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Técnico em

Enfermagem
Módulo II
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
Admissão Hospitalar
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
Admissão Hospitalar

• Admissão hospitalar, é o processo pelo qual o


paciente dá entrada na instituição. Ele é feito no
intuito de gerar conhecimento e empatia acerca da
situação de saúde do individuo, visando proporcionar
acolhimento e segurança não só para quem será
atendido, mas também para a sua família.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
 Procedimentos para a admissão

• Dar as boas-vindas ao paciente e seus familiares.


• Apresentar-se pelo nome e referir a sua função junto ao
paciente.
• Informar sobre os horários dos exames que serão colhidos,
sobre a necessidade de higiene, troca das roupas, e outros
de acordo com as condições e caso do internamento.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente

• Em caso de preparo para cirurgia eletiva providenciar os


preparos da higiene e dos processos de aferição de sinais
vitais entre outros, dependendo do tipo e horário da
cirurgia.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
 Procedimentos para a admissão

• Informar as rotinas da unidade, sobre a chamada do posto


de enfermagem, os horários da alimentação, os controles da
movimentação do leito e da TV.
• Informar sobre os horários das visitas médicas, visitas de
familiares, serviços religiosos e os pertences pessoais
necessários.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente

• Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.


• Entregar pertences de valores à família, anotando no
prontuário.
• Apresentá-lo aos companheiros de enfermaria, quando isto
for o caso.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente

 Procedimentos para a admissão

• Se necessário, encaminhá-lo ao banho.


• Efetuar o registro da internação e dos procedimentos
realizados.
• Comunicar o serviço de nutrição e os demais serviços
interessados.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente

• Verificar SSVV, peso, altura e anotar.


• Fazer anotações de enfermagem referentes a: hora de
entrada, condições da chegada (deambulando, de maca,
cadeira de rodas, acompanhamento), sinais e sintomas
observados.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
 Procedimentos para a admissão

• Avaliação e anamnese do paciente

• Realizar o registro das condições de chegada do paciente,


realizar exame físico, questionar sobre alergias a drogas,
objetos e produtos, como material de limpeza, esparadrapo.
• Investigar doenças como hipertensão, diabetes, ou outras
patologias, seguindo o protocolo para admissão.
• Proceder todo o tempo com atenção e humanização dos
cuidados na assistência.
Alta Hospitalar

 Tipos de Altas Hospitalares:

• Alta hospitalar por melhora: aquela dada pelo médico porque


houve melhora do estado geral do paciente, sendo que este
apresenta condições de deixar o hospital.

• Alta a pedido: aquela em que o médico concede a pedido do


paciente ou responsável, mesmo sem estar devidamente
CURADO. O paciente ou responsável por ela assina o termo de
responsabilidade.
Alta Hospitalar

 Papel da Enfermagem:

• Avisar o paciente após alta registrada em prontuário pelo


médico;
• Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos pós
alta (repouso, dieta, medicamentos, retorno);
• Preencher pedido de alta (de acordo regras da instituição);
• Providenciar medicamentos (conforme regulamento da
instituição);
• Reunir pertences do paciente e providenciar suas roupas;
• Auxiliá-lo no que for necessário.
Alta Hospitalar

 Papel da Enfermagem:

• Realizar anotações de enfermagem contendo:


 Hora de saída.
 Tipo de alta.
 Condições do paciente.
 Presença ou não de acompanhante.
 Orientações dadas.
 Meio de transporte (ambulâncias, carro próprio).
 Preparar prontuário e entregá-lo conforme rotina da
instituição.
VAMOS PRATICAR?
PRATICA DE ANOTAÇÃO DE
ENFERMAGEM
Alta Hospitalar

 Transferência

• Um aspecto particular da alta diz respeito à transferência


para outro setor do mesmo estabelecimento, ou para outra
instituição.

• A unidade para onde o paciente está sendo transferido


deverá ser comunicada com antecedência, a fim de que
esteja preparada para recebê-lo, conforme rotina.

• O prontuário deve estar completo e ser entregue na outra


unidade. O paciente será transportado de acordo com as
normas da instituição e seu estado geral.
Alta Hospitalar

 Transferência

• Quando do transporte a outro setor ou à ambulância, o


paciente deve ser transportado em maca ou cadeira de rodas,
junto com seus pertences, prontuário e os devidos registros de
enfermagem.

• Deve-se considerar que a pessoa necessitará adaptar-se ao


novo ambiente, motivo pelo qual a orientação da enfermagem
é importante.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
 A morte ou óbito significa a cessação da vida, com interrupção
irreversível das funções vitais do organismo e, legalmente, deve
ser constatada pelo médico.

Após a morte, observa-se:


• esfriamento do corpo;
• manchas generalizadas arroxeadas;
• relaxamento dos esfíncteres;
• rigidez cadavérica.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da parada
cardiorrespiratória, as manobras de reanimação, os medicamentos
utilizados, a hora e causa da morte e o nome do médico que
constatou o óbito.

Somente após essa constatação inicia-se o preparo do corpo: limpeza


e identificação, evitar odores desagradáveis e saída de secreções e
sangue e adequar a posição do corpo antes que ocorra a rigidez
cadavérica.

Nesta fase, é importante garantir ao paciente a privacidade e a


companhia dos seus entes queridos, mantendo-o em quarto ou
utilizando biombos caso ele encontre-se em enfermaria.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
Lembremos que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que
sua família deve ser atendida com toda a atenção, respeitando-se sua
dor e informando-a cuidadosamente, de modo compreensível, sobre os
procedimentos a serem realizados.

Geralmente, é o médico quem fornece a informação da causa e hora da


morte; no entanto, atualmente, a presença do familiar junto ao paciente
terminal sem possibilidade terapêutica, tem sido incentivada e
autorizada (visitas liberadas), o que permite à família acompanhar mais
de perto a situação.

Na medida do possível, durante esta fase, é imprescindível que a equipe


de enfermagem sensibilize-se na ajuda/amparo ao familiar do paciente.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
 Materiais utilizados para o preparo do corpo

• Dois rolos de ataduras de crepe.


• Algodão.
• Gaze não estéril.
• Esparadrapo.
• Luvas de procedimentos.
• Uma pinça cheron.
• Avental de manga longa.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
 Procedimentos a serem realizados

• Reunir o material.
• Explicar o procedimento à família.
• Manter privacidade do local e corpo.
• Colocar o avental e calçar luvas de procedimento.
• Retirar travesseiros, deixando o corpo em decúbito dorsal.
• Retirar sondas, cateteres, ocluindo (fechando) os orifícios com
gaze.
• Higienizar o corpo com muito respeito e humanização. Evitar
conversas.
• Tamponar ouvidos, nariz, orofaringe, região anal e vaginal e
garrotear região peniana com gaze.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
 Procedimentos a serem realizados

• Vestir o corpo com a vestimenta trazida pela família.


• Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras.
• Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com
lençol.
• Desprezar luvas e avental, reunir todo os materiais para
colocação no ramper.
• Higienizar as mãos cuidadosamente.
• Providenciar que seja realizado o transporte do corpo ao
necrotério.
• Anotar no prontuário todos os procedimentos realizados e
material utilizado neste procedimento.
Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar
 Procedimentos a serem realizados

• Vestir o corpo com a vestimenta trazida pela família.


• Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras.
• Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com
lençol.
• Desprezar luvas e avental, reunir todo os materiais para
colocação no ramper.
• Higienizar as mãos cuidadosamente.
• Providenciar que seja realizado o transporte do corpo ao
necrotério.
• Anotar no prontuário todos os procedimentos realizados e
material utilizado neste procedimento.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
 Infecção Hospitalar

Infecção é uma ação exercida no organismo decorrente da


presença de agentes patogênicos, podendo ser por bactérias,
vírus, fungos ou protozoários.

Infecção Hospitalar (IH) é a infecção adquirida após a admissão


do paciente na Unidade Hospitalar e que se manifesta durante
a internação ou após a alta.

A infecção hospitalar poderá surgir mesmo após a alta, e estar


relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares
realizados.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
 Finalidade da CCIH:

• Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de


diagnósticos previamente estabelecidos.
• Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no
serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção
estão dentro dos parâmetros aceitáveis.
• Elaborar normas de padronização para os procedimentos
realizados na instituição, visando protocolo de técnicas
assépticas.
• Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde
no que se refere à prevenção e controle das infecções
hospitalares.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
 Finalidade da CCIH:

• Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando


que os mesmos sejam utilizados de maneira
descontroladas no hospital.
• Recomendar medidas de isolamento no caso de doenças
transmissíveis, quando se tratar de pacientes
hospitalizados, ou em caso de bactérias multirresistentes.
• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a
aquisição correta de materiais e equipamentos e para o
planejamento adequado da área física das unidades de
saúde.
Normas Básicas de Prevenção e
Controle de Infecção Hospitalar
 Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:

• Lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer procedimento é


um dos mais importantes meios para prevenir a infecção cruzada;
• Manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois quando
soltos acumulam sujidades, poeira e microrganismos,
favorecendo a contaminação do paciente e do próprio
profissional;
• Manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam o
acúmulo de sujidades e microrganismos;
Normas Básicas de Prevenção e
Controle de Infecção Hospitalar

 Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:

• Evitar o uso de joias e bijuterias, como anéis, pulseiras e demais


adornos, que podem constituir-se em possíveis fontes de
infecção pela facilidade de albergarem microrganismos em seus
sulcos e reentrâncias, bem como na pele subjacente;
• Não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de
contaminação, como macas e camas de pacientes, pois isto
favorece a disseminação de microrganismos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
 Assepsia médica: medidas adotadas para reduzir o número de
microrganismos e evitar sua disseminação

 Assepsia cirúrgica: medidas adotadas para impedir a


contaminação de uma área ou objeto estéril.

 Antissepsia: medidas que visam reduzir e prevenir o


crescimento de microrganismos em tecidos vivos.

 Desinfecção: Processo de destruição de microrganismos em


estado vegetativo (com exceção das formas esporuladas)
utilizando-se agentes físicos ou químicos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
 A desinfecção pode ser de:

• Alto nível: quando há eliminação de todos os


microrganismos e de alguns esporos bacterianos;
• Nível intermediário ou médio: quando há eliminação de
microbactérias (bacilo da tuberculose), bactérias na forma
vegetativa, muitos vírus e fungos, porém não de esporos;
• Baixo nível: quando há eliminação de bactérias e alguns
fungos e vírus, porém sem destruição de microbactérias,
nem de esporos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
 Descontaminação: Processo que visa destruir microrganismos
patogênicos, em artigos contaminados ou em superfície ambiental,
tornando-os, consequentemente, seguros ao manuseio. Pode ser
realizada por processo químico, mecânico ou por processo físico.

 Esterilização: Processo utilizado para destruir todas as formas de


vida microbiana, por meio do uso de agentes físicos: Vapor Saturado
sobre Pressão: Autoclave; Vapor Seco: Estufa; Esterilização Química:
óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, formaldeído,
glutaraldeído e ácido peracético.
Importância da lavagem das mãos na
prevenção de infecção
A principal via de transmissão das infecções hospitalares são
as mãos, em geral da equipe de saúde, sua adequada
lavagem é de grande importância.

Sua finalidade consiste em eliminar microrganismos, evitando


propagar infecções, eliminar da pele substâncias tóxicas e
medicamentosas e proteger-se contra agressões do meio.

A lavagem das mãos é de extrema importância para a


segurança do paciente e do próprio profissional, haja vista
que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre
principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos.
Importância da lavagem das mãos na
prevenção de infecção
 Passos da lavagem das mãos

• Abrir a torneira;
• Umedecer as mãos;
• Acionar o dispensador de sabão líquido e umedecer as palmas das
mãos;
• Espalhar a solução fazendo movimentos de fricção com as palmas das
mãos;
• Fechar a torneira e a seguir ensaboá-la e esfregá-la;
• Friccionar o punho com movimentos rotatórios com o auxílio da
palma da mão oposta;
• Repetir o movimento no punho oposto;
• Friccionar o dorso das mãos com auxílio da mão oposta;
• Repetir o movimento para a mão oposta.
Importância da lavagem das mãos na
prevenção de infecção
 Passos da lavagem das mãos

• Unir as palmas das mãos, friccionando-as;


• Friccionar a região perineal dos dedos da mão com as pontas dos
dedos da mão oposta;
• Repetir o movimento para a outra mão;
• Abrir a torneira;
• Enxaguar as mãos iniciando pelo punho sem repetir os movimentos;
• Enxaguar a torneira e fechá-la;
• Pegar o papel toalha e enxugar as mãos, seguindo a mesma sequência
da lavagem ou posteriormente utilizar álcool glicerinado;
• Desprezar o papel toalha.
Técnica de Lavagem das Mãos
Uso de Luvas

 Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:

• Verifique se a numeração corresponda ao tamanho da sua mão;


• Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para
cima e o punho em sua direção;
• Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a
luva e a área interna do pacote.;
• Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir
à pele ao calçá-la, única face que pode ser tocada com a mão não
enluvada - desta forma, sua parte externa se mantém estéril.
Uso de Luvas
 Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:

• Para pegar a outra luva,


introduza os dedos da mão
enluvada sob a dobra do
punho e calce-a, ajustando-a
pela face externa.
• Calçando a luva, mantenha
distância dos mobiliários e as
mãos em nível mais elevado,
evitando a contaminação
externa da mesma.

Calçando Luvas Estéreis


Uso de Luvas
Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua
retirada, a face externa não deve tocar a pele. Para que isto
não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos,
segurando-a na altura do punho com a mão enluvada; em
seguida, remova a segunda luva, segurando-a pela parte
interna do punho e puxando-a em direção aos dedos.
Esta face deve ser mantida
voltada para dentro para
evitar autocontaminação e
infecção hospitalar.

Retirando Luvas Estéreis


Necessidades Humanas Básicas
(A teoria de Wanda Horta)

Definição de Enfermagem segundo Wanda Horta

"Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no


atendimento de suas NECESSIDADES BÁSICAS, de torná-lo
independente desta assistência através da educação; de
recuperar, manter e promover sua saúde, contando para
isso com a colaboração de outros grupos profissionais"
Necessidades Humanas Básicas
(A teoria de Wanda Horta)
 Classificação das Necessidades Humanas Básicas
CLASSIFICAÇÃO
Necessidades psicobiológicas Necessidades psicosociais

Oxigenação, hidratação, nutrição,


Segurança, amor, liberdade,
eliminação, sono e repouso, exercício,
comunicação, criatividade,
sexualidade, abrigo, mecânica corporal,
aprendizagem (educação à saúde),
motilidade cuidado corporal,
gregária, recreação, lazer, espaço,
integridade cutâneo mucosa,
orientação no tempo e espaço,
integridade física, regulação térmica,
aceitação, autorrealização, autoestima,
hormonal, neurológica, hidrossalina,
participação, autoimagem, atenção,
eletrolítica, imunológica, crescimento
necessidadse psicoespirituais, religiosa
celular, percepção: olfativa, visual,
ou teológica, ética ou de filosofia de
auditiva, tátil, gustativa, dolorosa
vida.
ambiente, terapêutica.
Nutrição

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maioria dos


governos tem publicado recomendações de ingestão diária de
nutrientes para indivíduos saudáveis, que, por sua vez, sofrem
adaptações, para mais ou para menos, em situações de doença.
Em situações normais, uma pessoa que mantém uma
alimentação balanceada, intercalando e integrando os
elementos da pirâmide alimentar, consegue suprir grande parte
das necessidades nutricionais requeridas para o pleno
funcionamento do organismo.
Nutrição

 Pirâmide alimentar
Nutrição

O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de


acompanhar seus clientes, tanto em seus domicílios quanto
no hospital, preparando o ambiente e auxiliando-os durante
as refeições. Os pacientes impossibilitados de se alimentarem
sozinhos devem ser assistidos pela enfermagem, a qual deve
providenciar os cuidados necessários de acordo com o grau
de dependência existente.
Hidratação

 Constituíndo de mais de 60% do corpo humano, de água


se faz fundamental para a vida, sendo um nutriente
indispensável à saúde.

 Todo o funcionamento do organismo depende da água.


Além de distribuir os nutrientes pelos diferentes órgãos do
corpo, a água ajuda a regular a temperatura do corpo,
eliminar as toxinas através da urina e da transpiração e a
estimular o trânsito intestinal.

 Eliminamos cerca de dois litros através da urina, do suor e


das fezes, o que nos obriga a repor a água perdida
diariamente.
Hidratação

 Se o líquido de nosso corpo não for reposta, entramos


num processo de desidratação e intoxicação.

 Além disso, nosso rim fica sobrecarregado e não têm as


condições ideais para realizar o processo de filtração de
toxinas.

 Nesse processo perdemos também sais minerais,


principalmente potássio e sódio. Então, se por um lado é
preciso tomar água para facilitar a filtração pelos rins, por
outro, ela não pode ser ingerida em excesso.
Hidratação

 Os especialistas aconselham a ingestão de no mínimo dois


litros de água por dia, que devem ser ingeridos em
quantidades e intervalos regulares.

 A sede, que é causada pela baixa quantidade de água


dentro das células, diminuindo a eliminação de água pelos
rins e por meio da saliva, é um sinal do organismo
indicando que o indivíduo deve beber água.
Eliminações

 Nosso organismo possui um sistema de purificação e


eliminação de toxinas para manter sua higiene interna.

 Quando a eliminação está equilibrada e adequada às


necessidades da pessoa, o material tóxico acumulado em
áreas sensíveis do corpo é eliminado com maior rapidez,
promovendo o equilíbrio orgânico e ativando a renovação
celular por células mais fortes e saudáveis.

 A eliminação deficiente faz com que o sangue que circula


fique intoxicado, e este, ao banhar áreas mais frágeis,
favorecerá a assimilação de material tóxico por células
deficientes, facilitando a formação de doenças.
Higiene

 A higiene pessoal é muito importante para a saúde do


indivíduo e, também, para o seu relacionamento com a
sociedade. O asseio com o corpo, ou a falta dele,
demonstra o grau de compromisso que o indivíduo tem
consigo mesmo. Uma pessoa asseada é facilmente aceita
pelos demais membros de seu grupo social, tem sua
autoestima elevada e, consequentemente, vive mais feliz.
Diferente de uma pessoa sem zelo com o seu próprio
corpo, que pode ficar com sua autoestima baixa, além de
sofrer perseguições e apelidos por parte dos seus
companheiros.
Higiene

 As doenças e problemas mais frequentes decorrente da


falta de higiene são:

• Micoses - manchas brancas ou vermelhas que surgem


na pele, podem resultar da falta de asseio;
• Pé-de-atleta - tipo de micose que acomete os dedos e
se propaga para a planta dos pés, provocando coceiras.
A contaminação ocorre quando a pessoa caminha
descalça em pisos úmidos e sujos;
• Piolhos - parasitas que atacam o couro cabeludo, a
ação dos piolhos provoca coceira;
• Mau hálito é provocado, dentre outros fatores, pela
presença de restos de alimentos entre os dentes; etc.
Sono e Repouso

 Sono é o nome dado ao repouso que fazemos em períodos


de cerca de 8 horas em intervalos de cerca de 24 horas.
Durante esse período nosso organismo realiza funções
importantíssimas com consequências diretas à saúde.
Funções do sono

 O sono é uma necessidade humana básica, mas muitas


pessoas desconhecem sua importância e tentam se
manter com poucas horas de repouso.

 Durante o sono muitos dos principais órgãos do corpo e


sistemas regulatórios continuam a trabalhar ativamente.

 Na realidade, algumas partes do corpo aumentam a sua


atividade de forma acentuada e o organismo produz maior
quantidade de determinados hormônios.
Funções do sono

 Durante o sono, o cérebro classifica e armazena memórias e


o corpo se recupera dos desgastes do dia.

 Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no


dia seguinte, mas, para manter-se saudável e melhorar a
qualidade de vida. Nosso desempenho físico e mental está
diretamente ligado a uma boa noite de sono.

 O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de


uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e
a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o
merecido descanso o organismo deixa de cumprir uma série
de tarefas importantíssimas.
Funções do sono

 Na infância, cerca de 90% do hormônio do crescimento é


liberado durante o sono, crianças que dormem mal têm mais
chances de ter problemas no seu desenvolvimento físico.

 O hormônio do crescimento continua sendo liberado mesmo


na fase adulta, durante o sono. Embora em doses menores,
ele evita a flacidez muscular e garante vigor físico.

 Pessoas que conseguem dormir bem possuem uma maior


capacidade de concentração, autocontrole e realização de
tarefas pessoais e profissionais. Quanto ao tempo de sono
necessário para um repouso adequado, não existe um
consenso entre os especialistas, mas é comum em torno de
sete horas de sono.
Funções do sono

 Em estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA,


onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram
impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias.

 O efeito foi assustador. No final do período, o funcionamento


do organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60
anos de idade. E os níveis de insulina eram semelhantes aos
dos portadores de diabetes.

 O sono também contribui para o bem-estar mental e


emocional.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 As interferências ao sono São classificadas em
externas(trabalhos noturnos ou turnos rotativos, os eventuais
problemas com fusos horários, em casos de viagens) e
orgânicas(ronco, a apneia, a insônia, a narcolepsia, o bruxismo,
a síndrome das pernas inquietas e outras).

 O ronco e o bruxismo, geralmente, incomodam mais quem


dorme nas proximidades do que quem apresenta o quadro
clínico.

 A apneia é o fechamento da passagem de ar ao nível da


garganta pelos próprios tecidos da mesma, por isso
frequentemente está associada ao ronco, com consequente
parada da respiração.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 Esse fechamento pode demorar vários segundos e até
mesmo causar a morte súbita. Essa disfunção nem sempre a
percebe e apresenta noites com “dorme e acorda” que
podem chegar a 300 vezes.

 O ronco e a apneia podem ser evitados. Algumas


providências podem ser tomadas como desde um
posicionamento correto na cama à eliminação do hábito de
tomar bebidas alcoólicas antes de dormir.

 A perda de peso pode eliminar depósitos de gordura na


região do pescoço que são prejudiciais à passagem de ar,
mas, alguns casos persistem e necessitam de tratamento.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 A necessidade de sono será afetada principalmente no pós-
operatório imediato, de pacientes submetidos à
procedimentos cirúrgicos na laringe, devido à frequência de
acessos de tosse e ao aumento da produção de secreções
brônquicas.

 Também outros fatores podem influenciar o repouso dos


laringectomizados no pós-operatório imediato, como a dor e a
rigidez muscular cervical.

 Para ajudar o laringectomizado a satisfazer esta necessidade, a


enfermagem deve gerir os períodos de repouso com a
administração de analgésicos, antitússicos e indutores do
sono, quando estes estiverem prescritos.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 Algumas prescrições de enfermagem para o diagnóstico
de Padrão do Sono Perturbado.

• Manter regularidade no horário de dormir e acordar.


• Não compensar uma noite mal dormida com
prolongamento do sono pela manhã ou com cochilos
diurnos.
• Utilizar o quarto apenas para dormir ou para as
relações íntimas, evitar utilizá-lo para ler, ver televisão,
comer...
• Evitar dormir com fome. Uma boa dica é beber um
copo de leite morno.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 Algumas prescrições de enfermagem para o diagnóstico
de Padrão do Sono Perturbado.

• Evitar muitos líquidos a noite, pois ocorre a


necessidade de urinar interrompendo a sequência do
sono...
• Dar intervalo de duas horas entre a refeição e a hora
de deitar.
• Evitar uso de estimulantes como café, chá preto, pois
causa ansiedade e insônia.
• Tomar banho em temperatura agradável e fazer um
pequeno lanche.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 Os níveis de ansiedade e stress induzidos pela doença
oncológica, por cirurgias de grande porte, agendadas, afetam
o sono do paciente e seus acompanhantes.

 O papel da enfermagem passa pela escuta ativa dos medos e


receios do doente, tentando desmistificar a cirurgia, a
patologia ou simplesmente permitindo que o cliente fale sobre
seus problemas.

 Também podemos usar de recursos e técnicas de relaxamento,


encaminhamento para a psicóloga, se necessário, juntamente
com a administração da terapêutica indutora do sono
prescrita, são estratégias recomendadas para ajudar o doente
a satisfazer esta necessidade humana básica.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
 Quem dorme pouco costuma ter menos vigor físico, envelhece
mais precoce, está mais sujeito a infecções, obesidade,
hipertensão e ao diabetes.

 A leptina, hormônio que controla a sensação de saciedade é


liberado durante o sono. A falta de sono inibe a produção de
insulina, o que faz a taxa de açúcar no sangue subir e eleva a
quantidade de cortisol, o hormônio do estresse.

 Atenção: Não é benéfico esforçar-se para dormir. O esforço,


usualmente é acompanhado por ansiedade e estimulação que
se traduzem em mais insônia.
Conforto do Paciente

 O bem-estar é elemento comum nas definições de conforto.O


conforto pode ser definido como a experiência imediata de ter
atendidas as necessidades humanas básicas para alívio, calma
e transcendência. Na medida em que o paciente pode
apresentar necessidades de conforto não atendidas,
percebemos a necessidade de intervenção da enfermagem
para maximizar o conforto.

 Assim como o conforto que uma pessoa necessita em uma


residência, a pessoa também necessita em um ambiente
hospitalar que deve incluir: espaço que permita a privacidade
de seus moradores, aquecimento no sentido de calor natural,
calma e silêncio e personalização, ou seja, torná-la própria de
alguém. Alguns pacientes têm necessidade do toque e
conversa bem como necessitam ser ouvidos. O
Conforto do Paciente

 O conforto pode ser definido como a experiência imediata de ter


atendidas as necessidades humanas básicas para alívio, calma e
transcendência.

 Na medida em que o paciente pode apresentar necessidades de


conforto não atendidas, percebemos a importância da
intervenção da enfermagem para maximizar o conforto.

 O conforto necessário no ambiente hospitalar se assemelha ao


obtido em uma residência: espaço que permita a privacidade,
aquecimento no sentido de calor natural, calma e silêncio e
personalização, ou seja, torná-la própria de alguém. Alguns
pacientes têm necessidade do toque e conversa bem como
necessitam ser ouvidos.
Conforto do Paciente

 O relacionamento harmônico com os profissionais de saúde


influencia no conforto do paciente.

 As situações de conforto que um paciente que irá submeter-se à


cirurgia relacionaram-se a: visita da família, estar na companhia
de familiares, ser bem medicado, receber orientações, visita e
bom atendimento dos médicos e enfermeiras, tranqüilidade,
paz, calma, ausência de dor.

 Considerando a relação existente entre o conforto e o trabalho


da enfermagem e a constatação de que as ações de enfermagem
devem procurar responder as expectativas e necessidades dos
pacientes, percebe-se a importância da realização de medidas
para proporcionar conforto ao mesmo.
Conforto do Paciente

 Medidas adotadas pela Enfermagem para proporcionar


Conforto:

• Ambiente limpo, arejado, em ordem, temperatura adequada


e leito confortável;
• Boa postura do paciente: realizar mudança de decúbito;
movimentação ativa ou passiva;
• Respeito quanto à individualidade do paciente;
• Inspirar sentimento de confiança, segurança e otimismo;
• Recreação através de atrativos. Exemplos: TV, grupos de
conversa, trabalhos manuais, leituras.
• Realizar massagem de conforto;
• Realizar medidas para alívio da dor;
• Higiene corporal, sempre que necessário.
Conforto do Paciente

 Pacientes que permanecem muito tempo acamados


requerem uma atenção especial. Os inconscientes
geralmente apresentam reflexos alterados, com diminuição
ou abolição de movimentos voluntários.

 A imobilização facilita complicações traqueobrônquicas; a


circulação torna-se deficiente em determinados pontos da
área corpórea, sofrendo maior pressão, provocando
ulcerações; o relaxamento muscular e a posição incorreta
dos vários segmentos do corpo pode provocar
deformidades. A mudança de decúbito, exercícios passivos
e massagem de conforto são medidas utilizadas para
prevenir.
Conforto do Paciente

 Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Materiais necessários para o procedimento:


• Comadre;
• Papel higiênico;
• Biombos;
• Bacia com água morna;
• Toalha de banho;
• Sabonete.
Conforto do Paciente

 Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Lavar as mãos;
• Identificar o paciente;
• Cercar a cama com biombos;
• Explicar ao paciente o que vai ser feito;
• Reunir o material necessário junto a unidade;
• Colocar as luvas de procedimento;
• Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção
em sua superfície, com a extremidade sobre o lençol
ou colocando-a em contato com água quente);
Conforto do Paciente

 Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele
estiver impossibilitado, levantar por ele, com a ajuda
de outro funcionário da Enfermagem;
• Colocar a comadre sob os quadris;
• Deixar o paciente sozinho, sempre que possível;
• Ficar por perto e voltar tão logo ele o chame;
• Entregar papel higiênico ao paciente, orientando-o
sobre a higiene intima e se necessário, realize por ele.
• Se fezes, realizar a higiene dos genitais todas as vezes
que se fizer necessário.
Conforto do Paciente

 Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Pedir novamente ao paciente ajuda, que levante o
quadril, colocando força na planta dos pés na cama, e
se necessário, realize o procedimento com ajuda.
• Retirar a comadre; após a higiene.
• Fornecer bacia com água para que o paciente lave as
mãos;
• Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos;
• Lavar o material;
• Colocar o material restante no lugar;
Conforto do Paciente

 Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Deixar o paciente em posição confortável;
• Desprezar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar no prontuário.

 Observação - Não deixar um paciente esperando pela comadre,


por se tratar de um ato fisiológico a espera pode levar a
angústia física e emocional, podendo ocorrer diminuição do
tônus dos esfíncteres. Por se tratar de um momento íntimo,
muitos pacientes tem que ficar sozinhos, pois se sentem
inibidos, não conseguindo evacuar perto de outras pessoas.
Conforto do Paciente

 Massagem de conforto

Técnica do procedimento:
1 - Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se
encontra a pessoa que irá fazer a massagem;
2 - Virar o paciente em decúbito ventral ou lateral;
3 - Após lavar as costas, despejar na palma da mão
pequena quantidade de creme;
4 - Aplicar nas costas do paciente massageando com
movimentos suaves e firmes, seguindo a seguinte
orientação:
Conforto do Paciente

 Massagem de conforto

Técnica do procedimento:
• Deslizar as mãos suavemente, começando pela base da
espinha e massageando em direção ao centro, em volta
dos ombros e dos lados das costas por quatro vezes;
• Realizar movimentos longos e suaves pelo centro e
para cima da espinha, voltando para baixo com
movimentos circulares por quatro vezes;
Conforto do Paciente

 Massagem de conforto

Técnica do procedimento:
• Realizar movimentos longos e suaves pelo centro da
espinha e para cima, retornando para baixo
massageando com a palma da mão, executando
círculos pequenos;
• Repetir os movimentos longos e suaves que deram
início a massagem, por três a cinco minutos e continuar
com o banho ou mudança de decúbito.
Anamnese

 Chama-se anamnese a entrevista realizada com o objetivo


de conhecer o histórico relativo à saúde física e mental do
paciente.

 A finalidade da anamnese é promover um intercâmbio das


informações entre o paciente e a enfermagem e assim
identificar os principais sinais e sintomas e a causa do
problema.
Anamnese

 Estrutura da Anamnese

1 - Identificação ou dados bibliográficos - É importante para


reconhecer quem é o paciente e a que possíveis doenças ele
está exposto.

• Data e hora da entrevista;


• Nome;
• Endereço, Telefone, Idade, Raça, religião;
• Estado civil;
• Profissão.

Repita as informações para verificar a exatidão.


Anamnese

 Estrutura da Anamnese

2 - Queixa principal e duração - Motivo pelo qual foi buscado o


atendimento.

• Por que você procurou o hospital? (Motivo imediato pelo


qual o paciente procurou o serviço de saúde);
• Há quanto tempo essa preocupação existe? (Estabeleça o
momento exato do início da queixa).
Anamnese

 Estrutura da Anamnese

3 - História da doença atual - Tem a finalidade de ampliar a


descrição da queixa principal e relacioná-la com outros
sintomas.

• Modo como começou a doença (os sintomas), se súbito


ou gradativo;
• Duração e frequência dos sintomas atuais;
• História de uma crise típica e com sintomas associados;
• Perguntar sobre tratamentos prévios e prescrições
médica.
Anamnese

 Estrutura da Anamnese

4 - História patológica pregressa:

• Perguntas sobre a saúde do cliente antes da doença,


muitas vezes a queixa é uma complicação de uma doença
que já existia;
• Que doenças você sabe que possui? Desde quando?
• Já teve alguma doença infecciosa? (Sarampo, caxumba,
pneumonia, tuberculose...) quais vacinas você já tomou?
• Já fez alguma cirurgia? Quando? Por quê?
• Já teve algum traumatismo, lesão?
Anamnese

 Estrutura da Anamnese

5 - História Familiar - Devemos conhecer a história familiar do


cliente, pois há doenças com reconhecido fator genético
importante, outras em que a convivência com pessoas afetadas
aumenta a chance de contágio. Por isso perguntar sempre
sobre:

• Estado de saúde dos pais e avós, ou causas de suas


mortes;
• Doenças em filhos, irmãos e irmãs;
• Casos de doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia,
hipertensão arterial, diabetes e câncer na família.
Anamnese

 Estrutura da Anamnese

6 - História social - Procure saber um pouco sobre a rotina do


seu cliente, gostos, dúvidas, relação com familiares, situação
profissional e planos; além de fortalecer a relação com o
paciente, alguns desses problemas podem ter grande impacto
sobre a saúde do paciente.

• Ao fim, pergunte se há algo que o cliente queira dizer ou


perguntar. Se necessário, confirme os dados.
Técnicas de Exames Físicos

 Inspeção: Consiste no processo de observação, um exame


visual das partes do corpo. Com a inspeção pode-se dar conta do
aspecto geral da área examinada e das características específicas
em relação ao tamanho, forma, posição anatômica, textura,
movimento e simetria.

Devemos observar a postura, os movimentos corporais,


condições de higiene e padrão de fala. A prática leva o
profissional a perceber as variações de uma pessoa para a outra.
Técnicas de Exames Físicos

 Palpação: as mãos são nossos instrumentos de palpação, com


elas nós percebemos alterações específicas com relação à forma,
textura, espessura, sensibilidade e volume. Muitas vezes não
podemos ver determinadas estruturas corporais, mas, com o
toque podemos identificar alguma alteração como, por exemplo:
tireoide ou linfonodos aumentados.

ATENÇÃO: ao examinar o abdome, a ausculta deve ser feita


antes da palpação e da percussão, para evitar alterações nos
sons intestinais.
Técnicas de Exames Físicos

 Percussão: consiste em golpear a superfície do corpo com a


ponta dos dedos para produzir som, avaliar o tamanho e
consistência dos órgãos, bem como para descobrir líquidos nas
cavidades corporais. Devemos observar o som e a resistência
oferecida pela região golpeada. É uma prática que requer
bastante habilidade.

Os dois métodos de percussão são o direto (envolve o


golpeamento da região examinada diretamente com um ou dois
dedos) e o indireto (é feito com o dedo indicador ou o dedo
médio da mão dominante, pressionando-o firmemente sobre a
zona a ser percutida. Com o dedo médio da outra mão, que deve
estar um pouco flexionado, golpeia-se o dedo a ser percutido,
produzindo-se os sons).
Técnicas de Exames Físicos

 São cinco os sons básicos da percussão:

• Timpânico: como um tambor (víscera vazia, exemplo:


fundo do estômago);
• Ressonância: oco (pulmão normal);
• Hiper-ressonante: vibrante (pulmão enfisematoso);
• Maciço: sólido (víscera cheia, ou fígado);
• Som claro (submacicez): músculo.
Técnicas de Exames Físicos

 Ausculta: consiste em escutar sons produzidos por diferentes


órgãos do corpo. É útil para avaliação dos sons emitidos pelo
coração, pelos pulmões, pelos intestinos e vasos. O estudante
deve primeiramente aprender os sons normais criados pelo
sistema cardiovascular, respiratório e gastrintestinal.

Os sons anormais podem ser reconhecidos apenas depois de


aprendidas as variações normais. Para auscultar
corretamente é necessário uma boa audição e um bom
estetoscópio (que deve ser colocado na pele sem roupas,
pois o tecido abafa os sons).
Técnicas de Exames Físicos

É importante estar familiarizado com o estetoscópio, é


proveitoso praticar seu uso com um amigo. A ausculta requer
concentração e prática. Fechar os olhos pode ajudar a
focalizar determinado som.

Os exemplos de fenômenos acústicos clinicamente


importantes, incluem os murmúrios vesiculares (sons
percebidos durante a ausculta normal dos pulmões) e os
ruídos adventícios (sons anormais durante a ausculta
pulmonar).
Exame Físico Geral

O exame físico geral constitui-se como importante ferramenta ao


raciocínio clínico e a sua realização estreita a relação entre o
profissional de saúde e o paciente/cliente. É fundamental que se
realize de maneira completa, minuciosa e se peça permissão ao
paciente para examiná-lo, fornecendo informações do porquê e
como será realizada cada etapa do exame.

O exame físico pode ser dividido em parâmetros qualitativos


(subjetivos) e quantitativos (objetivos). Desta forma, a experiência,
tanto para adquirir um padrão de normalidade como para obter
maior precisão da técnica, será um fator que tornará o exame mais
preciso.
Parâmetros Qualitativos

Dos parâmetros qualitativos, um dos primeiros a serem notados é o


estado geral do paciente. Este pode ser bom, regular e mau (BEG,
REG, MEG) levando-se em conta o contexto (ambulatório ou
enfermaria, por exemplo).

Um paciente que conversa normalmente sem sinais de doença


grave, encontra-se em BEG. Já um paciente com alguma alteração
de normalidade pode ser classificado em estado geral regular. Por
fim, um paciente com doença debilitante, por exemplo, que não
consiga nem se sentar, encontra-se em MEG.
Parâmetros Qualitativos

Em seguida avaliamos a coloração, se o paciente está corado


(normocorado) ou não, descorado ou pálido (hipocorado). A
presença de palidez é um sinal indireto da presença de anemia.

Todavia, a simples observação da pele está sujeita a erros, já que


no frio pode ocorrer vasoconstrição e a pele tornar-se pálida.

Assim, um paciente que aparenta ter um grau leve de anemia


seria classificado como descorado 3+/4+ (três cruzes em quatro).
Esta graduação parte de um parâmetro pessoal e, portanto,
sujeita a erros, nem sempre se correlacionando à medida
laboratorial de hemoglobinas.
Parâmetros Qualitativos

O próximo sinal a ser observado é se há presença de icterícia, um


aumento de bilirrubinas no sangue, que pode ser devido a uma
doença no fígado, entre outras coisas. Esta pode ser observada por
uma coloração amarelada da pele, freio da língua e esclera do olho.

De preferência procura-se observar o paciente na presença de luz


natural, já que luzes artificiais podem diminuir a visão da cor
amarelada da esclerótica.

Por ser um sinal qualitativo, o grau de icterícia também é medido


em cruzes, sendo uma para o paciente levemente ictérico e quatro
para aquele intensamente ictérico. Os pacientes que não
apresentam icterícia são ditos anictéricos.
Parâmetros Qualitativos

Outro sinal importante é a presença de cianose, que se traduz


por uma coloração azulada mais facilmente vista nos lábios,
extremidades (leito ungueal-unhas), e pavilhões auriculares.

A cianose ocorre por um aumento da concentração de


hemoglobina reduzida (não ligada ao oxigênio) o que pode ser
devido à uma má oxigenação do sangue.

Se o paciente não apresenta cianose, é dito acianótico. Como


nos outros sinais, o grau de cianose é aferido por cruzes, sendo
uma, cianose leve e quatro, um grau mais importante.
Parâmetros Qualitativos

Hidratação é aferida pela observação da umidade das mucosas,


principalmente oral e língua. Em um paciente hidratado, a pele
tem turgor (consistência) elástico.

Em idosos, pode ocorrer uma diminuição fisiológica da umidade


da mucosa e a pele tem alteração do turgor, dificultando o
achado de desidratação.

Em criança, o turgor da pele pode ser notado fazendo-se uma


prega no abdome e outro sinal de desidratação é a fontanela
(moleira) deprimida.
Parâmetros Qualitativos

O nível de desidratação pode ser medido pelo sistema de cruzes


indo de uma (quadro leve) à quatro (quadro grave). Deve-se ter em
mente que dificilmente, um adulto consciente, com acesso a água e
sem vômitos ou diarreia apresentará quadro de desidratação.

Além da falta de hidratação, pode ocorrer o seu excesso, que é o


chamado edema. Este pode ser notado ao realizar- se pressão na
região pré-tibial e persistindo-se a impressão do dedo na pele.

O edema ou inchaço, ocorre a partir do aumento da


permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva
ao extravasamento do líquido de dentro do vaso para o espaço
intersticial extracelular (fora da célula).
Parâmetros Quantitativos

Os parâmetros quantitativos incluem a medida do pulso,


frequência respiratória, pressão arterial, temperatura, peso e
altura.

• Medidas Antropométricas - É o ato de verificar peso e


altura. Tem a finalidade de acompanhar o crescimento
pôndero-estatural, detectar variações patológicas do
equilíbrio entre peso e altura.
Parâmetros Quantitativos

 Método de verificação do peso:

• Forrar a balança com papel toalha;


• Regular ou tarar a balança;
• Solicitar ao paciente que use roupas leves;
• Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados,
colocando-o no centro da mesma, com os pés unidos e os
braços soltos ao lado do corpo;
• Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado
do paciente;
• Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança;
• Ler e anotar o peso indicado na escala;
• Auxiliar o paciente a descer da balança;
• Colocar os mostradores em zero e travar a balança.
Parâmetros Quantitativos

 Método de verificação de estatura:

• Colocar o paciente de costas para a escala de medida;


• Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste
repouse sobre a cabeça do paciente;
• Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em
posição anatômica com os pés unidos;
• Travar a haste;
• Auxiliar o paciente a descer da balança;
• Realizar a leitura e anotar;
• Destravar e descer a haste.
Observação: Para verificação de peso e estatura de crianças existem
balança e régua apropriada, onde a criança permanece deitada.
Balanço Hídrico

 Balanço hídrico é o processo de observação e registro da


quantidade de líquidos administrados e eliminados pelo
paciente no período de 24 horas, com o objetivo de verificar
perdas e/ou ganhos de líquidos e eletrólitos.

A manutenção da quantidade adequada de líquidos no


organismo e de seus elementos são fatores essenciais para a
vida, pois os líquidos correspondem aproximadamente 50 a 70%
do peso corporal exercendo um papel importante no organismo,
como:
• Transporte de oxigênio e nutrientes para a célula e remoção
dos produtos de degradação.
• Manutenção do equilíbrio físico e químico.
Balanço Hídrico

 A eliminação de líquidos é denominada perda sensível


(mensurável, que podemos medir) e perda insensível (não
mensurável). A água é eliminada do organismo pela pele,quando
transpiramos, pelos rins, quando urinamos, pelo intestino,
através das fezes e pelos pulmões durante as respirações.

 Aproximadamente 300 a 500 ml são eliminados pelos pulmões


em 24 horas e aproximadamente 500ml/dia de água são
eliminados pela pele através da transpiração. A quantidade de
perda insensível, em um adulto, é de aproximadamente 500 a
1.000 ml/dia;.
Líquidos Administrados

 Soros;
 Medicações EV;
 Diluição de medicações (EV e VO);
 Sangue e derivados;
 Medicações VO líquidas (nistatina, óleo mineral);
 Controle de líquidos fornecido pela copa (ver coerência
em relação à aceitação);
 Sonda nasoenteral: dieta.
Líquidos Eliminados

 Urina;
 Fezes (diarreia);
 Vômitos;
 Drenagens;
 Sangramentos.
Medidas Importantes ao Controle

 Aspecto (acolia, melena, com sangue) e quantidade das


fezes (P, M, G). Medir as diarreias;
 Quantidade e aspecto da diurese. Pesar as fraldas;
 Em caso de vômito, anotar o aspecto (alimentar,
sialorreia, etc.);
 Aspecto das drenagens: Se mais de dois drenos,
especificar a drenagem de cada um;
 Pesar os curativos quando houver sangramentos ou
ascite volumosos;
 Todas as medicações EV devem ser registradas.
Balanço Hídrico

 Quando fechar o Balanço Hídrico?


O balanço hídrico parcial deve ser fechado sempre as 06,
12, 18 e 24 horas. O balanço hídrico total deve ser
fechado às 24 horas pelo enfermeiro responsável. Em
muitas instituições este balanço é realizado no horário das
7h da manhã e à noite as 19h.
Balanço Hídrico

 Como fechar o Balanço Parcial?


• Devemos somar todos os líquidos administrados e somar
todos os líquidos eliminados. Após fazer a subtração dos
líquidos eliminados dos líquidos administrados.
• Colocaremos o sinal de “+” se o líquido administrado for
maior que o líquido eliminado. Colocaremos o sinal de “-”
se o líquido eliminado for maior que o líquido
administrado.

 Onde anotar?
• Devemos anotar os valores corretamente na folha de
sinais vitais.
Coleta de Materiais

 Coleta de Materiais para Exames:


• Os exames de laboratórios destinam-se a
complementação diagnóstica e assumem importância
considerável, desde que observadas as normas corretas
da coleta do material. Geralmente cabe à enfermagem, o
preparo do paciente, a obtenção e encaminhamentos de
amostras de urina, fezes e escarro. Em muitos serviços,
apenas a coleta de exsudatos e sangue é feita pelo
pessoal do laboratório.
Coleta de Materiais

 Normas gerais:
• Informar o paciente sobre o exame que deverá ser feito, suas
finalidades, métodos de coleta e necessidade de sua
colaboração, minimizando preocupações e ansiedade na
realização dos mesmos;
• Empregar frascos ou recipientes adequados e com tampas
perfeitamente ajustáveis;
• Lavar as mãos antes e após a coleta do material e usar luvas;
• Rotular o frasco com etiqueta, onde deve constar: nome do
paciente, n° do registro geral, número da enfermaria, leito,
exame solicitado, data e hora da coleta, médico requisitante,
pessoa responsável pela coleta do material e caso haja
necessidade de mais amostras, numerar os frascos.
Coleta de Materiais

 Normas gerais:
• Manter a parte externa dos frascos limpos e pedir ao
paciente que não os contamine;
• Todo material coletado deve seguir imediatamente para o
laboratório, acompanhado da respectiva requisição;
• Efetuar registro no prontuário do paciente, constando,
horário, tipo de material colhido e exame solicitado.
Coleta de Materiais

 Coleta de Urina:
• Urina Tipo I - Amostra ideal para exame de rotina ou
Tipo I de preferência deve ser colhida no laboratório, se
não for possível deve ser levado ao laboratório dentro
de 1 hora. Este tipo de amostra é essencial para evitar
resultados falsos negativos no teste de gravidez e para
avaliar a proteinúria ortostática (deitado). Trata-se de
uma amostra mais concentrada o que garante a
detecção de substâncias que podem estar presentes
nas amostras aleatórias, mais diluídas.
Método de Coleta

 Mulheres:
• De preferência no vaso sanitário;
• Fazer assepsia da vagina e destampar o frasco estéril.
• Com uma das mãos afastar os grandes lábios e com a
outra segurar o frasco já destampado.;
• Desprezar o primeiro jato;
• Colher a porção média no frasco estéril, urinando em
jato para que a urina não escorra na região genital;
• Desprezar o restante da micção;
• Tampar o frasco imediatamente;
• Evitar coletar em período menstrual;
• Volume mínimo de 10 ml.
Método de Coleta

 Homens:
• Fazer assepsia do pênis;
• Destampar o frasco estéril;
• Retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra
segurar o frasco já destampado;
• Desprezar o primeiro jato de urina;
• Colher a porção média no frasco estéril urinando em
jato para que a urina não escorra na região genital;
• Desprezar o restante da micção;
• Tampar o frasco imediatamente;
• 10 a 20 ml é ideal.
Método de Coleta

 Urina de 24 horas
Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de
determinada substância química na urina, ao invés de
registrar apenas sua presença ou ausência.

Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada


cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos
exatos. Devemos manter o paciente hidratado durante os
períodos de coletas curtas.
Procedimento de Coleta

 Para conseguir uma amostra precisamente cronometrada,


é necessário iniciar o período de colheita com a bexiga
vazia. Pegar recipiente devidamente limpo e seco para
coleta, com capacidade de 2.000 ml, já que o volume será
bem maior que o normal.
Procedimento de Coleta

 1º dia – 7 h da manhã: Urinar e descartar a amostra. O


paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas. (As
amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas).

 2º dia – 7 h da manhã: o paciente urina e junta toda esta


urina com aquela previamente colhida. E leva até o
laboratório todo volume que foi recolhido.
Procedimento de Coleta

 Enviar toda a urina ou a amostra ao laboratório. Para a


amostra de 24 horas deve- se misturar toda a urina e pegar
uma amostra de uns 10-20 ml, anotando na etiqueta o
volume total de 24h. Se tratando de Clearence de
creatinina, colher a urina de 24h. Ao completar 24h, colher
5 ml de sangue em tubo seco. Não se pede jejum. Pesar e
medir a altura do paciente e anotar na requisição.
Exame Simples

 Instruir o paciente sobre o exame, fazê-lo urinar em


recipiente limpo e seco previamente rotulado e enviar ao
laboratório com a requisição.

• TIG (Teste Imunológico de Gravidez) - Colher a primeira


urina da manhã. Seguir método de coleta para o exame
simples.

• Glicosúria - É a eliminação de glicose pela urina. Quando o


sangue é filtrado pelos rins, as substâncias que são
desnecessárias são eliminadas na urina, enquanto as
necessárias, como a glicose, são reabsorvidas e reenviadas
ao sangue. Nos indivíduos sadios praticamente toda glicose
é reabsorvida.
Método de Coleta

 Entregar ao paciente a comadre limpa e seca e pedir que


avise assim que urinar;
 Calçar as luvas;
 Retirar (cortar) 1 cm de GLICOFITA.
 Mergulhar por um minuto a ponta da fita na urina e
comparar a cor da fita com a cor padrão;
 Tirar as luvas, lavar as mãos e registrar o resultado no
relatório;
 Tomar as medidas previstas caso o paciente deva receber
insulina, de acordo com a glicosúria apresentada.
Método de Coleta

 Coleta Estéril
Jato médio para realizar urocultura - É útil para realização
de cultura em urinas suspeitas de infecção bacteriana.
Seguir a mesma técnica de coleta de Urina tipo I, só que
empregando pote (frasco) estéril. De preferência o
paciente deve urinar diretamente no frasco.
Coleta de Fezes

 Parasitológico
• O exame parasitológico de fezes é utilizado para
identificação de diversas infestações parasitárias, ovos ou
larvas de helmintos e de cistos de protozoários;
• Instruir o paciente sobre o exame;
• Preparar recipiente limpo, rotular e tampar;
• Pedir a paciente que evacue em comadre limpa;
• Calçar as luvas;
• Colher pequena quantidade de fezes com uma espátula;
• Em pessoas incapaz de evacuar na comadre, colher as fezes
em fralda ou pano;
• Enviar ao laboratório com a requisição.
Coleta de Fezes

 Pesquisa de Sangue oculto nas Fezes

Orientar o paciente que durante 3 dias antes da coleta,


evite a ingestão de: produtos com corantes, alimentos
vermelhos (beterraba, tomate), carne vermelha, vegetais
clorofilados (verdes), medicamentos à base de ferro e
outros como: aspirina, AAS, anti-inflamatório não
esteroides, anticoagulantes, colchicina, reserpina, vitamina
C, iodo, sulfato ferroso e corante radiológico. Evitar
bebidas alcoólicas por 3 dias antes da coleta. Coletar a
amostra no 4° dia, logo após a dieta
Coleta de Fezes

 ATENÇÃO - O material não deve ser colhido no período


menstrual. Deve-se ter todo cuidado ao escovar os dentes
para evitar sangramentos em gengivas.

 Método - Colher as fezes em recipientes apropriados,


seguindo normas do laboratório. Manter material à
temperatura ambiente até 30 minutos da coleta. Após isso,
manter o material refrigerado.
Coleta de Fezes

 Coleta de Exsudato (feridas, cavidades naturais):

• Orientar o paciente a respeito do exame;


• Após lavar as mãos, calçar luvas esterilizadas;
• Passar o cotonete, estilete ou “Swab” na região indicada,
colhendo uma amostra significativa do material solicitado;
• Recolocar o instrumento de coleta no frasco ou tubo e
tampá-lo devidamente;
• Enviar ao laboratório com a requisição;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado.

Atenção: se tratando de coleta de pus de uma ferida, o procedimento


antecederá à realização do curativo.
Coleta de Sangue

Do ponto de vista da sua constituição, o sangue é considerado


como um sistema complexo e relativamente constante, constituído
de elementos sólidos (células sanguíneas), substância líquida (soro
ou plasma) e elementos gasosos (O e CO). Para obtê-lo, o
procedimento é conhecido como punção venosa, flebotomia.

Para alguns exames é necessário jejum de 12 horas, como por


exemplo, dosagem de hormônios, de proteínas totais, colesterol e
triglicerídeos, albuminas e ácido úrico e alguns exames de sorologia
e imunologia, especialmente o da rubéola. Outros exigem que o
sangue seja colhido com anticoagulante (EDTA- ácido tetra acético
etileno diamino) como coagulograma, hemograma e gasometria. Já
os exames para hepatite, sífilis, HIV e outros, não se faz necessário
jejum, nem anticoagulante.
Coleta de Sangue

 Material

• Seringa de 5 ou 10 ml ou tubo vacutainer;


• Álcool a 70%;
• Agulha 25 x 8;
• Luvas de procedimento;
• Frascos ou tubos rotulados;
• Garrote;
• Algodão;
• Requisição;
• Saco plástico para resíduos.
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

• Instruir o paciente sobre o exame;


• Preparar o ambiente providenciando boa iluminação;
• Lavar as mãos;
• Colocar o material na mesa de cabeceira;
• Posicionar o paciente, se possível sentado ou em decúbito
dorsal; O braço do paciente deve ser posicionado em uma
linha reta do ombro ao punho, de maneira que as veias
fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável
possível. O cotovelo não deve estar dobrado e a palma da
mão voltada para cima;
• Calçar as luvas;
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

• Palpar e selecionar a veia a ser puncionada; A regra básica


para uma punção bem sucedida é examinar
cuidadosamente o braço do paciente. As características
individuais de cada um poderão ser reconhecidas através
de exame visual e/ou palpação das veias. Deve-se sempre
que for realizar uma punção, escolher as veias do braço
para a mão, pois neste sentido encontram-se as veias de
maior calibre e em locais menos sensíveis a dor.
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

• Garrotear. O garrote é utilizado durante a coleta de sangue


para facilitar a localização das veias, tornando-as
proeminentes. O garrote deve ser colocado no braço do
paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm
acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não
poderá ser interrompido. Para tal, basta verificar a pulsação
do paciente. Mesmo garroteado, o pulso deverá continuar
palpável. O garrote não deve ser deixado no braço do
paciente por mais de um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar
o garrote logo após a punção, pois o garroteamento
prolongado pode acarretar alterações nas análises.
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

• Fazer a antissepsia da área com algodão embebido em


álcool, no sentido do retorno venoso, para estimular o
aparecimento das veias.
• Deixar o algodão na bandeja ou segurá-lo com o dedo
mínimo.
• Com o polegar da mão não dominante fixar a veia,
esticando a pele abaixo do ponto da punção.
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

• Segurar a seringa horizontalmente, com a mão dominante,


mantendo o indicador sobre o canhão da agulha.
• Introduzir a agulha com o bisel e a graduação da seringa
voltados para cima. A agulha deve penetrar na veia
aproximadamente 1cm e ser mantida num ângulo de 15°.
• Aspirar a seringa com a mão que fixava a veia. Isto evitará
movimentos desnecessários e deslocamento da agulha. Se usar
vacutainer, aguardar seu enchimento.
• Após a coleta do sangue necessário, pedir para o paciente abrir a
mão, desprender o garrote e remover a agulha, com movimento
único e suave, apoiando o local com algodão embebido em
álcool.
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

• Para facilitar a hemostasia, fazer leve pressão no local da


punção com o algodão.
• Fazer com que a amostra de sangue escorra
vagarosamente pela parede do tubo, evitando a hemólise.
Se o frasco tiver anticoagulante, agitá-lo levemente, para
misturar bem com o conteúdo.
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável.
• Enviar o material ao laboratório com a requisição.
• Anotar o cuidado descrevendo as observações.
Coleta de Sangue

 Método de Coleta:

Vacutainer
Verificação de Sinais Vitais

 As alterações da função corporal geralmente se refletem na


temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na
pressão arterial, podendo indicar enfermidade. Por essa
razão são chamados sinais vitais e pela importância de cada
um deles, sua verificação e anotações devem ser exatas.
Os sinais vitais referem-se a:

• Temperatura (T);
• Pulso ou Batimentos Cardíacos (P);
• Respiração (R);
• Pressão Arterial (PA).
Verificação de Sinais Vitais

 Materiais necessários para aferição dos Sinais Vitais:

• Esfigmomanômetro;
• Estetoscópio;
• Termômetro;
• Recipiente com algodão (umedecer com álcool só o
necessário para uso imediato);
• Recipiente com álcool a 70%;
• Relógio com ponteiros de segundos;
• Papel ou bloco de anotações (sugestão: escrever
previamente no papel o nome e o número do leito de cada
cliente para organizar as anotações).
Verificação da temperatura

 Valores normais no adulto:

• Temperatura axilar: 35,5° a 37°C, contraindicado em casos de


queimaduras no tórax e em pacientes muito magros.
• Temperatura bucal: 36° a 37,4°C, contra indicado em
pacientes inconscientes, agitados, com queimaduras de face
e cirurgias na boca.
• Temperatura retal: 36° a 37,5°C, mais fidedigna que a axilar e
bucal. Contra indicado em pacientes com cirurgias do reto,
diarreia e em pacientes propensos a bradicardia (estímulo
vagal do ânus).
• Temperatura timpânica: 36 a 38,2°C.
Verificação da temperatura

 Terminologias Específicas:

• Normotermia: temperatura corporal normal.


• Afebril: ausência da elevação da temperatura.
• Febrícula: temperatura corporal (axilar) entre 37,1 e 37,5° C.
• Hipertermia: quando a temperatura corporal encontra-se
acima do valor normal.
• Hiportermia: temperatura corporal abaixo do valor normal.
Verificação da temperatura

 Procedimentos:

• Explicar o procedimento ao paciente.


• Realizar a desinfecção do termômetro com algodão
embebido em álcool a 70%.
• Em casos de termômetros digitais zera-lo; em caso de
termômetros de mercúrio sacudi-lo cuidadosamente até que
a coluna de mercúrio desça abaixo de 35°C.

Observação - As três etapas descritas acima devem ser


realizadas antes da aferição da temperatura axilar, bucal, retal e
timpânica.
Verificação da temperatura

 Temperatura Axilar:

• Enxugar a axila do paciente (a umidade pode abaixar a


temperatura real do corpo).
• Colocar o termômetro com o bulbo em contato direto com a
pele na região axilar.
• Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao
ombro oposto.
• Retirar após 3 a 5 minutos.
• Verificar o valor e registrar.
• Comunicar e registrar alterações.
• Realizar desinfecção do termômetro.
Verificação da temperatura

 Temperatura Bucal:

• Colocar o termômetro sob a língua do paciente.


• Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao
ombro oposto.
• Retirar após 3 a 5 minutos.
• Verificar o valor e registrar.
• Comunicar e registrar alterações.
• Realizar desinfecção do termômetro.
Verificação da temperatura

 Temperatura Retal:

• Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento.


• Colocar o paciente em decúbito lateral.
• Lubrificar o termômetro com vaselina e introduza-lo dois
centímetros pelo ânus.
• Retirar após 3 a 5 minutos.
• Verificar o valor e registrar.
• Lavar o termômetro com água e sabão.
• Retirar as luvas e lavar as mãos.
• Anotar a temperatura, usando um “R” para indicar a região
onde foi verificada.
Verificação da temperatura

 Temperatura Retal:

Observação - Este procedimento é mais utilizado nas


maternidades e serviços de pediatria. Neste caso, o
termômetro é individual, de tipo apropriado, isto é, com o
bulbo de mercúrio curto, arredondado e de vidro mais
grosso. É indicado também para adultos em estado grave ou
inconscientes.
Verificação do pulso

 Radial (pulso).
 Braquial (região interna do braço).
 Carótida (próximo à laringe).
 Poplítea (atrás do joelho).
 Pediosa (dorso do pé).
Verificação do pulso

 Terminologias básicas:

• Pulso normocárdico: batimento cardíaco normal.


• Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais.
• Pulso arrítmico: intervalos entre os batimentos desiguais.
• Taquisfigmia ou taquicardia: pulso acelerado, acima do
valor normal.
• Bradisfigmia ou bradicardia: frequência cardíaca abaixo do
valor normal.
• Pulso filiforme: fraco, quase que imperceptível.
Verificação do pulso

 Método de verificação do pulso:

• Explicar o procedimento ao paciente.


• Manter o paciente confortável (deitado ou sentado), com
o braço apoiado.
• Colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria,
fazendo leve pressão (o suficiente para sentir a pulsação).
• Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
• Contar batimentos em período de um minuto.
• Repetir contagem, em casos de dúvidas.
• Anotar o valor e comunicar alterações.
Verificação do pulso

 Método de verificação do pulso:

Observações - Não usar o polegar para verificação do pulso,


pois a própria pulsação pode ser confundida com a pulsação
do paciente. Aquecer as mãos. Não fazer pressão forte sobre
a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos.
Verificação da Respiração

 A respiração é o ato de inspirar e expirar, promovendo a


troca de gases entre o organismo e o ambiente. A frequência
respiratória normal no adulto varia entre 16 a 20 respirações
por minuto (rpm).

 Terminologias Básicas

• Eupneia: respiração normal.


• Taquipneia: respiração acelerada (mais que 20 rpm).
• Bradipneia: diminuição dos movimentos respiratórios (menos
que 16 rpm).
• Apneia: ausência de movimentos respiratórios.
• Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar.
Verificação da Respiração

 Método de Verificação:

• Lavar as mãos
• Deixar o tórax do paciente visível (pode estar sentado ou deitado).
• Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os
dois movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento
respiratório.
• Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
• Contar os movimentos respiratórios durante um minuto.
• Anotar o valor.
• Comunicar e registrar anormalidades.

Observações - Pedir que o paciente não fale durante o procedimento.


Não contar respiração após esforços físicos
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 A pressão arterial é a força com que o sangue bate na parede


dos vasos sanguíneos. É determinada pelo volume de sangue
que sai do coração e pela resistência que ele encontra.

 Ao medir a pressão arterial, consideramos a pressão máxima


(sistólica) e a pressão mais baixa (diastólica). A pulsação
ventricular ocorre em intervalos regulares. A P.A. é medida em
milímetros de mercúrio (mmHg).

 A posição recomendada para a medida da pressão arterial (PA) é


a sentada. Entretanto, a medida na posição ortostática (de pé)
deve ser feita pelo menos na primeira avaliação, especialmente
em idosos, diabéticos, alcoólicos e pacientes em uso de
medicação anti-hipertensiva.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale


e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com
temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o
efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela
tensão provocada pela simples presença do profissional de
saúde, particularmente do médico).

• Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia;


não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu
bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos
antes; e não está com as pernas cruzadas.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de


roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo
ligeiramente fletido.

• Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou


do mostrador do manômetro aneroide.

• Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu


desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica;
desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar
novamente.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a


artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão
excessiva.

• Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar de 20


a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a
deflação (desinflando o manguito), com velocidade constante
inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som
que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade
para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto
para o paciente.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento


do primeiro som, seguido de batidas regulares que se
intensificam com o aumento da velocidade de deflação.
Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som.

• Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para


confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação
rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o
nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos
sons.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica.


Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos
terminados em zero ou cinco.

• Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.


Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Hipertensão Arterial

• Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial


sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial
diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não
estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. É preciso
ter cautela antes de rotular alguém como hipertenso, tanto
pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como pela
repercussão na própria saúde do indivíduo e o custo social
resultante. O Quadro 1 apresenta a classificação da pressão
arterial para adultos com mais de 18 anos.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

 Hipertensão Arterial
Pressão Arterial Sistólica Pressão Arterial Diastólica
Classificação
(mmHg) (mmHg)
Normal Menor que 120 Menor que 80

Pré-hipertensão 120-139 80-89


Estágio 1 :
HIPERTENSÃO 90-99
140 -159
Estágio 2 : Maior ou
Maior ou igual a 100
igual a 160

Classificação da pressão arterial

Observação - Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em


categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio.
Movimentação e Transporte do Paciente

 Movimentação de Paciente:

• Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão;


• Trabalhar com segurança e com calma;
• Manter as costas eretas;
• Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente;
• Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna;
• Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima;
• Utilizar movimentos sincrônicos;
• Trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente, que
deverá ser erguido ou movido;
• Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo
menos, duas pessoas.
Movimentação e Transporte do Paciente

 Movimentação de Paciente:

• Mecânica corporal: é o esforço coordenado dos sistemas


musculoesquelético e nervoso para se manter o equilíbrio, a
posição e o alinhamento corporal ao sentar-se, mover-se,
curvar-se e realizar as atividades da vida diária.
Movimentação e Transporte do Paciente

 Mudanças de Decúbito:

Lembrar que o paciente deve ser estimulado a movimentar-


se de uma forma independente, sempre que não existir
contraindicações nesse sentido.

A seguir conheceremos as mudanças de posição mais


frequentes.
Movimentação e Transporte do Paciente

 1 - Trazer o cliente para um dos lados da cama:

A movimentação no leito deve ser realizada,


preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os
seguintes passos:

• As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama, de


frente para o paciente;
• Permanecer com uma das pernas em frente da outra, com
os joelhos e quadris fletidos, trazendo os braços ao nível
da cama: a primeira pessoa coloca um dos braços sob a
cabeça e, o outro, na região lombar;
Movimentação e Transporte do Paciente

 1 - Trazer o cliente para um dos lados da cama:

• A segunda pessoa coloca um dos braços também sob a


região lombar e, o outro, na região posterior da coxa.
• Trazer o paciente, de um modo coordenado, para este lado
da cama. Se for necessário mover o paciente sem ajuda,
deve-se fazê-lo em etapas, utilizando-se o peso do corpo
como um contrapeso e plásticos facilitadores de
movimentos.
Movimentação e Transporte do Paciente

2 - Colocar o cliente em decúbito lateral


Quando o paciente não é obeso, pode-se seguir as seguintes
fases:

• Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa;


• Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele vai ser
virado, flexionando o joelho.
• Observar o posicionamento do outro braço e fazer o
paciente virar a cabeça em sua direção;
• Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho
como alavancas.
Movimentação e Transporte do Paciente

3 - Movimentar o cliente, em posição supina, para a


cabeceira da cama:

• Se o paciente tem condições físicas, ele pode mover-se


sozinho, com a ajuda de um trapézio.
• O cliente flexiona os joelhos e dá um impulso, tendo como
apoio um plástico antiderrapante sob seus pés ou uma
pessoa segurando-os;
• Pode-se também colocar um plástico deslizante sob as
costas e a cabeça do paciente.
Transporte de Pacientes

1 - Auxiliar o cliente a levantar de cadeira ou poltrona:

• Colocar o cliente para a frente da cadeira, puxando-o


alternadamente pelo quadril;
• Permanecer ao lado da cadeira, olhando do mesmo lado que o
paciente;
• O cliente deve colocar uma mão no braço mais distante da
cadeira e a outra é apoiada pela mão do trabalhador de
enfermagem. Com o outro braço, o trabalhador circunda a
cintura do paciente, segurando no cinto de transferência;
• Levantar de uma forma coordenada, com movimentos de
balanço.
• Dependendo das condições do cliente, pode ser necessária a
participação de outra pessoa, do outro lado da cadeira.
Transporte de Pacientes

2 - Auxiliar o cliente a deambular:

É importante fazer uma avaliação cuidadosa para verificar se


o cliente tem condições de deambular. A pessoa deve
permanecer bem próxima do paciente, do lado em que ele
apresenta alguma deficiência, colocando um braço em volta
da cintura e o outro apoiando a mão. O ideal, nestes casos, é
utilizar um cinto especial, colocado na cintura do paciente.
Transporte de Pacientes

3 - Transferir o cliente do leito para uma poltrona ou cadeira


de rodas:

O paciente pode executar essa transferência de uma forma


independente ou com uma pequena ajuda, utilizando uma
tábua de transferência, da seguinte maneira:
• Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a
mesma altura;
• Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e
elevar o apoio dos pés;
• Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a
cadeira.
Transporte de Pacientes

4 - Transferir o paciente do leito para uma maca:

Não existe maneira segura para realizar uma transferência


manual do leito para uma maca. Existem equipamentos que
devem ser utilizados, como as pranchas e os plásticos resistentes
de transferências nesse caso, o paciente deve ser virado para que
se acomode o material sob ele.

Volta-se o paciente para a posição supina, puxando-o para a maca


com a ajuda do material ou do lençol. Devem participar desse
procedimento quantas pessoas forem necessárias, dependendo
das condições e do peso do cliente. Nunca esquecer de travar
as rodas da cama e do leito e de ajustar sua altura.
Transporte de Pacientes

4 - Transferir o paciente do leito para uma maca:

Transporte de paciente
Contenção no Leito

 A contenção deve satisfazer os seguintes objetivos:

• Reduzir o risco de lesão por queda;


• Evitar interrupção da terapia (tração, infusão, alimentação
por sondas, etc.);
• Evitar que cliente confuso ou agressivo remova o
equipamento de suporte de vida;
• Reduzir risco de lesão para outros clientes.
Contenção no Leito

 Procedimentos - Proceder a restrição no leito dos


segmentos corporais na seguinte ordem:

• Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros,


cruzando-as na região cervical;
• Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com
a atadura de crepe fazer movimento circular, amarrar;
• Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro
sob a região lombar, torcer as pontas, amarrar;
• Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D* sobre o joelho D e
sob o E* e a ponta do lado E sobre o joelho E e sob o D. (*D:
direito **E: esquerdo).
Contenção no Leito

 ATENÇÃO!

• Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10


cm; pois podem causar garroteamento no membro
imobilizado;
• Evitar garroteamento dos membros;
• Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;
• Retirar a restrição uma vez ao dia (banho);
• Proceder limpeza e massagem de conforto no local.
Úlceras por Pressão

 É uma lesão com tendência a necrose dos tecidos. É


causada pela irrigação sanguínea deficiente, ocasionada
por pressão demorada e consequente falta de nutrição
dos tecidos.

 Ocorre frequentemente em pacientes com afecções


graves do sistema nervoso, sobretudo nos hemiplégicos
e paraplégicos, em pacientes em estado de coma ou
politraumatizados incapacitados de mover-se na cama.

 A úlcera de pressão caracteriza-se por uma crosta


enegrecida, formada de tecido mortificado, com
tendência a eliminar-se.
Úlceras por Pressão

 Classificação da úlcera de pressão:

Esta classificação verifica o comprometimento tecidual:

• Estágio I: comprometimento da epiderme;


• Estágio II: comprometimento até a derme;
• Estágio III: comprometimento até o subcutâneo;
• Estágio IV: comprometimento do músculo e tecido adjacente.
Úlceras por Pressão

 Classificação da úlcera de pressão:

Causas imediatas:

• Pressão (longas horas na mesma posição);


• Fricção (rugas e migalhas na roupa de cama, defeitos do
colchão);
• Umidade (paciente molhado por suor, urina e fezes);
• Falta de asseio corporal;
• Aplicação imprópria de aparelhos de gesso ou restrição;
• Excesso de calor e frio.
Úlceras por Pressão

 Medidas de Prevenção:

1 - Mudança de decúbito – Mudança de decúbito (mudança de


posição) do paciente acamado ou debilitados de 2/2horas, ou
conforme prescrição de enfermagem, e sempre evitar deixar o
paciente em atrito com a área lesada.

Para as mudanças de decúbito devem ser considerados os


déficits neurológicos, lesão musculoesqueléticas ou áreas
particulares da pele com risco elevado de formação de úlceras.
Lembrando sempre que o paciente nunca deve ficar
posicionado diretamente sobre a úlcera, e se isto for impossível,
ele deve estar sobre uma superfície redutora de pressão.
Úlceras por Pressão

 Medidas de Prevenção:

2 - Cuidados com os pontos de apoio – Para evitar lesão


causada pelo contato das proeminências ósseas umas com as
outras, deve-se usar travesseiros, cunha de espuma ou outros
dispositivos para manter os joelhos e os tornozelos separados.

Qualquer pessoa com mobilidade comprometida que esteja


restrita ao leito deve ter um dispositivo que alivie totalmente
a pressão sobre os calcanhares fora do leito.
Úlceras por Pressão

 Medidas de Prevenção:

Isto pode ser feito simplesmente colocando-se travesseiros sob


as pernas ou pode incluir dispositivos mais complexos,
almofadas em forma de rosca nunca devem ser usadas pelo
paciente com risco de desenvolver úlceras de pressão.

Importante – Não deve-se utilizar luvas de látex, nos


calcanhares do paciente, pois este procedimento pode
ocasionar mais ainda no aparecimento de úlceras de pressão.
Úlceras por Pressão

 Medidas de Prevenção:

3 - Colchonetes especiais – Colchonetes especiais contendo ar,


espuma, gel ou água, a profundidade recomendada para os com
o gel é de 13 cm, e 7,5 cm para colchonetes com água. O
colchão casca de ovo é muito utilizado na prevenção das úlceras
por pressão.

4 - Massagem de conforto – Massagem de conforto com ácido


graxos essencial, pode trazer um alívio da dor, e auxiliar na
circulação sanguínea, evitando o aparecimento das úlceras de
pressão.
Mudança de Decúbito

 Medidas de Prevenção:

A mudança de decúbito consiste em fazer variar a posição do


paciente acamado, a fim de proporcionar maior conforto e
evitar as complicações devido à imobilidade prolongada,
como as contrações musculares e úlceras de pressão.
Deve-se realizar o procedimento de mudança de decúbito
e o posicionamento adequado em pacientes acamados.
Mudança de Decúbito

 Procedimentos:

• Retirar travesseiros e coxins que possam estar com o paciente;


• Movimentar o paciente pelo lençol, em bloco, coordenando o
movimento do esforço;
• Após mobilização, utilizar coxins ou travesseiros para auxiliar o
posicionamento.
• Inspecionar as condições da pele do paciente, os pontos mais
sensíveis para o surgimento de úlceras, que merecem cuidadosa
inspeção em pacientes acamados ou restritos à cadeira;
• Proteger os pontos de apoio com os materiais disponíveis,
conforme prescrição de enfermagem;
• Manter lençóis esticados, evitando rugas sob o paciente.
Mudança de Decúbito

 Posições no Leito:

Há diferentes formas de se posicionar o paciente no leito com


a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames,
tratamentos e cirurgias. A enfermagem deve conhecê-las
para ajudar o paciente a adotar posições específicas.
Mudança de Decúbito

1 - Decúbito dorsal, horizontal ou supina:

O paciente se deita de costas no colchão, com extremidades


inferiores apoiadas em coxim e superiores sobre o abdome. Sob
a cabeça coloca-se um travesseiro. Cobre- se o paciente com
lençol. Esta posição é muito utilizada para exame físico.

Decúbito dorsal
Mudança de Decúbito

2 - Posição de Fowler:

Posição em que o paciente fica semissentado, com apoio sob


os joelhos. É indicada para descanso, para pacientes com
dificuldades respiratórias.

Posição de Fowler
Mudança de Decúbito

3 - Decúbito ventral ou de prona:

É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome,


com a cabeça lateralizada. É indicada para exames da coluna
vertebral e região cervical.

Decúbito Ventral
Mudança de Decúbito

4 - Decúbito lateral ou Sims:

O paciente assume posição lateral esquerda ou direita. O


membro inferior que está sob o corpo deve permanecer
esticado e o membro inferior acima deve permanecer
flexionado. Essa posição é utilizada para enemas, repouso .

Decúbito lateral
Mudança de Decúbito

5 - Genupeitoral:

O paciente se mantém ajoelhado sobre o colchão com o tórax na


cama. Os membros superiores ficam flexionados nos cotovelos,
repousam sobre a cama, auxiliando a amparar o paciente. Esta
posição é utilizada para exames vaginais e retais.

Posição Genupeitoral
Mudança de Decúbito

6 - Ginecológica:

O paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre


as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos bem afastados
um do outro. Existem mesas apropriadas para exame ginecológico -
as pernas ficam apoiadas em suportes, as perneiras. Cobre-se a
paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada para
cirurgias por vias baixas e exames ginecológicos.

Posição Ginecológica
Mudança de Decúbito

7 - Litotômica:

É considerada uma modificação da ginecológica. A paciente é


colocada em decúbito dorsal, com ombros e cabeça ligeiramente
elevados. As coxas, bem afastadas uma da outra são flexionadas
sobre o abdome. Essa posição é utilizada para partos normais,
cirurgias ou exame do períneo, vagina, bexiga e reto.

Posição Litotômica
Mudança de Decúbito

8 - Trendelemburg:

Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano


mais baixo que o restante do corpo. É indicada para facilitar
drenagem de secreções brônquicas e para melhorar o retorno
venoso.

Posição de Trendelemburg
Arrumação da Cama Hospitalar

O preparo da cama hospitalar consiste em arrumá-la, de


acordo com as características do paciente que vai ocupá-la.
É importante ressaltar que um leito confortável, devidamente
preparado e biologicamente seguro, favorece o repouso e
sono adequado ao paciente.

 Tipos de preparo:

Os tipos de preparo podem ser cama fechada, cama aberta e


cama para operado, as quais serão descritas a seguir.
Arrumação da Cama Hospitalar

1 - Cama fechada: é aquela que está desocupada,


aguardando chegada (admissão) do paciente, caso em que
deve ser submetida à prévia limpeza terminal.

 Material:
• 2 lençóis (de cima e de baixo);
• 1 toalha de rosto;
• 1 toalha de banho;
• 1 fronha;
• 1 cobertor;
• 1 colcha.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Método de Dobradura (Cama fechada):


• Usar movimentos amplos, segurando a ponta superior
e o lado mais próximo do lençol.
• Dobrar duas vezes no sentido da largura (ponta com
ponta).
• Dobrar uma vez no sentido de comprimento e colocar
no espaldar da cadeira.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Ordem na qual a roupa deverá ser colocada no espaldar


da cadeira (Cama fechada):
• Toalhas;
• Fronha;
• Colcha;
• Cobertor;
• Lençol de cima;
• Lençol de baixo.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Método (Cama fechada):


• Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto.
• Afastar a mesa de cabeceira.
• Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela, o
travesseiro e o cobertor.
• Colocar a roupa na espaldar da cadeira, empregando a
técnica de dobradura, observando ordem de uso.
• Pegar o lençol sobre o centro do colchão.
• Ajeitar o primeiro lençol, prendendo-o por baixo
fazendo a dobra ao cobrir o canto.
• Estender o lençol de cima, colocando a bainha rente ao
colchão, deixando-o solto.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Método (Cama fechada):


• Colocar o cobertor na mesma técnica e também deixa-
lo solto.
• Colocar a colcha utilizando técnica anterior, prendendo
o lençol de cima, o cobertor e colcha (todos juntos),
realizando a dobradura nos pés da cama.
• Na cabeceira superior dobrar as três peças juntamente
(lembrar da estética).
• Cobrir o travesseiro com a fronha, deixando-o em pé
na cabeceira superior.
• Ajeitar as toalhas na cabeceira inferior da cama.
Arrumação da Cama Hospitalar

2 - Cama aberta: é aquela que está sendo ocupada por um


paciente que pode deambular.

 Material:
• 2 lençóis (de cima e de baixo);
• Fronha;
• Cobertor;
• Colcha;
• Luvas de procedimentos.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Método (Cama aberta):


• Segue o procedimento da cama fechada.
• Neste método, o travesseiro permanece abaixado na
cabeceira superior e abre-se o lado que o paciente vai
entrar e deitar na cama.
• Não esquecer de fazer a limpeza concorrente do
colchão e cabeceiras.
Arrumação da Cama Hospitalar

3 - Cama para operado : É realizada para receber o paciente


que está na sala de cirurgia sob anestesia ou submetido a
procedimentos diagnósticos ou terapêuticos sob anestesia
tem a finalidade de proporcionar conforto e segurança ao
paciente, facilitar colocação do paciente no leito e prevenir
infecção.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Materiais (Cama para operado):


• Dois lençóis (de cima e de baixo).
• Um lençol móvel (dependendo da cirurgia).
• Um cobertor.
• Uma colcha.
• Um forro de cabeceira.
• Comadre ou papagaio.
• Suporte para soro.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Método (Cama para operado):


• Reunir o material necessário.
• Retirar toda a roupa da cama enrolando-as com
cuidado e colocando-as no hamper.
• Dobrar a roupa e colocá-la no espaldar da cadeira em
ordem de uso.
• Realizar a limpeza concorrente do colchão e cabeceira.
• Estender o lençol de baixo na mesma técnica das
camas anteriores.
• Colocar o lençol móvel no centro da cama.
Arrumação da Cama Hospitalar

 Método (Cama para operado):


• Colocar o lençol móvel no centro da cama.
• Colocar as demais roupas sem prender os cantos.
• Nos pés, dobrar as roupas até o meio do colchão.
• Na cabeceira, dobrar as roupas até o meio do colchão.
• Realizar dobradura (envelope) e enrolar.
• Dobrar o forro de cabeceira em leque.
• Não colocar travesseiro.
Cuidados de Higiene Corporal

A higiene do paciente é uma atividade atribuída à equipe de


enfermagem e tem um fator importante na recuperação do
paciente. Os cuidados no momento de se fazer a troca de
roupas e arrumação do leito tem o objetivo de evitar doenças
infecciosas. Seguindo como sequência da cabeça aos pés.
Higiene oral

A higiene oral frequente reduz a colonização local, sendo


importante para prevenir e controlar infecções, diminuir a
incidência de cáries dentárias, manter a integridade da mucosa
bucal, evitar ou reduzir a halitose (mau hálito), além de
proporcionar conforto ao paciente.

Em nosso meio, a maioria das pessoas está habituada a escovar


os dentes - pela manhã, após as refeições e antes de deitar e
quando isso não é feito geralmente experimenta a sensação de
desconforto.

Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene,


sendo possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo no
que for necessário.
Higiene oral

Caso contrário, com o material e o ambiente devidamente


preparados, auxiliar o paciente a posicionar-se, elevar a
cabeceira da cama, se não houver contraindicação, e proteger o
tórax do mesmo com a toalha, para que não se molhe durante o
procedimento.

Em pacientes inconscientes ou impossibilitados de realizar a


higiene bucal, compete ao profissional de enfermagem lavar os
dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios do paciente, com o
auxílio de uma espátula envolvida em gaze umedecida em
solução dentifrícia ou solução bicarbonatada, a qual deve ser
trocada sempre que necessário.
Higiene oral

 Materiais:
• Pasta de dente ou antisséptico bucal;
• Escova de dente ou material preparado com abaixador
de língua e gazes;
• Copo com água;
• Cuba Rim.
Higiene oral

 Procedimento:
• Determinar a habilidade do paciente a segurar a
escova de dentes;
• Explicar o procedimento.

 Se o paciente não for debilitado:


• Colocar a pasta de dente na escova;
• Molhar a escova;
• Segurar a cuba rim e copo com água e auxilia-lo na
escovação.
Higiene oral

 Se o paciente for dependente:


• Colocar antisséptico oral no copo descartável;
• Molhar o abaixador de língua;
• Molhar crostas e placas presentes nos lábios;
• Cuidadosamente higienizar: bochechas internas,
palato, língua e lábios;
• Enxugar lábios;
• Trocar os abaixadores de língua quantas vezes forem
necessárias.

Atenção: retirar placas cuidadosamente para evitar


sangramentos. Não enxaguar em casos de antissépticos
antibacterianos.
Higiene Corporal

Os hábitos relacionados ao banho, como frequência, horário


e temperatura da água, variam de pessoa para pessoa. Sua
finalidade precípua, no entanto, é a higiene e limpeza da
pele, momento em que são removidos células mortas,
sujidades e microrganismos aderidos à pele.

Os movimentos e a fricção exercidos durante o banho


estimulam as terminações nervosas periféricas e a circulação
sanguínea. Após um banho morno, é comum a pessoa sentir-
se confortável e relaxada. A higiene corporal pode ser
realizada sob aspersão (chuveiro), imersão (banheira) ou
ablução (com jarro, banho de leito).
Higiene Corporal

 Banho de aspersão (chuveiro):

• Providenciar todos os produtos de higiene e roupas


requisitadas pelo paciente;
• Colocá-los ao alcance do chuveiro;
• Auxiliar o paciente no banheiro;
• Abrir o chuveiro e equilibrar a temperatura da água,
demonstrando ao paciente para saber se está a gosto;
• Instruir o paciente para não trancar a porta do
banheiro;
Higiene Corporal

 Banho de aspersão (chuveiro):

• Não sair do quarto. Devemos manter atenção.


Enquanto o paciente realiza seu banho, preparar cama
aberta conversando com o mesmo a fim de detectar
anormalidades;
• Auxiliar o paciente a sair do chuveiro, se necessário
auxiliá-lo a se enxugar;
• Auxiliar o paciente a se vestir e calçar os chinelos;
• Auxiliar o paciente a ir para o leito e deitar se
necessário;
• Deixar o quarto do paciente em ordem e realizar a
limpeza concorrente.
Higiene Corporal

 Banho de ablução (no leito):

Para os pacientes acamados, o banho é dado no leito, pelo


pessoal de enfermagem. Convém ressaltar que a grande
maioria deles considera essa situação bastante
constrangedora, pois a incapacidade de realizar os próprios
cuidados desperta um sentimento de impotência e vergonha,
sobretudo porque a intimidade é invadida.

O banho no leito, como qualquer outro procedimento, requer


prévio planejamento e organização dos materiais e roupas da
unidade considerando as especificidades do paciente.
Higiene Corporal

 Banho de ablução (no leito):

Inicialmente, retirar o cobertor do leito do paciente, dobrá-lo e


inseri-lo entre os lençóis e colcha limpos, devidamente organizados
na ordem de utilização.

Para facilitar a tarefa, solicitar ou trazer o paciente o mais próximo


da borda da cama. Antes de iniciar o banho, elevar um pouco a
cabeceira da cama, para evitar que o paciente aspire líquido.
Higiene Corporal

 Banho de ablução (no leito):

Tradicionalmente, costuma-se lavar primeiro o rosto, braços,


região ventral, membros inferiores, dorso e genitais. A higiene
deve ser realizada da região mais limpa para a mais suja,
evitando-se levar sujidade e
contaminação às áreas
limpas.
Ao se posicionar o paciente
de lado, para lavar o dorso,
habitualmente se realiza
uma massagem de conforto
para ativar a circulação local. Banho no Leito
Higiene Corporal

 Materiais:

• Lençóis (de cima e de baixo);


• 1 lençol móvel;
• 1 cobertor; 1 colcha; 1 fronha;
• 1 toalha de banho;
• Compressas (esfregão);
• Sabão (de preferência líquido);
• 1 jarro;
• 1 bacia;
• 1 camisola;
• Biombo;
• Luvas de procedimentos
Higiene Corporal

 Procedimentos:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Preparar as roupas de cama em ordem de uso, colocar
biombo;
• Oferecer comadre ou papagaio ao paciente;
• Lavar as mãos;
• Abaixar grades laterais da cama se houverem, acomodar
o paciente em alinhamento corporal adequado;
• Retirar as roupas de cima e colocá-las no hamper, com
exceção do lençol;
Higiene Corporal

 Procedimentos:

• Retirar a camisola do paciente. Se o paciente estiver com


venóclise, retirar primeiramente do membro superior
sem punção;
• Cobri-lo, levantar as grades;
• Encher o jarro com a água morna;
• Retirar o travesseiro se permitido;
• Dobrar o esfregão. Molhá-lo e torcê-lo;
• Lavar os olhos do paciente com água morna (sem sabão).
Usar diferentes áreas do esfregão para cada olho. Lavar
os olhos da comissura palpebral externa para a interna;
• Lavar região frontal, face, nariz, pescoço e orelhas;
Higiene Corporal

 Procedimentos:

• Lavar o braço do paciente com água e sabão, fazendo


movimentos longos e firmes, partindo da área distal para
a proximal e axila;
• Imergir a mão do paciente na bacia com água e lavá-la
não esquecendo as unhas;
• Com o esfregão molhado com água e sabão, lavar tórax
com movimentos longos e uniformes, trocando as áreas
do esfregão;
• Em casos de mulheres pode ser necessário erguer as
mamas;
• Lavar abdome, dando atenção especial ao umbigo;
Higiene Corporal

 Procedimentos:

• Cobrir peito e abdome. Expor pernas, cobrindo períneo;


• Flexione as pernas do paciente, imergir pé dentro da bacia
com água, lavar do tornozelo ao joelho e do joelho a coxa;
• Esfregar o pé, as interdigitais, unhas, retirar bacia;
• Lavar períneo (técnicas seguintes);
• Auxiliar o paciente a assumir posição lateral, lavar pescoço,
tórax posterior, região lombar, como movimentos firmes e
longos. Por último, dobras da pele das nádegas e ânus;
• Trocar o leito de acordo a técnica, colocando roupas sujas
no hamper sem balançá-las;
Higiene Corporal

 Procedimentos:

• Hidratar e massagear pele do paciente;


• Colocar camisola sem dar nós ou laços;
• Pentear os cabelos;
• Colocar desodorante nas axilas;
• Realizar limpeza concorrente nos móveis do paciente;
• Auxiliá-lo no desjejum e higiene oral (técnicas seguintes);
• Elevar grades;
• Lavar as mãos manter material em ordem.
Higiene Corporal

 Observação:

• Os procedimentos devem ser repetidos do outro lado;


• Trocar água se necessário;
• Cobrir o paciente, não deixá-lo exposto;
• Se necessário realizar higiene dos cabelo (técnica
seguinte), que deverá ser realizada primeiramente logo
após lavagem do rosto;
• Cortar unhas se necessário.
Cuidados perineais

 Higiene perineal feminino:

• Colocar a comadre sob a paciente;


• Não deixar áreas do corpo expostas desnecessariamente;
• Auxiliar a paciente a flexionar os joelhos e afastá-los;
• Molhar a genitália, lavar cuidadosamente as pregas da
pele. Com a mão não dominante afastar grandes lábios.
Com a mão dominante lavar a região com o esfregão com
água e sabão, em direção anterior para a posterior,
trocando as áreas do esfregão;
Cuidados perineais

 Higiene perineal feminino:

• Separar os pequenos lábios e expor o meato urinário e


introito vaginal. Repetir o procedimento da região anterior
para a posterior mudando áreas do esfregão.
• Se necessário utilizar mais de um esfregão;
• Enxaguar;
• Retirar comadre, enxugar a região.

Observação: se houver presença de fezes, retirá-las primeiro


com papel higiênico antes de iniciar o procedimento.
Cuidados perineais

 Higiene perineal masculina:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Colocar a comadre;
• Levantar o pênis. Segurá-lo com a mão dominante;
• Afastar cuidadosamente o prepúcio;
• Lavar a glande, meato urinário, em movimentos circulares,
trocando áreas do esfregão (retirar todo o esmégma);
• Com movimentos firmes e delicados lavar o corpo do pênis;
• Lavar cuidadosamente o escroto, levantá-lo e lavar o
períneo, enxaguar;
• Retirar comadre e secar a região
Cuidados perineais

 Cuidado com os cabelos

A lavagem dos cabelos e do couro cabeludo visa proporcionar


higiene, conforto e estimular a circulação do couro cabeludo.
Quando o paciente não puder ser conduzido até o chuveiro,
esta tarefa deve ser realizada no leito. A aparência e sensação
de bem estar em uma pessoa, geralmente, dependem da
aparência e da impressão dos cabelos.

Uma doença ou incapacidade pode impedir que o paciente


cuide bem dos cabelos. Os cabelos de um paciente imobilizado
rapidamente tornam-se emaranhados. Escovar, pentear e lavar
são as medidas básicas de higiene para todos os pacientes.
Cuidados perineais

 Lavagem dos cabelos no leito:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Arrumar materiais em local conveniente;
• Colocar a bacia sob a cabeça do paciente;
• Com o jarro derramar água cuidadosamente aos cabelos;
• Realizar espuma, massageando bem o couro cabeludo,
para estimular a circulação.
• Enxaguar, até que os cabelos fiquem sem sabão;
• Repetir o processo sempre que necessário;
• Aplicar condicionador nas pontas se necessário;
• Enrolar a cabeça do paciente na toalha.
Cuidados perineais

 Lavagem dos cabelos no leito:

Lavagem dos cabelos


Cuidados perineais

Observações: após o banho, trocar a roupa de cama; por


último pentear os cabelos a fim de remover emaranhados e
secar bem.

Antes de iniciar a lavagem dos cabelos, determine se existe


qualquer risco que possa contra indicar o procedimento,
como nos casos de pacientes graves, submetidos a cirurgias
de cabeça e pescoço ou com traumatismo raquimedular.
Oxigenoterapia

Muitas doenças podem prejudicar a oxigenação do sangue,


havendo a necessidade de adicionar oxigênio ao ar inspirado.

Há várias maneiras de ofertar oxigênio ao paciente, como,


por exemplo, através de cateter ou cânula nasal, nebulização
contínua ou respiradores.

O oxigênio é um gás inflamável que exige cauteloso manuseio


relacionado ao seu transporte, armazenamento - em
ambiente livre de fontes que favoreçam combustão - e
cuidados no uso da válvula do manômetro.
Oxigenoterapia

Oxigenoterapia é a administração de oxigênio medicinal com


finalidade terapêutica. A administração de oxigênio deve ser
feita com cautela, pois em altas doses pode vir a inibir o
estímulo da respiração.

O dispositivo mais simples e bem tolerado pelo paciente para


a administração de oxigênio é a cânula nasal, feita de
material plástico com uma alça para fixação na cabeça e uma
bifurcação própria para ser adaptada nas narinas, através da
qual o oxigênio - ao sair da fonte e passar por um
umidificador com água estéril - é liberado.
Oxigenoterapia

Cânula nasal
Oxigenoterapia

 Cânula nasal:

Outro dispositivo para administrar oxigênio é o cateter nasal,


que, no entanto, provoca mais incômodo ao paciente que a
cânula nasal. Da mesma forma que a cânula, o oxigênio
também é umidificado antes de chegar ao paciente. Para
instalá-lo, faz-se necessário medir o comprimento a ser
introduzido - calculado a partir da distância entre a ponta do
nariz e o lóbulo da orelha e, antes de sua inserção, lubrificar a
ponta do cateter, visando evitar traumatismo.
Oxigenoterapia

 Cuidados com o Umidificador:

O oxigênio precisa ser administrado umidificado sempre, pois a


inalação por longos períodos em baixa umidade lesa o epitélio
ciliar da mucosa respiratória, dificultando a eliminação do muco e
provocando uma reação inflamatória subepitelial.

• Manter o umidificador sempre com água esterilizara até a marca


indicada ou no mínimo, 2/3 de sua capacidade.

• A água deve ser trocada diariamente e nunca reaproveitar o


restante de água, sempre desprezar o restante e recolocar nova
água, assim evitamos que se torne um meio de cultura de
microrganismos.
Oxigenoterapia

 Matérias Básicas para Realização da Oxigenoterapia:

• Oxigênio canalizado ou em torpedo;


• Manômetros: para indicar a quantidade de oxigênio no torpedo
e o fluxo de saída (fluxômetro).
• Umidificador;
• Aviso de “não fumar” (oxigênio é inflamável);
• Esparadrapo ou micropore;
• Gaze;
• Solução fisiológica;
• Luvas de procedimento;
• Intermediário de látex ou plástico, com pelo menos um metro de
comprimento, para permitir que o paciente possa se movimentar;
• Saco plástico para resíduos.
Oxigenoterapia

 Procedimento Padrão:

• Orientar o paciente sobre o cuidado.


• Organizar e levar o material.
• Calçar as luvas.
• Colocar o paciente em posição confortável
• Adaptar a cânula ao intermediário e este ao umidificador.
Meios de Administração

 Cânula Nasal:

É empregado quando o
paciente requer uma
concentração média ou
baixa de O2. É relativamente
simples e permite que o
paciente converse, alimente-se,
sem interrupção de O2.
Meios de Administração

 Método:

• Acrescentar ao material básico a cânula nasal.


• Seguir procedimento padrão.
• Abrir o fluxômetro.
• Colocar a cânula no nariz do paciente, fixando-a com fita adesiva.
• Manter o fluxo de oxigênio 3 a 5 litros por minuto ou conforme
prescrição médica.
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável.
• Tirar as luvas e lavar as mãos.
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.
Meios de Administração

 Cateter Nasal:

Visa administrar
concentrações baixas a
moderadas de O2. É de fácil
aplicação, mas nem sempre é
bem tolerada principalmente
por crianças.

Cateter Nasal
Meios de Administração

 Método:

• Acrescentar ao material básico o cateter nasal (n°6, 8 ou 10)


conforme a idade do paciente e o fluxo desejado de oxigênio e
ampola de solução fisiológica;
• Seguir procedimento padrão;
• Medir, com o cateter a distância entre a base do nariz e o lóbulo
da orelha, marcando com um adesivo o cateter;
• Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio para
evitar acidentes por saída intempestiva de oxigênio;
• Umedecer o cateter com solução fisiológica, segurando-o com a
gaze;
• Hiperestender (para trás) a cabeça do paciente ou tracionar
para baixo o lábio superior;
Meios de Administração

 Método:

• Introduzir o cateter pelo assoalho de uma das narinas, até o


ponto marcado;
• Observar a posição do cateter através da boca do paciente (o
extremo do cateter deve aparecer atrás da úvula palatina. Se
ultrapassá-la poderá ocorrer náuseas;
• Fixar a cânula com fita adesiva, de maneira que não fique
incômoda;
• Manter o fluxo de oxigênio 3 a 5 litros por minuto ou conforme
prescrição médica;
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.
Meios de Administração

 Máscara Facial:

• Utilizada para promover taxas mais altas de fluxo (10L/min).

Máscara Facial
Meios de Administração

 Método:

• Acrescentar ao material básico, máscara de oxigênio,


cadarço e tubo de extensão;
• Seguir procedimento padrão;
• Unir a máscara ao intermediário e este ao umidificador;
• Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio
para evitar acidentes por saída intempestiva de oxigênio;
• Adaptar a máscara à face do paciente e fixá-la com o
cadarço;
Meios de Administração

 Método:

• Regular o fluxo de oxigênio até o volume prescrito


(normalmente 5 a 8 litros);
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.

 Atenção - A máscara é desconfortável para o paciente, por isso


deve ser usada com reserva, se possível, tirá-la a cada duas
horas, deixando o paciente repousar alguns minutos antes de
recolocá-la. Trocar a máscara a cada 24 horas, ou conforme
normas da instituição.
Meios de Administração

 Nebulização/Inalação

• É a administração de medicamentos por via respiratória, através


do aparelho chamado nebulizador ou inalador. O medicamento
líquido é transformado em vapor, que é inalado. Durante o
procedimento, o paciente deve inspirar pelo nariz e expirar pela
boca.

• A instalação da nebulização é semelhante à da inalação. Ao


fluxômetro, de oxigênio ou ar comprimido, conecta-se o
nebulizador e a este o tubo corrugado (conector); a máscara
facial é acoplada à outra extremidade do tubo e deve estar bem
ajustada ao rosto do paciente. É utilizada principalmente para
fluidificar a secreção das vias respiratórias.
Meios de Administração

 Nebulização/Inalação

• As soluções utilizadas no inalador devem seguir exatamente a


prescrição médica, o que evita complicações
cardiorrespiratórias. Recomenda-se a não utilização de solução
fisiológica, pois esta proporciona acúmulo de cristais de sódio
na mucosa respiratória, provocando irritação e aumento de
secreção.

• A inalação - que deve ser realizada com o paciente sentado - é


outra maneira de fluidificar secreções do trato respiratório ou
administrar medicamentos broncodilatadores.
Meios de Administração

 Nebulização/Inalação

• O inalador possui dupla saída: uma, que se conecta à máscara


facial; outra, ligada a uma fonte de oxigênio - ou ar comprimido
- através de uma extensão tubular. Ao passar pelo inalador, o
oxigênio - ou ar comprimido - vaporiza a solução que, através da
máscara facial, é repassada ao paciente.
Meios de Administração

 Material:

• Fonte de oxigênio ou ar comprimido (de preferência);


• Nebulizador com a medicação e solução fisiológica;
• Intermediário de borracha ou plástico;
• Cuba rim ou escarradeira;
• Lenço de papel;
• Saco plástico para resíduos.
Meios de Administração

 Método:

• Orientar o paciente sobre o cuidado;


• Organizar e levar o material colocando o medicamento e a
solução fisiológica no nebulizador;
• Calçar as luvas;
• Preparar o paciente para receber a medicação em posição de
fowler, ou sentado na cama ou cadeira;
• Retirar o frasco umidificador e ligar o nebulizador à fonte de
oxigênio ou ar comprimido, para que o fluxo aja diretamente
sobre o medicamento que está no nebulizador;
Meios de Administração

 Método:

• Regular o fluxo de oxigênio até o volume prescrito


(normalmente 4 litros);
• Instruir o paciente para inspirar profundamente a medicação e
expirar lentamente mantendo a boca semiaberta, sem
conversar;
• Manter a nebulização até consumir a solução medicamentosa;
• Oferecer lenço de papel e orientar para escarrar e tossir
profundamente;
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.
Meios de Administração

 Atenção - Após o uso o nebulizador deve ser lavado,


enxaguado e colocado em um recipiente fechado
contendo uma solução desinfetante, como o hipoclorito de
sódio, por uma hora. Em seguida enxaguar e secar.
Alimentação do Paciente

 Método para alimentar o paciente acamado, capaz de


alimentar-se sozinho:

• Verificar se a dieta está de acordo a prescrição médica;


• Auxiliar o paciente a sentar-se;
• Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição;
• Colocar o prato, copos e talheres ao seu alcance, cortar carnes,
pães se for necessário;
• Se o paciente recusar a refeição ou deixar de comer alimentos
adequados à sua dieta, persuadi-lo, explicando-lhe o valor dos
mesmos;
• Terminada a refeição, retirar a bandeja e oferecer materiais para
higiene oral e lavagem das mãos; Deixar o paciente confortável;
• Registrar alterações observadas.
Alimentação do Paciente

 Método para alimentar o paciente acamado, incapaz de


alimentar-se sozinho:

• Verificar se a dieta está de acordo com a prescrição;


• Colocar o paciente em posição de fowler, se não houver
contraindicações;
• Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição;
• Servir pequenas porções do alimento de cada vez, com cuidado
e paciência, estimulando o paciente a aceitar toda a refeição;
• Se o paciente estiver impossibilitado de ver e descrever os
alimentos antes de começar a alimentá-lo;
• Limpar a boca do paciente, sempre que necessário;
• Terminada a refeição, oferecer-lhe água;
• Remover a bandeja;
Alimentação do Paciente

 Método para alimentar o paciente acamado, incapaz de


alimentar-se sozinho:

• Realizar a higiene oral do paciente, deixá-lo confortável e a


unidade em ordem;
• Realizar anotação: hora da alimentação, tipo de dieta, reações
do paciente e alterações observadas.

 Atenção - Evitar interromper a alimentação do paciente para


qualquer outro cuidado. Os alimentos quentes devem ser
servidos quentes e frios, servidos frios, os alimentos devem
estar adequados às condições de mastigação do paciente.
Alimentação do Paciente

 Nutrição Enteral

• A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes


por meio de sondas nasogástrica - introduzida pelo nariz,
com posicionamento no estômago - ou transpilórica
(nasoenteral), introduzida pelo nariz, com posicionamento
no duodeno ou jejuno, ou através de gastrostomia ou
jejunostomia.

• Desde que a função do trato gastrintestinal esteja


preservada, a nutrição enteral (NE) é indicada nos casos
em que o paciente esteja impossibilitado de alimentar-se
espontaneamente através de refeições normais.
Alimentação do Paciente

 Nutrição Enteral

• Gastrostomia - abertura cirúrgica do estômago, para


introdução de uma sonda com a finalidade de alimentar,
hidratar e drenar secreções estomacais.

• Jejunostomia - abertura cirúrgica do jejuno,


proporcionando comunicação com o meio externo, com o
objetivo de alimentar ou drenar secreções.
Alimentação do Paciente

 Nutrição Enteral

Gastrotomia
Alimentação do Paciente

 Sondagem Gástrica:

É a introdução de uma sonda gástrica


plástica através da narina até o
estômago. A instalação da sonda
tem como objetivos retirar os fluidos
e gases do trato gastrintestinal
(descompressão), administrar
medicamentos e alimentos
(gastróclise) diretamente no trato
gastrintestinal, obter amostra de
conteúdo gástrico para estudos
laboratoriais e prevenir ou aliviar
náuseas e vômitos. Medição da Sonda Gástrica
Alimentação do Paciente

 Materiais:

• Sonda gástrica;
• Lubrificante anestésico (xilocaína gel);
• 1 seringa de 20 ml;
• Micropore / esparadrapo;
• Gazes;
• Luvas de procedimentos;
• Tesoura;
• Algodão umedecido com álcool a 70%;
• Toalha de rosto ou papel toalha.
Alimentação do Paciente

 Método:

• Realizar lavagem das mãos;


• Reunir o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira;
• Colocar o paciente em posição de fowler;
• Colocar a toalha sobre o tórax do paciente;
• Calçar as luvas.
Alimentação do Paciente

 Medindo a sonda em posição gástrica:

• Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz,


seguindo ao apêndice xifoide e marcar com um pedaço de
esparadrapo discreto;
• Passar a xilocaína na sonda a ser introduzida;
• Fletir a cabeça do paciente para frente com a mão não
dominante, a fim de fechar o acesso da sonda e as vias
respiratórias;
• Orientar o paciente que ao sentir a sonda em região orofaríngea
o mesmo deve deglutir;
• Introduzir a sonda na narina do paciente até o ponto
demarcado;
Alimentação do Paciente

 Medindo a sonda em posição gástrica:

• Testar localização da sonda através da aspiração de conteúdos


e/ ou ausculta de ruídos em região epigástrica injetando 10 ml
de ar com a seringa e auscultando com o estetoscópio;
• Fixar a sonda de modo que não atrapalhe o campo visual e não
traumatize a narina;
• Recolher o material;
• Manter ambiente limpo e organizado;
• Anotar o procedimento realizado, número da sonda, volume e
aspecto de secreções drenadas e intercorrências.
Alimentação do Paciente

 Alimentação por Gavagem:

• É o método empregado para introduzir alimentos no estômago,


por meio de sonda nasogástrica (SNG), sonda nasoenteral (SNE)
ou gastrostomia. A dieta enteral pode ser administrada por
método intermitente ou contínuo.

• Na administração intermitente o volume a ser administrado


varia em torno de 350 ml/vez, de 4 a 6 vezes ao dia. A
introdução da alimentação pode ser feita com uma seringa, com
fluxo lento, para evitar a ocorrência de náuseas, diarreia,
aspiração, distensão e cólicas.
Alimentação do Paciente

 Alimentação por Gavagem:


A melhor forma desse tipo de
administração é o gotejamento
por gravidade, num período de
20 a 30 minutos, ou por bomba
de infusão. A administração
contínua pode ser feita por meio
de gotejamento gravitacional.
Neste caso, deve-se estabelecer
rigoroso controle do
gotejamento (aproximadamente
a cada 30 minutos).
Alimentação do Paciente

 Indicações:
▪ Pacientes inconscientes;
▪ Pacientes que recusam alimentação;
▪ Cirurgias em cavidade oral que exigem mucosa
oral limpa e em repouso;
▪ Pacientes debilitados ou com impossibilidade
de deglutição.
Alimentação do Paciente

 Materiais:
▪ Suporte para frasco de alimento;
▪ Equipo;
▪ Frasco com o alimento;
▪ Seringa de 20 ml;
▪ Estetoscópio;
▪ Luvas de procedimentos.
Alimentação do Paciente

 Método:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Preparar o ambiente, desocupando mesa de cabeceira;
• Lavar as mãos e calçar as luvas;
• Separar e organizar o material, retirando o ar do equipo com a
própria dieta;
• Levar o material para o quarto e colocar o frasco de dieta no
suporte, protegendo equipo;
• Dobrar a extremidade da sonda, adaptar a seringa, aspirar para
verificação de conteúdos gástrico. Se houver conteúdos,
comunicar a enfermeira ou médico sobre a quantidade e
aspecto;
Alimentação do Paciente

 Observações:

• Dobrar extremidade da sonda, retirar a seringa e adaptar o


equipo da dieta, controlando gotejamento cautelosamente;
• Após o término de cada horário de dieta, injetar 50 ml de água
filtrada ou mineral na sonda, com uma seringa descartável de 20
ml. O jato de água serve para limpar a sonda.
• Fechar a sonda; Deixar o paciente confortável, em posição de
fowler ou decúbito lateral direito;
• Providenciar a ordem e a limpeza do local. Anotar o cuidado,
descrevendo observações.
Alimentação do Paciente

 Alimentação pela gastrostomia:

• Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago,


por meio de uma sonda nele colocada através de uma
cirurgia na parede abdominal.
• Segue materiais e método anterior (SNG ou SNE).
Hidratação do Paciente

 Visando evitar que o paciente se desidrate, a enfermagem


deve observar o atendimento de sua necessidade de
hidratação.

 Desde que não haja impedimento para que receba líquidos


por via oral, cabe ao Serviço de Nutrição e Dietética
fornecer água potável em recipiente apresentável e de fácil
limpeza, com tampa, passível de higienização e reposição
diária, para evitar exposição desnecessária e possível
contaminação.
Hidratação do Paciente

 Nem sempre os pacientes atendem adequadamente à


necessidade de hidratação, por falta de hábito de ingerir
suficiente quantidade de água, fato que, em situações de
doença, pode levá-lo facilmente à desidratação e
desequilíbrio hidroeletrolítico.

 Considerando tal fato, é importante que a enfermagem o


oriente e incentive a tomar água, ou lhe ofereça auxílio se
apresentar dificuldades para fazê-lo sozinho.

 A posição sentada é a mais conveniente, porém, se isto


não for possível, deve-se estar atento para evitar aspiração
acidental de líquido.
Lavagem Gástrica

 A lavagem gástrica ou do estômago consiste na passagem de


um tubo orogástrico, de calibre adequado, com a
administração e aspiração sequencial de pequena quantidade
de volumes de líquidos (água, solução salina, solução
fisiológica), com o objetivo de remover substâncias tóxicas do
estômago, incluindo grande quantidade de comprimidos
íntegros ou parcialmente digeridos e restos de plantas
tóxicas, e em caso de hemorragias gástricas.

 Utilizada no tratamento de intoxicação provocada por


ingestão de substâncias tóxicas ou redução de hemorragia
gástrica.
Lavagem Gástrica

 Material Necessário:

• Sonda nasogástrica de grosso calibre;


• Luvas de procedimento;
• Estetoscópio;
• Medicação ou solução prescrita (Soro Fisiológico);
• Frasco vazio de soro;
• Esparadrapo;
• Seringa de 50 cc.
Lavagem Gástrica

 Procedimento:

• Reunir todo o material necessário;


• Explicar o procedimento ao paciente;
• Lavar as mãos;
• Passar a sonda nasogástrica utilizando a técnica;
• Introduzir a medicação ou solução prescrita;
• Conectar o frasco de soro vazio na extremidade da sonda
• (lavar com Soro
• Fisiológico até retorno do líquido limpo);
• Repetir o procedimento seguindo a prescrição médica;
Lavagem Gástrica

 Procedimento (cont.):

• Desprezar o material utilizado em local apropriado;


• Manter a unidade limpa e organizada;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento no prontuário.
Lavagem Gástrica

 Enemas:

• É a introdução de solução laxativa no intestino grosso, através do


ânus ou da entrada da colostomia, que é uma abertura cirúrgica
de uma alça intestinal funcionando como um ânus artificial
Lavagem Gástrica

 Indicações:

• Preparação intestinal pra exames diagnóstico ou cirúrgica,


a fim de esvaziar o conteúdo fecal do intestino.
• Introdução de medicamento no cólon (como enemas que
contêm neomicaiexalato, visando diminuir o nível sérico de
potássio).
• Amolecer as fezes (enema de retenção oleoso).
• Promover defecação e eliminar as fezes do cólon do
paciente com constipação ou impactação fecal.
Lavagem Gástrica

 Tipos:

• Lavagem intestinal ou Enteroclisma: para casos de introdução


de grande quantidade de líquidos (1000 a 2000 ml), geralmente
gota a gota. Preparado com.

• Clister ou fleet : é introduzido em pequenas quantidades (130


ml), geralmente introduzido por material industrializado. Já vem
preparado.
Lavagem Gástrica

 Procedimentos - Fase Preparatória:

• Avaliar os hábitos intestinais do paciente (última evacuação, uso


de laxativos, padrões intestinais) e condição física (hemorroidas,
mobilidade, controle do esfíncter externo).
• Fornecer privacidade e explicar o procedimento ao paciente.
Lavagem Gástrica

 Procedimentos - Fase de Realização:

• Lavras as mãos;
• Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo com o joelho
direito flexionado (posição de Sims);
• Ajeitar o forro da cama por baixo do paciente e cobrir com
toalha de banho;
• Colocar a comadre ou cadeira higiênica em posição para os
pacientes que não podem deambular até o vaso sanitário ou
têm dificuldade de controlar o esfíncter.
• Remover a tampa de plástico da sonda e lubrificar a
extremidade da sonda por 7,5 a 10 cm exceto quando pré-
embalado. Mesmo assim o enema embalado pode precisar de
mais lubrificante;
Lavagem Gástrica

 Procedimentos - Fase de Realização:

• Calçar as luvas descartáveis;


• Separar as nádegas e localizar o reto;
• Informar ao paciente que você está inserindo a sonda, para que
ele faça respirações lentas e profundas;
• Instilar lentamente a solução usando pinça em rolete e a altura
do frasco para ajustar a velocidade do fluxo, quando se
empregam bolsas de enema e sonda. Para os enemas altos,
elevar o frasco do enema 40 a 50 cm acima do ânus; para os
enemas baixos, 30 cm.
• Abaixar o recipiente ou fechar a pinça do equipo, quando o
paciente se queixar de cólicas;
Lavagem Gástrica

 Procedimentos - Fase de Realização:

• Retirar a sonda retal, depois que toda a solução de enema foi


instilada ou até que o refluxo fique claro (não mais que três
enemas); antes de retirar a sonda, pinçá-la;
• Instruir o paciente a prender a solução o maior tempo possível e
avisar que uma sensação de distensão pode ser sentida;
• Descartar os suprimentos no recipiente de lixo apropriado;
• Auxiliar o paciente com a comadre ou na cadeira higiênica ou no
vaso sanitário, quando ocorre a urgência de defecar;
• Observar o retorno do enema para quantidade, conteúdo fecal,
instruir o paciente a não dar descarga no vaso sanitário, até que
o enfermeiro tenha observado os resultados.
Lavagem Gástrica

 Procedimentos - Fase de Realização:

• Anotar no prontuário: hora, efeito do tratamento, aspecto das


fezes e reações apresentadas.

Em caso de impactação fecal deve-se calçar luvas de


procedimento, lubrificar o dedo indicador da mão dominante,
e introduzi-lo no reto, quebrar as fezes, reduzir a massa e
retirar as partículas.
Cateterismo Vesical

 O cateterismo vesical consiste na introdução de um cateter


estéril na bexiga, pela uretra, com a finalidade de drenar
urina.

 Procedimento que deve ser realizado com todo o rigor da


técnica asséptica.

 A enfermagem tem papel de destaque na prevenção e


controle da infecção do trato urinário, cuja principal causa
(aproximadamente 80%) é atribuída à inserção de cateter
urinário.
Cateterismo Vesical

 O cateterismo vesical pode ser de alívio ou de demora. No de


alívio, o cateter é introduzido com a indicação de esvaziamento
da bexiga de pacientes com retenção urinária, sendo retirado em
seguida, tendo como vantagem promover menor risco de
infecção.

 No de demora, o cateter é introduzido com a finalidade de


manter a drenagem contínua da urina nos casos de controle
rigoroso de volume urinário, cirurgias e pacientes com obstrução
urinária, podendo permanecer no paciente por vários dias.

 O cateter mais comumente utilizado é o de Folley, composto de


látex com balão de retenção na extremidade.
Cateterismo Vesical

 Cateterismo Vesical de Alívio:

É a introdução de um cateter, sem “cuff’’, através da uretra até a


bexiga, para esvaziamento vesical momentâneo da bexiga. Tem
como objetivo promover esvaziamento vesical na retenção
urinária (neurológicas e pós anestésicas) e realizar coleta de
amostra de urina para exames.
Cateterismo Vesical

 Materiais:

• Luva estéril;
• Cateter vesical com calibre adequado ao paciente;
• Seringa de 20 ml (sexo masculino);
• Xilocaína gel;
• Pacote de cateterismo vesical (contem cuba rim, cúpula,
pinça);
• Pacotes de gazes estéreis;
• Almotolia com antisséptico (PVPI) Polvidine tópico;
• Comadre;
• Biombo;
• Agulha 40X12.
Cateterismo Vesical

 Método:

• Lavar as mãos;
• Reunir o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Abrir campo estéril entre os MMII do paciente que deve
permanecer em decúbito dorsal e colocar nele as gazes, seringa,
agulha, sonda, com cuidado para não contaminar;
• Desprezar uma porção de PVPI no lixo a fim de desinfetar a
ponta da almotolia;
• Colocar uma proporção na cúpula;
• Calçar luvas esterilizadas na técnica adequada;
Cateterismo Vesical

 Método:

• Realizar antissepsia da região perineal (conforme técnica de


higienização perineal demonstrada em banho no leito masculina
ou feminina), com as gazes embebidas na solução com auxílio da
pinça.

 No sexo masculino: colocar 20 ml de xilocaína gel na seringa,


colocar agulha e retirar o ar. Retirar a agulha, introduzir a
xilocaína na uretra ou umidificar o cateter.

 No sexo feminino: manter paciente em posição ginecológica,


lubrificar com a xilocaína o cateter.
Cateterismo Vesical

 Cateterismo Vesical de Demora:

É a introdução de um cateter com


“cuff’’, através da uretra até a
bexiga, para esvaziamento vesical
permanente. Tem os objetivos de
controlar o débito urinário, manter
o percurso uretral nas obstruções
urinárias anatômicas ou funcionais
prolongadas, realizar irrigação
vesical em casos de cirurgias da
próstata e instilar medicamentos Sonda de Foley
na bexiga.
Cateterismo Vesical

 Método:

• Lavar as mãos;
• Reunir o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Abrir pacote contendo o coletor do sistema de drenagem
fechado e deixá-lo preso no leito;
• Manter paciente em posição dorsal (sexo feminino com MMII
flexionados e afastados; sexo masculino MMII estendidos e
afastados);
• Abrir o campo entre os MMII e nele colocar todos os materiais
estéreis a serem utilizados;
• Desprezar PVPI em lixo e após, colocar uma proporção na
cúpula;
Cateterismo Vesical

 Método:

• Calçar luvas estéreis;


• Testar cuff da sonda;
• Realizar a antissepsia da
região com gazes embebidas
na solução com auxílio da
pinça utilizando as técnicas
anteriores (Figura 24 (8));
• No sexo masculino injetar 20
ml de xilocaína conforme
técnica anterior;
• Em sexo feminino lubrificar a
sonda na xilocaína; Antissepsia da Região
Cateterismo Vesical

 Método:

• Introduzir o cateter até a saída da urina, dobrar sonda;


• Retirar a tampa de proteção da extremidade do coletor de urina
e conectá-lo a sonda;
• Aspirar 10 ml de AD e inflar o cuff;
• Tracionar o cateter até perceber a resistência do balão;
• Fixar a sonda sem tracioná-lo;
• Manter local limpo e organizado.
Cateterismo Vesical

 No cateterismo de demora, os especialistas em infecção


hospitalar recomendam a conexão do sistema de drenagem
fechado à sonda no momento em que são colocados no campo
estéril, ou seja, antes da inserção da sonda no paciente.

 Após a colocação das luvas e da seringa no campo, faz-se o teste


para avaliar a integridade do balonete, insuflando-se ar com a
seringa e desinflando em seguida; quebra-se a ampola estéril de
água destilada e aspira na seringa, deixando-a pronta para o
momento de uso.
Cateterismo Vesical

Sonda Vesical
Cateterismo Vesical

 Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

• Quando o paciente está com sonda vesical e há necessidade de


coletar urina para exame, deve-se desinfetar o intermediário de
látex da extensão do sistema com álcool a 70% e puncionar o
mesmo usando seringa e agulha fina estéreis.

• A desconexão da junção sonda-sistema coletor é contraindicada,


pois favorece a contaminação e, consequentemente, a infecção.

• O coletor deve ser mantido abaixo do nível da bexiga, evitando o


refluxo da urina, logo infecção urinária ascendente. Nos casos de
transporte do paciente, pinçar o tubo coletor (atualmente, há
coletores com válvula antirreflexo).
Cateterismo Vesical

 Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

• Outros cuidados são fixá-lo ao leito - sem que toque no chão e,


para possibilitar o fluxo contínuo da urina, evitar dobras.

• Não há indicação de troca rotineira de cateter urinário; porém,


situações como presença de grande quantidade de sedimentos,
obstrução do cateter ou tubo coletor e outros sinais de infecção
urinária podem indicar a necessidade de troca do cateter vesical.

• Nestes casos, o cateter e o sistema de drenagem devem ser


trocados simultaneamente.
Cateterismo Vesical

 Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

• No cateterismo de alívio o procedimento é similar, só que o


cateter é retirado após a drenagem da urina.

• Ao término do procedimento, registrar se houve saída de urina,


sua coloração e volume, como também possíveis intercorrências
tais como sangramento, ausência de urina, dificuldade na
passagem da uretra, várias tentativas de passagem e outras.
Cateterismo Vesical

 Cuidados com drenos

• Dreno é definido como um material colocado no interior de uma


ferida ou cavidade, visando permitir a saída de líquidos ou ar
que estão ou podem estar ali presentes.

• Os drenos permitem a saída de ar e secreções (sangue, soro,


linfa, fluido intestinais) e evitam infecções profundas nas
incisões.

• São introduzidos quando existe ou se espera quantidade


anormal de secreção. Determinadas áreas do corpo respondem
mal à grande quantidade de líquidos como sangue, linfa, soro
entre outros.
Cateterismo Vesical

 Cuidados com drenos

• Dreno é definido como um material colocado no interior de uma


ferida ou cavidade, visando permitir a saída de líquidos ou ar
que estão ou podem estar ali presentes. Os drenos permitem a
saída de ar e secreções (sangue, soro, linfa, fluido intestinais) e
evitam infecções profundas nas incisões.

• São introduzidos quando existe ou se espera quantidade


anormal de secreção. Determinadas áreas do corpo respondem
mal à grande quantidade de líquidos como sangue, linfa, soro
entre outros. O líquido pode tornar-se um meio de cultura,
aumentar a pressão local ou interferir no fluxo local,
comprimindo áreas próximas.
Cateterismo Vesical

 Cuidados com drenos

• A escolha do dreno adequado é realizada pelo médico, que


avalia o tipo de líquido a ser drenado, a cavidade a ser colocada
o dreno e o tempo de duração do dreno.

• Sua localização é geralmente em locais que não toleram o


acúmulo de líquido como regiões vascularizadas, feridas
infectadas e regiões que sofreram grande dissecção do tecido
superficial.

• É comum a utilização dos drenos no interior das feridas


operatórias, de feridas infectadas, de abscessos e no interior de
órgãos ocos.
Cateterismo Vesical

 Cuidados com drenos

• Os drenos são fixados na pele com


linhas de sutura ou grampos de
fixação e devem permanecer de 7
a 10 dias. A saída precoce de um
dreno pode causar extravasamento
de secreção cáustica no tecido
interno e externo.

• O volume da drenagem vai


depender do local de inserção do
dreno, de acordo com o
procedimento realizado. Dreno Abdominal
Cateterismo Vesical

 Atenção - Diminuição da drenagem por dias, pode indicar a


retirada do dreno ou obstrução do mesmo. Para esvaziar o
reservatório, feche o clamp do sistema, comprima o
recipiente e recoloque a tampa.

Não se esquecer de abrir o clamp do sistema, após


esvaziar e fechar o reservatório. Se houver interrupção
da drenagem verifique na extensão do dreno se não há
presença de coágulos ou fibrina.
Cateterismo Vesical

 Cuidados de enfermagem:

• Anotar volume e aspecto da drenagem;


• Manter gaze estéril sob o dreno;
• Ocluir o orifício de saída do dreno com gaze estéril ou
colocar bolsa plástica estéril coletora;
• Manter curativo sempre limpo e seco.
Cateterismo Vesical

 Anotação de enfermagem:

• Anote o local do dreno (Exemplo: Quadrante inferior


direito, Membro superior esquerdo);
• Tipo de dreno (Ex.: laminar, tubular);
• Tipo de secreção drenada (Ex.: serosa, purulentas,
sanguinolenta);
• Volume de secreção drenada;
• Tipo de coletor (Ex.: coletor gravitacional com sistema
fechado, coletor com sistema de sucção);
• Se executar mobilização do dreno, descreva quanto e qual
item da prescrição médica.
Curativos

 Ferida é o nome utilizado para designar qualquer lesão de pele


que apresente solução de continuidade. Para prestar os
cuidados adequados a alguém que apresente uma ferida, faz-se
necessário conhecer o tipo de lesão, o padrão normal e os
fatores que afetam a cicatrização.

 Quanto à causa, a ferida pode ser classificada como intencional,


para fins de tratamento, como a incisão cirúrgica, ou não
intencional, como as provocadas por agentes cortantes, como
facas; perfurantes, como pregos; escoriações por atritos em
superfícies ásperas; queimaduras provocadas por agentes
físicos, como o fogo, e químicos, como os ácidos.
Curativos

 Curativo é o tratamento utilizado para promover a cicatrização


de ferida, proporcionando um meio adequado para este
processo. Embora haja uma grande variedade de curativos, um
só tipo de curativo não preenche os requisitos para ser aplicado
em todos os tipos de feridas cutâneas.

 Para incisões cirúrgicas, a oclusão deverá ser por 24 a 48 horas


mantendo o curativo seco. Nas feridas abertas, a antiga
controvérsia entre curativo seco e curativo úmido deu lugar a
uma proposta atual de oclusão e manutenção do meio úmido
Curativos

 Tipos de curativos

• Aberto: curativos em feridas sem infecção, que após a limpeza


podem permanecer abertos, sem proteção de gazes. Exemplo:
incisão cirúrgica (cesárea)

• Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação de


medicamentos (conforme prescrição médica) é ocluído ou
fechado com gazes, micropore ou ataduras de crepe.

• Compressivo: é o que faz compressão para estancar


hemorragias ou vedar bem uma incisão.
Curativos

 Tipos de curativos

• Com irrigação: utilizado em ferimentos com infecção dentro de


cavidades, com indicação de irrigação com soluções salinas.

• Com drenagem: são utilizados drenos em ferimentos com


grande quantidade de exsudato (Penrose, Kehr), tubular ou
bolsas de Karaya.
Curativos

 Medidas de antissepsia:

• Realizar degermação das mãos antes de manipular o material


esterilizado;
• Diminuir o tempo de exposição da ferida ou dos materiais
esterilizados;
• Não falar ao manipular o material esterilizado ou fazer o
tratamento da ferida estando com infecções das vias aéreas
(usar máscara comum);
• Usar máscaras e aventais em caso de exsudato abundante;
• Realizar o curativo sempre da região limpa para a contaminada.
Curativos com pomadas ou óleos

 Curativo com Sulfadiazina de Prata:

• Composição: sulfadiazina de prata a 1% hidrofílica.


• Mecanismo de ação: eficaz contra uma grande variedade de
microorganismos, tais como: bactérias, fungos, protozoários e
alguns vírus; promove melhor leito de enxertia e ação
imunomoduladora;
• Indicação: feridas causadas por queimaduras ou que necessitem
ação antibacteriana.
• Contra indicação: hipersensibilidade a sulfas.
Curativos com pomadas ou óleos

 Curativo com pomada Enzimática – Colagenase:

• Composição: colagenase clostridiopeptidase A e enzimas


proteolíticas.
• Mecanismo de ação: age degradando o colágeno nativo da ferida.
• Indicação: feridas com tecido desvitalizado.
• Contra indicação: feridas com cicatrização por primeira intenção.
• Modo de usar: aplicar a pomada sobre a área a ser tratada.
Colocar gaze de contato úmida. Cobrir com gaze de cobertura
seca e fixar.
• Periodicidade de troca: a cada 24 horas.
• Exemplo comercial: Iruxol®; Kollagenase®; Santyl®
Curativos com pomadas ou óleos

 Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (Age):

• Composição: óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido


caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja.
• Mecanismo de ação: promove a quimiotaxia e a angiogênese,
mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação
tecidual. A aplicação em pele íntegra tem grande absorção,
forma uma película protetora na pele, previne escoriações
devido à alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição
celular local.
• Indicação: prevenção de úlceras de pressão, feridas abertas
superficiais com ou sem infecção.
Curativos com pomadas ou óleos

 Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (Age):

• Contra indicação: não relatada.


• Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado.
Espalhar o AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de
contato o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a
próxima troca. Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e
fixar.
• Periodicidade de troca: sempre que o curativo secundário
estiver saturado ou, no máximo, a cada 24 horas.
• Exemplo comercial: Agederm®; Ativoderme®; Dersani®.
Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

• Composição: possuem duas camadas: uma externa, composta


por filme ou espuma de poliuretano, flexível e impermeável à
água, bactérias e outros agentes externos; e uma interna,
composta de partículas hidroativas, à base de
carboximetilcelulose, gelatina e pectina, ou ambas - que
interagem com o exsudato da ferida, formando um gel
amarelado, viscoso e de odor acentuado;
• Ações: absorvem o excesso de exsudato, mantém a umidade,
proporcionam alívio da dor, mantém a temperatura em torno de
37°C ideal para o crescimento celular, promovem o
desbridamento autolítico;
Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

• Indicação: feridas abertas não infectadas, com leve a moderada


exsudação. Prevenção ou tratamento de úlceras de pressão não
infectadas.
• Contra indicação: feridas colonizadas ou infectadas. Feridas com
tecido desvitalizado ou necrose e queimaduras de 3o grau.
• Modo de usar: lavar a ferida. Escolher o hidrocoloide, com
diâmetro que ultrapasse a borda da ferida pelo menos 3 cm.
• Periodicidade de troca: a cada um a sete dias, dependendo da
quantidade de exsudação.
Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

• Vantagens: é à prova d’água e


lavável, retém odores, tem boa
aparência e formas variadas que
possibilitam adequação à área
cruenta, podendo inclusive ser
empregado em lesões de
articulações.
• Desvantagens: a pele poderá ficar
macerada se a exsudação se tornar
abundante.
• Exemplo comercial: Comfeel®; Placas de Hidrocoloides
Duoderm®; Hydrocoll®; Tegasorb®.
Curativos Especiais

2 - Curativo com Hidrogel:

• Composição: Composto de goma de copolímero, que contém


grande quantidade de água; hoje, alguns possuem alginato de
cálcio ou sódio;
• Ações: mantém a umidade e auxilia no desbridamento autolítico
• Indicação: feridas superficiais moderada ou baixa exsudação.
Remover as crostas, fibrinas, tecidos desvitalizados ou
necrosados.
• Contra indicação: pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas.
• Modo de usar: lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou
introduzi-lo na cavidade assepticamente. Ocluir a ferida com
cobertura secundária estéril.
Curativos Especiais

2 - Curativo com Hidrogel:

• Periodicidade de troca: a cada


um a três dias, dependendo da
quantidade de exsudato.
• Vantagens: sensação de alívio
na ferida e promove o
desbridamento autolítico.
• Desvantagens: desidrata
rapidamente e é relativamente
caro.
• Exemplo comercial: Duoderm
Gel®; Hydrosorb®; Hypergel®;
Curativo Hidrogel
Nu-Gel®.
Curativos Especiais

3 - Curativo com Alginato de Cálcio:

• Composição: fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas


marinhas.
• Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue
interage com o cálcio levando a uma alta capacidade de
absorção, resultando na formação de um gel que mantém o
meio úmido para a cicatrização e induz a hemostasia.
• Indicação: feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas
com ou sem infecção, até a redução do exsudato.
• Contra indicação: lesões superficiais com pouca ou nenhuma
exsudação; queimaduras.
Curativos Especiais

3 - Curativo com Alginato de Cálcio:

• Modo de usar: remover exsudato e o tecido desvitalizado.


Modelar o alginato no interior da ferida umedecendo a fibra
com solução fisiológica. Não deixar que a fibra de alginato
ultrapasse a borda da ferida. Ocluir com cobertura secundária
estéril.
• Periodicidade de troca: feridas infectadas (24 horas), feridas
limpas com sangramento (48 horas), feridas limpas ou
exsudação intensa (quando saturar). Trocar o curativo
secundário sempre que estiver saturado.
• Vantagens: elevado poder de absorção e eficiente estímulo à
granulação.
Curativos Especiais

3 - Curativo com Alginato de Cálcio:

• Desvantagens: poderá lesar as


bordas da ferida pela sua função
autolítica.
• Exemplo comercial: Algoderm®;
Curasorb®; Sorbalgon®;
Tegagen®

Curativo com Alginato de Cálcio


Curativos Especiais

4 - Curativos com Carvão Ativado:

• Composição: tecido carbonizado e impregnado com nitrato de


prata a 0,15%, envolto por camada de tecido sem carvão
ativado.
• Mecanismo de ação: o carvão ativado absorve a secreção e filtra
o odor. A prata exerce ação bactericida.
• Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas.
• Contra indicação: feridas limpas e lesões de queimaduras.
• Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado.
Colocar o curativo de carvão ativado sobre a ferida e oclui-la
com cobertura secundária estéril.
• Periodicidade de troca: de 1 a 4 dias, dependendo da
quantidade de exsudação.
Curativos Especiais

4 - Curativos com Carvão Ativado:

• Vantagens: método eficaz para controle do mau odor e é de fácil


aplicação.
• Desvantagens: não pode ser cortado, pois ocorre liberação
do carvão e da prata.
• Exemplo comercial: Carboflex®; Vliwaktiv®.

Curativos com Carvão Ativado


Curativos Especiais

 Materiais para a realização de curativos:

• Pacote de pinças para curativos;


• SF 0,9 % morno;
• Seringa de 20 ml, agulhas, algodão umedecido com álcool a
70%;
• Pacotes com gazes;
• Micropore e esparadrapo;
• Tesoura;
• Luvas de procedimentos e esterilizadas;
• Proteção para a roupa de cama.
Curativos Especiais

 Quando indicado pela prescrição médica ou de


enfermagem:

• Almotolia com antissépticos;


• Pomadas;
• Ataduras;
• Curativos especiais.

Observação: A solução fisiológica deverá ser aquecida no momento


da realização do curativo e desprezada logo após o término. Não
reutilizar.
Curativos Especiais

 Método:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Preparar o ambiente: Fechar janelas para evitar correntes de ar
e poeira;
• Desocupar mesa de cabeceira. Colocar biombo se necessário;
• Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo;
• Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de
cabeceira;
• Descobrir a área a ser tratada com luvas de procedimentos e
proteger a cama;
• Colocar o paciente em posição apropriada;
• Abrir o campo estéril para curativos e sem contaminar, colocar
os demais materiais esterilizados a serem utilizados;
Curativos Especiais

 Método:

• Calçar luva esterilizada conforme a técnica asséptica;


• Se o curativo for com irrigação, limpar a ferida com jatos de SF
0,9% usando a seringa sem agulha (para ocorrer pressão);
• Com auxílio da pinça limpar e secar delicadamente as bordas da
ferida, mudando as áreas da gaze. Evitar atrito da gaze com o
tecido de granulação para evitar que o mesmo seja lesado;
• Secar o centro da ferida com a gaze realizado movimentos
circulares a fim de mudar áreas da mesma;
• Se indicado colocar o medicamento;
• Ocluir o curativo;
• Deixar o paciente confortável;
• Deixar ambiente e materiais em ordem;
• Lavar mãos.
Curativos Especiais

 Método:

• Lavar mãos.
• Realizar anotações de enfermagem, registrando classificação do
curativo, quantidade de exsudato, aspecto, odor. Presença de
tecido de granulação e condições de pele circundante.
Curativos Especiais

 Observações:

• Antes de realizar o curativo observar o estado do paciente, ler as


anotações sobre o tipo de curativo e prescrições para verificação
de medicamentos.
• Curativos úmidos por secreções ou água do banho, devem ser
trocados.
• Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela
incisão fechada e limpa, seguindo-se as lesões abertas não
infectadas e por último os curativos com infecção.
Curativos Especiais

 Observações:

• Em feridas com exsudato, com suspeita de infecção, antes de


realizar o curativo pode ser necessário à coleta de material para
bacterioscopia (swab).
• Em casos de uso com KmNO4 tomar os seguintes cuidados:
protegê-lo da luz se acastanhado (o que indica oxidação)
desprezá-lo e preparar nova solução para uso.
Feridas com drenos

 Limpar e secar o dreno e a pele com SF 0,9%;


 Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele;
 Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o ou bolsa
de karaya conforme indicação;
 Atentar para que o dreno não apresente dobras para
garantir boa drenagem;
 Anotar volume, aspecto, odores do material drenado.
Feridas com drenos

 Realizando curativo através de irrigação com solução


fisiológica:

Hoje, os especialistas adotam e indicam a limpeza de feridas


através de irrigação com solução fisiológica morna e sob
pressão, utilizando-se seringa de 20ml conectada à agulha de
40 x 12, o que fornece uma pressão capaz de remover
partículas, bactérias e exsudatos. Para completa eficácia, a
agulha deve estar o mais próximo possível da ferida. Após a
limpeza por esse método, deve-se secar apenas a pele íntegra
das bordas e aplicar a cobertura indicada no leito da ferida,
usando técnica asséptica.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Roteiro para a correta administração de medicamentos

• O paciente tem alguma alergia?


• Que medicamentos foram prescritos?
• Por que está recebendo esta medicação?
• Existem cuidados de enfermagem específicos na administração
destas drogas?
• Que informações devem ser dadas pela enfermagem, em
relação ao efeito desse medicamento?
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Cuidados na administração de medicamentos:

• Ao preparar a bandeja de medicamentos, fazê-lo atentamente e


evitar conversar.
• Ler com atenção a prescrição médica, em casos de dúvidas
esclarecê-las antes de administrar a medicação.
• Ler o rótulo do medicamento atentamente.
• Colocar a identificação no medicamento antes de colocá-lo na
bandeja.
• Não tocar diretamente em comprimidos, cápsulas ou drágeas.
• Identificar o paciente antes de administrar o medicamento.
• Checar a prescrição o horário que o remédio foi dado,
rubricando ao lado.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Cuidados na administração de medicamentos:

• Quando o medicamento por algum motivo deixou de ser dado,


anotar no prontuário.
• Durante a fase de preparo, o profissional de enfermagem deve
ter muita atenção para evitar erros, assegurando ao máximo que
o paciente receba corretamente a medicação. Isto justifica
porquê o medicamento deve ser administrado por quem o
preparou, não sendo recomendável a administração de
medicamentos preparados por outra pessoa.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Cuidados na administração de medicamentos:

• As medicações devem ser administradas sob prescrição médica,


mas em casos de emergência é aceitável fazê-las sob ordem
verbal (quando a situação estiver sob controle, todas as
medicações usadas devem ser prescritas pelo médico e
checadas pelo profissional de enfermagem que fez as
aplicações);
• Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos
e desinfetados com álcool a 70%;
• Permanecer junto ao paciente até que o mesmo tome o
medicamento.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Regra dos cinco certos:

• Medicamento certo;
• Paciente certo;
• Dose certa;
• Hora certa;
• Via certa.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Todo medicamento administrado deve ser registrado e
rubricado na prescrição. Nas aplicações parenterais é
importante anotar o local de administração. Em caso de
recusa do medicamento, o profissional de enfermagem deve
relatar imediatamente o fato à enfermeira e/ou ao médico, e
anotá-lo no prontuário.

 Em nosso meio, convencionalmente, quando o medicamento


não foi administrado por algum motivo o horário
correspondente deve ser circundado (rodelado) à caneta e a
justificativa devidamente anotada no prontuário do paciente.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 É importante verificar o(s) motivo(s) de recusa do paciente e
tentar reorientá-lo quanto à importância do(s)
medicamento(s) em seu tratamento.

 É comum o paciente queixar-se dos efeitos que alguns


medicamentos produzem no seu organismo, e a equipe de
enfermagem pode ajudá-lo avaliando e procurando
alternativas que melhorem a situação de acordo com os
problemas apresentados.

 Às vezes, o simples fato de desconcentrar os medicamentos


em horários diferentes pode oferecer resultados satisfatórios.
Administrando medicamentos por via oral e sublingual
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 No caso do medicamento líquido, recomenda-se agitar o
conteúdo do frasco antes de entorná-lo no recipiente graduado
(copinho), segurando-o com o rótulo voltado para cima, para
evitar que o medicamento escorra acidentalmente.

 Comprimidos, drágeas ou cápsulas devem ser colocados no


copinho, evitando-se tocá-los diretamente com as mãos, para
tanto, utilizar a tampa do frasco para repassá-los ao copinho, ou
mantê-los na própria embalagem, se unitária.

 Para evitar interações medicamentosas, os medicamentos não


devem ser dados simultaneamente. Assim, sempre que possível,
o planejamento dos horários de administração deve respeitar
esse aspecto.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Quando da administração de medicação sublingual, observar a
correta colocação do medicamento sob a língua do paciente,
orientando-o para que o mantenha, sem mastigá-lo ou engoli-lo
até ser totalmente dissolvido. Não se devem oferecer líquidos
com a medicação sublingual.

 Interação medicamentosa – é quando o efeito de um ou mais


medicamentos são alterados pela administração simultânea,
neutralizando sua ação ou provocando uma reação adversa no
paciente.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
1 - Administração de medicamentos por via oral (VO):

 Método:

• Identificar o recipiente com a fita contendo: nome do paciente,


número do leito, medicamento, dose, via e hora;
• Colocar os medicamentos no recipiente identificado;
• Diluí-lo quando necessário;
• Antes de administrar certificar-se do nome certo do paciente;
• Colocar o(s) medicamento(s) em sua boca quando o mesmo
estiver.
• impossibilitado de fazê-lo ou dar o copinho em suas mãos
quando estiver possibilitado de fazê-lo;
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
1 - Administração de medicamentos por via oral (VO):

 Método:

• Oferecer-lhe água;
• Verificar se o paciente deglutiu a medicação;
• Checar.

Observação: NUNCA deixar o medicamento sobre a cabeceira


do paciente
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
2 - Administração de medicamentos por via sublingual (SL):

Consiste em colocar o medicamento em baixo da língua do


paciente e deixar que este seja absorvido pela mucosa bucal.

 Método:

• Separar o medicamento;
• Colocar o medicamento sob a língua do paciente e pedir para
abster-se de engolir a saliva até o medicamento se dilua por
completo;
• Checar.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
3 - Administração de medicamentos por via gástrica:

É a introdução de medicamentos através da sonda nasogástrica.


Utilizada para pacientes inconscientes e impossibilitados de
deglutir. Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e
introduzidos na via gástrica com seringa. As cápsulas são abertas,
dissolvendo-se o pó medicamentoso nelas contido (ver cuidados
na técnica de alimentação por sonda).
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
4 - Administração de medicamentos tópicos por via cutânea:

É a aplicação de medicamentos por fricção na pele, sob a forma de


pomadas, cremes, pós. Para que haja melhor absorção do
medicamento pela pele, a mesma deve estar limpa e seca antes da
aplicação. As loções, pastas ou pomadas são colocadas na pele e
espalhadas uniformemente com gaze, com a mão devidamente
enluvada, seguindo-se as orientações específicas de cada
medicamento em relação à fricção, cobertura, aplicação de calor,
etc.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
5 - Administração de medicamentos tópicos por via ocular:

É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular. Antes da


aplicação ocular, faz-se necessário limpar os olhos para remover
secreções e crostas. Com o paciente confortavelmente posicionado
em decúbito dorsal ou sentado, com o rosto voltado para cima, o
profissional deve expor a conjuntiva da pálpebra inferior e solicitar-
lhe que dirija o olhar para cima, após o que instila a solução com o
conta-gotas. Sequencialmente, orientar o paciente para que feche
as pálpebras e mova os olhos, o que espalha uniformemente o
medicamento. Identicamente, as mesmas orientações devem ser
seguidas para a aplicação de pomada a ser distribuída ao longo da
pálpebra superior e inferior.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
6 - Administração de medicamentos tópicos por via nasal:

Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento líquido ou


pomada. Para a instilação de medicamento nas narinas o paciente
deve manter a cabeça inclinada para trás; nesta posição, o profissional
aproxima o conta-gotas e pinga o número prescrito de gotas do
medicamento
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
7 - Administração de medicamentos tópicos por via otológica:

É a aplicação de medicação nos


ouvidos. Na aplicação otológica a
posição mais adequada é o decúbito
lateral. A fim de melhor expor o
canal auditivo, o profissional deve
puxar delicadamente o pavilhão do
ouvido externo para cima e para
trás, no caso de adultos, e para
baixo e para trás, em crianças, e
instilar o medicamento. Para maior
conforto do paciente, utilizar
solução morna.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
8 - Administração de medicamentos tópicos por via vaginal:

É a introdução de medicamentos no canal vaginal. O medicamento


pode ser introduzido sob a forma de tampões, supositórios,
comprimidos, óvulos, soluções medicamentosas e cremes ou gel. Os
medicamentos intravaginais em forma de creme e óvulos, são
introduzidos com o auxílio de um aplicador de uso individual. O
horário de aplicação mais recomendado é à noite, ao deitar, após a
realização de higiene íntima. Com a mão enluvada, o profissional deve
encher o aplicador com o creme (ou inserir o óvulo) e, mantendo a
paciente em decúbito dorsal, introduzi-lo aproximadamente 7,5 cm e
pressionar o êmbolo para aplicar o medicamento, como mostra a
figura a seguir:
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
8 - Administração de medicamentos tópicos por via vaginal:

A paciente deve ser orientada


para permanecer deitada logo
após a aplicação, visando evitar o
refluxo do medicamento. As
mulheres com condições de se
autoaplicar devem ser instruídas
quanto ao procedimento e
estimuladas a realizar sua
própria aplicação.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:

A via parenteral é usualmente utilizada quando se deseja uma ação


mais imediata da droga, quando não há possibilidade de
administrá-la por via oral ou quando há interferência na assimilação
da droga pelo trato gastrintestinal. A enfermagem utiliza
comumente as seguintes formas de administração parenteral:
intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa.

A administração de medicamento por via parenteral exige


prévio preparo com técnica asséptica e as orientações a
seguir enunciadas, visam garantir uma maior segurança e
evitar a ocorrência de contaminação.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:

Ângulos de Aplicação
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:
• Ao selecionar os medicamentos, observar o prazo de validade, o
aspecto da solução ou pó e a integridade do frasco.
• Certificar-se de que todo o medicamento está contido no corpo
da ampola, pois muitas vezes o estreitamento do gargalo faz
com que parte do medicamento fique retida.
• Observar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e
a agulha; colocar a agulha na seringa com cuidado, evitando
contaminar a agulha, o êmbolo, a parte interna do corpo da
seringa e sua ponta.
• Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a
70%, destacando o gargalo; no caso de frasco-ampola, levantar a
tampa metálica e desinfetar a borracha.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:
• Proteger os dedos com algodão embebido em álcool a 70% na
hora de quebrar a ampola ou retirar a tampa metálica do frasco-
ampola.
• Para aspirar o medicamento da ampola ou frasco ampola,
segurá-lo com dois dedos de uma das mãos, mantendo a outra
mão livre para realizar, com a seringa, a aspiração da solução
(Figura 36 (8)).
• No caso do frasco-ampola, aspirar o diluente, introduzi-lo dentro
do frasco e deixar que a força de pressão interna desloque o ar
para o interior da seringa.
• Homogeneizar o diluente com o pó liofilizado, sem sacudir, e
aspirar.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:
• Para aspirar medicamentos de frasco de dose múltipla, injetar
um volume de ar equivalente à solução e, em seguida, aspirá-lo.
O procedimento de introduzir o ar da seringa para o interior do
frasco visa aumentar a pressão interna do mesmo, retirando
facilmente o medicamento, haja vista que os líquidos movem-se
da área de maior pressão para a de menor pressão. Portanto, ao
aspirar o medicamento, manter o frasco invertido.
• Após a remoção do medicamento, retirar o ar com a agulha e a
seringa voltadas para cima. Recomenda-se puxar um pouco o
êmbolo, para remover a solução contida na agulha, visando
evitar seu respingo quando da remoção do ar.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:
• Identificar o material com fita adesiva, na qual deve constar o
nome do paciente, número de leito/quarto, medicamento, dose
e via de administração.
• As precauções para administrar medicamentos pela via
parenteral são importantes para evitar danos, muitas vezes
irreversíveis ao paciente.
• Antes da aplicação, fazer antissepsia da pele, com álcool a 70%.
• É importante realizar um rodízio dos locais de aplicação, o que
evita lesões nos tecidos do paciente, decorrentes de repetidas
aplicações.
• Desprezar a seringa, com a agulha junta, em recipiente próprio
para materiais perfurocortantes.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
9 - Administrando medicamentos por via parenteral:
Após a introdução da agulha no tecido e antes de pressionar o êmbolo
da seringa para administrar o medicamento pelas vias subcutânea e
intramuscular, deve-se aspirar para ter a certeza de que não houve
punção de vaso sanguíneo. Caso haja retorno de sangue, retirar a
punção, preparar novamente a medicação, se necessário, e repetir o
procedimento.

Preparação para Aplicação


Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intradérmica:

• É a administração de medicamentos na derme, indicada


para a aplicação de vacina BCG e como auxiliar em testes
diagnósticos e de sensibilidade.

• Para testes de hipersensibilidade, o local mais utilizado é a


região escapular e a face interna do antebraço; para
aplicação de BCG, a região deltoide do braço direito.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intradérmica:

• Devemos esticar a pele para inserir a agulha, o que facilita


a introdução do bisel, que deve estar voltado para cima;
visando atingir somente a epiderme, formar um ângulo de
15º com a agulha, posicionando-a quase paralela à
superfície da mesma. Não se faz necessário realizar
aspiração, devido à ausência de vaso sanguíneo na
epiderme.

• O volume a ser administrado não deve ultrapassar a 0,5ml,


por ser um tecido de pequena expansibilidade, sendo
utilizada seringa de 1ml e agulha 10x5 e 13x4,5.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intradérmica:

• Quando a aplicação é correta, identifica-se a formação de


pápula, caracterizada por pequena elevação da pele no
local onde o medicamento foi introduzido.

Formação de Pápula
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Locais de aplicação pela via intradérmica:

• Parte externa e superior dos MMSS;


• Face lateral externa das coxas;
• Região abdominal com 5 dedos de distância da cicatriz
umbilical (alta vascularização), região escapular.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Materiais:

• Seringa de 1 ml (100UI);
• Agulhas apropriadas (13x3,8 ou 13x4,5);
• Álcool a 70%;
• Algodão;
• Etiqueta com identificação;
• Luvas de procedimentos.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Preparar a medicação;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Expor a área de aplicação e proceder a antissepsia;
• Permanecer com algodão na mão não dominante;
• Segurar a seringa com a mão dominante;
• Com a mão não dominante, fazer prega na pele;
• Introduzir a agulha em ângulo de 90º se agulha 10x5, e em
ângulo de 45° se agulha 25x7;
• Se não houver contraindicação, aspirar para verificar se não
atingiu vasos sanguíneos;
• Injetar o medicamento;
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Esvaziada a seringa, retirar rapidamente a agulha e com algodão


fazer leve pressão;
• Observar o paciente a fim de perceber alterações;
• Checar.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Subcutânea

O tecido subcutâneo possui absorção mais lenta que a via


intramuscular. Doses pequenas são recomendadas, variando entre
0,5ml a 1ml. Também conhecida como hipodérmica, é indicada
principalmente para vacinas, hormônios, anticoagulantes e outras
drogas que necessitam de absorção lenta e contínua.

Para não ultrapassar o tecido, deve-se primeiramente observar a


constituição do tecido subcutâneo do paciente, definindo o ângulo
a ser administrado conforme a agulha disponível (se agulha de
10x5, aplicar em ângulo de 90º; se de 25x7, aplicar em ângulo de
45º). Após a introdução da agulha, fazer uma prega no tecido
subcutâneo, para facilitar sua localização.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intramuscular

• É utilizada para administrar medicamentos irritantes, por ser


menos dolorosa, considerando-se que existe menor número de
terminações nervosas no tecido muscular profundo.

• A absorção ocorre mais rapidamente que no caso da aplicação


subcutânea, devido à maior vascularização do tecido muscular.

• O volume a ser administrado deve ser compatível com a massa


muscular, que varia de acordo com a idade, localização e estado
nutricional.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intramuscular

• Considerando-se um adulto com peso normal, o volume


adequado de medicamento em aplicação no deltoide é de 2ml; no
glúteo, 4 ml e na coxa, 3 ml, embora existam autores que
admitam volumes maiores. Crianças, idosos e clientes magros
podem tolerar até 2 ml de uma injeção intramuscular.

• De qualquer maneira, quantidades maiores que 3ml devem ser


sempre bem avaliadas pois podem não ter uma adequada
absorção. As complicações mais comuns da aplicação
intramuscular são a formação de nódulos, abscessos, necrose e
lesões de nervo.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Locais para aplicação

• Região deltoide;
• Região do glúteo (ventroglúteo e dorsoglúteo);
• Vasto lateral da coxa (ântero lateral da coxa).

Administrando medicação em região dorsoglútea


Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Locais para aplicação

Locais para aplicação via intramuscular

Para aplicação em adultos eutróficos ou seja, bem nutridos, as agulhas


apropriadas são 25x7, 25x8, 30x7 e 30x8. No caso de medicamentos
irritantes, a agulha que aspirou o medicamento deve ser trocada,
visando evitar a ocorrência de lesões teciduais.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Preparar o medicamento;
• Explicar o procedimento ao paciente e expor a área de
aplicação;
• Com os dedos polegar e indicador segurar o corpo da seringa;
• Com a mão não dominante, proceder a antissepsia do local;
• Permanecer com algodão na mão não dominante;
• Ainda com a mão não dominante segurar o músculo
firmemente;
• Introduzir a agulha firmemente com o bísel voltado para o
lado, em sentido as fibras musculares, formando um ângulo
de 90°;
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Com a mão não dominante, puxar o êmbolo, aspirando


verificando se não atingiu vasos sanguíneos;
• Introduzir o medicamento se não atingir nenhum vaso, caso
isto ocorra, retirar a agulha do músculo e repetir o
procedimento;
• Terminada a administração, retirar agulha rapidamente
fazendo leve pressão no local com o algodão.
• Checar.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intravenosa

• A via endovenosa é utilizada quando se deseja uma ação


rápida do medicamento ou quando outras vias não são
propícias. Sua administração deve ser feita com muito
cuidado, considerando-se que a medicação entra
diretamente na corrente sanguínea, podendo ocasionar
sérias complicações ao paciente caso as recomendações
preconizadas não sejam observadas.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intravenosa

• As soluções administradas por essa via devem ser


cristalinas, não-oleosas e sem flocos em suspensão. Para a
administração de pequenas quantidades de medicamentos
são satisfatórias as veias periféricas da prega (dobra) do
cotovelo, do antebraço e do dorso das mãos.

• O medicamento pode ainda ser aplicado nas veias


superficiais de grande calibre: região cubital, dorso da mão
e antebraço.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intravenosa

• Deve-se, preferencialmente, administrar o medicamento


no paciente deitado ou sentado, já que muitos
medicamentos podem produzir efeitos indesejáveis de
imediato; nesses casos, interromper a aplicação e
comunicar o fato à enfermeira ou ao médico. Inspecionar
as condições da rede venosa do paciente e selecionar a
veia mais apropriada; garrotear o braço 10 a 15 cm acima
da veia escolhida (Potter, 2007).
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Via Intravenosa

• Para facilitar a visualização da veia de mão e braço,


solicitar que o paciente cerre o punho durante a inspeção
e a punção venosa. Esticar a pele durante a introdução da
agulha, com o bisel voltado para cima mantendo um
ângulo de 15º a 30º. Observar o retorno do sangue, soltar
o garrote e injetar o medicamento lentamente; ao retirar a
agulha, comprimir o local.

• Atenção: Na administração de soluções, não deve haver


presença de ar na seringa, o que evita embolia gasosa.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Locais de aplicação:

• Veias superficiais de grande calibre.

 Método:

• Preparar a injeção;
• Expor a área de aplicação, verificando condições da veia;
• Colocar forro para proteção do leito;
• Calçar luvas;
• Garrotear sem compressão exagerada de 10-15 cm do local
escolhido.
• Pedir para o paciente abrir e fechar a mão várias vezes a após
fechá-la e conservá-la fechada;
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Realizar a antissepsia do local com movimentos longos e firmes


de baixo para cima;
• Fixar a veia com o polegar da mão não dominante;
• O bísel da agulha deve estar voltado para cima;
• Evidenciada a presença de sangue pedir para o paciente abrir a
mão. Soltar o garrote;
• Injetar o medicamento lentamente, observando reações do
paciente;
• Terminada a administração, apoiar o local com algodão;
• Retirar a agulha, comprimir o local e orientar o paciente a
permanecer com o braço estendido (não dobrar);
• Checar.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Observações:

• Não misturar medicamentos na mesma seringa.


• Revezar locais de aplicação.
• NUNCA dar “tapinhas’’ para aparecimento das veias (pode
lesar o vaso e causar embolias por presença de coágulos).
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Administração de medicamentos por via intravenosa em
pacientes com venóclise:

• Venóclise é a administração endovenosa de regular quantidade


de líquido através de gotejamento controlado, para ser
infundido num período de tempo pré-determinado.

• É indicada principalmente para repor perdas de líquidos do


organismo e administrar medicamentos. As soluções mais
utilizadas são a glicosada a 5% ou 10% e a fisiológica a 0,9%.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Administração de medicamentos por via intravenosa em
pacientes com venóclise:

• Antes de iniciar o procedimento, o paciente deve ser esclarecido


sobre o período previsto de administração, correlacionando-o
com a importância do tratamento e da necessidade de troca a
cada 72 horas.

• O profissional deve evitar frases do tipo “não dói nada”, pois


este é um procedimento dolorido que muitas vezes requer mais
de uma tentativa. Isto evita que o paciente sinta-se enganado e
coloque em cheque a competência técnica de quem realiza o
procedimento.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Material:

• O mesmo utilizado na aplicação endovenosa,


acrescentando-se frasco com o líquido a ser infundido
(Soro Glicosado, Soro Fisiológico), suporte, medicamentos,
equipo, garrote, cateter periférico como escalpe, gelco ou
similar, agulha, seringa, adesivo (esparadrapo, micropore
ou similar), cortado em tiras e disposto sobre a bandeja,
acessórios como torneirinha e bomba de infusão, quando
necessária
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• No preparo da solução, atentar para a correta identificação,


registrando no rótulo do frasco o nome do paciente, a solução a
ser injetada, os medicamentos, tempo em que a solução deverá
correr, número de gotas/minuto, início e término, data e
assinatura.
• A fim de detectar precocemente a infiltração de solução nos
tecidos adjacentes, manter constante observação do local. Na
presença de sinais de flebite, retirar o dispositivo de punção e
providenciar outra via de acesso.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Para garantir a infusão do volume e dosagem dentro do tempo


estabelecido, controlar constantemente o gotejamento da
infusão. Estes cuidados visam evitar desequilíbrio
hidroeletrolítico e/ou reações adversas.
• O gotejamento não deve ser alterado em casos de atraso de
infusão, para que não haja sobrecarga cardíaca por aumento
brusco de volume.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Os pacientes que deambulam devem ser orientados a manter o


frasco elevado, para promover gotejamento contínuo, evitar
refluxo e coagulação sanguínea com possível obstrução do
cateter. Quando a solução do frasco estiver acabando, ficar
atento para promover a troca imediata após seu término,
evitando a interrupção e perda da via de acesso.
• Recomenda-se que os acessos periféricos sejam trocados em
intervalos de 72 horas e sempre que necessário.
Princípios e Técnicas de
Administração de Medicamentos
 Método:

• Preferencialmente a administração deve ser realizada por


infusor lateral (polifix ou torneirinha). Caso seja equipo simples
em scalp:
 Fechar equipo e desconectá-lo do scalp e protegê-lo
evitando-se contaminação do mesmo;
 Adaptar a seringa ou bureta no scalp;
 Aspirar;
 Administrar medicamento lentamente;
 Terminada a aplicação, adaptar novamente o equipo de soro
no scalp, evitando a entrada de ar.

• Controlar gotejamento conforme prescrição médica.


Cálculo de Medicação

 Uma das atividades que o técnico de enfermagem realiza


frequentemente é a administração de medicamentos.

 Para fazê-lo corretamente, na dose exata, muitas vezes ele


deve efetuar cálculos matemáticos, porque nem sempre a
dose prescrita corresponde à contida no frasco.

 Os cálculos, todavia, não são muito complicados; quase


sempre podem ser feitos com base na regra de três simples.

 Na regra de três simples trabalha-se com 3 elementos


conhecidos, e a partir deles determina-se o 4º elemento.
Cálculo de Medicação

 Alguns Exemplos de Cálculo de Medicamentos:

Ampicilina (Binotal®)
Apresentação: frasco-ampola de 1g
Prescrição médica: administrar 250mg de ampicilina
Resolução: transformar grama em miligrama
1g = 1.000 mg
Diluindo-se em 4ml, teremos:

1.000 mg.... 4 ml
250 mg.... x
x = (250) x (4) = 1.000x = 1ml
Cálculo de Medicação

Decadron
Apresentação: frasco de 2,5ml com 10mg (4mg/ml)
Prescrição médica: administrar 0,8mg de Decadron EV

4 mg..... 1 ml
0,8 mg..... x
(4) x (x) = 0,8 x 1
x = 0,8 x/4 = 0,2 ml

Para fazer o cálculo, pode-se também utilizar os elementos 2,5


ml e 10mg:
10mg..... 2,5ml
0,8mg..... x
(10) x (x) = 0,8 x 2,5 x = 0,2 ml
Cálculo de Medicação

Penicilina Cristalina
Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000U
Prescrição médica: 3.000.000U

Observação: a penicilina de 5 milhões aumenta 2ml após a


diluição.

5.000.000U....... 10 ml (8ml de diluente + 2ml)


3.000.000U....... x
5.000.000. x = 3.000.000. 10 x = 30.000.000/5.000.000
x = 6ml
Cálculo de Medicação

Permanganato de potássio (KMNO4)


Apresentação: comprimidos de 100mg
Prescrição médica de KMNO4 a 1:40.000

Quantos ml de água são necessários para se obter a diluição


prescrita?

1:40.000 significa: 1g de KMNO4 em 40.000 ml de água, ou


1.000mg de KMNO4 em 40.000ml de água. Assim:
1.000mg...... 40.000ml
100mg...... x
x = 100. 40.000/1000 x = 4.000ml ou 4 litros

Portanto, acrescentando-se 100mg (1 comprimido) em 4 litros de


água, obtém-se solução de KMNO4 na concentração 1: 40.000.
Cálculo de Medicação

 Alguns Exemplos de Rediluição:

Heparina
Apresentação: frasco-ampola de 5ml com 25.000U (5.000/ml).
Precrição: Administrar 200U de Heparina EV.

1 ml... 5000 U
x ml... 200 U
(5.000) x (x) = (1) x (200)
x = 200/5.000 x = 0,04 ml

Entretanto, na prática é impossível aspirar 0,04ml na seringa.


Assim, faz-se necessário fazer a rediluição, acrescentando-se um
diluente (água destilada estéril ou solução fisiológica).
Cálculo de Medicação

1º passo:
1ml de heparina....... 5.000U
1ml de heparina + 9ml de diluente... 5.000U

2º passo:
10ml...... 5.000U
x ml...... 200U
5000. x = 10. 200 x = 2.000/5000
x = 0,4 ml

Portanto, 200U da prescrição são equivalentes a 0,4ml de


heparina rediluída.
Cálculo de Medicação

Hidantal.
Apresentação: Hidantal, ampola de 5ml, equivalente a 50
mg/ml
Prescrição médica: Hidantal 4mg
50 mg.... 1ml
4 mg.... x
x = 4. 1/50 x = 0,08 ml

Como não há a possibilidade de aspirar 0,08ml em uma


seringa, faz-se necessário fazer uma diluição:

50mg...... 1ml 50mg...... 10ml


AD...... 9ml 4mg........ x
50mg..... 10ml 50. x = 4. 10
x = 4. 10/50 = 0,8ml
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Medicação Utilizando a Porcentagem:

O sinal % quer dizer por cento, ou seja, uma quantidade em cada


100. A porcentagem é a representação de um número fracionário:

15% = 15 = 0,15
100

30% = 30 = 0,30
100

Para se calcular a porcentagem de um número qualquer, basta


multiplicar a porcentagem desejada por aquele número.
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Medicação Utilizando a Porcentagem:

Exemplo 1: porcentagem representada por fração decimal


40% de 300 = 40/100 x 300 = 12. 000/100 = 120

Exemplo 2: porcentagem representada por número decimal


40% de 300 = 0,40 x 300 = 120

Exemplo 3: em um grupo de 75 pessoas, sabe-se que 68% já


tiveram sarampo. Qual o número de pessoas que já tiveram a
doença?
68% de 75 = 0,68 x 75 = 51
R: 51 pessoas do grupo tiveram sarampo.
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Gotejamento de Infusão Venosa:

Exemplo: Calcular o gotejamento, para correr em 8 horas,


de 500ml de solução glicosada (SG) a 5%. É possível
calcular o gotejamento de infusões venosas pelos
seguintes métodos:
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Gotejamento de Infusão Venosa:

Método A:

1º passo - Calcular o nº de gotas que existem no frasco de


solução, lembrando-se que cada ml equiva a 20 gotas. Com
três dados conhecidos, é possível obter o que falta mediante a
utilização de regra de três simples:

1ml..... 20 gotas
500ml..... x
x = 500 x 20 = 10.000 gotas
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Gotejamento de Infusão Venosa:

Método A:

2º passo - Calcular quantos minutos estão contidos em 8 horas:

1h..... 60 minutos
8h..... x
x = 8 x 60 = 480 minutos

Solução glicosada a 5% significa que em cada 100ml de solução


existem 5 gramas de glicose.
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Gotejamento de Infusão Venosa:

Método A:

3º passo - Calcular o número de gotas por minuto, com os


dados obtidos da seguinte forma:

gotas...... 480 minutos x...... 1 minuto


x = 10.000 x 1/480 = 21 gotas/minuto

Cálculo de microgotas: multiplicar o resultado por 3 = 63


mgt/min
Cálculo de Medicação

 Cálculo de Gotejamento de Infusão Venosa:

Método B:

Aplicar a fórmula: n° de gotas= Volume/ Tempo (horas) X 3


Aplicando-se a fórmula teremos:

nº de gotas = 500
nº de gotas = 500/ 8x3
nº de gotas= 500/24
nº de gotas= 21 gotas/minuto
Crio e Termoterapia

 A Crioterapia é a aplicação terapêutica do frio no organismo,


enquanto a Termoterapia consiste no emprego do calor
terapeuticamente.

 A crioterapia é indicada para diminuir a hipertermia, amenizar a


dor e conter edema e hematoma pós-trauma imediato, além
diminui a inflamação devido à redução do fluxo sanguíneo.

 A termoterapia é indicada em áreas de inflamação e/ou


infecção para melhorar a dor, facilitar os processos supurativos e
promover o relaxamento da musculatura, reduzindo a dor
provocada por espasmos ou contrações, porém não nos casos
de traumas imediatos por provocar vasodilatação e aumentar a
circulação onde é aplicado.
Crio e Termoterapia

 A aplicação de calor ou frio deve incluir informações


relacionadas à área corpórea a ser tratada, o tipo, a frequência e
a duração da aplicação. As aplicações quentes e frias podem ser
administradas nas formas secas e úmidas. Exemplos:

• Aplicações frias secas (bolsa térmica de gelo) e frias úmidas


(banho e compressa);
• Aplicações quentes secas (bolsa térmica de água quente,
fonte de luz natural e artificial, cobertores térmicos, outros)
e quentes úmidas (banho, compressa, outros).
Crio e Termoterapia

 Material necessário para aplicação de bolsa de água


quente:

• Bandeja;
• Bolsa de água quente ou hidrotérmica;
• Toalha ou fronha;
• Água quente (temperatura de 43º a 46º, segundo
Potter, e de 50º a 52º, segundo Hornemann).
Crio e Termoterapia

 A aplicação de compressas quentes é similar à fria, apenas se


substitui a água fria pela quente. É importante verificar a
integridade da bolsa térmica antes de seu uso, como as
condições da tampa e da vedação.

 A bolsa térmica deve ser preenchida, com gelo ou água quente,


de 1/3 a 2/3 de sua capacidade, o que proporciona um contato
homogêneo, amoldando-se à superfície aplicada e dando maior
conforto ao paciente.

 Ao utilizar bolsa de água quente, retirar o ar antes de fechá-la,


evitando aumento da pressão interna e contato diferenciado
com a área de aplicação. Antes de coloca-la no paciente,
envolvê-la com tecido, para evitar contato direto com a pele.
Crio e Termoterapia

 O local de aplicação deve ser observado com frequência, para


prevenir a ocorrência de queimaduras. Jamais utilizar a bolsa
térmica sob superfícies corporais pesadas, que possam vir a
comprimi-la e extravasar seu conteúdo.

 Para maior conservação da bolsa térmica, deve ser sempre


guardada limpa, seca e preenchida com ar, para evitar aderência
de suas paredes.

 As compressas úmidas frias devem ser aplicadas nas regiões


frontotemporais, axilar e inguinal bilateral, devido à
superficialidade de vasos calibrosos, o que facilita a liberação de
calor e promove a redução da temperatura corporal.
Crio e Termoterapia

 Ao aplicar calor ou frio seco, observar o prazo máximo de 30


minutos; Em calor ou frio úmidos, de 15 a 20 minutos. Para se
evitar o esfriamento rápido da compressa, sugere-se colocar
sobre a mesma uma toalha ou plástico, que retardam a perda
do calor no meio ambiente.

 A aplicação deve ser feita sobre a área prescrita e pelo tempo


indicado, observando os sinais e sintomas apresentados pelo
paciente e as condições de sua pele. Na eventualidade de
qualquer anormalidade, interromper o procedimento.

 Atenção: Não fazer aplicações de crioterapia por mais tempo


que o prescrito; demoradas compressas podem causar necrose
de tecidos.
Registro das Informações no Prontuário

 As informações do paciente, geradas durante seu período de


internação, constituirão o documento denominado prontuário,
o qual, segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução nº
1.331/89), consiste em um conjunto de documentos
padronizados e ordenados, proveniente de várias fontes,
destinado ao registro dos cuidados profissionais prestados ao
paciente.

 O prontuário agrega um conjunto de impressos nos quais são


registradas todas as informações relativas ao paciente, como
histórico da doença, antecedentes pessoais e familiares, exame
físico, diagnóstico, evolução clínica, descrição de cirurgia, ficha
de anestesia, prescrição médica e de enfermagem, exames
complementares de diagnóstico, formulários e gráficos.
Registro das Informações no Prontuário

 É direito do paciente ter suas informações adequadamente


registradas, como também acesso - seu ou de seu responsável
legal - às mesmas, sempre que necessário. Legalmente, o
prontuário é propriedade dos estabelecimentos de saúde e após
a alta do paciente fica sob os cuidados da instituição, arquivado
em setor específico.

 Quanto à sua informatização, há iniciativas em andamento em


diversos hospitais brasileiros, haja vista que facilita a guarda e
conservação dos dados, além de agilizar informações em prol do
paciente. Devem, entretanto, garantir a privacidade e sigilo dos
dados pessoais
Registro das Informações no Prontuário

 Uma das tarefas do profissional de enfermagem é o registro, no


prontuário do paciente, de todas as observações e assistência
prestada ao mesmo - ato conhecido como anotação de
enfermagem.

 A importância do registro reside no fato de que a equipe de


enfermagem é a única que permanece continuamente e sem
interrupções ao lado do paciente, podendo informar com
detalhes todas as ocorrências clínicas.

 Além disso, é um documento unívoco, ou seja ele é o único


registro aceito como prova legal do ato do médico e da equipe
saúde.
Registro das Informações no Prontuário

 As Anotações de Enfermagem fornecem dados que irão


subsidiar o enfermeiro no estabelecimento do plano de
cuidados/prescrição; suporte para análise reflexiva dos cuidados
ministrados, respectivas respostas do paciente e resultados
esperados e desenvolvimento da Evolução de Enfermagem.

 Assim, a Anotação de Enfermagem é fundamental para o


desenvolvimento da Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE), pois é fonte de informações essenciais para
assegurar a continuidade da assistência. Contribui, ainda, para a
identificação das alterações do estado e das condições do
paciente, favorecendo a detecção de novos problemas, a
avaliação dos cuidados prescritos e, por fim, possibilitando a
comparação das respostas do paciente aos cuidados prestados.
Registro das Informações no Prontuário

 Um registro completo de enfermagem contempla as


seguintes informações:

• Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas,


pontuais e cronológicas;
• Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e
identificação do profissional ao final de cada registro;
• Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
• Todos os cuidados prestados incluem as prescrições de
enfermagem e médicas cumpridas, além dos cuidados de rotina,
medidas de segurança adotadas, encaminhamentos,
transferências;
• Sinais e sintomas – incluem os identificados através de simples
observação e os referidos pelo paciente.
Registro das Informações no Prontuário

 Um registro completo de enfermagem contempla as


seguintes informações:

• É importante destacar que os sinais vitais mensurados devem


ser registrados pontualmente, ou seja, os valores exatos
aferidos.
• A ação de medicamentos e tratamentos específicos.
• Caso o tratamento não seja realizado, é necessário explicitar o
motivo - por exemplo, se o paciente recusa a inalação prescrita,
deve-se registrar esse fato e o motivo da negação.
• A assistência de enfermagem prestada e as intercorrências
observadas. Incluem- se neste item, entre outros, os dados
referentes aos cuidados higiênicos, administração de dietas,
realização de curativos, mudanças de decúbito dentre outros.
Registro das Informações no Prontuário

Exemplo de uma anotação de enfermagem:

9h - apresenta-se consciente, comunicativo, ictérico,


aceitou o desjejum oferecido, tomou banho de aspersão,
deambulando, afebril, dispneico, normotenso (110x60),
taquicardico 150 bpm, mantendo venóclise por scalp em
MSE, com bom refluxo, sem sinais flogisticos, abdômen
doloroso à palpação, SVD com débito de 200ml de
coloração alaranjada, eliminação intestinal ausente há 1
dia. Refere algia generalizada. Marcela
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma
forma planejada de prestar cuidados aos pacientes.
Gradativamente o SAE vem sendo implantada em diversos
serviços de saúde.

 Os componentes ou etapas dessa sistematização variam de


acordo com o método adotado, sendo basicamente composta
por levantamento de dados ou histórico de enfermagem,
diagnóstico de enfermagem, plano assistencial e avaliação.
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Interligadas, essas ações permitem identificar as necessidades
de assistência de saúde do paciente e propor as intervenções
que melhor as atendam - ressalte-se que compete ao
enfermeiro a responsabilidade legal pela sistematização;
contudo, para a obtenção de resultados satisfatórios, toda a
equipe de enfermagem deve envolver-se no processo.

 Na fase inicial, é realizado o levantamento de dados, mediante


entrevista e exame físico do paciente. Como resultado, são
obtidas importantes informações para a elaboração de um
plano assistencial e prescrição de enfermagem, a ser
implementada por toda a equipe.
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 A entrevista - um dos procedimentos iniciais do atendimento- é
o recurso utilizado para a obtenção dos dados necessários ao
tratamento, tais como o motivo que levou o paciente a buscar
ajuda, seus hábitos e práticas de saúde, a história da doença
atual, de doenças anteriores, hereditárias, etc.

 Nesta etapa, as informações consideradas relevantes para a


elaboração do plano assistencial de enfermagem e tratamento
devem ser registradas no prontuário, tomando-se,
evidentemente, os cuidados necessários com as consideradas
como sigilosas, visando garantir ao paciente o direito da
privacidade.
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 O exame físico inicial é realizado nos primeiros contatos com o
paciente, sendo reavaliado diariamente e, em algumas
situações, até várias vezes ao dia.

 Como sua parte integrante, há a avaliação minuciosa de todas as


partes do corpo e a verificação de sinais vitais e outras medidas,
como peso e altura, utilizando-se técnicas específicas.

 Na etapa seguinte, faz-se a análise e interpretação dos dados


coletados e se determinam os problemas de saúde do paciente,
formulados como diagnóstico de enfermagem.
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Veja alguns exemplos de diagnósticos de enfermagem:

1. Perfussão Tissular ineficaz cardiopulmonar, relacionado ao


transporte prejudicado do oxigênio, evidenciado por dispneia,
dores no peito e frequência respiratória alterada.

2. Padrão Respiratório ineficaz, relacionado à ansiedade, dor e


fadiga, evidenciada por dispneia e uso de musculatura
acessória para respirar.
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Por meio dos diagnósticos são identificadas as
necessidades de assistência de enfermagem e a
elaboração do plano assistencial de enfermagem.

 O plano descreve os cuidados que devem ser dados ao


paciente (prescrição de enfermagem) e implementados
pela equipe de enfermagem, com a participação de outros
profissionais de saúde, sempre que necessário.
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Veja alguns exemplos de prescrições de enfermagem:

Exemplo 1: Realizar ausculta cardíaca e comunicar o médico a


qualquer sinal de anormalidade.

10------------14-------------22-------------06

Exemplo 2: Observar e comunicar enfermeiro, em caso de (x)


sangramento, (x) hematoma, (x) edema, (x) hipotensão e
hipertensão arterial.

M----------------------T-------------------------N
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Veja alguns exemplos de prescrições de enfermagem:

Exemplo 3: Comunicar enfermeiro, em caso de queixa de


desconforto respiratório, dilatação nasal e alteração do padrão
e frequência respiratória e saturação com O2 < 90%.

M----------------------T-------------------------N

Exemplo 4: Realizar balanço hídrico.

08—12—16—20—24—04—08
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Na etapa de avaliação verifica-se a resposta do paciente
aos cuidados de enfermagem a ele prestados e as
necessidades de modificar ou não o plano inicialmente
proposto. A equipe de enfermagem deve realizar as
prescrições propostas pelo plano assistencial e anotar no
prontuário ou na ficha específica da instituição a
assistência prestada
Sistematização da Assistência
de Enfermagem
 Veja exemplos de anotações de enfermagem

• Anotação de Enfermagem:
02/06/08 – 10h, Cliente mantendo oxigenoterapia c.p.m,
monitor cardíaco e oxímetro de pulso, realizado balanço
hídrico e ausculta cardíaca, permanece com decúbito
elevado em 45°, aceitou dieta oferecida, diurese
espontânea.

02/06/08 – 18h30, Evolui com dor precordial, medicado com


item 03 da prescrição médica e traçado E.C.G com elevação
do segmento ST, apresenta pele aquecida, relata melhora da
ansiedade e fadiga.

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