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UNIVERSIDADE UNIFASIPE

ALUNAS: AMANDA REGINA MENEZES, GABRIELLY FAGUNDES VARGAS,


NATHALIA EDUARDA BACCI E PAOLA EDUARDA LUZ DE LIMA.

QUELITE ANGULAR.

LESÃO PATOLOGICA COMUM NA MUCOSA ORAL.

SINOP- MT

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2023

ALUNAS: AMANDA REGINA MENEZES, GABRIELLY FAGUNDES VARGAS,


NATHALIA EDUARDA BACCI E PAOLA EDUARDA LUZ DE LIMA.

QUELITE ANGULAR

LESÃO PATOLOGICA COMUM NA MUCOSA ORAL.

Trabalho de lesões
patológicas comuns na
mucosa oral, a universidade
FASIPE, como requisito para
atividade avaliativa.

Orientador: Prof.ª Giuliene


Nunes de Souza Passoni

SINOP-MT

2
2023

SUMÁRIO

1. RESUMO...............................................................................................................4
2. ABSTRACT............................................................................................................4
3. INTRODUÇÃO.......................................................................................................5
4. DEZEMVOLVIMENTO...........................................................................................8
4.1 QUEILITES NA DIABETES..............................................................................9
4.2 DIAGNÓSTICO...............................................................................................10
4.3 TRATAMENTO................................................................................................10
5. CONCLUSÃO BIOGRAFIA ..................................................................................11

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RESEUMO

A Queilite angular é a inflamação dos ângulos da boca, conhecida popularmente por


‘‘boqueira’’ que se caracteriza por fissuras, descamação, crostas e eritema, sendo
seu agente etiológico o fungo do gênero cândida, da espécie Albicans. A mesma é
uma inflamação benigna e pode impactar significativamente a qualidade de vida dos
indivíduos, podendo causar grandes desconfortos. Essas feridas podem ser uni ou
bilaterais afetando mais idosos, mas as fissuras podem também ocorrer em jovens e
crianças. A causa é geralmente multifatorial e alguns fatores mecânicos. Se as
causas não forem tratadas, as lesões podem se persistir, tornando-se crônica. O
diagnóstico é realizado clinicamente, porém exames laboratoriais ajudam a
identificar a etiologia. O tratamento é bem-sucedido ajuda na identificação e
correção de todos os fatores da infecção multifatorial. Temos o objetivo de explorar
as principais causas, fatores de risco, sintomas e opções de tratamento disponíveis,
visando fornecer uma visão mais abrangente sobre essa condição e promover uma
melhor compreensão de como lidar com ela.

PALAVRA CHAVE: Queilite, inflamação benigna, fissuras.

ABSTRACT

Angular cheilitis is an addition to the angles of the mouth, popularly known as 'mouth
mouth', which is characterized by fissures, scaling, crusts and erythema, with its
etiological agent being the fungus of the genus Candida, of the Albicans species. It is
a benign inflammation and can significantly impact the quality of life of individuals,
causing great discomfort. These wounds can be unilateral or bilateral, affecting older
people, but fissures can also occur in young people and children. The cause is
usually multifactorial and some mechanical factors. If the causes are not treated, the
injuries may persist, becoming chronic. The diagnosis is made clinically, but
laboratory tests help to identify the etiology. Successful treatment helps in identifying
and correcting all factors of multifactorial infection. We aim to explore the main
causes, risk factors, symptoms and available treatment options, providing a more
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comprehensive view of this condition and promoting a better understanding of how to
manage it.

KEY WORD: Cheilitis, benign inflammation, fissures.

INTRODUÇÃO

A queilite angular (QA) foi descrita inicialmente por Dr Lemaistre em 1855. É uma
condição caracterizada por úlceras aftosas no canto dos lábios, afetando uma
porcentagem entre 0,7% e 3,8% da população (Oza et al., 2017; Rahmi et al., 2019).
A Queilite Angular ocorre com prevalência com mais frequência comumente em
idosos, indivíduos mais velhos que usam próteses. Além de, babar, chupar dedo e
lamber os lábios são causas frequentes de Queilite angular em crianças pequenas.

A queilite angular ocorre quando os cantos da boca ficam úmidos por muito tempo,
causando secura, irritação e potencialmente infecção. Pode ser causada por
infecções por fungos da espécie Albicans, podendo ser transmitida de uma pessoa
para outra por meio do contato direto, como beijos ou compartilhamento de objetos
pessoais contaminados, devido ao envolvimento de fungos no seu desenvolvimento,
e está geralmente associada a diabetes, HIV, câncer, neutropenia, anorexia ou
transplantados de órgãos.

Pessoas com diabetes têm maior possibilidade a desenvolver problemas de pele,


infecções, danos nas gengivas e dentes, aumentando o risco de queilite angular,
pois enfraquece o sistema imunológico. Para tratar em pessoas com diabetes
descontrolada, podem ser necessárias mudanças na dieta, estilo de vida, terapia
com insulina ou medicamentos para diabetes. Suplementos vitamínicos ou
mudanças na dieta podem ajudar em casos de má nutrição. É importante
diagnosticar a causa da infecção para determinar o tratamento adequado, pois
infecções fúngicas não respondem a antibióticos.

Outros fatores de risco para queilite angular incluem excesso de saliva em contato
com a pele, sistema imunológico fraco, genética, questões nutricionais, tordo,
problemas dentários, doenças gengivais, vírus ou infecções na boca e lábios secos
e rachados.

O diagnóstico da queilite angular é feito pelo dentista ou dermatologista com base


nos sinais e sintomas apresentados. Podem ser solicitados exames adicionais, como
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análise da ferida, saliva e exames de sangue, para identificar a causa subjacente.
Com esses determinados exames podemos classificar a Quelite em diferentes
nomenclaturas pela forma como ela foi desenvolvida, podemos citar:

 Quelite Angular: A boqueira, também conhecida como queilite angular, ocorre


devido à infecção por fungos ou bactérias, causada pelo acúmulo de saliva
em locais como próteses dentárias ou aparelhos. É caracterizada por feridas
nos cantos da boca, dor ao abrir a boca e ressecamento e descamação na
região.
 Quelite actinica: é causada pela exposição prolongada ao sol e os sintomas
incluem lábio inferior vermelho, áspero e ressecado. É fundamental buscar
tratamento imediato para evitar complicações, como o desenvolvimento de
câncer de boca.
 Queilite de contato: ocorre devido ao contato dos lábios com substâncias
irritativas, como maquiagem, batom, alimentos, enxaguantes bucais e
medicamentos. Os sintomas incluem vermelhidão, descamação e o
surgimento de pequenas feridas ou bolhas.
 Quelite espoliativa: é uma condição comum em que ocorre descamação
contínua dos lábios, sendo mais comum em pessoas do gênero feminino.

Para confirmar o diagnóstico da queilite, é importante consultar um dermatologista.


O médico irá avaliar os sintomas, características e histórico de saúde da pessoa.
Além disso todas as causas são acometidas na região da boca, o médico
dermatologista ou cirurgião dentista pode recomendar a realização de uma biópsia,
da lesão com o objetivo de verificar se apresenta características malignas, sendo
então iniciado o tratamento mais adequado.

Manter a área limpa e seca é importante para aliviar a dor e prevenir o agravamento
da infecção

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https://www.mdsaude.com/dermatologia/queilite-angular/

https://saude-senior.webnode.page/queilite/

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DESENVOLVIMENTO

A Quelite angular são feridas e fissuras que se instalam no ângulo da boca, podendo
provocar, sangramento, irritação, sensibilidade e secura. Ela pode ocorrer pela
umidade que se tem no ângulo da boca, com a falta de uma boa higiene,
acarretando no acumulo microrganismos como fungos e bactérias. Pode se
desenvolver também pelas deficiências nutricionais, sistêmicas e medicamentosas,
como deficiência de ferro, vitaminas do complexo B, podendo causar uma imunidade
baixa tornando mais propício a desencadear uma infecção. E por último a utilização
de próteses mal adaptadas, aparelhos ortodônticos, que podem lesionar os tecidos
moles da boca.

A associação dessa inflamação em pacientes com edentulismo ocorre devido à


redução da dimensão vertical, causando dobras oclusivas nos ângulos da boca que
favorecem o acúmulo de saliva e o crescimento de bactérias como o Staphylococcus
aureus. Podendo levar também a desarmonia da estética fácil e desordem
temporomandibulares. (Jafari et al., 2013; Cabras et al., 2019; Federico et al., 2021).
A exposição da saliva também pode levar a dermatite de contato e reação
eczematosa nos cantos dos lábios (Jafari et al., 2013; Cabras et al., 2019; Federico
et al., 2021; Gonzaga et al., 2021).

O estudo mostrou que o edentulismo pode levar à perda da altura do terço inferior
da face, o que pode levar ao aumento da exposição a irritantes e contribuir para o
surgimento da queilite angular. O uso de prótese dentária é recomendado para
corrigir a dimensão vertical e prevenir essa condição.

Brar et al. (2014) afirma que, A determinação da Dimensão Vertical de Oclusão


(DVO) é importante no tratamento odontológico, pois o desequilíbrio entre a
recuperação fisiológica e a conservação de suporte em pacientes edêntulos pode
levar à reabsorção dos rebordos alveolares residuais de forma mais rápida.

A primeira parte para o tratamento é a eliminação ou correção dos problemas que


proporciona a Queilite angular, em alguns casos a eliminação dos fatores de risco é
o suficiente para a cura. Podendo ser recomendado uso de pomadas e cremes, se
não haver a presença de fungos deve-se usar manteiga de cacau, cremes a base de

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óxido de zinco e vaselina. Cuidar dos alimentos ingeridos durante esse período
ajuda na cicatrização da ferida e no tratamento.

Da mesma maneira que a alimentação ajuda na cicatrização, outros irão piorar e


devem ser evitados. Acontece, pois o aumento de nível de acidez do sangue devido
aos alimentos ácidos, debilitam o sistema imune, aumenta as chances do
surgimento de doenças e crescimento de fungos e bactérias. Aliado a isso, o
paciente não deve passar a língua e saliva nas feridas, piorará a boqueira e
aumentará o tempo de cicatrização.

 QUEILITE NA DIABETES

A diabetes exige um conhecimento profundo de todos os profissionais de saúde que


lidam com o diagnóstico das lesões bucais, já que possui vários fatores
intervenientes na condição bucal do paciente. Portanto, é necessário saber
diagnosticar, prescrever e manejar corretamente o paciente diabético, eliminando
riscos de complicações e melhorando qualitativamente sua vida.

As manifestações clínicas e a sintomatologia bucal dos pacientes diabéticos podem


variar desde um estágio mínimo até um mais grave e dependem do tipo de alteração
hiperglicêmica existente, de um controle do tratamento e do tempo decorrido do
descobrimento da doença.

A maioria dos pacientes diabéticos apresentou pelo menos uma lesão ou alteração
na mucosa bucal. As alterações encontradas foram varicosidade lingual, candidíase
eritematosa, queilite angular, úlcera traumática, língua fissurada, hiperplasia
gengival, mucocele, xerostomia, petéquias, hiperceratose e atrofia das papilas
linguais. As alterações mais freqüentes foram a varicosidade lingual e a candidíase
eritematosa.

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 DIAGNÓSTICO.

O diagnóstico é realizado clinicamente, entretanto, exames laboratoriais ajudam a


identificar a etiologia. Como o aspecto das lesões costuma ser bastante
característico, o cirurgião dentista já pode suspeitar do tipo de inflamação pelo
exame físico e pela história do indivíduo. Contudo, na maioria das vezes, é preciso
buscar a fonte da inflamação, tanto por meio da análise laboratorial de material
raspado da lesão, para a pesquisa de agentes infecciosos, quanto por meio de uma
biópsia do local. Além disso, a avaliação do estado geral de saúde do portador da
doença é importante, uma vez que, a queilite sinaliza que algo não vai bem no
organismo.

 TRATAMENTO

O primeiro passo do tratamento para curar a boqueira é tentar eliminar ou corrigir


problemas que estejam propiciando o seu aparecimento. Em muitos casos a simples
eliminação dos fatores de risco. Como exemplo aparelhos ortodônticos como
dentaduras podem agravar ou desencadear certos problemas., então interromper ou
ajustar seu uso é uma das medidas preventivas para solucionar a queilite

O tratamento pode incluir pomada ou medicamentos tópicos, como antibióticos e


antifúngicos. Se houver infecção por fungos, pomadas com cotrimazol, nistatina ou
miconazol podem ser usadas. O dentista pode indicar o uso de comprimidos de
fluconazol para ajudar na eliminação da lesão fúngica. Em infecção por bactérias,
pode ser usadas pomadas como a mupirocina.

Quem usa próteses dentárias precisa cuidar muito bem da limpeza e da desinfecção
desse acessório, por se tratar de uma fonte potencial de contaminação com fungos e
bactérias. Salientando que, diante de qualquer sintoma labial, é importante buscar
rapidamente a avaliação de um especialista, sem jamais recorrer a soluções
caseiras, que não só podem piorar a inflamação como também postergar o
diagnóstico.

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O tratamento é feito com auxílio de um médico ou dentista e requer um diagnóstico.

Raramente requer exames laboratoriais ou de imagem, sendo de curto prazo, e


podendo ser resolvidos em dias ou semanas.

CONCLUSÃO

Importante ressaltar o papel relevante do CD na prevenção da saúde bucal e sua


interação com todo o organismo, como por exemplo a reabilitação oral para esses
tipos de patologia, proporcionando uma melhora no quadro clinico sem uma
intervenção medicamentosa. Ressaltando que a doença tem métodos de tratamento
e pode ser evitada com uma boa ingestão de líquidos, evitar ficar passando a língua
nos lábios, uma vez que a acidez da saliva pode piorar o quadro. Não compartilhar
objetos e produtos de uso pessoal, como cosméticos, copos, garrafas de água e
escovas de dentes, manter sempre a higiene básica e sempre procurar ajuda de um
profissional.

Concluímos que apesar da Quilite Angular por ser uma doença comum afeta a
maioria dessa população, na qual pode ser instruída a melhores cuidados bucais,
evitando a piora da doença, frustações e desconfortos.

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