anos, sendo a punção, torna-se imprescindível o uso de
faixa etária entre 35- 44 anos a de maior medidas de segurança para o paciente e para
incidência, com 45%.8 o profissional. Nesse contexto, 89,1% sempre
Quanto à categoria profissional, houve realizavam a higienização das mãos antes de
destaque para os técnicos de enfermagem, iniciar o procedimento. Entretanto, 10,9% não
compreendendo mais da metade da amostra, tinham esse cuidado frequente. Quando
seguidos dos auxiliares de enfermagem e questionados acerca da higienização das mãos
enfermeiros, corroborando com pesquisa após o procedimento, 92,4% afirmaram
anterior realizada com profissionais de sempre realizar a ação, enquanto 6,5%
enfermagem de vários setores de uma realizavam às vezes e 1,1% nunca realizavam.
instituição hospitalar, a qual demonstrou que, Dados provenientes de pesquisa sobre
de uma amostra de 153 profissionais, 50,3% higienização das mãos com todos os

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profissionais de saúde em uma UTI neonatal como administração de medicamentos por via
evidenciaram semelhança entre a higienização parenteral.13
antes e após a execução de procedimentos e Quando indagados sobre o material usado
mais da metade dos profissionais aderiu à para o procedimento de punção venosa
higienização das mãos, sendo, entretanto, periférica, os profissionais listaram:
ainda distante do ideal preconizado.10 dispositivo para punção, algodão, álcool,
Ainda referente às medidas de segurança garrote, esparadrapo, extensor, seringa com
durante o procedimento de punção, os soro ou água destilada luvas e cuba rim.
profissionais foram indagados sobre o uso de Constatou-se que 65,2% dos profissionais
luvas de procedimento, sendo verificado que a sempre preparavam a medicação antes de
maioria sempre utilizava. Em se tratando da iniciar o procedimento e 22,8% não adotavam
antissepsia da pele do paciente com álcool a essa conduta. Sobre a administração de
70%, notou-se que 93,5% sempre adotavam medicação preparada por outro profissional, a
essa medida, todavia, 6,5% não a adotavam grande maioria afirmou nunca administrar.
constantemente. Foram citadas várias A equipe de enfermagem atua na ponta
técnicas para a antissepsia da área: de baixo final do processo de preparo e administração
para cima (65,2%), de cima para baixo (22,8%) dos medicamentos, o que faz com que muitos
e em movimentos circulares (7,6%). Salienta- erros cometidos não detectados no início ou
se que 4,3% não especificaram a técnica no meio do sistema lhe sejam atribuídos,
usada. aumentando também sua responsabilidade,
É fundamental o uso de EPI’s durante a pois constitui-se na última oportunidade de
realização de procedimentos de enfermagem interceptar e evitar um erro ocorrido nos
no paciente. As luvas de procedimentos processos iniciais, transformando-se em uma
constituem-se numa barreira de proteção para das últimas barreiras de prevenção.14
os profissionais de saúde. Durante o É imprescindível, portanto, que a
procedimento, o profissional está exposto ao enfermagem possua visão ampla do sistema de
risco biológico, porém, muitos não utilizam as medicação e de seus processos, oferecendo
luvas por falta de hábito, falta de recursos, garantia de segurança e qualidade ao processo
incômodo ou perda do tato para palpação da sob sua responsabilidade, sendo essencial o
veia.11 conhecimento sobre os fármacos, contribuindo
A autoconfiança, o descuido e a pressa são para que a terapêutica medicamentosa seja
fatores que contribuem para a cumprida de maneira eficiente e segura.14
omissão/negligência da equipe no uso dos Uma prática comum na realização da
EPI’s. Muitas vezes, os profissionais acreditam punção diz respeito ao uso do “flash”, com a
que alguns equipamentos atrapalham o intenção de observar se o dispositivo
desenvolvimento das técnicas, além de serem encontra-se inserido no vaso. Sob essa ótica, a
desconfortáveis, ocorrendo resistência quanto grande maioria dos integrantes da pesquisa
ao seu uso. Assim, torna-se fundamental o evidenciou que sempre usava.
incentivo sobre o uso, bem como a
No que concerne à seleção da veia do
disponibilização de equipamentos
11
paciente iniciando pelo dorso da mão, os
adequados.
resultados demonstram que 34,8% sempre
As infecções decorrentes da administração consideravam esse cuidado. Por outro lado,
de medicamentos pela via intramuscular e, 58,7% referiram que às vezes consideravam
principalmente, pela via endovenosa, são esse cuidado e 6,5% nunca. A técnica de dar
evidentes devido à microbiota residente, “tapinhas” no vaso, buscando sua melhor
podendo resultar no surgimento de infecções visualização, não foi observada em 53,3% dos
locais ou sistêmicas. Além do mais, há questionados. Entretanto, 40,2% às vezes
interferência no mecanismo de defesa não- usavam essa técnica e 6,5% sempre usavam.
específico do hospedeiro, representado pela
O acesso venoso periférico apresenta várias
pele. Para minimizar o risco de infecção
desvantagens, especialmente associadas às
durante esse procedimento, é necessária
dificuldades para sua manutenção, quando
adoção de medidas assépticas que visem à
houver a necessidade de uma terapia
redução da carga microbiana presente na
prolongada, fato que exigirá a realização de
pele.12
várias punções.15 Desse modo, é imperativo
O álcool etílico a 70% apresenta uma alta que, ao selecionar a veia, o profissional opte
eficácia comprovada, reduzindo o número de inicialmente pela região dorsal dos membros
microorganismos na pele, embora não possua superiores, pela possibilidade da busca
ação contra formas esporuladas, concorrendo ascendente, no caso da falta de êxito no
para a redução da infecção em procedimentos procedimento.

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Estudo realizado com pacientes em meio de manobras de refluxo e de avaliação


tratamento quimioterápico demonstrou como do local.18
principais locais de escolha para a punção É oportuno ressaltar que, para a prevenção
venosa periférica o dorso da mão, com da flebite, é importante levar em conta alguns
66,7%.16 cuidados no momento de realizar a
A respeito da reutilização do dispositivo na administração intravenosa da medicação,
vigência de insucesso do procedimento, 92,4% constituindo medida essencial a lavagem
enfatizaram que nunca reutilizavam. Cumpre incondicional das mãos, o preparo eficaz da
salientar que, em relação à retirada do ar da pele no local que vai receber a inserção e a
seringa/equipo antes da venopunção, renovação dos dispositivos intravenosos.
apreendeu-se que todos os profissionais
CONCLUSÃO
tinham essa precaução, constituindo um fator
essencial para a prevenção de embolia gasosa. O acesso venoso é um artifício
Ao realizar qualquer procedimento, é indispensável a pacientes em situação de
fundamental que o paciente seja orientado, emergência ou que exijam atendimento
com o intuito de obter sua cooperação, imediato para a resolução de problemas
possibilitando maior êxito no procedimento. decorrentes de doenças que afetem o
Sob essa ótica, a quase totalidade dos funcionamento normal do organismo, podendo
profissionais sempre orientava o paciente ao ser representando pelo acesso central ou
iniciar o procedimento. periférico.
Quando questionados acerca da A equipe de enfermagem é a principal
importância da seleção da veia de forma executora da punção venosa periférica, sendo
ascendente, 45,7% não justificaram, enquanto necessário conhecimento fundamentado e
os demais justificaram pelas seguintes razões: atenção voltada aos cuidados indispensáveis
facilidade na visualização do vaso (15,2%), durante a realização do procedimento. Neste
técnica correta (9,8%), possibilidade de maior estudo, os principais responsáveis pela
movimento e conforto ao paciente (6,5%). realização do procedimento foram os
É essencial a observação do local de profissionais de nível médio, principalmente,
inserção do dispositivo, sendo os mais os técnicos de enfermagem.
indicados a região do dorso da mão, pois é Para a execução do procedimento, são
uma área de veias superficiais de mais fácil necessários alguns materiais, tendo sido
acesso e a região dos membros superiores mencionados: dispositivo para punção,
onde existem várias áreas disponíveis para algodão, álcool, garrote, esparadrapo,
realizar a punção.1 extensor, seringa com soro fisiológico, luvas e
Investigação realizada com pacientes cuba rim.
pediátricos identificou como principais vasos Os dados obtidos em relação aos cuidados
sanguíneos de inserção do cateter periférico de enfermagem durante a punção venosa
os vasos sanguíneos dos membros superiores, periférica permitem concluir que o
predominando os vasos localizados na região desempenho global dos profissionais foi
dorsal da mão.17 satisfatório, porém, há necessidade de maior
Em se tratando dos sinais que indicam a enfoque em determinados aspectos, os quais
necessidade de retirada do acesso periférico, são essenciais para a redução de riscos para o
foram destacados por ordem decrescente: paciente e o profissional. Dentre esses
edema, citado por 70 participantes, dor (59), aspectos, pode ser citado o uso de EPI’s, com
flebite (56), rubor (55) e calor (32). Outros destaque para a luva de procedimentos, uma
sinais referidos foram: tempo de permanência vez que foram identificados profissionais que
do acesso, ocorrência de reação pirogênica, não tinham o hábito de usá-la. Outro ponto
falta de perviedade, hematoma e que merece atenção consiste na escolha da
extravasamento de soluções. veia a ser puncionada, a qual deve ser iniciada
Pesquisa anterior sobre infusão periférica a partir do dorso da mão, o que não foi
de quimioterápicos comprovou que a retirada evidenciado pela maioria dos participantes.
do dispositivo venoso pela equipe de Alguns sinais visualizados no local da
enfermagem esteve relacionada venopunção ou referidos pelo paciente tornam
principalmente aos seguintes sinais: dor, necessária sua retirada, sendo citado pelos
queimação, ardência, edema, eritema e participantes: edema, dor, rubor, calor,
extravasamento, algumas vezes ocorrendo flebite e, ainda, o tempo de permanência do
associação de mais de um problema. acesso, ocorrência de reação pirogênica, falta
Entretanto, sintomas de dor ou queimação, de perviedade, hematoma e extravasamento
embora presentes, podem não representar de soluções.
extravasamento, desde que confirmado por
Português/Inglês
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A prática da punção venosa é 8. Magalhães AMM, Martins CMS, Falk MLR,


aparentemente simples, entretanto, exige Fortes CV, Nunes VB. Perfil dos profissionais
uma série de cuidados, visando à qualidade do de enfermagem do turno noturno do hospital
desempenho profissional. Desse modo, torna- de clínicas de Porto Alegre. Rev HCPA. 2007;
se necessário intensificar as atividades 27(2):16-20.
educativas que promovam a atualização a fim 9. Menezes MGB, Abreu RD, Faria TMV, Rios
de formar uma equipe de saúde qualificada MS, Cardoso FF, Silva MP. O conhecimento dos
para a realização dos procedimentos. profissionais de enfermagem sobre
Diante da importância do procedimento de atendimento de reanimação cardiopulmonar
punção venosa periférica como atribuição da em Pará de Minas, Papagaios e Pitangui/MG.
equipe de enfermagem, sugere-se o Syn Thesis Revista Digital FAPAM [Internet].
desenvolvimento de outras pesquisas acerca 2009 [cited 2012 Nov 17];1. Available from:
dessa temática para auxiliar os profissionais www.fapam.edu.br/revista
na implementação de novas técnicas e o 10. Neves ZCP, Tipple AFV, Souza ACS,
aperfeiçoamento de técnicas já existentes, Pereira MS, Melo DS, Ferreira LR. Higienização
com o objetivo principal de prevenir erros, das mãos: o impacto de estratégias de
visando sempre a segurança do profissional e incentivo à adesão entre profissionais de
do paciente. saúde de uma unidade de terapia intensiva
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Submissão: 12/07/2014
Aceito: 23/12/2014
Publicado: 01/03/2015
Correspondência
Elizabeth Mesquita Melo
Rua Ageu Romero, 100 / Ap. 02
Bairro São Gerardo
CEP 60325-110  Fortaleza (CE), Brasil

Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 9(3):1022-30, mar., 2015 1030

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