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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA

MEDICINA DENTÁRIA

Semiologia Clínica Odontológica


Semiologia das Lesões Secundárias da Boca

Autores: Grupo nº 4
INTRODUÇÃO

As alterações morfológicas que aparecem na mucosa bucal ou


na pele assumindo características clínicas padronizadas e
individualizadas são denominadas lesões secundárias ou elementares.

As manobras semiotécnicas são essenciais na avaliação das


lesões, entre elas: inspeção visual, palpação, percussão, raspagem,
auscultação e olfação. Para se descrever uma lesão secundária é
preciso estar atento a todos os detalhes das lesões, procurando
sempre o máximo de precisão e detalhes.
LESÕES FUNDAMENTAIS

As lesões fundamentais consistem em modificações ou alterações na


pele e mucosa bucal decorrentes de processos inflamatórios, circulatórios,
degenerativos metabólicos, tumorais ou má formações.

O conhecimento das lesões fundamentais pode,


portanto, auxiliar na elaboração do diagnóstico de
determinada patologia, caracterizando-a. Permite ainda
que seja identificado o estágio em que foi diagnosticada.
MÁCULA E MANCHA

São alterações de cor da mucosa bucal ou da pele sem causar


elevação ou depressão do tecido. O que diferencia a mancha da mácula é o
seu tamanho. As manchas são maiores que as máculas.

O tamanho da mácula não ultrapassa 0.5cm e a mancha ultrapassa


os 0,5cm.
MÁCULA E MANCHA

• Mancha ou mácula pigmentar: aumento ou diminuição


de melanina no tecido. Ex.: Vitiligo (Hipocrômica) e Pigmentação
melânica racial (Hipercrômica)
• Mancha ou mácula vascular: alterações da microcirculação da
pele/mucosa. Ex.: Eritema (acúmulo de hemoglobina e derivados na
pele)
MÁCULA E MANCHA

• Mácula melanótica oral (Melanose focal): alteração de


cor da mucosa, plana, marrom, produzida pelo aumento focal na
disposição de melanina e aumento do número de melanócitos
PLACA

Lesão plana e pouco elevada. Sua altura é pequena em relação a


extensão. É uma lesão em que ocorre um espessamento dk tecido, o que
representa clinicamente a elevação. A superfície pode ser rugosa, ondulada,
lisa ou apresentar diversas combinações de aspectos. Ex.: Leocoplasta,
linquen plano e carcinoma epidermóide.
PÁPULA, NÓDULO E TUMOR

São lesões sólidas que podem ser formadas por tecidos epitelial,
conjuntivo ou misto. Elas diferem entre si pelo tamanho.
Pápula é uma pequena proeminência achatada, elevada acima da
superfície epitelial. Medem até 5 mm de diâmetro. São superficiais e
circunscritas. Podem ser únicas ou múltiplas. Ex.: Grânulos de Fordyce,
estomatite nicotínica, líquen plano.
PÁPULA, NÓDULO E TUMOR

Nódulos: são lesões sólidas maiores do que 5 mm e tem até 2 cm.


Podem ser circunscritos e quanto a base de sustentação, os nódulos podem
ser pediculados ou sésseis. A consistência à palpação é muito variada,
dependendo do tecido que o compõe e do tempo de evolução.
Ex.: Fibroma traumático, hiperplasias fibrosas inflamatórias, metástases
tumorais, lipoma.
PÁPULA, NÓDULO E TUMOR

A denominação tumor costuma ser utilizada para designar nódulos


com diâmetro superior a 2 cm. Por outro lado, o termo tumefação
caracteriza um acúmulo de água e eletrólitos no interior das células ou do
interstício, o que aumenta o volume e proporciona um aumento volumétrico
difuso de determinado tecido (face, palato, língua). Podem ter origem
inflamatória, infecciosa ou neoplásica.
Ex.: Tumores odontogênicos, tumores malignos.
ÚLCERA E ULCERAÇÃO

São lesões que causam a perda da continuidade do epitélio com


exposição do tecido conjuntivo subjacente.
A denominação úlcera tem caráter crônico, pois as lesões persistem
há semanas ou meses. Ex.: úlceras decorrentes de tumores malignos,
pênfigo vulgar.
ÚLCERA E ULCERAÇÃO

A ulceração tem caráter agudo e de curta duração.


Ex.: ulceração aftosa recorrente ou afta vulgar, lesões traumáticas,
gengivoestomatite herpética primária, etc.
VESÍCULA E BOLHA
São lesões caracterizadas por elevações circunscritas do epitélio
contendo líquido em seu interior. Seu revestimento pode ser fino ou
espesso, conforme sua localização. Diferem-se no tamanho e na quantidade
de cavidades. Vesículas possuem tamanho máximo de 3 mm e várias
cavidades. Exemplos: Herpes recorrente, reações alérgicas etc.
As vesículas que contém pus em seu interior são chamadas de
pústulas. Exemplos: Varicela, varíola, impetigo
VESÍCULA E BOLHA

Bolhas são constituídas por apenas uma cavidade e com tamanho


superior a 3 mm. As bolhas podem ser múltiplas, mas frequentemente são
mais espalhadas. Essas lesões raramente são encontradas íntegras na boca
devido aos traumas funcionais, sendo as subepiteliais as mais fáceis de
serem localizadas em sua plenitude.
Ex.: Mucocele, pênfigo, penfigóide bolhoso e rânula.
ABCESSO

O abscesso odontológico ou dentário é descrito como um


acúmulo de material purulento no osso alveolar ou ao redor da bolsa
periodontal. Uma invasão bacteriana ocorre nos tecidos moles ou no canal
radicular causando um processo inflamatório agudo.
ABCESSO

O abcesso gengival é definido como uma lesão localizada, de


início súbito e de rápida expansão, envolvendo a gengiva marginal e
interdental (papila interdentária). Clinicamente, observa-se uma área
edemaciada e dolorosa, normalmente associada a objetos estranhos com
impactação subgengival. Também pode ser observada a presença de
biofilme subgengival e/ou traumas associados.
ABCESSO

O abscesso periodontal é o acúmulo de exsudato purulento na


parede gengival do sulco e/ou bolsa periodontal. Ele apresenta um
potencial significante de destruição dos tecidos que sustentam o dente e
pode ser visto clinicamente como uma elevação ovoide na gengiva.
CONCLUSÃO

Após uma abordagem sobre a semiologia das lesões secundárias


bem como o conhecimento das mesmas e suas características, o grupo
tem a dizer que existe uma grande importância e é de tamanha
responsabilidade que o Cirurgião dentista tenha o conhecimento básico
sobre as lesões secundárias se forma a ter ajuda no diagnóstico de
possíveis complicações bem como a habilidade no manuseio das técnicas
odontológicas uma vez que se depare com alguma delas.
CONCLUSÃO

O trabalho apresenta várias dessas lesões que têm sido uma das
grandes responsáveis de ocorrências agudas no consultório dentário, e que
apesar da facilidade de se lidar com elas e abrangência da investigação
científica temos adquirido cada vez mais capacidades para responder a
demandas por detrás da odontologia
BIBLIOGRAFIA

1. Gandarela, Ana, et al. “Entendendo de Forma Lúdica as Lesões


Fundamentais.” Entendendo de Forma Lúdica as Lesões Fundamentais,
11 July 2012.
2. Guelbek, Gabriele, et al. Redirect Notice. 12 May 2017,
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BIBLIOGRAFIA

4. NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J.E. Patologia


Oral e Maxilofacial. Trad. 3ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, 972p.
5. JANUÁRIO, Marcus Vinícius Souza et al. Abordagem odontológica Dos
processos infecciosos purulentos maxilo faciais. SALUSVITA, Bauru, v.
39, n. 2, p. 523-548, 2020

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