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Disciplina: Fundamentos para Propedêutica Cirúrgica II

Modelo de Prova: INTERATIVAS


Tipo de Prova: 2CH
Versão da Prova: 3
Código da Prova: 128341

Resposta
Questão Gabarito Comentado
correta

Para remoção do dente 38, que se apresenta incluso, mas não apresenta
raízes formadas, devemos: realizar retalho adequado, osteotomiaoclusal e
distal (devemos evitar a osteotomia vestibular para o germe dental não ficar
“rodando” dentro da cavidade e dificultar sua remoção), remoção do dente
do alvéolo, toalete da cavidade, removendo os restos do saco pericoronário
e espículas ósseas e sutura.
1 A
Para remoção do dente 28, que se apresenta incluso e com metade a raiz
formada, devemos: realizar retalho adequado, osteotomiaoclusal e
vestibular, remoção do dente do alvéolo, toalete da cavidade, removendo os
restos do saco pericoronário e espículas ósseas e sutura. Geralmente, não
há necessidade de odontossecção para dentes superiores, devido à
densidade óssea da maxila favorecer sua remoção.

Em alguns tipos de fratura da face, é necessário realizar uma redução de


fratura, pois pode estar ocorrendo obstrução de vias aéreas, dificultando a
estabilização do quadro clínico do paciente vítima de trauma.
A redução, fixação e contenção são os princípios básicos a serem seguidos
para o sucesso do tratamento de fraturas ósseas.
2 E
A prevenção de tétano deve ser sempre realizada, bem como a da raiva em
casos de traumatismos que envolvam ataque animal.
Em traumatismos da face, não é incomum termos soluções de continuidade
tecidual dos tecidos moles, o que pode determinar ou favorecer uma
infecção. Por isso a antibioticoterapia deve ser realizada.

Aproximadamente 95% das infecções odontogênicas são provocadas por


bactérias mistas aeróbias-anaeróbias, primeiramente com cocos Gram-
positivos aeróbios e anaeróbios e bastonetes Gram-negativos, que são
bactérias da flora bucal normal. Tais bactérias podem, pela polpa necrosada
ou bolsa periodontal, atingir espaços contíguos mais profundos, levando
ao desenvolvimento da infecção. À medida que as bactérias aeróbias
proliferam, o potencial de oxirredução é reduzido e há aumento das
bactérias anaeróbias. Conforme a infecção evolui e atinge uma fase mais
crônica, as bactérias anaeróbias irão predominar e eventualmente podem se
tornar os únicos microrganismos presentes.
As infecções odontogênicas são causadas por uma série de espécies
bacterianas, com predomínio de Streptococcus spentre os
aeróbios;Streptococcus sp e Peptostreptococcus sp entre os anaeróbios; e
bastonetes anaeróbios Gram-negativos, como a Prevotella sp e as
Porphyromonas sp.
As infecções odontogênicas possuem duas origens principais:
• periapical–em consequência de necrose pulpar e invasão bacteriana,
migrando para a região periapical;
• periodontal– resultante de uma bolsa periodontal profunda, que permite a
penetração das bactérias nos tecidos subjacentes, como o caso da
pericoronarite.
As infecções podem se propagar por continuidade (cárie -> polpa ->periápice
-> espaços fasciais) ou pelo sangue, por meio de veias ou artérias. Se
seguem as artérias, podem levar a uma bacteremia e/ou a uma endocardite
seguem as artérias, podem levar a uma bacteremia e/ou a uma endocardite
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bacteriana;se seguem as veias, podem levar a trombose do seio cavernoso.
Uma vez que os tecidos são invadidos pelas bactérias e se instala uma
infecção, esta se dissemina para todas as direções, entretanto, preferem
seguir as linhas de menor resistência. Em geral, a infecção óssea perfura a
tábua óssea mais fina e causa a infecção no tecido mole adjacente.
São as defesas locais do hospedeiro, a virulência bacteriana e a anatomia
local que determinam a gravidade do processo infeccioso, e a localização
deste, por sua vez, está diretamente relacionada com a anatomia do
periápice radicular afetado, com as inserções musculares adjuntas
(músculos bucinador, milohióideo e levantador do ângulo da boca) e com as
corticais ósseas vestibular, lingual e palatina.
A localização do processo infeccioso está diretamente relacionada com a
anatomia do periápice radicular afetado e com as inserções
musculares adjuntas.
Pacientes que possuem processos infecciosos na região bucomaxilofacial
apresentam os sinais clássicos: dor, febre, aumento volumétrico da face e/ou
cavidade bucal e rubor local. A radiografia panorâmica auxilia na
identificação do foco de infecção, enquanto que a tomografia
computadorizada permite visualizar a área afetada (se vestibular ou lingual,
por exemplo), portanto, a região a ser drenada.
Cabe, ainda, ressaltar que a maioria das infecções odontogênicas penetra
no osso de forma que se tornam abscessos vestibulares. No entanto,
ocasionalmente, podem penetrar diretamente nos espaços fasciais, levando
ao desenvolvimento de infecções mais complexas.

A plastia do túber da maxila pode envolver tecido ósseo e tecido mole. É


indicada quando há excesso ósseo vertical/horizontal, aumento da
espessura da mucosa de revestimento, irregularidades ósseas e
4 E necessidade de aumento de espaço entre o arco superior e inferior. A
incisão elíptica é indicada para a excisão de tecido mole na região do túber.
A antibioticoterapia é recomendada, pois pode haver perfuração acidental do
seio maxilar.

Fibroma ameloblástico é um tumor que costuma atingir pacientes jovens,


geralmente até a segunda década de vida. Os pequenos costumam ser
assintomáticos e os maiores podem levar à tumefação dos maxilares.
Radiograficamente, se mostra como uma imagem radiolúcida uni ou
multilocular, podendo se assemelhar ao ameloblastoma, inclusive podendo
causar reabsorção radicular e estar comumente localizado na região
posterior da mandíbula. A remoção deve ser cirúrgica, com margem de
segurança, pois tem comportamento agressivo e apresenta alta taxa de
recidiva, podendo ocorrer malignização (fibrossarcoma ameloblástico).
O ameloblastoma mostra uma imagem radiolúcida unilocular ou multilocular,
com margens denteadas, podendo se assemelhar a bolhas de sabão,
quando as loculações são grandes, ou a favos de mel, quando pequenas,
podendo expandir e perfurar corticais ósseas e invadir tecidos moles
adjacentes. Perda da lâmina dura, reabsorção e erosão das raízes dentárias,
5 C e deslocamento de dentes também são relatados. Os uniloculares podem
ser assemelhar a qualquer lesão do tipo cística.
O granuloma central de células gigantes costuma ocorrer mais em mulheres,
na terceira década de vida, e atinge mais mandíbula e, frequentemente,
ultrapassa a linha média. Pode ser não agressiva, de evolução lenta, sem
perfuração da cortical e sem reabsorção radicular ou agressiva, causando
dor, de evolução rápida, perfurando corticais e com tendência de recidiva
após remoção. Pode ser uni ou multilocular, bem delineada, mas as margens
são descorticadas. Pode ser semelhante ao ameloblastoma
radiograficamente.
O tratamento é a curetagem ou ressecção parcial ou marginal.
Ceratocisto é uma forma distinta de cisto que deve receber uma atenção
especial, devido à presença de uma cápsula extremamente fina, presença
de cistos satélites e atingir grandes proporções sem mostrar alterações
clínicas perceptíveis.

O odontoma, tumor odontogênico adenomatoide e cistos odontogênicos


calcificantes podem ser tratados por enucleação com curetagem devido à
sua baixa taxa de recidiva.
O ameloblastoma, por ser uma neoplasia odontogênica agressiva e
6 B
localmente invasiva, pode ser tratado por ressecção parcial ou marginal.
Os hemangiomas capilares podem ser tratados por esclerose dos vasos
envolvidos. Hemangiomas maiores podem ser tratados por ressecção parcial
ou marginal.

As indicações da cirurgia periodontal são: criar acesso para raspagem e


alisamento radiculares, estabelecer uma morfologia gengival que facilite o
7 B controle da placa, facilitar o procedimento restaurador, posicionar a gengiva
de forma a eliminar fatores de retenção de placa, diminuir a profundidade
das bolsas periodontais e propiciar a reinserção das fibras periodontais.

As fraturas Lefort são classificadas em:


LeFort I: a separação dos ossos ocorre logo abaixo da região nasal, como se
fosse um traço horizontal, dando o aspecto similar ao de uma dentadura
(prótese total). É uma fratura bilateral que se inicia na cavidade piriforme,
caminha horizontalmente em direção à tuberosidade da maxila, podendo ou
não envolver o seio maxilar.
LeFort II: a separação dos ossos ocorre em formato piramidal, normalmente
pelas suturas maxilo-zigomáticas, envolvendo também a pirâmide nasal.
Esta fratura estende-se transversalmente através dos ossos nasais, desce
8 A pelas apófises frontais dos maxilares superiores, passa rente ao bordo
inferior da órbita atravessando ou passando perto dos forames infra-orbitais
em direção a parede externa do seio maxilar; daí o traço de fratura passa
por baixo do osso malar e vai até as proximidades da fosse pterigomaxilar,
cortando transversalmente as asas da apófise pterigóide.
LeFort III: a separação é de todos os ossos faciais, envolvendo também a
órbita e passando atrás do globo ocular. Também é conhecida como
disjunção crânio facial.
A tomografia computadorizada é a mais indicada para fraturas que envolvem
o terço médio da face.

A alternativa correta é 2-1-6-3-4-7-5. Após a realização da anestesia de


acordo com a técnica anestésica para cada elemento dentário, realiza-se o
retalh o para acesso e visualização do campo operatório, seguido de
osteotomia, que pode ser realizada com cinzéis, descoladores, fresas
esféricas nº 04, 05 ou 06, ou 702. Removido o osso que recobre o dente,
9 D realiza-se a odontosecção com alta rotação ou peça reta, para enfim, ser
possível a exérese do dente, com posterior curetagem e inspeção do
alvéolo, com cureta de Lucas e lima para osso, removendo espículas
ósseas e regularizando as bordas ósseas. Por fim, a sutura deverá ser feita
para controle da hemostasia.
Está correta.

Adenoma pleomórfico é a neoplasia benigna glandular salivar mais comum,


acometendo de 53 a 77% dos tumores da parótida e de 38 a 43% das
glândulas salivares menores.
É derivado de uma mistura de elementos ductais e mioepiteliais. É mais
comum em mulheres entre 30 e 50 anos. Quando atinge as glândulas
salivares menores, acomete mais o palato, seguido por lábio superior e
mucosa jugal. A parótida é a glândula maior mais afetada. No início, o tumor
é móvel, mas se torna mais firme conforme vai crescendo. Raramente pode
10 C
10 C
ocorrer paralisia do nervo facial e dor. Aparece como uma tumefação firme e
indolor, de crescimento lento. Forma uma massa arredondada ou ovalada,
com superfície lisa.
O adenoma pleomórfico deve ser tratado por excisão cirúrgica. A enucleação
local deve ser evitada, pois a cápsula pode ser violada, deixando células do
tumor na base ou este pode não ser completamente removido. O
prognóstico é excelente, contudo há 5% de chance de malignização e
chance de recidivas.

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