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JOÃO PESSOA – PB
2008
CÍCERO ITALO LEITE BEZERRA
TECHARLLINE FINK
ZORAIDE FERREIRA
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JOÃO PESSOA – PB
2008
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SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Existem, porém, diferentes protocolos, muitos ainda em estudo, com freqüência utilizando a
quimioterapia pré e pós-operatória.
Constatou-se que a sobrevida dos pacientes sem a doença não fica comprometida. A
proporção atual de recidiva local após cirurgia preservadora de membros é semelhante à
proporção obtida depois de amputações, da ordem de 5%. Como resultado, muitos pacientes
que anteriormente sofreriam amputações podem agora ser tratados pela cirurgia preservadora
de membros.
Este estudo se justifica pela escassez de estudos retrospectivos e prospectivos sobre o
referido tumor em nosso meio e pela possibilidade de contribuir para a formação acadêmica
de alunos do curso de graduação em enfermagem. O nosso principal objetivo consiste em
trazer ao público acadêmico e/ou profissional de enfermagem uma fonte atualizada, relevante
e concisa de informações acerca do determinado tema.
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1. DEFINIÇÃO
2. ETIOPATOGENIA
De acordo com Voute et al (2005), as causas do osteossarcoma não são bem definidas,
assim como a maioria dos cânceres. Entretanto, cientistas descobriram que esse tipo de câncer
osteogênico está diretamente relacionado com um número de outras condições. Crianças que
foram acometidas por retinoblastoma e/ou que foram submetidas à quimioterapia e
radioterapia têm tendência maior a desenvolverem osteossarcoma.
Uma das causas mais prováveis para o desenvolvimento de osteossarcoma, segundo a
American Cancer Society (2008), é a mutação decorrente da ação aberrante de determinado
oncogene (gene responsável pela divisão celular) e/ou da deficiência de certo tipo de gene
supressor de tumor (gene que desacelera ou pára o crescimento celular, além de programar a
morte celular – evento denominado apoptose).
A inativação do gene supressor de tumor p53 é o mais freqüente evento genético na
etiopatogenia do osteossarcoma. Esse gene é denominado “guardião do genoma”, pois
mantém a estabilidade genômica em muitas situações, incluindo hipoxia, dano ao DNA e
ativação de oncogenes (VOLGESTEIN; LANE; LEVINE, 2000).
A perda do gene Rb em células germinativas parece ser um dos fatores etiológicos do
osteossarcoma. Além da inativação do gene supressor de tumor p53, anormalidades nos genes
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3. FATORES DE RISCO
Um fator de risco é, de acordo com Neff (2004), qualquer coisa que afete a chance de
um indivíduo adquirir uma doença, tal como o câncer. Os riscos relacionados ao estilo de vida
são os fatores contribuintes mais significantes para o câncer em adultos.
• Idade e altura: o maior risco de osteossarcoma é durante o “estirão de
crescimento” da adolescência. Crianças com osteossarcoma são usualmente
baixas para as suas idades. Isso sugere uma relação entre o rápido crescimento
ósseo e a formação de tumor;
• Radiação: pessoas que foram tratadas com radiação em cânceres anteriores
possuem um risco maior de desenvolvimento pós-radiação de osteossarcoma.
Pessoas com mais de 50 anos de idade são enquadradas com maior freqüência
nesse risco potencial. Há ainda a possibilidade mínima de desenvolver
osteossarcoma a partir da realização contínua de exames de raios-X;
• Doenças e anomalias ósseas: indivíduos com determinadas doenças não-
cancerosas possuem um posterior risco aumentado de desenvolverem
osteossarcoma, usualmente enquanto adultos. Algumas dessas doenças incluem
a Doença de Paget (uma condição benigna e pré-cancerosa que afeta um ou
mais ossos) e osteocondromas (tumores benignos formados a partir de
cartilagens e ossos) com múltipla hereditariedade;
• Síndromes cancerosas hereditárias: a síndrome de Li-Fraumeni e o
retinoblastoma são fatores de risco para o osteossarcoma devido à regulação
genética proveniente de um mesmo gene.
4. CLASSIFICAÇÃO
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4.1.OSTEOSSARCOMAS PRIMÁRIOS
4.1.1.Osteossarcoma convencional
4.1.3.Osteossarcoma telangiectásico
4.1.5.Osteossarcoma fibro-histiocítico
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4.1.6.Osteossarcoma gnático
bexiga, próstata e, até mesmo no retroperitônio pélvico. O osteossarcoma raramente pode ser
originado após radioterapia.
Mais comumente os paciente apresentam uma massa de crescimento lento que pode ou
não ser acompanhada de dor. O aspecto radiográfico é caracterizado por uma massa de tecidos
moles com calcificações e ossificações amorfas dispersas. O tumor exibe um arranjo
desorganizado de elementos osteogênicos em sua região central.
4.2.OSTEOSSARCOMAS SECUNDÁRIOS
5. FISIOPATOLOGIA
O tumor, a princípio, estende-se para o interior da medula óssea, mas logo perfura o
córtex. O periósteo é empurrado para fora do corpo e há um depósito de osso neoformado nos
ângulos de elevação do periósteo (triângulo de Codman). À medida que o osso invade os
tecidos moles, deposita-se osso neoformado ao longo dos canais vasculares,
perpendicularmente ao corpo (espículas em “raios de sol”). O tumor metastatiza via corrente
sanguínea, principalmente para os pulmões, mas também para outros ossos, quase sempre o
crânio e o fêmur (APLEY & SOLOMON, 1996).
A elevação da fosfatase alcalina sérica associa-se a aumento do risco de metástases.
Expressão da proteína do choque térmico72 guarda relação com melhor resposta à
quimioterapia. Expressão difusa da glicoproteína P nas células neoplásicas associa-se a
aumento de recidiva sistêmica. Finalmente, o índice de necrose de Huvos pós-quimioterapia
revela-se como o único e mais importante fator prognóstico
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6. SINAIS E SINTOMAS
Assim como em outros tumores ósseos, os sintomas não são específicos. A dor
persistente, profunda e localizada no osso afetado, limitação do movimento da articulação
envolvida e a presença de uma massa óssea são os sintomas mais comuns em pacientes com
osteossarcoma (FILHO, 2008). No princípio, a dor não é constante e tende a piorar durante a
noite, aumentando com a atividade. Dependendo da localização e do tipo do tumor, é possível
sentir uma massa óssea, aumento de volume da região afetada, além de ser possível
diagnosticar a presença de hemorragias ósseas, necrose e fraturas patológicas (FLETCHER;
UNNI; MERTENS, 2002). Rech et al. (2004) refere, ainda, o aumento da desidrogenase
láctica (LDH) como sinal clínico de osteossarcoma, bem como aumento da fosfatase alcalina
sérica, aumento da temperatura local, angiogênese na região afetada e dilatação das veias do
tecido subcutâneo decorrente do aumento do tumor.
7. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
7.1.1.Raio-X ósseo
7.2.TESTES SANGUÍNEOS
8. ESTADIAMENTO CLÍNICO
Outro sistema usado às vezes para classificar câncer ósseo é o da American Joint
Comission on Cancer (AJCC). Nele, T representa as características do tumor (seu tamanho),
N representa a propagação para os linfonodos, M representa a presença de metástases para os
órgãos distantes e G é para a classe do tumor. Esta informação sobre o tumor, os linfonodos, a
metástase e a classe é combinada dentro um processo chamado agrupamento do estágio. O
estágio é descrito então nos numerais romanos de I a IV (1-4).
• Estágios T para osteossarcoma:
✔ T0: Nenhuma evidência do tumor;
✔ T1: O tumor tem até 8 cm;
✔ T2: O tumor é maior que 8 cm ;
✔ T3: O tumor tem metastizado para outro local ou locais no mesmo osso.
• Classes do osteossarcoma:
✔ G1-G2: baixo grau;
✔ G3-G4: alto grau.
9. MODALIDADES TERAPÊUTICAS
9.1.CIRURGIA
para o cirurgião é remover o tumor inteiro e ainda preservar os tendões próximos, os nervos e
os vasos sanguíneos ().
O osso que é removido é substituído por uma endoprótese feita de metal e de outros
materiais. Em torno de 50% a 80% dos pacientes têm a possibilidade de ter seus membros
poupados. As complicações da cirurgia de preservação de membro incluem a infecção e as
fraturas ().
9.1.2.Amputação
A amputação pode ser a única opção a única opção para alguns pacientes. Se o
paciente possui um tumor de grandes proporções que atinja os nervos e/ou os vasos
sanguíneos, não será possível salvar o membro. A ressonância magnética e a biópsia podem
ajudar o cirurgião a decidir o quanto do membro será amputado ().
A cirurgia é planejada de forma que a pele e os músculos formem uma espécie de capa
em torno do membro amputado. Essa “capa” deverá ser adequada para que, posteriormente,
caiba em um membro artificial. Com o uso de uma prótese e uma fisioterapia adequada, o
paciente poderá andar normalmente dentro de três a seis meses após a cirurgia de amputação
().
10. PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM
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