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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto N.º 44-A/01 de 06 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

TRABALHO DE ORTODONTIA

LIGAÇÕES METÁLICAS ORTODÔNTICAS

Licenciatura: Medicina Dentária


Grupo: 6
Ano: 4º
Período: Diurno

DOCENTE
_____________________________
Dra. Rebeca

Viana, Dezembro de 2023


I
Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto N.º 44-A/01 de 06 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

TRABALHO DE ORTODONTIA

LIGAÇÕES METÁLICAS ORTODÔNTICAS

INTEGRANTES

1. Celsia Cristal Silva da Cunha


2. Chirley Marília Neto
3. Deolinda de Jesus Indjamba
4. Deolinda Zenga
5. Gelcia Amélia Paulo Machado
6. Graciana Bráulia Macedo Tiago
7. Isabel Alfredo Filipe
8. Juliana Kemalandua
9. Luísa Eliana
10. Natália Kiluanje Sotala
11. Tatiana Capitão

II
EPÍGRAFE

“O tempo tem uma forma maravilhosa de nos mostrar o que realmente importa”..
Autor desconhecido

III
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a todos quanto fazem parte do nosso ciclo social e que
contribuem para o nosso sucesso.

IV
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus pela força e pela capacitação para a realização dos
nossos alvos acadêmicos.

Agradecemos à nossa equipe incrível que sempre acreditou no objectivo final e se


dedicou muito na realização deste trabalho.

V
RESUMO
Sabe-se que a movimentação ortodôntica está relacionada à interação de diversos factores,
como características biológicas individuais dos pacientes, biomecânica utilizada pelo
profissional e propriedades dos fios ortodônticos. A acção do fio ortodôntico é directamente
dependente de suas propriedades estruturais e mecânicas. O tipo de liga metálica,
biocompatibilidade, dureza, módulo de elasticidade, atrito e diversas outras características são
importantes para a seleção adequada de cada fio ortodôntico. Atualmente, pesquisas sobre
diferentes ligas metálicas têm possibilitado uma maior diversificação dos fios ortodônticos,
aprimorando técnicas e protocolos de tratamento no intuito de trazer melhorias para a
Ortodontia. Dos vários materiais utilizados em ortodontia, as ligas metálicas continuam a ser
amplamente utilizadas e estudadas. Neste trabalho foram abordadas as ligas metálicas
disponíveis para ser utilizadas no tratamento ortodôntico, bem como as suas principais
aplicações e indicações clínicas. Foram ainda discutidos alguns estudos comparativos e
implicações clínicas relacionadas com estas ligas como a citotoxicidade, mutagenicidade,
potencial alergénio, corrosão e reação quando expostas a material fluoretado.

Palavras Chave: Ortodontia, Liga metálica, fios ortodônticos.

VI
ABSTRACT
It is known that orthodontic operations are related to the interaction of several factors, such as
individual biological characteristics of patients, biomechanics used by professionals and
properties of orthodontic wires. The action of orthodontic wire depends directly on its structural
and mechanical properties. The type of metal alloy, biocompatibility, hardness, modulus of
elasticity, friction and several other characteristics are important for the appropriate selection
of each orthodontic wire. Currently, research into different metal alloys has enabled a greater
diversification of orthodontic wires, improving techniques and treatment protocols with the aim
of bringing improvements to Orthodontics. Of the various materials used in orthodontics,
metallic alloys continue to be widely used and studied. In this work, the metal alloys available
for use in orthodontic treatment were discussed, as well as their main applications and clinical
frequencies. Some comparative and clinical studies related to these alloys were also discussed,
such as cytotoxicity, mutagenicity, allergen potential, corrosion and events when exposed to
fluoridated material.

Key Words: Orthodontics, Metal alloy, orthodontic wires.

VII
ÍNDICE
EPÍGRAFE ........................................................................................................................................... III
DEDICATÓRIA .................................................................................................................................. IV
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................ V
RESUMO.............................................................................................................................................. VI
ABSTRACT ........................................................................................................................................ VII
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................... 1
OBJECTIVOS DE ESTUDO ............................................................................................................. 2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ......................................................................................................... 2
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ......................................................................................................... 2
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICO ............................................... 3
1.1. ORTODONTIA ................................................................................................................ 4

1.2. MATERIAIS EM ORTODONTIA ................................................................................... 4

1.3. LIGAS METÁLICAS ....................................................................................................... 5

1.4. LIGAÇÕES METÁLICAS ORTODONTICAS ............................................................... 7

1.4.1. Ligas de metais preciosos.................................................................................................. 7

1.4.2. Ligas de aço inoxidável ..................................................................................................... 7

1.4.3. Ligas de cobalto-cromo-níquel ......................................................................................... 8

1.4.4. Ligas de níquel-titânio....................................................................................................... 8

1.4.5. Ligas enriquecidas com cobre ........................................................................................... 9

1.4.6. Ligas de titânio-molibdênio ............................................................................................ 10

1.4.7. Ligas de titânio-nióbio .................................................................................................... 10

1.5. PROPRIEDADES GERAIS DAS LIGAS ODONTOLÓGICAS .................................. 11

1.6. BIOCOMPATIBILIDADE DAS LIGAS ODONTOLÓGICAS .................................... 12

1.7. PERI-IMPLANTITE ....................................................................................................... 14

CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 17

VIII
INTRODUÇÃO
Os materiais usados em Ortodontia são na maioria metálicos, como os braquetes, molas,
tubos, fios e bandas, o que justifica a necessidade do conhecimento desses metais. A evolução
tecnológica dos fios ortodônticos é fundamental para o aprimoramento da Ortodontia e nos
últimos anos enormes progressos foram obtidos em relação ao desenvolvimento de novas ligas,
ao processo de fabricação e controle de qualidades mecânicas dos fios.

Os fios ortodônticos possuem grande importância no processo de activação dos


aparelhos ortodônticos, sendo que essa ativação é dependente das propriedades de cada tipo
de fio. Múltiplos fatores influenciam as propriedades elásticas dos fios ortodônticos: diâmetro,
forma, comprimento do fio, tamanho da canaleta dos braquetes, distância inter-braquetes,
desenho das alças e tipo de liga metálica. Apesar do pequeno número de ligas utilizadas para a
confecção de fios ortodônticos, existem várias marcas comerciais disponíveis para a escolha do
material mais adequado e de menor custo. Para que o profissional possa escolher o fio
ortodôntico mais apropriado, a compreensão das propriedades dos metais se faz necessária.

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
O problema a ser identificado em relação às ligações metálicas ortodônticas pode ser:

"Qual é o impacto das diferentes técnicas de ligação metálica ortodôntica na


eficiência e estabilidade do tratamento ortodôntico?"

1
OBJECTIVOS DE ESTUDO
Geral

1. Analisar a eficácia das ligações metálicas ortodônticas.

Específicos

1. Descrever a classificação das ligações metálicas ortodônticas;

2. Analisar a biocompatibilidade das ligas odontológicas;

3. Identificar propriedades gerais das ligas odontológicas.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
As ligações metálicas ortodônticas desempenham um papel fundamental no tratamento
ortodôntico, pois são responsáveis por unir os brackets aos fios, permitindo a movimentação
dos dentes de forma controlada e eficiente. Elas proporcionam estabilidade e direcionamento
adequado das forças ortodônticas.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O presente tema teve a sua delimitação com o estudo sobre as ligações metálicas
ortodônticas feito na Clínica da Universidade Jean Piaget de Angola em Novembro de 2023.

2
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICO

3
1.1. ORTODONTIA

A ortodontia é a área da Medicina Dentária que se dedica à supervisão, orientação e


correção do crescimento e maturação das estruturas dento-faciais, incluindo aquelas condições
que necessitam de movimentos dentários ou que necessitam da correção das relações deficientes
ou das malformações de estruturas associadas. Consegue-o através do ajuste das relações entre
os dentes e os ossos faciais, pela aplicação de forças e/ou estímulos e redireccionamento de
forças funcionais dentro do complexo craniofacial (Proffit, 1993).

O tratamento ortodôntico deve ser abordado multidisciplinarmente. Através da correção


de maloclusões, a ortodontia é muitas das vezes um dos importantes passos para a realização
de uma reabilitação oral. A sua interação com a cirurgia ortognática permite a correção de má-
formações esquelético-dentárias.

Os materiais utilizados na ortodontia devem produzir o máximo movimento dentário


possível evitando desconforto ou lesão dos tecidos, em particular perda óssea alveolar e
reabsorção radicular. No sentido de atingir estes pressupostos, materiais são testados com o
objectivo de descobrir nas suas propriedades características que facilitem a movimentação
dentária, logo, o tratamento ortodôntico. É natural que se continuem a procurar materiais que
pelas suas propriedades ajudem na prática clínica e facilitem a obtenção dos objectivos
propostos para um tratamento ortodôntico.

Neste trabalho será abordada a utilização de metais em ortodontia, a introdução das


várias ligas, as suas características e aplicabilidade no tratamento ortodôntico.

1.2. MATERIAIS EM ORTODONTIA

Os materiais utilizados no tratamento ortodôntico têm como objetivo atingir um sistema


óptimo de forças. Como sistema óptimo de forças o que pretendemos é que:

1. Haja um controlo, durante o movimento do dente, do seu centro de rotação;


2. Se produza um correto nível de stress no ligamento periodontal;
3. Conseguir manter constante o nível de stress quando um dente se movimenta de uma
posição para outra (Graber et al., 2005). Forças contínuas e suaves são pretendidas
para minimizar efeitos nocivos.

Para o ortodontista é importante conhecer as características dos biomateriais


disponíveis. Quais as suas propriedades mais relevantes e qual o seu comportamento
4
quando no meio oral e sob função. Assim informado, após o diagnóstico poderá propor,
de forma consciente, qual o melhor material ou bracket a ser usado na maloclusão que
se apresenta.

Conhecer a estrutura e comportamento dos materiais dará ao ortodontista o


discernimento para melhor conduzir a terapêutica, indicar ou contra-indicar determinada
aparatologia e fazer um prognóstico confiável.

1.3. LIGAS METÁLICAS

As ligas metálicas são do ponto de vista legal, dispositivos médicos, uma vez que
funcionam principalmente por causa das suas propriedades mecânicas como substitutos dos
tecidos dentários perdidos (Schmalz e Garhammer, 2002).

Hoje as ligas metálicas são classificadas em dois critérios separados: composição e


propriedades físicas. Segundo a composição podem ser: altamente nobres (possuem pelo menos
40% de ouro e 60% de elementos nobres na composição); nobres (o mínimo è de 25% de metais
nobres na composição); ligas de metais básicos (menos de 25% de metais nobres) (Wataha,
2000).

As ligas metálicas podem também ser classificadas de acordo com as suas fases: a fase
única e a fase múltipla. As ligas de fase única possuem a mesma composição e uma estrutura
similar e homogénea; as ligas de fase múltipla possuem áreas com composições diferentes
apresentando, por isso, uma estrutura heterogénea e são mais propensas a corrosão e menor
biocompatibilidade do que as ligas de fase única (Lockwood E Nelson, 1999).

Actualmente as bases das ligas estão entre: ouro, prata, cobalto, níquel ou titânio; os
metais mais frequentemente encontrados nas ligas odontológicas são: ouro (Au), prata (Ag),
paládio (Pd), níquel (Ni), cromo (Cr), cobalto (Co), molibdênio (Mo), berílio (Be) e titânio (Ti).

Ouro: è um metal dúctil, condutor de eletricidade e de calor, resistente à corrosão, e o


mais inerte de todos os metais; è biocompatível com o meio bucal.

Prata: è um bom condutor de eletricidade e um elemento estável quando exposto ao ar


e à água; a sua principal desvantagem é a perda gradativa do seu brilho.

Paládio: é um metal branco-acinzentado, dúctil; a sua presença nas ligas è importante


porque aumenta, consideravelmente, a dureza e resistência ao desgaste.

5
Níquel: tem características importantes como boa resistência mecânica e alta
ductilidade; è um dos elementos mais alergénicos e o mais potente sensibilizador de todos os
metais. Segundo testes realizados, uma liga contendo níquel somente perde suas propriedades
alergénicas com um conteúdo mínimo de 20% de cromo, tornando-se, então, estável e
suficientemente resistente à corrosão no ambiente bucal.

Cromo: a sua presença è importante porque aumenta a resistência contra a corrosão e a


pigmentação, tendo como característica a formação de uma camada de oxido, chamada camada
passivadora, na sua superfície: passivacão è o processo pelo qual uma superfície è caracterizada
por um baixo coeficiente de corrosão em uma área potencial que è muito oxidante para o
material (Anusavice, 2005).

Cobalto: é um metal duro, de aparência semelhante ao ferro e ao níquel. O cobalto é


um elemento fundamental para proporcionar dureza, resistência e rigidez numa liga.

Molibdênio: é um metal duro e muito resistente; tem elevado módulo de estabilidade;


a sua toxidade é considerada pequena. O molibdênio torna uma liga mais compacta, aumenta a
resistência mecânica e contribui com a resistência a corrosão (Baran, 2004).

Berílio: metal que melhora as propriedades mecânicas das ligas. Reduz a temperatura
de fusão, melhora a união entre o metal e a cerâmica e facilita o polimento, gerando uma
superfície brilhante após a fundição. A quantidade máxima de berílio autorizada numa liga é de
2%.

Titânio: em virtude de propriedades como excelente biocompatibilidade com os tecidos


moles e duros, propriedades físicas vantajosas, elevada resistência à corrosão, potencial de
passividade e baixo peso específico, o titânio é considerado o material de escolha para o uso
intraósseo em medicina e tem elevado interesse para a medicina dentária, sendo largamente
utilizado nos implantes dentários (Lygre, 2002, Akagawa et al., 2003).

Outros componentes, como o carbono (C) podem estar presentes nas ligas
odontológicas; são relativamente menos influentes sobre as propriedades físicas e a
biocompatibilidade das ligas pelo facto de estarem em menores quantidades.

O carbono è um dos elementos mais críticos constituintes das ligas; è utilizado para
aumentar a dureza e a resistência a tensão da estrutura. se estiver presente em mais do que 0,2%
diminuirá a resistência mecânica e tornará a liga mais friável (Morris et al., 1992).

6
1.4. LIGAÇÕES METÁLICAS ORTODONTICAS

Os fios ortodônticos são obtidos através de ligas metálicas. Uma liga metálica é uma
união sólida de dois ou mais tipos de metais, no intuito de aproveitar as melhores características
de cada elemento (Philips, 1993). Os tipos de liga são:

1.4.1. Ligas de metais preciosos

Até 1930 metais preciosos eram utilizados em aparelhos ortodônticos, pois nenhum
outro material disponível na época apresentava melhor biocompatibilidade. Ligas de ouro
associadas ao cobre, platina, paládio e níquel eram bastante utilizadas. Devido principalmente
ao alto custo, as ligas de ouro foram substituídas por materiais alternativos (Ferreira, 1999).

1.4.2. Ligas de aço inoxidável

Os fios ortodônticos de aço inoxidável aceitam dobras e por isso podem ser utilizados
em braquetes sem angulação e torque, onde o ortodontista irá introduzir nas dobras dos fios, as
activações necessárias. Em aparelhos pré torqueados e angulados, as ativações já estão
embutidas nos braquetes.

A maioria das bandas, braquetes e fios ortodônticos são feitos de aço inoxidável
contendo aproximadamente 8% a 12% de níquel, 17% a 22% de cromo e proporções variadas
de manganês, titânio, ferro e cobre. O cromo é o elemento responsável pela
resistência à corrosão apresentada por esses tipos de fios (Gursoy et al 2005).

A resistência à corrosão dos aços inoxidáveis se deve a formação de uma finíssima


camada de óxido de cromo sobre a superfície, porém essa camada pode ser destruída por
agressões mecânicas ou químicas, ocasionando perda da proteção contra corrosão (Almeida,
Mariuzzo & Ferreira, 1996). Os fios ortodônticos precisam apresentar alta resistência à corrosão
no meio bucal (Interlandi, 1999), pois os produtos liberados através da corrosão do aço
inoxidável apresentam potencial para causarem efeitos adversos ao organismo como alergias
(Eliades & Athanasiou 2002; Gursoy et al 2005). Em fases iniciais do tratamento ortodôntico
onde o apinhamento dentário é severo, torna-se necessária a utilização de fios mais finos ou até
mesmo fios multifilamentados torcidos.

Devido à alta rigidez do aço inoxidável, fios de maior diâmetro não devem ser forçados
para dentro das canaletas dos braquetes em grandes apinhamentos, pois haverá deformação
irreversível do fio e perda da capacidade de activação. A alta rigidez é bastante vantajosa nas

7
fases finais do tratamento ortodôntico onde há necessidade de grande resistência por parte dos
fios às deformações causadas por forças mastigatórias.

Os fios de aço inoxidável possuem o menor coeficiente de atrito dentre os demais fios,
o que resulta em baixa fricção com a canaleta dos braquetes e grande eficiência para realização
de movimentos de deslizamentos. São pouco resilientes, ou seja, absorvem pouca energia de
ativação, dissipando essa energia mais rapidamente do que os fios de níquel-titânio. Essa
propriedade resulta na liberação de níveis de força mais elevados para os dentes, porém com
rápida dissipação, o que torna necessária a reativação mais freqüente do aparelho (Almeida,
Mariuzzo & Ferreira, 1996).

1.4.3. Ligas de cobalto-cromo-níquel

As ligas de cobalto-cromo-níquel apresentam aproximadamente 40% de cobalto, 20%


de cromo, 15% de níquel, 15% de ferro e ainda, molibdênio, manganês, berílio e carbono em
porcentagens menores (Almeida, Mariuzzo & Ferreira 1996). O cobalto e o molibdênio
aumentam a maleabilidade e a resistência à dobradura em ângulos agudos (Maia, 2000).
Diversas marcas nacionais e importadas fabricam fios desse tipo de liga.

O fio Elgiloy é feito a partir de uma liga de cobalto-cromo-níquel e pode ser facilmente
dobrado sem fraturar, sendo muito utilizado na técnica de Ricketts (Langlade, 1993; Bench,
Gugino & Hilgers, 1996). É comercializado em quatro diferentes têmperas: Azul (macio),
Amarelo (dúctil), Verde (semiresiliente) e Vermelho (resiliente). O azul é o mais facilmente
dobrado, sendo recomendado para a confecção de alças, enquanto o vermelho é o de mais alta
resiliência, apesar de requerer um cuidado maior nas dobraduras.

Apresentam coeficiente de atrito mais elevado do que o aço inoxidável (Ferreira, 1999).
Sua maior resiliência e tenacidade em relação aos fios de aço inoxidável podem gerar forças
mais leves com dissipação mais lenta pela maior resiliência e uma maior resistência a fratura
pela maior tenacidade.

1.4.4. Ligas de níquel-titânio

A liga Nitinol apresenta aproximadamente 52% de níquel, 45% de titânio e 3% de


Cobalto (Ferreira, 1999). Apresenta propriedades de superelasticidade e memória de forma. Os
fios com memória de forma são moldados em formato de arcos durante o processo de fabricação
em altas temperaturas.

8
Quando resfriados podem ser defletidos com facilidade dentro das canaletas dos
braquetes. Quando são atingidas temperatura em torno de 35°C na boca do paciente, os fios
tendem a voltar a forma de arco dada durante a fabricação gerando a ativação, ou seja, tendem
a retornar a forma original através da mudança de temperatura (Almeida, Mariuzzo & Ferreira,
1996).

Os fios que necessitam de estímulo térmico para ativação são denominados


termoativados e apresentam a propriedade de memória de forma. A memória de forma é uma
propriedade de recuperação da forma original do fio após deformação, através de um estímulo
de aquecimento adequado.

Através de modificações na composição química das ligas metálicas e emprego de


tratamentos termomecânicos apropriados nos fios, a recuperação de forma pode relacionar-se
apenas com a tensão no fio, sem necessidade de aquecimento como estímulo térmico (Oréfice,
Pereira & Mansur, 2006).

Outra propriedade importante é o módulo de elasticidade, que determina a rigidez do


material, quanto maior o módulo de elasticidade maior a rigidez. Se a força necessária para
defletir um fio for pequena, esse fio possui baixo módulo de elasticidade, se a força necessária
for grande, esse fio possui alto módulo de elasticidade.

O módulo de elasticidade dos fios de níquel-titânio é muito inferior ao do aço


inoxidável, podendo ser bastante defletidos sem sofrer deformação permanente o que resulta na
aplicação de forças leves e contínuas, porém não aceitam dobras ou alças (Almeida, Mariuzzo
& Ferreira 1996; Ferreira, 1999). Essa grande facilidade de deflexão dos fios de níquel-titânio
é favorável para as fases iniciais onde o apinhamento dentário é acentuado, porém é
desfavorável para as fases finais do tratamento onde não é desejada deflexão do fio.

A liberação de níquel por esses tipos de fios não apresenta efeitos biológicos negativos
significantes, porém é importante que indivíduos alérgicos ao níquel não sejam expostos a esse
metal, pois baixas concentrações são suficientes para causar reações alérgicas (Kim & Johnson,
1999; Gursoy et al, 2004; Huang, 2005).

1.4.5. Ligas enriquecidas com cobre

O Cooper Ni-Ti é uma liga quaternária, composta por níquel, titânio, cobre e cromo.
Possui maior resistência às deformações permanentes do que as ligas de níquel-titânio

9
normalmente encontradas. Existem quatro diferentes tipos de Copper Ni-Ti com temperaturas
de transformação precisas e constantes.

O Tipo I possui temperatura de transformação de 15°C, o Tipo II de 27°C, o Tipo III de


35°C e o Tipo IV de 40°C, permitindo a seleção dos arcos de forma específica, pois o nível de
força vai decaindo do tipo I para o tipo IV (Sachdeva, 1997). Por serem extremamente
maleáveis em baixa temperatura, arcos mais grossos podem ser inseridos desde o início do
tratamento. É recomendável que sejam mantidos em congelador para facilitar sua inserção
(Rossi & Rossi, 1997).

1.4.6. Ligas de titânio-molibdênio

TMA significa “TitaniumMolibdenum Alloy” (Ferreira FV 1999). Os fios dessa liga


recebem a denominação de TMA e são compostos aproximadamente por 79% de titânio, 11%
de molibdênio, 6% de zircônio e 4% de estanho. Esses fios apresentam boa formabilidade, por
isso podem ser facilmente dobrados para confecção de alças (Langlade, 1993; Proffit, 1995;
Burstone, 2003).

Este tipo de fio é muito utilizado na mecânica de Burstone, pois apresenta módulo de
elasticidade menor do que o aço inoxidável. Possui grande recuperação elástica (Ferreira 1999;
Burstone 2003), o que é favorável para liberação de níveis de força mais baixos.

Apresenta alta fricção com a canaleta do braquete quando comparado ao aço inoxidável
e capacidade de soldagem com maior resistência ao cisalhamento, mantendo melhores
características de superfície do fio após soldagem do que o aço inoxidável (Krishnan, Kumar
& Orth, 2004).

1.4.7. Ligas de titânio-nióbio

Os fios dessa liga são compostos pelos materiais do seu nome. Permitem dobras e
apresentam propriedades mecânicas semelhantes ao fio de TMA, porém, com menor rigidez.
Sua rigidez é 20% menor que a exibida pelo TMA e 70% menor que a oferecida pelo aço
inoxidável. Aceita soldagem elétrica, o que favorece a colocação de acessórios.

Por não conter níquel, tornou-se junto com os braquetes cerâmicos a opção mais viável
para pacientes alérgicos a esse elemento. É uma opção para os fios de aço inoxidável em virtude
da baixa rigidez e uma alternativa para o níquel-titânio por aceitar dobras (Gurgel, Ramos &
Kerr, 2001).

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Não é recomendado para mecânicas de retração ou fechamento de espaço por
deslizamento devido à baixa rigidez que pode permitir deflexão do fio com maior facilidade e
pelo seu coeficiente de atrito ainda pouco estudado.

1.5. PROPRIEDADES GERAIS DAS LIGAS ODONTOLÓGICAS

Cor: é determinada de cor branca para as ligas não preciosas, assim como para as de
prata e paládio e cor amarela para as ligas preciosas contendo alta percentagem de ouro. As
ligas brancas com alta percentagem de ouro são chamadas de ouro branco, descolorido pelo
paládio. O titânio apresenta cor mais acinzentada e com menos brilho que o cromo.

Peso específico ou densidade (g/cm3): determina a densidade da substância que


constitui um corpo, a relação do corpo e o seu volume. A densidade de um metal é proporcional
à soma dos pesos dos átomos e moléculas presentes na liga, e ao espaço entre eles. O peso
específico é importante para calcular a quantidade de metal necessária para fundir um
determinado padrão de cera.

Dureza Vickers (HV): corresponde à dureza de superfície, à resistência à abrasão, ao


desgaste ou à penetração de um material em outro. Sendo assim, quanto maior o valor, mais
resistente é a sua superfície. O valor é dado em HV, Hardness Vickers, geralmente entre 120 e
420 para as ligas odontológicas.

Módulo de elasticidade (MPa ou N/m2): é a medida da resistência do material, maior


será o seu módulo de elasticidade, ou seja, maior a força necessária para deformar este material.
O valor do módulo de elasticidade é determinado pela força necessária a um alongamento de
0,2%.

Limite elástico (MPa): também chamado de limite de alongamento, de dilatação ou de


escoamento. Corresponde à força necessária para a transição entre uma simples deformação
elástica e uma deformação plástica definitiva. A deformação elástica de uma liga permite que
após a remoção da força, o metal retome sua forma original. Uma deformação plástica, mesmo
após a remoção da força, é permanente. O parâmetro de medida é de 0,2%, determinando a
transição entre uma deformação elástica e uma deformação plástica.

Alongamento até fratura (%): chamado também de flexibilidade dúctil, corresponde


ao alongamento máximo de um material, até rutura. Aumentando a força aplicada corresponde
a um estágio avançado da deformação plástica.

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1.6. BIOCOMPATIBILIDADE DAS LIGAS ODONTOLÓGICAS

Devido à complexidade e diversidade das ligas dentais, explica-se a dificuldade da


biocompatibilidade das ligas odontológicas, pois idealmente, nenhum outro elemento da
composição deve ser liberado e influenciar o organismo. Contudo com a rápida evolução nem
todas as propriedades biológicas das ligas são conhecidas.

A composição de uma liga odontológica pode ser expressa de duas maneiras distintas:
em porcentagem do peso específico ou em quantidade de átomos de cada componente presente
na liga, ou seja, em porcentagem do peso atômico. A primeira é a mais utilizada, contudo, a
segunda permite entender melhor as propriedades biológicas. O peso específico e o peso
atômico podem diferir muito um do outro; um metal leve contém muitos átomos, e um metal
pesado contém poucos átomos. O peso atômico prevê melhor a quantidade de átomos que
podem ser liberados e afetar o corpo humano. Porém, os fabricantes geralmente apresentam a
composição de uma liga por porcentagem do peso específico.

Todas as ligas odontológicas liberam elementos na cavidade bucal, mas não


necessariamente em concentração proporcional à sua composição. A quantidade de elementos
liberados é diretamente proporcional às diversidades de ligas presentes na boca. Podem ocorrer
efeitos galvânicos entre tipos diferentes de liga no mesmo ambiente oral. Na maioria dos casos,
a quantidade de elementos liberados pelas ligas odontológicas é bem inferior à quantidade
ingerida pela dieta alimentar.

Elementos devem ser liberados para causar alergia. Em resposta, os tecidos gengivais
apresentam inflamação significante. Estudos mostram que alergias a ligas odontológicas
somente podem ocorrer em presença de corrosão e liberação de íons metálicos. É sempre difícil
de determinar se uma resposta inflamatória a íons metálicos é mediada por um mecanismo
alérgico ou tóxico, ou mesmo por uma combinação dos dois. Normalmente, as respostas
alérgicas são caracterizadas independentemente da dose aplicada.

Corrosão é uma propriedade química que tem conseqüências para outras propriedades
da liga como: estética, resistência e biocompatibilidade. A corrosão ocorre quando elementos
dentro da liga ionizam então os elementos descarregados dentro da liga perdem elétron e
tornam-se íons positivamente carregados pois estão liberados dentro da solução. A corrosão é
um fenômeno extremamente complexo e depende de uma variedade de fatores físicos e
químicos.

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A presença de íons em quantidade suficiente pode alterar ou desabilitar totalmente o
metabolismo celular dos tecidos gengivais vizinhos, mas não se garante que danos vão ocorrer.
Quanto maior for o tempo de exposição das células aos íons metálicos, menos concentrados
encontram-se os efeitos biológicos.

Identificar e quantificar os elementos liberados estão relacionados aos efeitos biológicos


adversos como: toxidade, alergia ou mutagenicidade. A resposta para o elemento liberado
depende de qual foi este elemento liberado, da quantidade liberada, da duração de exposição
aos tecidos, etc. Esses efeitos biológicos locais devidos à liberação de elementos ainda são
motivo de intensos debates.

A questão central é saber se sua liberação é suficiente para comprometer o


funcionamento biológico normal dos tecidos adjacentes às ligas.

As ligas não necessariamente liberam elementos na quantidade existente em sua


composição. Uma liga altamente nobre, fase única, deve ter 50% de ouro mas menos do que
2% do total do volume liberado é ouro. Por outro lado somente 32% dos átomos dentro da liga
são cobre, contudo 85% do volume liberado é cobre. Geralmente ligas com fases múltiplas
devem liberar mais volume.

Alguns elementos apresentam maior tendência para se liberarem das ligas e esta
tendência é referida como instabilidade. Elementos como prata, cobre, níquel, gálio e zinco tem
maior tendência para ser liberado comparado com elementos como ouro e paládio, por esta
razão ligas altamente nobres ou nobres sofrem menor influência da corrosão. A prata tem
moderada instabilidade e terá menor tendência para ser liberado. Ouro, paládio e platina têm
baixa instabilidade e são improváveis de serem liberados em alto nível. O mais resistente à
corrosão é o titânio.

A instabilidade dos elementos não é absoluta, pois alguns elementos instáveis podem
ser alterados por outros elementos da liga. O paládio contribui na redução da instabilidade do
cobre na ligas à base de ouro. A condição ambiental da liga também poderá afetar a liberação
de elementos.

A redução do ph e o efeito do ácido na liga dental são relevantes na biocompatibilidade.


Os efeitos biológicos dos metais dependem da via de acesso ao organismo. Existem pontos
chaves sobre a questão da toxicidade sistêmica das ligas dentais. Metais liberados não podem
entrar no organismo. Este fato é verdade tanto na toxicidade local como sistêmica.

13
1.7. PERI-IMPLANTITE

A peri-implantite é causada pela formação de um biofilme ao nível da superfície do


implante de titânio e pela capacidade imunológica comprometida no ósso e superfície do
implante de titânio. A biocompatibilidade da superfície do implante de titânio pode ser atribuída
a uma camada proteica de superfície formada sob condições fisiológicas, que torna a superfície
do implante de titânio adequada para a colonização bacteriana e formação de biofilme (Kitaori
et al., 2009).

O papel que o biofilme desempenha ao nível da superfície do implante de titânio no


desenvolvimento da peri-implantite está bem documentado; o biofilme protege as bactérias
presentes e agentes bactericidas através de vários mecanismos (Donlan e Costerton, 2002;
Lewis, 2001).

O tempo imediatamente após a cirurgia é o mais favorável para o desenvolvimento de


infeção e formação do biofilme a nível da superfície do implante de titânio devido a
mecanismos de defesa do hospedeiro reduzidos (Zhao et al., 2009).

A superfície nanoestruturada de materiais biocompatíveis influencia a adesão e


proliferação de biofilme ao nível da superfície do implante de titânio; este fenômeno levou a
um aumento do esforço para desenvolver novas estratégias para prevenir a proliferação
bacteriana e a formação de biofilme, principalmente através da nano engenharia da superfície
do implante de titânio.

As características da superfície do implante são particularmente relevantes na fase


inicial da cicatrização óssea peri-implantar, e a microestrutura do tecido ósseo está relacionada
com os processos de remodelação ao nível da interface osso e superfície do implante de titânio.
(Lewis, 2001; Bassi et al., 2016).

Recentemente, um novo revestimento de implante foi produzido, chamado Anatase


Bactercline®: è uma suspensão aquosa de nanopartículas de dióxido de titânio funcionalizadas
com íons orgânicos e inorgânicos com propriedades antibacterianas, viricidas e fungicidas. Os
íons de prata são ligados covalentemente a nanopartículas de dióxido de titânio, atuando em
sinergia com espécies catiónicas, que melhoram o efeito bactericida, fungicida e viricida do
produto. Este novo revestimento demonstrou reduzir o número de bactérias inicialmente
aderentes, formadas sobretudo por microrganismos gram positivos (Bassi et al., 2016).

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Alguns estudos relataram que as superfícies de implante de zircônia mostraram uma
redução estatisticamente significativa na formação de biofilme em comparação com superfícies
de implante de titânio (Conserva et al., 2017). Foi comprovado que a zircônia mostrou uma
redução estatisticamente significativa na espessura de três espécies de biofilme (Streptococcus
sanguinis; Porphyromonas gingivalis; Fusobacterium nucleatum) em comparação com o titânio
(Roehling et al., 2017).

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CONCLUSÃO
A tecnologia de novos materiais para fios ortodônticos tem aproximado o ideal
terapêutico da prática clínica. Grandes diferenças de composição química e de propriedades
mecânicas são encontradas entre os diferentes tipos de fios ortodônticos, o que lhes proporciona
diferentes indicações, no intuito de acompanhar as variações da mecânica ortodôntica, seguindo
o propósito particular para o qual cada fio foi projetado.

Diferentes técnicas ortodônticas exigem fios diferentes para o mesmo tipo de


movimento dentário, com isso, podemos considerar que nenhum dos metais para fios
ortodônticos apresenta simultaneamente todos os requisitos necessários para caracterizar um
fio ideal e os melhores resultados são obtidos pelo uso de fios específicos para fins específicos.
O entendimento das exigências da biomecânica ortodôntica requer estudos das características e
propriedades dos fios ortodônticos para possibilitar a seleção e aplicação do fio adequado para
cada tipo de situação clínica.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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