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Diagnóstico do HEDA

INTRODUÇÃO

O diagnóstico situacional é uma ferramenta de gestão, onde almeja buscar o


reconhecimento das condições de saúde da população e posterior planejar ações. É o
resultado de levantamento de dados, análises, planejamentos e propostas de intervenção,
buscando estratégias para a melhoria na saúde e diminuição de riscos para a população na
qual necessita dos cuidados pré cirúrgico e pós cirúrgico. A clínica cirúrgica é a especialidade
responsável pelo destino ao atendimento pré e pós-operatório, recebe os pacientes que irão
fazer a cirurgia, realizando o preparo, também os pacientes que vêm da cirurgia.

O relatório a seguir trata do diagnóstico situacional do Hospital Dirceu Arco Verde


(HEDA), em Parnaíba – PI. A coleta de dados para a produção deste trabalho ocorreu do dia 01
ao dia 13 de novembro, das 19:00 a.m. às 00:00 a.m. horas, realizada por intermédio de
estágio obrigatório para conclusão de curso de Graduação em Enfermagem e pelos gestores da
Universidade Paulista (UNIP). Diversos aspectos foram observados durante este período e
algumas problemáticas foram expostas e analisadas a fim de ser possível a oferta de propostas
de intervenção para solucioná-las.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Realizar o Diagnóstico Situacional do setor da Clínica Cirugica Hospital Estadual Dirceu Arco
Verde de Parnaíba- PI

Objetivo Específico

Compreender a estrutura do Hospital Estadual Dirceu Arco Verde e a metodologia de trabalho


das equipes da Clínica Cirúrgica.

REFERENCIAL TEORICO

O termo enfermagem, de origem latim “nutrix”, que significa Mãe, e “nutrire”, que
tem como significados: criar e nutrir. No século XIX, a partir dessas palavras, as NURSES
(Significa “enfermeiras” em inglês) surgiram, como pessoa ao qual realizava cuidados, nutrição
e proteção de doentes. A disseminação da profissão foi marcada, no período contemporâneo,
por Florence Nightingale (Florença, 12 de maio de 1820 — Londres, 13 de agosto de 1910),
pela busca por reconhecimento das atividades de enfermagem como de cunho científico, com
atenção especial as áreas atualmente conhecidas como Higiene e Profilaxia. (GASSEN;
CARVALHO; GOES, 2013)

O Diagnóstico de Enfermagem (DE) faz parte do Processo de Enfermagem, tem


destaque na atuação desses profissionais e se caracteriza por ser um instrumento norteador
para o cuidado em enfermagem. Sendo assim, a identificação dos DE(s) mais frequentes em
Clínica Cirúrgica permite embasar os enfermeiros na elaboração de melhores intervenções e
adequadas às necessidades de cada indivíduo, bem como favorecer a previsão e provisão da
carga de trabalho da equipe de enfermagem. (NOVAES; OLIVIA; TORRES, 2015)

Em uma matéria do site da Faculdade de Ciências médicas da Santa Casa de São Paulo
está descrito que a enfermagem em clinica cirúrgica trata dos cuidados ao paciente no período
de internação, pré ou pós-operatório. Cabendo ao profissional especializado nessa área dar
assistência de enfermagem sistematizada ou holística, integral e individualizada, afim de
atender as necessidades de cada caso, e suprir a demanda constante de pacientes
hospitalizados, se baseando em princípios éticos e humanizados no cuidado ao paciente.

De acordo com SOARES et al (2019), A Clínica Cirúrgica é uma área da saúde,


caracterizada pela atuação de profissionais de diversas especialidades, que envolve ações de
alta complexidade e manuseio de várias tecnologias, com enfoque na qualidade da assistência
em saúde e segurança do paciente que necessita dos serviços dessa área.

Dito isso, o conforto e bem estar devem estar fortemente ligados ao período
perioperatório, operatório e pós operatório. É neste momento em que o paciente comumente
fica fragilizado e necessita de uma boa relação com quem prestará seus cuidados. Neste ponto
é muito importante que os profissionais tenham habilidades para se empenhar e desenvolver
métodos que permitam um progresso continuo, tais como: realização de pesquisa científicas,
investimento profissional, apoio a inovações, entre outros meios que possibilitem melhoras e
avaliação de resultados. (SANTOS et al, 2021).

DESENVOLVIMENTO

Durante o regime do Estágio Obrigatória do Curso de Graduação em Enfermagem,


foram coletados uma série de dados, analisados e separados por tópicos os aspectos
estruturais e de funcionamento do setor da Clínica Cirugica do Hospital Estadual Dirceu Arco
Verde de Parnaíba- PI. Visando expor os dados inerentes ao seu funcionamento e organização,
ainda podendo intervir com soluções às problemáticas observadas.

1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIAS

Como descrito anteriormente, uma Clínica Cirúrgica é setor considerado de extrema


importância para o trabalho em saúde e profissional de enfermeiro como primordial para a
admissão, evolução, avaliação, cuidados e reabilitação do paciente internado. Este é composto
por muitas áreas e profissionais que estão descritos abaixo.

Na “tabela 01”, estão dispostos, para uma melhor visualização dos dados, os
componentes estruturais e físicos dentro das dependências do setor da Clínica Cirúrgica do
Hospital Estadual Dirceu Arco Verde, além de sua utilização pelos profissionais atuantes e
responsáveis pelo gerenciamento dos seguintes setores:

TABELA 01- SETORES/ PROFISSIONAIS ATUANTES POR SETOR

SETORES DA CLÍNICA CIRUGICA QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS


50 LEITOS
SALA DE CURATIVO
ENFERMARIAS
5 LEITO POR ENFERMARIA
5 ENFERMARIA – CIRURGIA GERAL
3 ENFERMARIA – CIRURGIA VASCULAR
5 ENFERMARIA – CIRURUGIA ELETIVAS
12 LEITOS - CORREDOR
ENFERMEIRO DIARISTA 1
ENFERMEIRO PLANTONISTA 2
ENFERMEIRO PARA CURATIVOD 1
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 6 POR PLANTÃO

O presente trabalho está incumbido de apresentar os aspectos da Clínica Cirúrgica do


Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Este conta com enfermarias divididas em quatro
especialidades: Bucomaxilo, Ortopedia, Cirurgia Geral e Vascular. Apresenta as seguintes
características em suas enfermarias: Enfermaria 41, conta com 5 leitos (maior enfermaria);
enfermaria 5, voltada para cirurgias eletivas da área de Cirurgia Geral; enfermarias 13, 39 e 40
voltadas para especialidades Vasculares. No corredor são doze leitos dispostos. Ao todo conta
com 50 leitos (inclusos leitos em corredor) neste setor de atuação.

Sobre a equipe atuante, está tem as seguintes características: 04 enfermeiros, sendo


um diarista, dois plantonistas e um enfermeiro que atua somente a destinado a realização de
curativos diariamente e 06 técnicos por plantão. Por plantão, os técnicos costumeiramente se
organizam para que seja feita a seguinte divisão:
TABELA 02 - DISPOSIÇÃO DE LEITOS/ ENFERMARIAS POR
PROFISSIONAIS TÉCNICOS EM ENFERMAGEM ATUANTES

ENFERMARIAS QUANTIDADE DE TÉCNICOS DE


ENFERMAGEM
41, 05 e 06 01 profissional
07, 08, e 09 01 profissional
10, 11 e 12 01 profissional
13 e 39 01 profissional
CORREDOR 01 a 8 01 profissional
CORREDOR 09, 10, 11 e 12 + 01 profissional
ENFERMARIA 40

Dito isso, o HEDA não possui profissional médico plantonista, mas conta com auxilio,
em caso de necessidade de avaliação médica, através de parecer ou solicitação de avaliação
médica com médico de clinicas associadas ou do Pronto Socorro (PS).

2. PROBLEMATICAS ABORDADAS

Foi possível constatar durante o regime do período de coleta de dados a presença de


certas problemáticas circundantes no setor de Clínica Cirúrgica do HEDA, tal como a
dificuldade enfrentada pelos profissionais com a escassez de insumos e materiais, sendo
frequente o uso compartilhado do material de trabalho tal como: aparelhos para verificação
de sinais vitais (Pressão Arterial (P.A), Temperatura, Frequência Cardíaca (FC), Frequência
Respiratória (FR), Pulso), material para acesso venoso, entre outros.

A falta de profissionais médicos especializados plantonistas, foi vista como principal


problemática em conjunto com o pouco dimensionamento de enfermeiros, auxiliares e
técnicos de enfermagem por enfermaria. A falta de pessoal acabava dificultando o
atendimento às necessidades especificas de cada caso, por grande parte dos ocorridos,
atrasando as cirurgias e culminando para o aumento do tempo do período operatório,
proporcionando uma ocupação por tempo superior ao necessário de rotatividade de leitos por
paciente, gerando transtornos e estresse em pacientes com período de internação
exacerbado.

Por fim, a super lotação de pacientes é a situação mais comum dentre estas, pois
comumente os pacientes internados superam a capacidade hospitalar, sendo necessária a
disposição de leitos externos às enfermarias, colocados em corredores e local inadequado,
sem ventilação e com pouco espaço para a movimentação dos profissionais, por vezes, os
pacientes necessitaram levar aparelhos de suas residências para gerar conforto e ventilação no
ambiente.
3. PROSPOSTAS INTERVENTIVAS

Como solução para as problemáticas seria de suma importância que houvessem


investimentos maiores na disponibilização de material de uso para a equipe, dispondo de ao
menos um kit com estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro, aparelhos eletrônicos para
verificação de P.A. e F.C. para uso individual. Além de aumentar a quantidade de utensílios
para os acessos venosos, como: luvas descartáveis de várias proporções, seringas de todos os
calibres, entre outros, para uso coletivo.

O aumento na contratação de profissionais médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares


de enfermagem, seria a solução para grande parte da problemática abordada, em vista da
melhora na rotatividade dos leitos, disposição de pessoal e humanização dos cuidados. Além
de propor uma melhor distribuição das atividades realizadas dentro da Clínica Cirúrgica e assim
possibilitar uma diminuição do estresse sofrido pela equipe e pelos pacientes.

Conclui-se que é de suma importância um investimento em reformas estruturais e


gerenciamento de espaço, para que não mais houvessem pacientes colocados em leitos de
forma “improvisada” nos corredores do setor, e com isso gerar um melhor suporte físico aos
pacientes, diminuir transtornos e facilitar a organização do espaço e dos serviços nele
prestado.

CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto que o papel de Clínica Cirúrgica é imprescindível em um hospital e


para os serviços de saúde, sendo este o local de realização de diversos cuidados desde a
internação até o pós-operatório e reabilitação de pacientes. Dito isso, em detrimento dos
dados expostos anteriormente, o HEDA possui um setor destinado para a Clínica Cirúrgica,
gerenciado pela equipe de enfermagem e com atuação multiprofissional satisfatória, que
apresenta certas dificuldades a ser superadas.

Apesar das problemáticas abordadas e da falta de profissionais e materiais para


realização dos cuidados de enfermagem, a equipe demonstrou total segurança em suas
atividades e em suprir a demanda pela busca dos serviços ali prestados. Contudo, o estresse
sendo o impulsionador de varias problemáticas a serem superadas pelos profissionais e
causador de grande estresse entre os pacientes. Refletindo diretamente em várias
reclamações e relatos, tais como: “já não aguento mais, já estou aqui a quase 12 dias,
esperando para ser operado”.

São feedbacks como este, que foram observados no período de coleta de dados que
tem, em tese, a capacidade de diminuir a credibilidade dos serviços prestados. Conclui-se,
portanto que essa é a premissa para grande parte do problema a ser superado. Para que fosse
possível a resolução destes casos seria necessário por em pratica os planos propostos acima,
com gerenciamento dos recursos e expansão do setor.
REFERÊNCIAS

Área da Enfermagem Clínica e Cirúrgica dedica-se ao atendimento do paciente adulto ou idoso


hospitalizado, com afecções clínicas e cirúrgicas. Faculdade de Ciências medicas da Santa Casa
de São Paulo, 2021. Disponível em < https://fcmsantacasasp.edu.br/blog/area-da-
enfermagem-clinica-e-cirurgica-dedica-se-ao-atendimento-do-paciente-adulto-ou-idoso-
hospitalizado-com-afeccoes-clinicas-e-cirurgicas/#:~:text=O%20que%20faz%20o
%20profissional%20especializado%20em%20Enfermagem,idoso%2C%20em%20unidades
%20de%20interna%C3%A7%C3%A3o%20geral%20ou%20especializada.>

NOVAES, E.S; TORRES, M. M.; OLIVIA, A. P. V. “Diagnósticos de enfermagem em clínica


cirúrgica”. Acta Paul Enferm. 28 (1). 2015. Disponível em <https://doi.org/10.1590/1982-
0194201500006>

GASSEN, Kellen N. R.; CARVALHO, Catia L.; GOES, Cesar H. B. “A profissão de enfermagem:
uma análise histórica de seus avanços e desafios atuais no Brasil”. Revista de Saúde Dom
Alberto, v. 1, n. 1, pg. 16–28. jan./jun. 2013. Disponível em https://domalberto.edu.br/wp-
content/uploads/sites/4/2017/06/A-Profiss%C3%A3o-de-Enfermagem-uma-An%C3%A1lise-
Hist%C3%B3rica-de-seus-Avan%C3%A7os-e-Desafios-Atuais-no-Brasil.pdf

SOARES, A. et al. “A estrutura da Clínica Cirúrgica e assistência de Enfermagem”. Revista


Eletrônica Nurses - REN. 1(1): 22-25. 2019.

SANTOS, K. N. “Satisfação do paciente quanto assistência de saúde em unidade de clínica


cirúrgica”. 2021 jan/dez; v. 13:371-377. Disponível em <http://dx.doi.org/0.9789/2175-5361.
rpcfo.v12.8973>

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