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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO POLITÉCNICO SUPERIOR INTERNACIONAL DE ANGOLA
Grupo nº: 05
Ano: 2º
Turno: Manhã
Curso: Medicina Dentária
DOCENTE
______________________
Dra. Edna Ferreira
2022
INTEGRANTES DO GRUPO
1. Madalena Vanilssa
2. Filipa Paulo
ÍNDICE
Introdução ..................................................................................................................... 1
Ameloblastoma ............................................................................................................. 2
Origem ............................................................................................................... 4
Características Clínicas...................................................................................... 5
Características Histopatológicas ........................................................................ 8
Diagnóstico Diferencial ..................................................................................... 9
Diagnóstico Final E Terapêutica ....................................................................... 9
Causas .............................................................................................................. 12
Sintomas E Diagnóstico Do Ameloblastoma .................................................. 13
Como Tratar O Ameloblastoma ...................................................................... 13
Tumor Odontogênico Adenomatoide ......................................................................... 14
Discussão ......................................................................................................... 14
Classificação .................................................................................................... 17
Aspecto Radiográfico ...................................................................................... 17
Tratamento ....................................................................................................... 18
Conclusão ................................................................................................................... 19
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 20
INTRODUÇÃO
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AMELOBLASTOMA
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coloração normal. O ameloblastoma periférico é considerado como incomum, não
podendo ser diagnosticado por exame radiográfico, ocorrendo com menor frequência
entre todas as classificações dos ameloblastomas. Pelos padrões histológicos são
classificados entre folicular, plexiforme, acantomatoso, de células granulares, basalóide
e desmoplástico.
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tamanho da lesão, gênero, tipo de tratamento e variante histológica. Radiograficamente,
podem ser uni ou multiloculares e têm, em sua maioria, aspecto radiolúcido, bem
delimitado, com limite esclerótico fino, podendo ou não envolver um dente retido. Nas
radiografias panorâmicas, apresentam inúmeros casos, uma visualização do diagnóstico
não especificada, pois a área radiotransparente bem evidenciada com cortical marginal
satisfatoriamente definida, pode ser reflexo de lesões grandes e multiloculares,
assemelhando-se a ameloblastomas, além de ser também similar ao cisto dentígero.
O cisto ósseo simples é classificado como uma lesão não neoplásica relacionada
aos ossos. Clinicamente, essa lesão tem predileção pela segunda década de vida, em
pacientes do gênero masculino. Ocorre com maior frequência nos molares inferiores, mas
pode ocorrer em maxila e zigoma. Expansão mandibular é rara e a polpa dentária
preservada. É assintomático e diagnosticado por exames de rotina. A sintomatologia
relatada pelos pacientes são: dor, inchaço, sensibilidade dentária, fístula e parestesia, com
crescimento lento e não expansiva, devido à pequena quantidade de medula óssea e baixa
vascularização.
Trata-se de uma lesão rara. Somente 15% dos pacientes têm idade superior a 40
anos. Partindo do pressuposto da complexidade e características perspicazes do
ameloblastoma, e sabendo da importância do conhecimento e da capacitação dos
cirurgiões dentistas para que estes estejam aptos a diagnosticar precocemente e elaborar
um correto plano de tratamento para as variantes do ameloblastoma, o presente trabalho
apresenta-se com uma oportunidade de incentivar a prevenção, detecção precoce,
terapêutica e alavancar o conhecimento acerca deste tumor odontogênico fascinante.
ORIGEM
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• de células basais do epitélio da mucosa bucal que, por invaginação ou ectopia,
permanecem no interior do osso.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
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uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso e baixo índice de recidiva. O ameloblastoma
periférico é raro, corresponde a 1% dos casos e ocorre unicamente em tecidos moles que
circundam a região dentária (NEVILLE et al., 2004). Olaitan, Adeola e Adekeye (1993),
em sua revisão de 315 casos, encontraram 281 ameloblastomas multicísticos, 30
unicísticos e apenas 4 periféricos. Ambos os sexos são igualmente afetados, mais
freqüentemente na terceira e quarta décadas de vida, sem predomínio de raça. A
mandíbula é muito mais afetada que a maxila, principalmente na região dos molares e do
ramo ascendente.
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O quadro clínico dos ameloblastomas é pobre, e parestesias e dor raramente são
relatadas. Edema gengival, abaulamento de cortical óssea mandibular, mobilidade
dentária, perda espontânea de dentes, alterações da oclusão e deslocamento ou reabsorção
de raízes dentais podem ser identificados como queixas. Os ameloblastomas periféricos,
pelas próprias características, apresentam quadro clínico distinto e são diagnosticados
precocemente (NEVILLE et al. 2004; STORNI et al., 1999; SANTOS; LIMA; MORAIS,
2000). Fonseca e colaboradores (1986) analisaram 56 prontuários de ameloblastomas
tratados no Hospital do Câncer A. C. Camargo, em São Paulo, no período de 1953 a 1980.
A idade dos pacientes variou entre 9 e 77 anos, com ocorrências uniformes entre a
segunda e a quinta década de vida, correspondendo a 72,5% de todos os casos.
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mandíbula (82,8%); a região do ramo ascendente foi a de maior incidência, com 61,5%.
O padrão radiográfico com maior ocorrência de tumores foi o do ameloblastoma
multilocular, correspondendo a 65,4% dos casos.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Na faixa etária dos 20 anos, houve oito casos, um do tipo folicular (12,5%), seis
do tipo plexiforme (75%) e um classificado como outros (12,5%). Não houve caso de
ameloblastoma do tipo histológico combinado nessa faixa. Na de 20 a 50 anos, foram 26
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casos, com cinco do tipo folicular (19,23%), seis do tipo plexiforme (23,08%), sete do
tipo combinado (26,92%) e oito no grupo de outros (30,77%). Na faixa acima de 50 anos,
ocorreram 13 casos, sendo um do tipo folicular (7,69%), um do tipo plexiforme (7,69%),
sete do tipo combinado (53,85%) e quatro com outros tipos histológicos (30,77%).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
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A forma conservadora varia da curetagem simples à seguida de crioterapia (CURI;
DIB; PINTO, 1997). Esta última é um novo método que é empregado, apenas em alguns
casos, em lesões pequenas, com base mandibular íntegra, e em pacientes que podem ser
acompanhados por longos períodos de tempo. O tratamento cirúrgico radical implica a
remoção total da lesão, com margem de segurança que, muitas vezes, resulta na
amputação de parte da mandíbula do paciente (hemimandibulectomia).
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tratamento. Observouse que, nos pacientes tratados com ressecção, a recidiva foi de
27,3%; nos tratados com curetagem, 25%, e com crioterapia, 29,7%. Em relação aos
limites, pôde-se notar uma taxa maior de recidiva nos ameloblastomas infiltrativos
(57,1%).
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com idade média de 31 anos, por um período de 20 anos. Os pacientes, nesse período,
realizaram exames radiográficos de rotina, tais como radiografias periapicais, oclusais,
panorâmicas e tomografia computadorizada. Da amostra avaliada, 50% pertenciam ao
gênero feminino e 50% ao masculino. Foram diagnosticados ameloblastomas sólidos em
33,4% dos casos, durante a terceira década de vida, e em 36,1%, durante a quarta e a
quinta décadas. Verificou-se que os ameloblastomas incidiram na mandíbula em 94,4%
dos casos, e na maxila, em 5,6%.
CAUSAS
Os ameloblastomas são geralmente classificados por tipo, mas também podem ser
classificados por tipo de célula. Os quatro tipos principais incluem:
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• Ameloblastoma metastático. Este tipo é muito raro e é definido por
células tumorais que ocorrem longe do local primário na mandíbula.
O ameloblastoma costuma ser indolor e o único sintoma pode ser inchaço na área.
Geralmente é identificado somente no exame radiográfico em um consultório
odontológico. Lesões em desenvolvimento inicial não deslocam os dentes nem causam
dormência, portanto o paciente pode não saber que um tumor está crescendo em sua
maxila ou mandíbula. Se uma possível lesão for identificada em uma radiografia dentária,
é necessário um exame de imagem mais complexo. Nesse caso, será feita uma tomografia
computadorizada e possivelmente uma ressonância magnética. Entretanto, o diagnóstico
não pode ser determinado apenas por imagens. É necessária uma biópsia para fazer o
diagnóstico final. Os cistos podem se assemelhar a um ameloblastoma no exame de
imagem.
Alguns ameloblastomas são conhecidos por suas variantes malignas, que são
difíceis de controlar localmente. Podem ocorrer metástases, geralmente no pulmão, mas
elas podem se espalhar através de linfonodos para outros órgãos.
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TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATOIDE
DISCUSSÃO
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A TOA é frequentemente associada a um dente impactado, um canino em mais de
60% dos casos. Incisivos permanentes, pré-molares, molares e dentes decíduos raramente
são envolvidos. Mas mais de um dente também pode estar relacionado com TOA, como
observado em nossa análise de caso em que incisivos permanentes, caninos e pré-molares
estavam envolvidos com a lesão. TOAs são relativamente pequenos em tamanho.
Normalmente, eles não excedem 1-3 cm de diâmetro. No entanto, alguns tumores grandes
foram relatados, e todos os nossos casos atuais tinham dimensões incomumente grandes,
ou seja, mais de 3 cm.
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fusiformes ou poligonais formando lâminas e massas espiraladas em um estroma de
tecido conjuntivo escasso. O material eosinofílico amorfo é visto entre as células
epiteliais, bem como no centro da estrutura em forma de roseta. As estruturas ductiformes
características são revestidas por uma única fileira de células epiteliais colunares, cujos
núcleos são polarizados para longe do lúmen central, como ficou evidente em todos os
nossos casos. O lúmen pode estar vazio ou conter material eosinofílico amorfo. A
calcificação distrófica em quantidades variadas e em diferentes formas é geralmente
encontrada na maioria dos TOAs dentro do lúmen das estruturas semelhantes a ductos,
espalhadas entre as massas epiteliais ou no estroma. Os estudos imuno-histoquímicos
relatam que o crescimento lento, caráter benigno e baixa tendência à recorrência estão
claramente relacionados à baixa proliferação celular observada na realização da
imunocoloração para o antígeno Ki67.
Pequenas calcificações dentro do tumor não são vistas nas radiografias; assim a
lesão é completamente radiolúcida e imita um cisto dentígero em padrão de crescimento
e aparência. No entanto, um TOA geralmente parece envolver a coroa e a raiz, ao
contrário do cisto dentígero que não envolve as raízes. A reabsorção radicular irregular é
raramente vista, mas dois casos na presente análise mostraram essa característica
distintamente. As TOAs extraósseas raramente são detectadas radiograficamente, mas
pode ser observada uma ligeira erosão da cortical óssea alveolar subjacente. Comparando
a precisão diagnóstica, Dare et al.. descobriram que a radiografia periapical intraoral é a
melhor radiografia para mostrar radiopacidades na TOA como focos discretos com um
padrão floculento dentro da radiolucidez mesmo com depósitos calcificados mínimos,
quando comparada a uma radiografia panorâmica. Além disso, a ressonância magnética
(RM) é útil para distinguir TOA de outras lesões.
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Os achados radiográficos da TOA frequentemente se assemelham a lesões como
cisto dentígero, cisto odontogênico calcificante, tumor odontogênico epitelial
calcificante, cisto globulomaxilar, ameloblastoma unilocular, fibro-odontoma
ameloblástico, queratocisto odontogênico e odontoma de estágio intermediário.
O tratamento cirúrgico desse tumor deve ser a enucleação juntamente com o dente
impactado associado e curetagem simples. O tratamento conservador é adequado porque
o tumor não é localmente invasivo, é bem encapsulado e é facilmente separado do osso.
A peça cirúrgica pode ser sólida ou cística. A taxa de recorrência é tão baixa quanto 0,2%.
No entanto, em casos excepcionais de grandes tumores ou risco de fratura óssea, a
ressecção parcial em bloco da mandíbula ou maxila tem sido indicada. Além disso, o uso
de osso liofilizado e regeneração tecidual guiada são recomendados em grandes cavidades
ósseas. O prognóstico é excelente na maioria dos casos. Os casos aqui descritos estão em
acompanhamento regular desde 12-24 meses após a cirurgia e nenhuma recorrência é
notada.
CLASSIFICAÇÃO
ASPECTO RADIOGRÁFICO
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diagnósticos diferenciais, visto que o TOA mimetiza outras lesões, como cisto residual,
cisto periodontal lateral, cisto dentígero, ceratocisto, ameloblastoma, tumor odontogênico
epitelial calcificante, dentre outros.
TRATAMENTO
Por ser normalmente pouco invasivo, ele é tratado com sucesso através de
enucleação cirúrgica conservadora ou curetagem da lesão, ambas guiadas pelas
características clínicas e imaginológicas típicas desse tumor, bem como ratificação por
exame histopatológico em uma biópsia incisional prévia. O tumor não costuma ter
comportamento agressivo, e recorrências são raras.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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