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Instituto Politécnico Islâmico de Moçambique
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Estomatite Aftosa.......................................................................................................................5
Gengivoestomatite Herpética.....................................................................................................7
Conclusão.................................................................................................................................13
Bibliografia...............................................................................................................................14
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Introdução
Ao explorar mais a fundo essas doenças e compreender suas causas e sintomas, podemos
melhorar a identificação precoce e o tratamento adequado, permitindo assim a manutenção da
saúde bucal e o bem-estar geral dos indivíduos.
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Doenças da mucosa oral
Estomatite Aftosa
Definição
A Estomatite Aftosa é uma condição inflamatória que afecta a mucosa da cavidade oral,
resultando em úlceras aftosas dolorosas e recorrentes. Também é conhecida como aftas.
Etiologia
A causa exacta da Estomatite Aftosa não é totalmente compreendida, mas acredita-se que
envolva factores genéticos, imunológicos, infecciosos e ambientais. O estresse, deficiências
nutricionais e certos alimentos podem desencadear o desenvolvimento de aftas.
Classificação
As aftas que apresentam maior severidade, porém menor prevalência são aquelas
classificadas como maiores, as quais apresentam formas circulares e em alguns casos ovais,
com diâmetro de 1 a 3 cm. Podem aparecer em qualquer região da mucosa oral, com maior
incidência nos lábios e palato mole. São consideradas extremamente dolorosas e persistentes,
com duração em torno de semanas a meses e resultam em cicatrizes.
Já, a herpetiforme apresenta rara prevalência, 5 a 10% dos pacientes são afectados. É
dolorosa, e caracterizada por lesões múltiplas com pequeno diâmetro (1 a 3 mm), que
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coalescem, formando úlceras maiores com bordas irregulares. Levam de 7 a 30 dias
paracurar, e podem acometer qualquer região da cavidade oral.
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico diferencial da Estomatite Aftosa inclui outras condições que causam úlceras
na cavidade oral, como infecções virais (herpes oral), doença de Behçet, eritema multiforme e
alergias alimentares.
Conduta
O tratamento da Estomatite Aftosa geralmente envolve medidas paliativas para alívio dos
sintomas, como analgésicos tópicos, enxaguantes bucais específicos e dieta macia. Em casos
graves ou recorrentes, podem ser prescritos medicamentos mais potentes, como
corticosteroides.
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infecções secundárias e promover a cicatrização. É importante consultar um profissional de
saúde para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.
Prevenção
Para prevenir a Estomatite Aftosa, recomenda-se manter uma boa higiene bucal, evitar
alimentos irritantes ou desencadeantes, gerenciar o estresse e manter uma dieta equilibrada.
Em alguns casos, suplementos vitamínicos podem ser úteis na prevenção de recorrências.
Gengivoestomatite herpética
Definição
A gengivoestomatite herpética é uma infecção viral aguda que afeta a mucosa da boca e
gengivas, causada pelo vírus herpes simplex (HSV) tipo 1. É uma das manifestações mais
comuns primárias do herpes na infância.
Etiologia e classificação
Fisiopatologia
O vírus herpes simplex penetra na mucosa através de pequenas lesões, dando início à
infecção. Após a entrada nas células, multiplica-se e causa a liberação de novos vírus. Isso
provoca inflamação na mucosa, levando aos sintomas característicos da gengivoestomatite
herpética.
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Manifestações clínicas
Febre
Mal-estar geral
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Prevenção
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Queilite angular (quelite)
Definição
Etiologia e classificação
Pode ser causada por vários fatores, incluindo deficiências nutricionais, infecções fúngicas
(principalmente Candida albicans), má oclusão dentária, salivação excessiva,
imunossupressão, e outras condições que levam a um ambiente propício para infecções.
Classificação
Queilite angular crônica: ocorre quando a inflamação persiste por um longo período
de tempo, muitas vezes devido a fatores como saliva acumulada nos cantos da boca,
mordida inadequada, uso de próteses dentárias mal ajustadas, alergias e condições
imunológicas.
Fisiopatologia
Manifestações Clínicas
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Diagnóstico
O diagnóstico geralmente é clínico, feito com base nos sintomas e na aparência das
fissuras na pele dos cantos da boca.
Diagnóstico Diferencial
Dermatite perioral;
Herpes labial;
Eczema.
Conduta
Conduta Farmacológica
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Prevenção
Para prevenir a queilite angular, é importante manter uma boa higiene bucal, evitar lamber
os lábios com frequência, manter uma dieta balanceada e corrigir problemas dentários que
possam contribuir para o desenvolvimento da condição.
A sífilis é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela
pode se manifestar de diferentes formas, sendo a sífilis primária, secundária, latente e
terciária as principais fases da doença. As manifestações orais da sífilis ocorrem
principalmente na forma secundária da doença e podem incluir lesões ulcerativas na mucosa
oral, placas mucosas brancas ou eritematosas, gengivite ulcerativa, entre outros.
Etiologia e classificação
Classificação
A sífilis é classificada de acordo com a sua gravidade em estágios. Existem quatro estágios
principais da sífilis:
Sífilis primária: caracterizada por uma úlcera indolor chamada cancro no local onde
a bactéria penetrou no corpo, geralmente nos genitais, ânus ou boca.
Sífilis secundária: ocorre algumas semanas após a fase primária e é caracterizada por
erupções cutâneas no corpo, febre, dor de cabeça, dores musculares e outros sintomas
semelhantes aos da gripe.
Sífilis latente: a fase latente pode ocorrer após a fase secundária, onde não há
sintomas, mas a bactéria continua no organismo. Pode durar anos.
Sífilis terciária: se não tratada, a sífilis pode progredir para a fase terciária, que afecta
órgãos internos, como o coração, cérebro e vasos sanguíneos, levando a complicações
graves.
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Fisiopatologia
Após a infecção, o Treponema pallidum se dissemina pelo corpo por meio da corrente
sanguínea e do sistema linfático, podendo atingir diversas regiões, incluindo a mucosa oral.
Manifestações clínicas
Diagnóstico
O diagnóstico da sífilis oral pode ser realizado por meio de exames clínicos, testes
sorológicos (VDRL, FTA-ABS), exames de imagem e, se necessário, biópsia das lesões. Em
nosso país usamos o RPR (ele indica só a presença de anticorpos, enquanto que o VDRL
identifica o DNA da bactéria).
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial das lesões orais de sífilis deve incluir outras condições como
aftas, estomatites virais, leucoplasias, entre outras.
Conduta
Conduta farmacológica
Prevenção
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Conclusão
Diversas doenças podem impactar a saúde da mucosa oral, tornando essencial cuidar
adequadamente da cavidade bucal. Entre as condições comuns estão cáries, gengivite,
periodontite, candidíase oral, úlceras aftosas, herpes labial, leucoplasia e líquen plano, cada
uma com suas características e tratamentos específicos. É crucial manter uma rotina de
higiene oral rigorosa, agendar consultas regulares com o dentista e ficar atento a quaisquer
mudanças na mucosa, a fim de garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.
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Bibliografia
SOUZA, Bárbara Capitanio, Manifestações clínicas orais da sífilis, Porto Alegre, 2017
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