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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DA CAALA

TRABALHO INDIVIDUAL DE AULA PRÁTICA

TEMA: PROCESSO INFECCIOSO DE ORIGEM ODONTOLOGICA, ABCESSOS


DENTOALVEOLAR CRÔNICO E AGUDO; CELULITE FACIAL DE ORIGEM
ODONTOGÊNICA; TÉCNICAS ANESTÉSICAS E ANTIBIOTICOS

Curso: Medicina Dentária

Turma: 309

Nome:Maria da Conceição Camenhe

A Docente

_________________________________

Lic. Ida Reyes Ferández

Caála, 2023
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA .................................................................................. 4
2.1. Abcesso dentoalveolar ................................................................................................... 4
a) Quadro Clínico:.............................................................................................................. 4
b) Tratamento: .................................................................................................................... 4
2.2. Abscesso dentoalveolar crônico ..................................................................................... 4
a) Quadro clínico:............................................................................................................... 4
b) Tratamento: .................................................................................................................... 4
2.3. Celulite facial de origem odontogênica ......................................................................... 4
2.3.1. Quanto a Severidade: ..................................................................................................... 5
a) Leve: .............................................................................................................................. 5
b) Moderada: ...................................................................................................................... 5
c) Grave:............................................................................................................................. 5
2.3.2. Quanto a Extensão: ........................................................................................................ 5
a) Localizada: ..................................................................................................................... 5
b) Difusa: ............................................................................................................................ 5
2.3.3. Quanto a Etiológica: ...................................................................................................... 5
a) Abscesso Dentário Associado: ....................................................................................... 5
b) Celulite Pós-Extração: ................................................................................................... 5
2.3.4. Quadro clínico:............................................................................................................... 5
2.4. Diferença entre abcesso dentoalveolar e celulite facial de origem odontogênica: ........ 5
2.5. Técnicas anestésicas em odontologia: ........................................................................... 6
2.6. Antibióticos .................................................................................................................... 7
2.6.1. Penicilinas: ..................................................................................................................... 7
2.6.2. Amoxaciclina ................................................................................................................. 7
2.6.3. Cefalosporinas................................................................................................................ 8
2.6.4. Metronidazol .................................................................................................................. 8
2.6.5. Eritromicina ................................................................................................................... 8
2.6.6. Azitromicina .................................................................................................................. 8
2.6.7. Clindamicina-................................................................................................................. 8
3. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 9
4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa explorar os processos infecciosos no contexto odontológico, com foco
no abcesso dento-alveolar agudo e crônico, bem como na celulite facial de origem
odontogénica. Além disso, serão discutidas as técnicas anestésicas empregadas por médicos
dentistas e a utilização de antibióticos no tratamento dessas condições. Este estudo é crucial
para uma compreensão abrangente das manifestações clínicas, tratamentos adequados e
diferenças essenciais entre essas patologias.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

A maioria das infecções de origem odontogénica se originam a partir de necrose pulpar com
invasão bacteriana no tecido periapical e periodontal, que pode levar à formação de abscesso,
quando a infecção prevalece sobre as resistências do hospedeiro.

2.1. Abcesso dentoalveolar


O abscesso dentoalveolar agudo é uma infecção bacteriana grave que afeta os tecidos
circundantes de um dente, resultando na formação de pus.
a) Quadro Clínico:
• Inclui dor intensa, inchaço, febre e por vezes, dificuldade de mastigação.
b) Tratamento:
• Tratar um abscesso dentário envolve a drenagem do abscesso e a eliminação da infecção
na área. O dente pode ser salvo por um tratamento de canal, mas em alguns casos, pode
precisar ser removido completamente e também é necessário a administração de
antibióticos

2.2. Abscesso dentoalveolar crônico


É uma condição de longa duração caracterizada pela formação contínua de pus.
a) Quadro clínico:
• É geralmente menos agudo, com dor persistente, inchaço intermitente e, por vezes, a
presença de uma fístula (um pequeno canal de drenagem).
b) Tratamento:
• Envolve também drenagem, antibióticos e, frequentemente intervenção odontológica
para resolver a fonte da infecção.

A diferença principal entre os dois está na natureza aguda ou crônica da infecção, exigindo
abordagens terapêuticas adaptadas à gravidade do quadro clínico.

Além disso o abcesso dentoalveolar agudo desenvolve-se rapidamente enquanto é o abcesso


dentoalveolar Crônico Desenvolve-se ao longo do tempo, muitas vezes a partir de um quadro
agudo não tratado.

2.3. Celulite facial de origem odontogênica

Refere-se a uma infecção bacteriana dos tecidos moles do rosto, geralmente proveniente de
uma infecção dentária não tratada.

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A celulite Facial de origem odontogénica pode ser classificada:

2.3.1. Quanto a Severidade:


a) Leve: Inicialmente, pode apresentar inchaço local, dor moderada e vermelhidão ao
redor da área dentária afetada.
b) Moderada: A infecção se espalha para áreas adjacentes, causando inchaço mais
pronunciado, dor intensa e possível limitação dos movimentos faciais.
c) Grave: Infecção difusa, com aumento significativo do inchaço, vermelhidão extensa,
febre e possível dificuldade respiratória. Pode haver formação de fístulas de drenagem.

2.3.2. Quanto a Extensão:


a) Localizada: A infecção está restrita a uma região específica do rosto, muitas vezes
próximo ao dente afetado.
b) Difusa: A infecção se espalha por áreas mais amplas dos tecidos moles faciais,
podendo afetar várias regiões da face.

2.3.3. Quanto a Etiológica:


a) Abscesso Dentário Associado: Quando há a presença de um abscesso dentário
subjacente que serve como fonte da infecção.
b) Celulite Pós-Extração: Pode ocorrer após a extração de um dente, especialmente se
houver uma infecção pré-existente.

2.3.4. Quadro clínico:

Inclui dor, inchaço, vermelhidão, em casos graves, dificuldade em abrir a boca.

2.4. Diferença entre abcesso dentoalveolar e celulite facial de origem


odontogênica:

A diferença entre um abscesso dentário e a celulite facial está na extensão da infecção.


Enquanto o abscesso dentário é uma coleção localizada de pus, a celulite facial envolve uma
infecção mais difusa dos tecidos moles circundantes. Ambos os casos podem resultar de
infecções dentárias, mas a celulite facial é uma condição mais ampla e potencialmente mais
grave.

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2.5. Técnicas anestésicas em odontologia:

O uso de soluções e técnicas anestésicas são recursos utilizados para o controle local da dor.
Esses artifícios sofreram mudanças nas substâncias utilizadas, bem como nas técnicas de
acordo com o passar do tempo. A maioria das evoluções teve como objetivo a melhoria do bem-
estar do paciente durante as consultas odontológicas. Diante da variedade de técnicas e de
bibliografias, possivelmente há diversas dúvidas, onde a maioria deve abranger a escolha do
melhor método e das regiões anestesiadas desta feita eis alguns exemplos na Tabela 1.:

Tabela 1. Técnicas anestésicas e as respectivas áreas anestesiadas


Técnicas
Nervos Anestesiados
Anestésicas Dentes Anestesiados
Bloqueio do Nervo Polpa, tecido periodontal, osso e periósteo do terceiro, segundo
Alveolar superior posterior
1 Alveolar e primeiros molares superiores(raízes palatina e disto-
e seus ramos terminais
Superoposterior vestibular)
Bloqueio do Nervo Polpa, tecido periodontal, osso e periósteo do primeiro e
Alveolar superior médio e
2 Alveolar Superior segundo pré-molares superiores, raiz mesiovestibular do
seus ramos terminais
Médio primeiro molar superior.
Polpa do incisivo central superior até o canino superior do lado
Bloqueio do Nervo
Alveolar superior anterior da injeção; Em cerca de 72% dos pacientes, as polpas dos pré-
infraorbitário (Nervo
3 Alveolar superior Médio molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro
Alveolar
Nervo infraorbitário molar;Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos
Superoanterior)
dentes; Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz, lábio superior.

A parte posterior do palato duro


Bloqueio do Nervo
4 Nervo Palatino Maior e os tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até ao primeiro
Palatino Maior
pré- molar e medialmente até a linha média.

Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros)


Bloqueio do Nervo Nervos nasopalatinos
5 bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-molar direito
Nasopalatino bilateralmente
à face mesial do primeiro pré-molar esquerdo.

Anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do bloqueio;


Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes; Tecidos
Bloqueio do nervo Divisão maxilar do nervo
6 moles e osso do palato duro e parte do palato mole,medialmente
maxilar trigêmio
à linha média; Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz,
bochecha e lábio superior
Dentes mandibulares até a linha média;
Alveolar inferior,um ramo
·Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da
da divisão posterior da
Bloqueio do Nervo mandíbula; ·Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa
7 divisão mandibular do
Alveolar inferior anteriormente ao forame mentual
nervo trigêmio (V3)
·Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral
Incisivo,Mentual, Lingual
·Periósteo e tecidos moles linguais
Bloqueio do nervo Bucal (um ramo da divisão Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares
8
bucal anterior (V3) mandibulares

6
Dentes mandibulares até a linha média;
·Mucoperiósteo e membranas mucosas bucais do lado da
Alveolar inferior; Mentual;
Bloqueio do nervo injeção;
incisivo; Lingual; Milo
9 mandibular:Técnica · Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade
hiodeo; Auriculotemporal;
de Gow Gates oral; ·Tecidos moles e periósteo da língua;
Bucal
·Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula; ·Pele
sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e regiões temporais.

Dentes mandibulares até a linha média;


·Corpo da mandíbula e parte inferior do ramo
Bloqueio mandibular Alveolar mandibular; ·Mucoperiósteo e membrana mucosa bucais
10 de boca fechada de inferior:incisivo,mentual,Li anteriores ao forame mentual;
Vazirani Akinosi ngual,Milo hioideo · Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade
oral(nervo lingual);
·Tecidos moles e periósteo linguais (nervo lingual
Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em
Bloqueio do nervo Mentual,um ramo terminal
11 torno do segundo pré-molar) até a linha média e a pele do lábio
mentual do alveolar inferior
inferior e do queixo.

Membrana mucosa bucal anterior ao forame mentual,


Bloqueio do nervo geralmente do segundo pré-molar até a linha média;
12 Mentual e incisivo
incisivo ·Lábio inferior e pele do queixo; ·Fibras nervosas pulpares aos
pré-molares, ao canino e aos incisivos.

Fonte: MALAMED, 2013

Na odontologia, os antibióticos são usados para prevenir infecções em cirurgias, ou para tratar
infecções bucais de diversos tipos, odontogénicas e não-odontogénicas, responsabilizando
assim, o cirurgião dentista, de amplo conhecimento sobre o medicamento a ser utilizado, sua
dosagem correta, tempo de administração, mecanismo de ação, efeitos colaterais.

2.6. Antibióticos

Eis alguns exemplos de antibióticos comumente utilizados em odontologia:

2.6.1. Penicilinas:

As penicilinas foram os primeiros antibióticos empregados como tratamento terapêutico; de


origem natural ou sintética, são amplamente utilizadas para maioria das infecções. São
bactericidas e agem na síntese da parede celular bacteriana. Geralmente são bem toleradas, e
os efeitos adversos mais importantes são as reações de hipersensibilidade

2.6.2. Amoxaciclina

Éderivada da ampicilina e apresenta espectro de ação semelhante, entretanto, por ser melhor
absorvida via oral, atinge concentrações séricas e teciduais maiores.

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2.6.3. Cefalosporinas

Constituem um valioso grupo de antimicrobianos utilizado em clínica, e são classificadas em


quatro gerações em razão de seu espectro de ação. Apresentam características similares às
penicilinas, ou seja, são bactericidas, possuem toxicidade seletiva, boa distribuição corporal e
alguma atividade imunogênica. Seu mecanismo de ação inibe a síntese da parede celular, o que
as torna muito seguras e permite sua utilização em pediatria.

2.6.4. Metronidazol

Age inibindo a síntese de ácidos nucleicos. Isso resulta na morte ou na inibição do crescimento
de bactérias e parasitas, O metronidazol é frequentemente utilizado em odontologia devido às
suas propriedades antibióticas eficazes contra bactérias anaeróbicas.

2.6.5. Eritromicina

Tem espectro de ação relativamente amplo, incluindo cocos aeróbios gram-positivos (Strep-
tococcus spp.), bacilos gram-positivos, bacilos aeróbios gram-negativos, entre outros. Seu uso
é limitado primariamente pelos efeitos adversos gastrintestinais, como dor epigástrica, diarreia,
náusea e vômito.

2.6.6. Azitromicina
Comparada à eritromicina, tem maior atividade contra microorganismos gram-negativos e
menor contra gram-positivos. É recomendada pela Ame- rican Heart Association (AHA) como
opção para profilaxia de endocardite bacteriana em adultos, com alergia à penicilina,
submetidos a procedimentos orais, respiratórios ou esofágicos; e em crianças, substitui a
clindamicina em suspensão oral.

2.6.7. Clindamicina-

É um bacteriostático ativo contra Streptococcus e Staphylococcus resistentes à penicilina, e a


grande número de anaeróbios. É utilizada na profilaxia de endocardite quando as penicilinas
não são indicadas.

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3. CONCLUSÃO

Com base nos processos infecciosos de origem dentária, como o abscesso dentoalveolar agudo
e crônico, a celulite facial de origem odontogênica, as técnicas anestésicas empregadas por
médicos dentistas e os antibióticos utilizados, concluímos que uma abordagem integrada e
eficiente é essencial para o manejo adequado dessas condições. A compreensão detalhada das
técnicas anestésicas, incluindo os nervos bloqueados e os grupos de dentes afetados, contribui
para a gestão eficaz da dor, enquanto o uso criterioso de antibióticos desempenha um papel
crucial na resolução das infecções. Essa análise abrangente proporciona uma base sólida para
a prática clínica odontológica, assegurando a qualidade do cuidado ao paciente e a prevenção
de complicações decorrentes de processos infecciosos odontogênicos

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4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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http://www.hindawi.com/journals/crid/2015/267625/
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