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FUNDAMENTOS DE

ENFERMAGEM

Profa: Enfa Lorena B. Feijó


Admissão, Alta e Transferência do Paciente
ADMISSÃO

 A internação é a chegada de um paciente ao hospital, em condições que


exijam a sua permanência por período igual ou superior a 24 horas.

 A admissão do paciente tem uma rotina diferente em cada instituição.

 A humanização do atendimento em saúde é um fator importantíssimo na


recuperação do paciente e na minimização do seu sofrimento e de seus
familiares, buscando formas de tornar este período de internamento o
menos agressivo possível.
ADMISSÃO
 Procedimentos para a admissão

 Dar as boas-vindas ao paciente e seus familiares.

 Apresentar-se pelo nome e referir a sua função junto ao paciente.

 Informar sobre os horários dos exames que serão colhidos, sobre a


necessidade de higiene, troca das roupas, e outros de acordo com as
condições e caso do internamento.

 Em caso de preparo para cirurgia eletiva providenciar os preparos da


higiene e dos processos de aferição de sinais vitais entre outros,
dependendo do tipo e horário da cirurgia
ADMISSÃO
 Procedimentos para a admissão

 Informar as rotinas da unidade, sobre a chamada do posto de


enfermagem, os horários da alimentação, os controles da
movimentação do leito e da TV.

 Informar sobre os horários das visitas médicas, visitas de familiares,


serviços religiosos e os pertences pessoais necessários.

 Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.

 Entregar pertences de valores à família, anotando no prontuário.

 Apresentá-lo aos companheiros de enfermaria, quando isto for o caso.


ADMISSÃO
 Procedimentos para a admissão

 Se necessário, encaminhá-lo ao banho.

 Efetuar o registro da internação e dos procedimentos realizados.

 Comunicar o serviço de nutrição e os demais serviços interessados.


 Verificar SSVV, peso, altura e anotar.

 Fazer anotações de enfermagem referentes a: hora de entrada,


condições da chegada (deambulando, de maca, cadeira de rodas,
acompanhamento), sinais e sintomas observados.
ADMISSÃO
 Procedimentos para a admissão

 Avaliação e anamnese do paciente


 
 Realizar o registro das condições de chegada do paciente, realizar
exame físico, questionar sobre alergias a drogas, objetos e produtos,
como material de limpeza, esparadrapo.

 Investigar doenças como hipertensão, diabetes, ou outras patologias,


seguindo o protocolo para admissão.

 Proceder todo o tempo com atenção e humanização dos cuidados na


assistência.
ALTA HOSPITALAR

 Tipos de Altas Hospitalares:

 Alta hospitalar por melhora: aquela dada pelo médico porque houve
melhora do estado geral do paciente, sendo que este apresenta
condições de deixar o hospital.

 Alta a pedido: aquela em que o médico concede a pedido do paciente


ou responsável, mesmo sem estar devidamente CURADO. O paciente
ou responsável por ela assina o termo de responsabilidade.
ALTA HOSPITALAR

 Papel da Enfermagem:

 Avisar o paciente após alta registrada em prontuário pelo médico;


 Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos pós alta
(repouso, dieta, medicamentos, retorno);
 Preencher pedido de alta (de acordo regras da instituição);
 Providenciar medicamentos (conforme regulamento da instituição);
 Reunir pertences do paciente e providenciar suas roupas;
 Auxiliá-lo no que for necessário.
ALTA HOSPITALAR

 Papel da Enfermagem:

 Realizar anotações de enfermagem contendo:


 Hora de saída.
 Tipo de alta.
 Condições do paciente.
 Presença ou não de acompanhante.
 Orientações dadas.
 Meio de transporte (ambulâncias, carro próprio).
 Preparar prontuário e entregá-lo conforme rotina da instituição.
TRANSFERENCIA

 Um aspecto particular da alta diz respeito à transferência para outro setor


do mesmo estabelecimento, ou para outra instituição.

 A unidade para onde o paciente está sendo transferido deverá ser


comunicada com antecedência, a fim de que esteja preparada para
recebê-lo, conforme rotina.

 O prontuário deve estar completo e ser entregue na outra unidade. O


paciente será transportado de acordo com as normas da instituição e seu
estado geral.
TRANSFERENCIA

 Quando do transporte a outro setor ou à ambulância, o paciente deve ser


transportado em maca ou cadeira de rodas, junto com seus pertences,
prontuário e os devidos registros de enfermagem.

 Deve-se considerar que a pessoa necessitará adaptar-se ao novo


ambiente, motivo pelo qual a orientação da enfermagem é importante.
POST MORTEM

 A morte ou óbito significa a cessação da vida, com interrupção irreversível


das funções vitais do organismo e, legalmente, deve ser constatada pelo
médico.

 Após a morte, observa-se:


 esfriamento do corpo;
 manchas generalizadas arroxeadas;
 relaxamento dos esfíncteres;
 rigidez cadavérica.
 reatividade pupilar
POST MORTEM
POST MORTEM

 A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da parada


cardiorrespiratória, as manobras de reanimação, os medicamentos
utilizados, a hora e causa da morte e o nome do médico que constatou o
óbito.

 Somente após essa constatação inicia-se o preparo do corpo: limpeza e


identificação, evitar odores desagradáveis e saída de secreções e sangue e
adequar a posição do corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica.

 Nesta fase, é importante garantir ao paciente a privacidade e a companhia


dos seus entes queridos, mantendo-o em quarto ou utilizando biombos
caso ele encontre-se em enfermaria.
POST MORTEM

 Lembremos que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que sua


família deve ser atendida com toda a atenção, respeitando-se sua dor e
informando-a cuidadosamente, de modo compreensível, sobre os
procedimentos a serem realizados.

 Geralmente, é o médico quem fornece a informação da causa e hora da


morte; no entanto, atualmente, a presença do familiar junto ao paciente
terminal sem possibilidade terapêutica, tem sido incentivada e autorizada
(visitas liberadas), o que permite à família acompanhar mais de perto a
situação.

 Na medida do possível, durante esta fase, é imprescindível que a equipe de


enfermagem sensibilize-se na ajuda/amparo ao familiar do paciente.
POST MORTEM

 Materiais utilizados para o preparo do corpo

 Dois rolos de ataduras de crepe.


 Algodão.
 Gaze não estéril.
 Esparadrapo.
 Luvas de procedimentos.
 Avental de manga longa.
POST MORTEM

 Procedimentos a serem realizados

 Vestir o corpo com a vestimenta trazida pela família.


 Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras.
 Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com lençol.
 Desprezar luvas e avental, reunir todo os materiais para colocação no
ramper.
 Higienizar as mãos cuidadosamente.
 Providenciar que seja realizado o transporte do corpo ao necrotério.
 Anotar no prontuário todos os procedimentos realizados e material
utilizado neste procedimento.
Movimentação e Transporte
do Paciente
 A segurança do paciente é uma das características da
qualidade do cuidado

 Definida como ato de evitar, prevenir e/ou melhorar os


resultados adversos ou as lesões originadas no processo de
atendimento médico-hospitalar e ambulatorial
 Transferência é uma habilidade de enfermagem para ajudar o
paciente dependente ou com mobilidade limitada a alcançar
posições para recuperar uma boa independência de forma
mais rápida e segura.

 A mobilização precoce e o posicionamento adequado


desempenham importante papel na reabilitação do paciente e
prevenção de complicações
Objetivos:

 Movimentar o paciente com conforto e segurança


 Diminuir a quantidade de trabalho necessário para o paciente
e equipe de enfermagem durante o transporte.
 Oferecer assistência de enfermagem segura ao paciente
 Promover correta biomecânica corporal para a equipe de
enfermagem.
REGRAS BÁSICAS A SEREM AVALIADAS PELO PROFISSIONAL AO
MOVIMENTAR O PACIENTE
 Condições do paciente
 Estado geral, grau de mobilidade e de consciência
 Presença de contraturas, musculatura flácida, lesões ósseas,
ausência ou diminuição de sensibilidade, paralisias
 Peso
 Presença de equipamentos e aparelhos monitorando o
paciente
 Incontinência urinária e/ou fecal
 presença de dispositivos de coleção de secreções ou fluídos,
cateteres ou talas
REGRAS BÁSICAS A SEREM AVALIADAS PELO PROFISSIONAL AO
MOVIMENTAR O PACIENTE
 Ambiente
 Espaço físico
 Condições do piso
 Altura da cama (5 cm da altura do cotovelo dos executores)
 Utilizar de equipamentos de transferência (transfer, tabua
deslizante, elevador, etc.), quando houver
 Examinar o local e remover os obstáculos
 Travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MOBILIZAÇÃO

 ALINHAMENTO CORPORAL e EQUILÍBRIO: o alinhamento corporal


correto contribui para a estabilidade, sua manutenção reduz o
esforço e o risco de quedas, reduz a tensão sobre as estruturas
musculoesqueléticas, auxilia na manutenção do tônus muscular
adequado.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MOBILIZAÇÃO

 GRAVIDADE E ATRITO: orientar-se pela correta mecânica corporal


favorece a transferência de pesos e reduz os riscos ao profissional.
Procurar reduzir a força de atrito diminuindo a área corporal do
paciente e o levantando ao invés de empurrá-lo, o que também
reduz a fricção da pele e os riscos de lesão associados.
MANUTENÇÃO DO ALINHAMENTO CORPORAL

 O alinhamento corporal do paciente deverá ser avaliado e


corrigido sempre que o paciente for posicionado.

 Observar na posição sentada ou deitada.

 Avalie a coluna vertebral, visualize na posição lateral se as


vértebras estão alinhadas, se a posição provoca algum
desconforto
MANUTENÇÃO DO ALINHAMENTO CORPORAL

 Mantenha as protuberâncias ósseas livres de pressão, quando


possível;

 Manter as mãos devem estar com polegar em ligeira adução,


usar rolo de mão; em decúbito dorsal, evitar a rotação externa
do quadril; ao mover uma extremidade corpórea, sustenta-la
com a mão em concha.
MANUTENÇÃO DO ALINHAMENTO CORPORAL
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
MACA OU VICE-VERSA
 Material

 Maca com colchão


 Cobertor
 Lençol
 Luvas de procedimento
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
MACA OU VICE-VERSA
 Técnica:
 1. Higienizar as mãos;
 2. Verificar estado geral do paciente;
 3. Explicar o procedimento ao paciente;
 4. Forrar o colchão da maca com lençol;
 5. Manter a privacidade do cliente (colocar biombo ou fechar
a porta do quarto privativo);
 6. Colocar a cama em uma altura funcional (sempre que
possível).
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
MACA OU VICE-VERSA
 Técnica:
 7. Abaixar a cabeceira da cama tanto quanto o paciente
tolerar;
 8. Cruzar as pernas e os braços sobre o peito do paciente;
 9. Soltar o lençol móvel da cama e enrolar as laterais;
 10. Colocar a maca paralelamente ao lado da cama;
 11. Deitar o paciente em decúbito dorsal e verificar as
condições de acessos venosos e infusões, as fixações das
sondas e drenos e as condições de drenagem;
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
MACA OU VICE-VERSA
 Técnica:
 12. Puxar as bordas do lençol que estão presas debaixo do
colchão do paciente;
 13. Posicionar dois profissionais do lado do leito e outros dois
ao lado da maca (ou quantos forem necessários) e todos
segurando o lençol debaixo;
 14. Reduzir o atrito se possível: cruzar braços e pernas do
paciente;
 15. Realizar a transferência do paciente para a maca com um
só movimento, sincronizando a ação dos profissionais
(contagem de 3);
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
MACA OU VICE-VERSA
 Técnica:
 16. Cobrir o paciente com lençol e cobertor, se necessário;
 17. Elevar as grades de proteção;
 18. Encaminhar o paciente ao local desejado;
 19. Deixar o paciente confortável;
 20. Higienizar as mãos;
 21. Realizar o registro de enfermagem no prontuário.
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
CADEIRA
 Material

 Cadeira de rodas ou poltrona


 Lençol
 Escadinha
 Chinelos
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
CADEIRA
 Técnica:
 1. Higienizar as mãos;
 2. Explicar o procedimento ao paciente;
 3. Fechar a porta do quarto ou colocar biombo;
 4. Preparar a cadeira, forrá-la, colocando um lençol em
diagonal;
 5. Posicionar a cadeira/poltrona na lateral do leito;
 6. Travar as rodas da cadeira e erguer o descanso dos pés;
 7. Posicionar a escadinha na altura dos pés da cama do
paciente
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
CADEIRA
 Técnica:
 8. Posicionar o paciente em decúbito dorsal;
 9. Elevar a cabeceira da cama;
 Posicionar o braço sob os ombros do paciente e outro atrás
dos joelhos do paciente em flexão e o ajuda a sentar-se na
cama com um movimento único, apoiando os pés na
escadinha;
 11. Observar sinais de hipotensão ortostática;
 12. Vestir adequadamente o paciente e calçar os chinelos;
 13. Ficar de frente para o paciente segurando-o pela cintura;
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DO LEITO PARA
CADEIRA
 Técnica:
 14. Ajudar o paciente a levantar-se, apoiando-se nos ombros
do executante
 15. Ajudar o paciente a sentar-se na cadeira/poltrona
confortavelmente;
 16. Apoiar os pés do paciente no descanso da cadeira;
 17. Cobrir o paciente com outro lençol e/ou cobertor;
 18. Conduzir o paciente ao local desejado;
 19. Higienizar as mãos;
 20. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário
VIRAR O PACIENTE NO LEITO

 Técnica:
 1. Colocar o paciente em decúbito dorsal no lado da cama em
direção oposta a que será virado.
 2.Se estiver mobilizando o paciente sozinho deverá elevar as
grades do lado para o qual será virado.
 3. Posicionar braços e as pernas do paciente para o lado que
será virado.
 4.Posicionar dois colegas ao lado na direção em que o
paciente será virado, e um no lado em que estão colocados os
travesseiros.
VIRAR O PACIENTE NO LEITO

 Técnica:
 5. Enrolar o lençol ao longo do paciente para o lado em que
será virado.
 6. Com um colega segurando firme o lençol abaixo do quadril
e coxa e o outro segurando na altura do ombro e da coluna
lombar, na contagem até três, rolar o paciente como um bloco
em movimento suave e contínuo.
 7. O colega do lado oposto da cama coloca a almofada ao
longo do paciente para apoio.
VIRAR O PACIENTE NO LEITO
CONTENÇÃO NO LEITO
 A contenção deve satisfazer os seguintes objetivos:
 
 Reduzir o risco de lesão por queda;

 Evitar interrupção da terapia (tração, infusão, alimentação por sondas,


etc.);

 Evitar que cliente confuso ou agressivo remova o equipamento de


suporte de vida;

 Reduzir risco de lesão para outros clientes.


CONTENÇÃO NO LEITO
 Procedimentos - Proceder a restrição no leito dos segmentos corporais
na seguinte ordem:
 
 Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-
as na região cervical;
 Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura
de crepe fazer movimento circular, amarrar;
 Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a
região lombar, torcer as pontas, amarrar;
 Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D* sobre o joelho D e sob o
E* e a ponta do lado E sobre o joelho E e sob o D. (*D: direito **E:
esquerdo).
Contenção no Leito
Contenção no Leito

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