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Docente
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Dr. Matecadi José
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Campus Universitário de Viana
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA
(Criada pelo decreto Nº 44/01 de Julho de 2001)
Integrantes Do Grupo
1. Adriana Filipe Agostinho;
2. Arcelinda Muandala Carvalho;
3. Ayrton Carlos Dias Bragança;
4. Cleidi Lukeny Avelino das Neves;
5. Dalva Karina Miguel Mateus;
6. Geraldine Margarida Daniel de Castro;
7. Idaleth Estefânia Miguel do Nascimento;
8. Nikita Leodmila Fernandes Valente;
9. Quinaia Bento;
10. Weza Almeida.
Docente
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Dr. Matecadi José
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RESUMO
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ABSTRACT
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6
2. OBJECTIVOS ....................................................................................................... 7
2.1. OBJECTIVO GERAL..................................................................................... 7
2.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 7
3. BIOPSIA: IMPORTÂNCIA, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES .............. 8
3.1. CONCEITO .................................................................................................... 8
3.2. HISTÓRIA CLÍNICA DO PACIENTE E DA LESÃO .................................... 9
3.3. EXAME CLÍNICO ....................................................................................... 10
3.4. BIOPSIA OU ENCAMINHAMENTO .......................................................... 10
3.5. CONSENTIMENTO INFORMADO E RISCO COMPARTILHADO ........... 11
3.6. TIPOS DE BIÓPSIA..................................................................................... 11
3.6.1. TÉCNICAS USADAS................................................................................ 14
3.7. TÉCNICA ANESTESICA............................................................................. 15
3.8. INSTRUMENTOS USADOS PARA UMA BIOPSIA ................................... 15
3.9. CARACTERÍSTICAS DE LESÕES QUE GERAM SUSPEITA DE LESÃO
MALIGNA:............................................................................................................. 16
3.10. FIXAÇÃO E ENCAMINHAMENTO AO LABORATÓRIO ..................... 16
3.11. IMPORTÂNCIA DA BIOPSIA ................................................................. 17
3.12. INDICAÇÕES PARA BIOPSIA ................................................................ 17
3.13. CONTRAINDICAÇÕES PARA BIOPSIA ................................................ 18
3.14. ACOMPANHAMENTO PÓS-BIOPSIA ................................................... 19
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 20
5. REFERÊNCIAS BIBLIOPGRÁFICAS ............................................................... 21
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1. INTRODUÇÃO
O cirurgião-dentista tem uma função determinante no diagnóstico de alterações
patológicas que envolvem a boca. Nessa prática, a realização de um excelente exame
clínico é primordial, sendo que muitas vezes necessitará de alguns exames
complementares para auxiliar seu raciocínio diagnóstico, tais como os exames
radiológicos, hematológicos e o histopatológico, que por sua vez exige a realização de
biópsia.
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2. OBJECTIVOS
2.1. OBJECTIVO GERAL
• Realizar uma revisão bibliográfica sobre as generalidades da biópsia, abordando
princípios básicos, técnicas comuns e os diferentes tipos de biópsia, afim de
fornecer uma visão abrangente sobre essa importante ferramenta diagnóstica.
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3. BIOPSIA: IMPORTÂNCIA, INDICAÇÕES E
CONTRAINDICAÇÕES
O médico dentista tem uma grande responsabilidade de ser capaz de
identificar, reconhecer e diagnosticar as lesões, relatar a sua presença ao paciente e a
condução de tratamento ou encaminhamento para o profissional habilitado.
3.1. CONCEITO
Conceitualmente, a biópsia representa a remoção de um fragmento de tecido
vivo para estudo histológico. Fica evidente que o principal objetivo de tal ato cirúrgico é
o exame, com a finalidade de diagnóstico, de tecidos alterados pela mais variada gama de
lesões. (TOMMASI, 2013)
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3.2. HISTÓRIA CLÍNICA DO PACIENTE E DA LESÃO
É muito importante saber sobre a história clínica do paciente e o seu estado de
saúde geral, para um melhor diagnóstico e consequentemente, um melhor tratamento.
Uma vez que muitas doenças sistémicas podem se manifestar na cavidade bucal.
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imunodeficiência adquirida) podem apresentar manifestações orais concomitantes ao
envolvimento sistêmico.
7. Existe algum evento histórico associado ao início das lesões (p. ex.,
trauma, tratamento recente, exposição a toxinas ou alérgenos ou visitas a países
estrangeiros)? Um dos passos iniciais que o cirurgião-dentista deve seguir quando
uma lesão é detectada consiste na busca de uma possível explicação baseada no
histórico médico, odontológico, familiar ou social do paciente. (HUPP, ELLIS,
TUCKER, 2014)
10
necessidades médicas especiais, para que o procedimento seja realizado da forma
mais segura possível.
2. Dificuldade cirúrgica. Se algum dos princípios cirúrgicos básicos
(como o acesso, a iluminação, a anestesia, a estabilização do tecido e a
instrumentação) representarem um problema caso o cirurgião-dentista for tratar o
paciente, o encaminhamento deve então ser considerado. Cada cirurgião-dentista
deve usar seu bom senso para decidir se a biopsia está dentro de suas habilidades
cirúrgicas ou se o paciente seria mais bem tratado por um especialista com um
treinamento mais específico.
3. Potencial maligno. O cirurgião-dentista que suspeita que uma
lesão seja maligna tem duas opções: (1) realizar uma biopsia cirúrgica após a
conclusão da investigação diagnóstica completa ou (2) encaminhar o paciente
antes da realização da biopsia para um especialista capaz de fornecer tratamento
definitivo se a lesão for comprovadamente maligna. A última opção geralmente
representa um melhor atendimento ao paciente se o encaminhamento puder ser
executado de forma rápida e adequado. (HUPP, ELLIS, TUCKER, 2014)
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No tipo incisional remove-se cirurgicamente apenas uma parte da lesão, ou
seja, um fragmento menor (no mínimo 5 mm em diâmetro e profundidade) sem remover
a lesão completamente. (SILVA, CARVALHO, PINTO, 2018).
Cuidados devem ser tomados para que seja incluída uma profundidade
adequada do tecido, de modo que as características celulares da base da lesão estejam
representadas na amostra. Geralmente, é melhor remover um espécime tecidual estreito e
profundo do que um espécime amplo e raso. Cuidados devem ser tomados para não
comprometer as estruturas anatômicas adjacentes importantes, como os nervos e os vasos
sanguíneos principais, a menos que estes pareçam ter relação com a origem ou a
patogênese da lesão. (IDEM)
Biópsia pelo método punch: este método é utilizado quer como uma técnica
de biópsia incisional, quer como para a excisão de lesões de tamanho pequeno. As zonas
de eleição para o uso desta técnica são, normalmente, as porções laterais da língua e da
mucosa bucal, uma vez que, para que a biópsia seja bem sucedida, o dispositivo punch
tem que estar orientado perpendicularmente ao tecido lesionado. (ANTELO, 2020)
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No tipo excisional remove-se a alteração patológica como um todo para envio
à análise anatomopatológica. A biópsia excisional é indicada para lesões pequenas, com
diâmetro menor do que 1 cm. Outros exemplos em que a biópsia excisional é utilizada
são em lesões bem delimitadas e/ou lesões em que se observa uma inserção pediculada,
como em casos de fibromas traumáticos, papilomas, hiperplasias relacionadas a prótese,
granulomas piogênicos. A maioria das biópsias realizada pelos cirurgiões dentistas
clínicos gerais é do tipo excisional. (SILVA, CARVALHO, PINTO, 2018).
A AAF (Aspiração por Agulha Fina) é utilizada quando uma massa de tecido
mole é detectada sob a pele ou superfície da mucosa e o paciente deseja evitar uma cicatriz
ou quando as estruturas anatômicas adjacentes oferecem risco. A AAF é uma ferramenta
diagnóstica eficaz, especialmente para massas cervicais, a partir das quais pode ser difícil
obter uma biopsia cirurgicamente. (HUPP, ELLIS, TUCKER, 2014)
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3.6.1. TÉCNICAS USADAS
3.6.1.1. Técnicas e princípios de biopsia intraóssea (tecido duro)
Qualquer lesão nos tecidos mineralizados dos ossos gnáticos ou a seu redor
requer um exame minucioso do cirurgião-dentista até que o diagnóstico definitivo seja
obtido. Muitas vezes, a causa é odontogênica e a lesão vai se resolver, uma vez que o
problema dental tenha sido tratado. (HUPP, ELLIS, TUCKER, 2014)
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arquitetônica celular necessária para estadiar e graduar uma lesão maligna está ausente.
A escova com o material celular coletado é distendida sobre uma lâmina de vidro e, em
seguida, é recoberta com uma solução fixadora. Após a secagem da lâmina, ela é enviada
ao laboratório, onde o espécime é examinado, primeiramente, por um computador e, em
seguida, por um patologista bucomaxilofacial treinado em análise assistida por
computador. (HUPP, ELLIS, TUCKER, 2014)
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4. Peça de mão cirúrgica (o ar não é liberado ao redor da broca), broca
esférica nº 8
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cirúrgica obtida. O fixador deve ser conservado em frasco grande, e transferido para o
vidro menor apenas no ato. Normalmente em farmácias encontra-se formol a 40%. Para
preparar o fixador, basta colocar no vidro uma parte desse formol e três de água destilada
ou filtrada. (TOMMASI, 2013)
O vidro deve ser bem tampado e levar um rótulo com o nome do paciente, nome
do operador, local da biópsia e a data. Por outro lado, é muito importante que acompanhe
a amostra uma ficha apropriada e completa para a solicitação do exame histopatológico
ou, na sua falta, um relatório do profissional contendo, pelo menos, os seguintes dados:
idade, sexo, cor, nacionalidade, profissão, estado civil e endereço do paciente; nome
e endereço do operador; tipo de biópsia realizada, fixador usado e data; localização,
aspecto clínico e história clínica da lesão com os maiores detalhes possíveis, presença
de outras lesões, gânglios linfáticos e, finalmente, diagnóstico clínico ou hipóteses
diagnósticas. (TOMMASI, 2013)
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6. Qualquer lesão que apresente crescimento rápido sem razão óbvia
7. Lesões vermelhas, brancas ou pigmentadas da mucosa para as
quais a causa ou o diagnóstico não é evidente
8. Qualquer lesão que se encontre firmemente aderida ou fixada às
estruturas anatômicas adjacentes
9. Qualquer lesão desconhecida em regiões de alto risco para o
desenvolvimento de câncer (p. ex., assoalho da boca e língua)
10. Confirmação de hipóteses diagnósticas clínicas
11. Qualquer lesão que não responda ao tratamento clínico de rotina
(i.e., remoção do agente irritante local) após um período de 10 a 14 dias
12. Sinais inflamatórios que persistam por períodos longos
13. Qualquer lesão que cause preocupação excessiva ao paciente
(cancerofobia) (HUPP, ELLIS, TUCKER, 2014)
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punção exploratória para evitar a ruptura intempestiva de um hemangioma e sangramento,
muitas vezes, fatal. (TOMMASI, 2013)
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4. CONCLUSÃO
Contudo, vimos que, Biópsia é um procedimento, na maior parte, cirúrgico
no qual se colhe células ou pequenos fragmentos de tecido orgânico para, posteriormente,
serem submetidos a um exame histopatológico em laboratório, visando determinar a
natureza e o grau da lesão estudada. A biópsia é um método complementar, extremamente
importante, onde juntamente com a avaliação clínica e anamnese, auxilia no correto
diagnóstico de patologias bucais. Para a execução dessa técnica e com intenção de um
correto encaminhamento da peça coletada.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOPGRÁFICAS
ANTELO, Maria M. M. Guerreiro Romero, Biópsias: diferentes abordagens
cirúrgicas. Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, 2020.
CASARIL, Ana Carolina STOFELL, Jaine, ET AL. Biópsia na odontologia. Anais de
Odontologia-UCEFF. V3, n.1, 2018
HUPP, James R, ELLIS III, Edward. TUCKER, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial
contemporânea / James R. Hupp … [et al.]; tradução Maria Aparecida A. Cavalcante …
[et al.]. - 6. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.
SILVA, Marco Túlio Brazao; CARVALHO, Bianca de Oliveira; PINTO, Rodrigo Alves.
A biópsia na prática odontológica: Revisão de Literatura. RvAcBO, 2018; 7(3): 197-
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TOMMASI, Maria Helena Diagnóstico em patologia bucal / Maria Helena Tommasi. –
4. ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2013.
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