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UNINGÁ – CENTRO UNIVERSITÁRIO INGÁ

SILVIA MARIA PEIXOTO FERNANDES DO NASCIMENTO

TRATAMENTO DA MÁ OCLUSÃO CLASSE II COM UTILIZAÇÃO DE


ANCORAGEM ESQUELÉTICA MINI IMPLANTES

GOIÂNIA-GO
2020
SILVIA MARIA PEIXOTO FERNANDES DO NASCIMENTO

TRATAMENTO DA MÁ OCLUSÃO CLASSE II COM UTILIZAÇÃO DE


ANCORAGEM ESQUELÉTICA MINI IMPLANTES

Monografia apresentada à UNINGÁ –


Centro Universitário Ingá, para obtenção
do título de Especialista em Odontologia.

Orientadora: Profa. Me. Roberta Caetano


Calil

GOIÂNIA-GO
2020
Dados Internacional de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária: Vaudice Donizeti Rodrigues CRB 9/1726

Nascimento, Silvia Maria Peixoto Fernandes do.


N244t Tratamento da má oclusão classe II com utilização de
ancoragem esquelética mini implantes. / Silvia Maria Peixoto
Fernandes do Nascimento. – Goiânia: UNINGÁ, 2020. 33 f.

Orientadora: Profa. Me. Roberta Caetano Calil.


Monografia (Especialização em Odontologia) Departamento de
Pós-Graduação em Odontologia. UNINGÁ, 20200.

1. Classe II. 2. Mecânica Ortodôntica. 3. Ancoragem Esquelética.


4. Mini-implantes. 5. Odontologia. I. Calil, Roberta Caetano. II.
UNINGÁ. Programa de Pós-Graduação em Odontologia. III. Título.

CDD 21. ed. 617.643


SILVIA MARIA PEIXOTO FERNANDES DO NASCIMENTO

TRATAMENTO DA MÁ OCLUSÃO CLASSE II COM UTILIZAÇÃO DE


ANCORAGEM ESQUELÉTICA MINI IMPLANTES

Monografia apresentada à UNINGÁ -


Centro Universitário Ingá, para obtenção
do título de Especialista em Odontologia.

Data da Aprovação ___/___/_____

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________
Me. Carlos Roberto Dutra
UNINGÁ – Centro Universitário Ingá

____________________________________
Me. Simone Vessecchi Lourenço
UNINGÁ – Centro Universitário Ingá

____________________________________
Me. Roberta Caetano Calil
UNINGÁ – Centro Universitário Ingá

GOIÂNIA
2020

Dedico este trabalho a todos aqueles que estiveram ao meu lado no decorrer
desta longa caminhada, familiares, amigos, colegas de turma, professores,
Coordenadores de curso e todos os demais profissionais que trabalham na Uningá –
Goiânia, assim como a tosos os meus queridos pacientes.

AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, pelo dom da vida, por me dar sabedoria e
saúde para enfrentar mais este desafio e por tudo que sou e que tenho.
Agradeço aos meus familiares que me ajudaram tanto, e nunca deixaram de
incentivar e apoiar. Em especial aos meus filhos: Mateus e Mariana pelos dias de
ausência, ao meu amado Esposo Marielton Aparecido Netto do Nascimento, que faz
parte de minha caminhada e sempre me incentivou, obrigado de coração, meu
querido.
Aos meus colegas de turma, meus sinceros agradecimentos pelas novas
descobertas e momentos de amizade, vivenciados juntos ao longo do curso.
Aos professores no qual, sem eles não seria possível o íntegro
desenvolvimento científico deste e de minha formação, principalmente ao meu
professor e amigo Carlos Roberto Dutra, que nunca me deixou desistir.
E a todos que trabalharam ao meu lado nesta caminhada, apoiando e me
animando nos momentos que pensei não ser capaz, serão sempre lembrados pela
amizade e contribuição.
A minha orientadora, professora Roberta Caetano Calil, que muito me auxiliou,
sendo mais que uma orientadora, uma amiga. Agradeço de coração, pela forma
carinhosa e amigável de orientar. E a professora Simone Vessecchi Lourenço
principalmente pelo grande apoio e incentivo.
Também não posso esquecer da minha amada tia Ana Maria que sempre
esteve presente me tirando dúvidas a respeito deste trabalho.
Os que se encantam com a prática sem a
ciência são como os timoneiros que entram
no navio sem timão nem bússola, nunca
tendo certeza do seu destino.

Leonardo da Vinci
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo principal, apresentar e aprofundar o
conhecimento acerca do tratamento das más oclusões de classe II com utilização de
ancoragem esquelética mini-implantes, demostrando suas vantagens e desvantagens
e comparando esse tratamento com alguns outros tipos de ancoragem. A má oclusão
classe II caracteriza-se por uma relação deficiente entre os arcos superior e inferior,
por alterações esqueléticas, dentárias ou por ambas. Para correção compensatória
desta má oclusão, tem-se opção da extração de dois pré-molares superiores, dois pré-
molares superiores e inferiores e as vezes sem extração. A mecânica de retração mais
utilizada em casos de extrações foi a de movimentação por deslize dos seis dentes
anteriores por meio de ancoragem máxima esquelética mini-implantes. No estudo em
questão pode-se concluir que dentre os vários protocolos de tratamento, o uso de
mini-implantes associados a extrações de pré-molares tem sido a melhor opção de
tratamento, pois promove uma ancoragem eficiente, não necessitam da colaboração
do paciente, simplificam a mecânica e diminuem o tempo de tratamento.

Palavras-chave: Classe II. Mecânica Ortodôntica. Ancoragem Esquelética. Mini-


implantes.

ABSTRACT
The present work has as main objective, to present and deepen the knowledge about
the treatment of class II malocclusions with the use of mini-implant skeletal anchorage,
demonstrating its advantages and disadvantages and comparing this treatment with
some other types of anchorage. Class II malocclusion is characterized by a deficient
relationship between the upper and lower arches, skeletal, dental changes or both. To
compensate for this malocclusion, it is possible to extract two upper premolars, two
upper and lower premolars and sometimes without extraction. The most used
retraction mechanism in cases of extractions was the sliding movement of the six
anterior teeth by means of maximum skeletal anchorage for mini-implants. In the study
in question, it can be concluded that among the various treatment protocols, the use
of mini-implants associated with extraction of premolars has been the best treatment
option, as it promotes an efficient anchorage, they do not need the patient's
collaboration, simplify mechanics and shorten treatment time.

Keywords: Class II. Orthodontic Mechanics. Skeletal Anchorage. Mini-implants.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Miniimplantes com diferentes comprimentos (ponta ativa e perfil
transmucoso) ........................................................................................ 14

Figura 2 – Partes do mini-implante: A) cabeça; B) perfil transmucoso e C) ponta ativa


.............................................................................................................. 14

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 13

3 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 27

4 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 30

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 31
11

1 INTRODUÇÃO

De acordo com Lopes et al. (2013), a má oclusão de classe II é caracterizada


por um relacionamento incorreto dos arcos superior e inferior, por alterações
esqueléticas, dentárias ou por ambas. A prevalência dessa má oclusão é entorno de
42% em relação as demais más oclusões, sendo que 26,61% são relacionadas a
classe II dentária e 15,39% a esquelética, o que explica o interesse dos pesquisadores
em estudá-la e a tentativa de elaborar formas mais adequadas de tratamento.
Para Marigo e Marigo (2012), existem diversos protocolos de tratamento para
corrigir a má oclusão de classe II dependendo da severidade, da idade e nível de
colaboração do paciente. Na visão de Upadhyaya et al. (2009), geralmente o
tratamento adotado consiste em extração de dois pré-molares superiores ou dois pré-
molares superiores e dois inferiores, utilizando como ancoragem esquelética, mini-
implantes que ajudam no fechamento dos espaços das extrações por retração dos
dentes anteriores.
Marassi et al. (2005) observaram que os mini-implantes tem sido um importante
método de ancoragem na Ortodontia, pois não necessitam da cooperação do paciente
e ainda servem de apoio para diversos tipos de movimentos ortodônticos
considerados complexos para ancoragens tradicionais.
A retração dos dentes anteriores, segundo Araújo et al. (2006), pode ser de
duas formas, iniciando por retração de caninos, seguida de retração dos quatro
incisivos ou com retração em massa dos seis dentes anteriores. Os mini-implantes
resistem bem na retração de seis dentes anteriores, pois a ancoragem esquelética
deles proporciona um adequado controle de forças, tanto em magnitude, quanto em
direção e é uma opção a mais no tratamento ortodôntico. Essa ancoragem com mini-
implante simplifica a mecânica tendo como vantagem a diminuição do tempo de
tratamento.
Para Janson et al. (2009), basicamente, o tratamento da classe II pode ser
realizado: sem, com extrações de dois ou quatro pré-molares. Sendo assim, os
pacientes tratados com extração de dois pré-molares superiores apresentam
melhores resultados em relação aos pacientes sem extrações.
A partir dos aspectos preliminares descritos nesta etapa introdutória, o presente
estudo tem por objetivo realizar uma revisão de literatura sobre classe II, seu protocolo
de tratamento com ou sem extrações e o uso de ancoragem esquelética de mini-
12

implantes abordando suas vantagens, desvantagens e métodos de ação para uma


efetiva correção da má oclusão de classe II.
13

2 REVISÃO DA LITERATURA

Marassi et al. (2005) relataram que os mini-implantes têm sido utilizados como
um importante método de ancoragem na Ortodontia, não necessitando da cooperação
do paciente, servindo de apoio para movimentações ortodônticas complexas, como
alternativas às ancoragens tradicionais. Citam-se diversas indicações clínicas dos
mini-implantes, como em casos de retração em massa dos elementos dentários
anterossuperiores; em retração anterior superior e inferior com ancoragens máximas
para biprotrusos; na intrusão de molares superiores; distalização de molares
superiores com uso de molas nitinol; na mesialização de molar inferior; verticalização
de molares; tracionamento de caninos impactados e bloqueios intermaxilares para
casos cirúrgicos, entre outros. A instalação e remoção dos mini-implantes é
relativamente simples, pois é de tamanho reduzido e sua inserção pode ser feita em
vários locais, o que possibilita várias aplicações clínicas com mínima colaboração do
paciente. Com o uso de mini-implantes foi possível realizar casos mais complexos
tornando o tratamento mais fácil.
Araújo et al. (2006) afirmaram que devido ao tamanho reduzido dos mini-
implantes, diminuiu-se consideravelmente as limitações do local de sua inserção,
sendo que com tais possibilidades de localização, os mini-implantes foram utilizados
como ancoragem nos mais variados tipos de movimentação dentária. A indicação
mais citada nessa literatura foi a retração de dentes anteriores com o uso de mini-
implantes, além de biprotrusões severas ou classe II de Angle completas - com
exodontia de pré-molares, diastemas anteriores a serem fechados por retração de
incisivos e caninos. A retração dos dentes anteriores pode ser de duas formas,
iniciando por retração de caninos, seguida de retração dos quatro incisivos ou com
retração em massa dos dentes anteriores. Os mini-implantes resistiram bem na
retração dos seis dentes anteriores, tendo como vantagem a diminuição do tempo de
tratamento. Concluíram, então, que a ancoragem esquelética proporcionou um
adequado controle de forças tanto em magnitude quanto em direção e que os mini-
implantes são uma opção a mais no tratamento ortodôntico, simplificando a mecânica
e diminuindo o tempo de tratamento. As Figuras 1 e 2 apresentam diferentes tipos de
miniimplantes, em relação aos comprimentos e descrição de suas partes:
14

Figura 1 – Miniimplantes com diferentes comprimentos (ponta ativa e perfil transmucoso)

Fonte: Araújo et al. (2006).

Figura 2 – Partes do mini-implante: A) cabeça; B) perfil transmucoso e C) ponta ativa

Fonte: Araújo et al. (2006).


15

Calheiros et al. (2008) compararam o resultado do tratamento ortodôntico de


72 pacientes classe II, divisão 1, tratados em uma e duas fases, onde no grupo 1
envolveu apenas em uma etapa de tratamento e no grupo 2 o tratamento foi realizado
em duas fases. Os pacientes selecionados apresentavam má oclusão de classe II,
divisão 1 bilateral; mínimo de 6 mm de sobressaliência; documentação ortodôntica
com modelos de estudo e telerradiografias cefalométricas; potencial de crescimento
avaliados por ortodontistas; ângulo SN.GoGn <44 graus. Na comparação
cefalométrica dos dois grupos, não houve diferença significativa. Foram avaliados
modelos de estudos iniciais e finais, encontrando-se uma redução média do índice de
83% e 85% para o grupo de uma fase e de duas fases. A duração média do tratamento
foi de 43,1 meses para o grupo de duas fases e de 35 meses para o grupo de uma
fase. Concluíram que a correlação entre o tempo de tratamento e a gravidade inicial
do caso foi baixa e não foram encontradas relação entre o gênero do paciente e a
duração da intervenção, com a qualidade final da mesma. Não foram identificadas
diferenças significativas entre os resultados médios.
Marassi e Marassi (2008) descreveram a importância do uso de mini-implantes
na retração anterior. Os autores realizaram tratamento com exodontia dos pré-molares
e fechamento parcial ou total do espaço de extração, com placa e gancho próximos
ao centro de resistência dos dentes anteriores, para retração em massa com força de
150 a 300 g, suficiente para fechamento de 0,5 a 1,0 mm de espaço por mês. A
retração foi feita com molas de nitinol super elásticas, convencionais, módulos
elásticos para retração ou elásticos em cadeias. Em algumas situações, as forças
excessivas sobre os mini-implantes podem dificultar a retração anterior e o atrito sobre
o fio e sobremordida; contato da cúspide do canino superiores com os caninos
inferiores; presença de torques ou dobras que dificultem o deslize distal; gengiva
acumulada no espaço da extração; contato de raízes de caninos com a cortical ósseo
vestibular e com a raiz do segundo pré-molar. Na retração com mecânica de deslize
anterior os mini-implantes podem ser associados a alças. Na retração total, a retração
anterior pode ser realizada em conjunto com dentes posteriores. Esse tipo de
mecânica é favorável a biprotrusos suaves ou indivíduos com discrepância ântero-
posterior de 2 a 3 mm. Na retração anterior, os mini-implantes contribuem de modo
significativo desde que os ortodontistas se familiarizem com suas particularidades.
Oliveira et al. (2008) avaliaram as alterações dentoesqueléticas e do perfil facial
em 30 pacientes jovens, portadores de má oclusão de classe II, divisão 1 de Angle e
16

tratados com extrações de quatro primeiros pré-molares, utilizando aparelho fixo de


Straight-wire. Houve retração dos incisivos superiores de 3,4 mm e dos inferiores 1,8
mm. Devido à retração dos incisivos superiores, o ponto A sofreu pequena alteração
pela diminuição média do ponto SNA (1,7) graus. Houve uma melhora na relação
maxilomandibular e sem diferenças significativas para as grandezas cefalométricas
SN.Go Gn e SN.GoMe. A cada 1 mm de retração dos incisivos superiores, o ângulo
nasolabial aumentou 2,8 graus. Concluíram que a decisão da exodontia de quatro
primeiros pré-molares em pacientes de má oclusão classe II, divisão 1, pode ter efeito
desfavorável sobre o perfil facial, levando-se em consideração a quantidade de
apinhamento, o padrão facial, a espessura e tonicidade dos lábios. Para estes autores,
as alterações do perfil facial são decorrentes da retração dos incisivos e um criterioso
planejamento da mecânica, ancoragem, apinhamento, além de uma análise facial,
podem decidir o melhor plano de tratamento a ser seguido.
Jardim (2009) apontaram que os mini-implantes podem ser utilizados em
intrusão de molares e de incisivos, retração de corpo dos incisivos superiores de
massa dos dentes anteriores, mesialização, distalização, verticalização, auxiliares na
fase de retração anterior de qualquer dente e/ou um grupo de dentes, fechamento de
espaços de classe I, mecânica de deslize de classe II, protrusão ou retração de um
arco dentário ou da dentição completa, estabilidade a dentes com suporte ósseo
reduzido e como ancoragem. A retração dos dentes anteriores pode ser planejada de
duas formas, inicialmente com retração de caninos, seguida de retração dos quatro
incisivos, ou retração em massa dos seis dentes anteriores. Na mesialização de
dentes posteriores fecham espaços de perdas dentárias ou compensam casos de
classe II E III de Angle, sendo o mini-implante é inserido entre canino e primeiro pré-
molar ou entre primeiro e segundo pré-molar por vestibular. Concluiu-se que há um
consenso entre os autores pesquisados no que se refere a tamanho, formas,
princípios de instalação e desinstalação; indicações e contraindicações; vantagens e
desvantagens dos mini-implantes.
Janson et al. (2009) relataram que os resultados do tratamento de má oclusão
de classe II podem sofrer influências como: idade do paciente, severidade da má
oclusão, grau de colaboração do paciente e até a escolha do protocolo de tratamento
pelo profissional. O tratamento da má oclusão de classe II pode ser realizado com ou
sem extrações de dois ou quatro pré-molares. Em relação ao protocolo de tratamento
com extração de dois pré-molares superiores, observaram que a taxa de sucesso foi
17

maior do que no tratamento com quatro extrações, pois com quatro extrações a
quantidade de movimentação distal dos dentes superiores é bem maior. Os pacientes
tratados com extrações de dois pré-molares superiores apresentam melhores
resultados em relação aos pacientes sem extrações. Concluíram que a escolha do
protocolo é de suma importância no que se refere ao tratamento com ou sem
extrações dentárias e que o tratamento deve se basear na severidade da relação
oclusal da má oclusão e não no seu padrão facial.
Upadhyaya et al. (2009) evidenciaram que a má oclusão de classe II –
moderada a grave –, causa problemas estéticos e funcionais, além de problemas
psicológicos, dependendo da quantidade de discrepância ântero-posterior. Nestes
casos, o tratamento inclui a extração de dois pré-molares superiores ou dois pré-
molares superiores e dois pré-molares inferiores, com ancoragem de mini-implantes,
para o fechamento dos espaços das extrações por retração dos dentes anteriores. A
mecânica utilizada para tratamento na retração dos dentes anteriores foi realizada
com uso de mini-implantes na região interdental das raízes do primeiro molar superior
e segundo pré-molar, com uma força de 150 g aplicada bilateralmente. Os efeitos do
tratamento foram analisados por cefalogramas laterais. Os resultados encontrados na
retração dos dentes anteriores superiores foi (5,18 +- 2,74 mm) e intrusão (1,32 +-
1,08 mm). Houve também uma movimentação distal e intrusão do primeiro molar
superior sem muita significância. Os lábios superiores e inferiores também foram
retraídos em 2,41 e 2,73 mm e tiveram o ângulo de convexidade reduzidos em mais
de 2 graus. Concluíram que os mini-implantes promovem uma ancoragem esquelética
absoluta quando colocados no osso Inter radicular da maxila e ajudaram a gerar
maiores níveis de alterações esqueléticas, dentárias e de tecidos moles.
Basha et al. (2010) mediram e compararam a diferença entre as taxas de
retração em massa com mini-implante e ancoragem molar, comparando casos de 14
pacientes do sexo feminino divididos em dois grupos. O primeiro grupo utilizou 7
molares não implantados como ancoragem na retração em massa dos dentes
anteriores (idade média de 16 anos). No segundo grupo o mini-implante foi utilizado
como ancoragem para retrair os dentes anteriores (idade média de 17 anos). Nos dois
grupos foram extraídos os primeiros pré-molares e após o nivelamento e alinhamento
foram colocados mini-implantes de 1,3 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento entre
as raízes do segundo pré-molar e primeiro molar superior no grupo de implantes.
Utilizaram uma carga de força sobre os implantes e cefalogramas laterais de retração
18

e pós retração. Foram medidas as taxas de retração e perda de ancoragem usando a


vertical pterigoide na maxila. Quatro implantes se soltaram durante o tratamento, mas
foram substituídos. A taxa de sucesso da estabilidade do mini-implante chegou a
71,4%. O teste analisou a taxa de tratamento nos dois grupos e constataram-se que
houve uma perda média de ancoragem no grupo sem implante de 1,73 mm. Não
observaram diferenças significativas na taxa média do tempo de retração dos dois
grupos e os mini-implantes proporcionaram ancoragem absoluta nos pacientes que
necessitavam de uma retração anterior máxima.
Camardella et al. (2010) avaliaram a influência de extração de dois pré-molares
superiores, comparado a um protocolo de tratamento sem extrações na estabilidade
oclusal de tratamento classe II completa, onde se estabelece uma relação molar de
classe I ao término do tratamento, em 59 pacientes com má oclusão de classe II
completa, divididos em dois grupos (G1 e G2). Ambos os grupos mediram e
analisaram os modelos ao início do tratamento e ao final do tratamento em um período
mínimo de 2 a 4 anos, por meio de índices oclusais. Ao final do tratamento e no pós-
tratamento, as condições oclusais e o percentual de recidiva foram comparadas por
testes. Os resultados da comparação intergrupos dos índices IPT e PAR mostraram
que não houve diferença significativa na estabilidade oclusal entre os grupos sem
extração e com extração. Concluíram que a extração de dois pré-molares superiores
no tratamento da má oclusão de classe II completa não influenciou na estabilidade
dos resultados oclusais alcançados ao final do tratamento ortodôntico. Portanto,
finalizar o tratamento com relação molar em classe II ou em classe I proporciona
estabilidades semelhantes.
Lima et al. (2010) apresentaram sugestões de posicionamento dos mini-
implantes e sua relação direta na realização de diversos movimentos dentários.
Mecânicas foram descritas na retração inicial de canino, que é um movimento
realizado no início da mecânica com extrações para aliviar o apinhamento da região
anterior. Desenvolveram uma alça vertical adaptada ao bráquete do canino que
resultou numa retração de corpo com máximo controle do profissional. Na retração
em massa essa mecânica reduz a protrusão, melhora a estética facial e a função.
Na retração dos seis dentes anteriores o uso do mini- implante eliminou a necessidade
de se utilizar os dentes posteriores como ancoragem, não havendo mesialização dos
mesmos e gerando um sistema de forças equilibradas. Verificaram a diminuição de
tempo de tratamento, com maior controle da mecânica, eliminação de efeitos
19

colaterais e maior recuo do perfil, melhorando o aspecto facial. Concluíram que os


mini-implantes fornecem uma ancoragem eficiente possibilitando esplêndidas
mecânicas. Vários movimentos puderam ser realizados, com poucos efeitos colaterais
que acabam diminuindo o tempo de tratamento.
Chae (2012) descreveram o tratamento de um paciente adulto com biprotrusão
alveolar, uma relação canino e molar classe II e protrusão labial, que precisou extrair
o dente 17, devido a uma cárie extensa e para criar um espaço para retrair os dentes
anteriores, uma vez que os dentes posteriores superiores foram distalizados com mini-
implante posterior superior, localizado no túber da maxila para retração em massa dos
dentes. Geralmente os mini-implantes fornecem ancoragem para produzir um bom
perfil facial mesmo sem extração adicional de molares em caso de classe II com
biprotrusão alveolar. O tratamento foi realizado num período total de 42 meses, mas,
com 34 meses após a remoção do aparelho os resultados foram aceitáveis. As
fotografias intra e extra orais revelaram uma face harmoniosa, equilibrada e retraída
e as radiografias pós tratamento revelaram paralelismo entre as raízes aceitável sem
reabsorção radicular. A sobreposição cefalométrica pós tratamento e retenção de 34
meses mostraram uma boa oclusão dos dentes, leve extrusão dos dentes anteriores
superiores e posteriores.
Marigo e Marigo (2012) relataram o caso de uma paciente de 39 anos e 1 mês,
leucoderma, exame facial braquicefálico, sem assimetria, perfil convexo, ângulo
nasolabial diminuído e retrusão labial anterior, classe II, divisão 1 de Angle, com
sobremordida profunda, sobressaliência acentuada e diastema entre incisivos centrais
superiores, com alterações dos padrões cefalométricos. O mini-implante foi colocado
na sutura palatina mediana conjugado a uma barra transpalatina com gancho soldado,
com elástico corrente para ativações. Foi realizada a frenectomia labial superior,
distalização de molares com ancoragem esquelética, sem exodontia dos primeiros
pré-molares superiores. Houve melhora de perfil facial reto e da postura dos lábios;
atingiu relação normal de chave de molar e caninos, correção da sobremordida e
sobressaliência. Houve equilíbrio entre as arcadas, funcional, condições dos tecidos
periodontais e boa estética facial e do sorriso. A mecânica proposta foi eficiente na
correção da má oclusão de classe II, divisão 1 de Angle, com sobremordida profunda
e sobressaliência acentuada, com ancoragem eficaz durante todo tratamento. E a
utilização de compensação dentária ou camuflagem foi uma opção para o tratamento
já que esse foi realizado sem extrações dentárias e cirurgia ortognática.
20

Upadhyaya et al. (2012) compararam os efeitos do tratamento da retração dos


dentes anteriores superiores com o uso de mini-implantes em adultos jovens com má
oclusão de classe II, divisão 1, submetidos a extração dos primeiros pré-molares
superiores com pacientes semelhantes tratados por um aparelho funcional fixo.
Utilizaram 34 pacientes adultos jovens do sexo feminino, overjet 6 mm com uma má
oclusão de classe II, divisão 1, distribuídos em dois grupos em que a correção de
overjet foi obtida com aparelho funcional fixo, sem extração (G1) e o outro grupo foi
extraído os pré-molares superiores, seguidos pelo fechamento de mini-implantes
como ancoragem (G2). O tratamento para ambos os grupos foi similar e ambos os
métodos foram úteis na correção do overjet e na melhora das relações Inter incisais,
sendo que no G1, a correção do overjet foi realizada por retração dos incisivos
superiores e incisivos inferiores, enquanto no G2 o overjet foi corrigido por retração
completa dos dentes anteriores superiores. Houve intrusão dos molares em ambos
grupos e o tempo total de tratamento foi significativamente menor para G1. O ângulo
nasolabial foi mais obtuso no G2 e a protrusão labial inferior para o G1. O tratamento
dos dois grupos proporcionou compensação odontológica adequada para classe II,
mas não corrigiu a discrepância esquelética, havendo diferenças significativas nos
efeitos de tratamento dentário e dos tecidos moles entre os dois protocolos.
Lopes et al. (2013) ressaltaram que a má oclusão de classe II decorre de um
relacionamento incorreto dos arcos superior e inferior, por alterações esqueléticas,
dentárias ou por ambas, com prevalência média de 42% em relação às outras. O
protocolo de tratamento é variado, buscando a conversão da relação molar de classe
II em classe I, através da distalização de molares superiores, podendo ser realizado
com uso de distalizadores, como o aparelho extrabucal (AEB) ou o aparelho pêndulo
ou Pendex. O uso de elásticos tem ampla utilização na retração de dentes,
fechamento de diastemas, correção de relações anteroposteriores e da linha média,
intercuspidação e auxiliares em aparelhos extra bucais. Os elásticos intermaxilares
classe II apresentam uma força constante, fazendo com que a movimentação
ortodôntica seja a mesma, de modo que possuem efeitos favoráveis, se associados a
outras mecânicas. Já o uso de mini implantes, como recurso mais recente, têm sido
usado para distalizar molares e promoverem uma ancoragem máxima no tratamento
classe II. Os aparelhos distalizadores citados são muito utilizados na atualidade por
sua eficiência em corrigir a má oclusão de classe II e possuem vantagens e
desvantagens, cabendo ao profissional escolher a melhor opção de tratamento.
21

Guo et al. (2014) apontaram que as extrações são bem aceitas para tratamento
de más oclusões de classe II, divisão 1 de Angle, embora as evidências científicas no
planejamento do tratamento ortodônticos sejam fracas e improváveis como bases nas
decisões de extração. Ao investigar as características morfológicas de indivíduos
classe II, divisão 1, envolvendo estratégias de extração, constaram que as extrações
são influenciadas de acordo com o apinhamento anterior inferior, relação molar e
crescimento facial. A escolha de extração dos primeiros pré-molares pode ser
explicada para liberar o apinhamento severo. Foram utilizadas 110 amostras de más
oclusões de classe II, divisão 1, com boa qualidade oclusal e facial. Após o tratamento,
os resultados foram divididos em quatro grupos de acordo com diferentes padrões e
para cada caso foram analisados modelos de pré tratamento e radiografias laterais.
Várias análises foram utilizadas para decisões de extração. Concluíram que as más
oclusões de classe II, divisão 1 de Angle apresentam várias características
morfológicas e cabe aos ortodontistas escolherem o melhor tipo de extração para o
tratamento dessa má oclusão.
Aidar (2016) relatou um caso clínico de um menino de 13 anos e 9 meses, com
surto de crescimento, propondo a correção de uma má oclusão com discrepância
negativa e deficiências nos sentidos transversal, sagital e vertical. Utilizou mecânicas
que proporcionaram espaços nas arcadas dentárias, controlando o crescimento facial,
otimizando a correção sagital das bases ósseas e adequando o trespasse vertical. O
resultado da análise facial apresentou um perfil convexo e sem vedação labial em
repouso. O terço inferior do rosto era ligeiramente maior que o esperado. O exame
intraoral e de modelos de estudo classificaram o paciente em má oclusão de classe
II, divisão 1, curva profunda de Spee, mordida profunda e overjet 9mm. A mecânica
utilizada para o tratamento foi eficiente na correção da má oclusão. Seu perfil facial
tornou-se mais harmonioso depois que houve avanço do lábio inferior, melhorando a
relação do lábio superior e selamento labial adequado. Foi obtida uma oclusão normal
entre os molares e caninos e o overjet e o overbite foram corrigidos proporcionando
uma oclusão excelente. Os cefalogramas revelaram melhora da relação ântero-
posterior, pois todas as metas funcionais e estéticas foram atingidas e continuaram
estáveis por 8 anos após a conclusão do tratamento.
Ali et al. (2016) analisaram as alterações do movimento dentário tratados sem
extração e com ancoragem de mini-implante ortodôntico em 17 pacientes de má
oclusão de classe II, divisão 1. Existem algumas limitações para essa técnica de
22

ancoragem com mini-implantes, com desvantagens que incluem dificuldade na


avaliação do movimento tridimensional dos dentes (3D) e identificação de alguns
pontos de referência. Foram observadas alterações significativas em relação à
quantidade de movimento para trás de toda dentição maxilar. Inicialmente, os molares
superiores se moviam distalmente, mas a perda de ancoragem ocorria durante a
distalização do molar, caracterizada pelo movimento mesial dos pré-molares e queima
dos dentes anteriores. Posteriormente, os pré-molares e dentes anteriores foram
retraídos contra os molares que foram distalizados no primeiro estágio. Porém, os
mini-implantes retraíram a dentição maxilar em massa, sem separação. Concluíram
que os mini-implantes são métodos de ancoragem viáveis no tratamento de paciente
classe II, divisão 1, sem extração a retração total anterior pode alcançar relação classe
I de molar e canino, sem mudança significativa na posição vertical dos dentes. Os
segundos molares foram extruídos e simultaneamente por oclusal o arco superior
mostrou expansão com rotação distal dos molares.
Para Hedayati et al. (2016), os mini-implantes são utilizados, atualmente, em
movimentos dentários para obter valores máximos ou absolutos de ancoragem, para
retração em massa dos dentes anteriores após a extração de pré-molares, sendo um
método de elementos finitos para modelar os dentes superiores e a estrutura óssea,
projetado também para modelagem: suportes, fios e ganchos. Neste estudo clínico,
os mini-implantes foram colocados em duas posições na mesial e na distal do segundo
pré-molar e as forças foram aplicadas no mini-implante com quatro níveis diferentes
de altura do gancho anterior: 0,3,6 e 9 mm. Foram calculados com o software ANSYS
os movimentos iniciais dos dentes em oito condições diferentes. No plano vertical,
houve intrusão dos dentes anteriores nas alturas de 0, 3 e 6 mm e com 9 mm houve
uma leve extruída. Ocorreram alterações verticais no incisivo lateral e canino. No
plano sagital a inclinação das coroas e raízes diminuíram conforme aumentava a
altura do braço de força, havendo inclinação no incisivo lateral e canino.
Concluíram que a retração em massa da maxila teve melhor controle pelo plano
sagital quando o mini- implante foi colocado na mesial na altura de 9 mm e quando o
mini- implante foi colocado na distal com altura de 6 mm a rotação do segmento
anterior dos dentes aumentou enquanto o movimento do plano vertical diminuiu, nesse
último caso a altura do braço de força teve efeito mínimo na dentição anterior.
Maetevorakul e Viteporn (2016) demonstraram alterações no perfil dos tecidos
moles após tratamento ortodôntico em 104 pacientes classe II, divisão 1, tratados com
23

diferentes modalidades ortodônticas, tração cervical, tração de classe II e extração


dos quatro primeiros pré-molares. Por meio do sistema de coordenadas X-Y
(horizontal e vertical) avaliaram as alterações do perfil a partir dos cefalogramas
laterais antes e após o tratamento. O poder preditivo dessas variáveis nas alterações
de perfil dos tecidos moles variou de 9,9 a 40,3%. No pós-tratamento, todos os casos
apresentaram relações molares e caninos em classe I, com um overjet de 2-3mm e
uma sobremordida de um terço da altura da coroa do incisivo inferior. As alterações
do perfil dos tecidos moles após tratamento da má oclusão de classe II divisão 1 foi
complicada e exigiu várias variáveis para explicar suas variações. Alteração do lábio
superior na direção horizontal foi menos previsível e foram explicadas pelos tipos de
tratamento (R2=0,099), enquanto a protrusão do lábio inferior foi relacionada a
inclinação inicial do incisivo inferior. A previsão da protrusão do queixo no pogônio dos
tecidos moles também foi baixa e previsível. A idade e o sexo tiveram feito
principalmente na alteração do perfil dos tecidos moles na direção vertical.
Xu e Xie (2016) realizaram ensaios clínicos e compararam os efeitos do
tratamento com ancoragem de mini- implantes, com tratamentos convencionais em
pacientes com protrusão dentoalveolar superior em termos de alterações
esqueléticas, dentárias e de tecidos moles. Os resultados encontrados em uma
pesquisa predefinida incluíram 14 estudos elegíveis, nos quais 8 resultados foram
avaliados como: retração dos incisivos superiores, movimento dos molares
superiores, SN, SNA, SN-MP, Plano UL-E, NLA e G-Sn-Pg. Concluíram que a
ancoragem do mini-implante foi mais eficaz na retração dos dentes anteriores e
apresentaram menor perda de ancoragem. Os mini-implantes e a ancoragem
tradicional sofreram reduções no U1- SN e SNA, sendo necessários ensaios clínicos
mais qualificados para fazer recomendações confiáveis sobre a capacidade de
ancoragem do mini-implante e ancoragem tradicional em pacientes com protrusão
dentoalveolar superior, especialmente no plano UL-E, NLA e G-Sn-Pg.
Amasyali, Sabuncuaglu e Oflaz (2017) avaliaram os efeitos do aparelho Hyrax
modificado com suporte de mini-parafuso, na distalização bilateral dos dentes
posteriores, em uma paciente do sexo feminino de 15 anos de idade com má oclusão
de classe II e queixa de dentes anteriores aglomerados. O tratamento foi realizado
com o aparelho Hyrax modificado, suportado com mini-parafuso, com ativação de 1
mm por mês, sem extração. O movimento distal foi avaliado através de cefalometrias
laterais. A distalização foi alcançada com sucesso em 4 meses de tratamento e não
24

observaram perdas de ancoragem e protrusão dos incisivos. Concluíram que o


benefício de utilizar o aparelho de Hyrax modificado para distalizações de molares
superiores em pacientes com protrusão de incisivos superiores é grande, pois esse
aparelho não causou perda de ancoragem superior.
Aksakalli et al. (2017), em um relato de caso, descreveram a possibilidade de
movimento dentário acelerado com a combinação de micro ósteoperfuração e mini-
implantes em um paciente do sexo masculino, 14 anos, com má oclusão de classe II
e protrusão do incisivo superior. Os segundos pré-molares superiores foram extraídos
e, após o nivelamento, começou a distalização canina acelerada. Foi utilizada a
técnica de micro osteoperfuração, que aumentou os níveis inflamatórios, a atividade
osteoclástica e a velocidade do movimento dentário. A retração canina foi combinada
a micro osteoperfuração, com um dispositivo Propel, que teve sua taxa aumentada
mais que o dobro. As micro osteoperfurações com mini-implantes aumentaram a taxa
de retração em 1,5 vezes. Vários métodos foram estudados e resultados aceitáveis
foram obtidos por esses métodos de movimentação dentária rápida, que
apresentaram incertezas e desvantagens. Dentre as limitações deste relato, o método
de micro osteoperfuração com mini-implantes acelerou a distalização canina, não
mostrando efeitos nocivos nas estruturas radiculares e periodontais.
Felicita (2017) calculou a magnitude da força ótima necessária para a retração
em massa dos dentes anteriores superiores usando mini-implantes, determinar a
direção ideal da força aplicada para produzir as forças resultantes ideais e quantificar
a magnitude de força. Foram utilizadas fórmulas de matemática simples para calcular
a quantidade de força necessária para uma intrusão e retração em massa. A posição
do mini-implante e os acessórios conectados interferiram nos desfechos clínicos. A
força ideal encontrada para uma intrusão e retração em massa dos dentes anteriores
superiores é de 212 g por lado com o uso de mini-implantes. Em ângulo de 5 a 16
graus do plano oclusal, a força aplicada produz forças de intrusão e retração dentro
dos limites fisiológicos. Resultados clínicos diferentes foram apresentados conforme
altura do mini-implante e comprimento do acessório anexado a ele, que geram força
intrusiva / extrusiva e de retração. É possível chegar a vários resultados clínicos,
dependendo da posição do mini-implante e do comprimento dos acessórios a eles
conectados, sendo essencial calcular as forças e os movimentos gerados para
qualquer magnitude de força aplicada.
25

Janson et al. (2017) compararam as alterações dentoesqueléticas e dos tecidos


moles decorrentes dos protocolos de extração de um e três pré-molares no tratamento
de má oclusão de classe II, em 126 cefalometrias laterais de 63 pacientes, divididos
em dois grupos. O grupo 1 composto de 31 pacientes de má oclusão de classe II, 1
tratados com extrações assimétricas de dois pré-molares superiores e um pré-molar
inferior no lado da classe I, com idade média de 13,58 anos. O grupo 2 foi constituído
de 32 pacientes com má oclusão de classe II, subdivisão 2, tratados com extração
assimétrica de um primeiro pré-molar superior do lado da classe II, com idade média
de 13,98 anos. Utilizaram testes para comparação intergrupos nos estágios pré e pós-
tratamento e as alterações do tratamento. Os resultados mostraram que no grupo 1
houveram redução na discrepância sagital maxilomandibular e maior extrusão dos
primeiros molares superiores, enquanto no grupo 2 houveram inclinação e protrusão
labial dos incisivos inferiores. O grupo 1 apresentou inclinação e retração linguais dos
incisivos inferiores. A assimetria dos molares superiores aumentou no grupo 2,
enquanto a assimetria molar inferior aumentou no grupo 1. Concluíram que as
alterações de tratamento produzidas por esses dois protocolos de subdivisão de
classe II são diferentes para satisfazer adequadamente as diferentes necessidades
de más oclusões de classe II subdivisão 1 e 2.
Namburi et al. (2017) relataram que os mini-implantes são muito utilizados
como ancoragem, principalmente em casos de extrações de pré-molares para
retração de dentes anteriores. Analisaram 12 modelos de elementos finitos com
variações de números de mini-implantes, altura, instalação e força desses mini-
implantes. Dividiram os modelos em dois grupos de acordo com os mini-implantes,
colocados bilateralmente entre o segundo pré-molar e o molar em diferentes alturas
(7, 10, 13 mm) no grupo I, juntamente com os implantes bilaterais. Um implante médio
adicional foi colocado entre os incisivos centrais no grupo II. Foram colocados nos
dentes um fio SS 0,19 ×0,25 com um gancho de retração anterior a 9 mm de altura.
Observou-se consolidação dos dentes anteriores na intrusão e retração, com várias
vantagens, como menos tensões no osso. A colocação de 2 implantes bilaterais a 10
mm e 1 implante médio a 12 mm entre as centrais mostrou-se melhor do que outros
modelos, pois é observado o movimento de corpo. Concluíram que a consolidação é
melhor que a não consolidação durante a retração em massa e intrusão.
Pupulim et al. (2019) descreveram que a correção da má oclusão de classe II
pode ser realizada com várias mecânicas de tratamento, conforme gravidade inicial
26

da má oclusão, idade do paciente, padrão de crescimento, perfil de tecidos moles e


queixa principal do paciente. Utilizaram 88 teleradiografias laterais de 44 pacientes,
divididos em dois grupos (G1 e G2). O G1 com 21 pacientes tratados com aparelho
Jones Jig com idade média inicial de 12,88 anos e idade média final de 17,18 anos,
com tempo médio de tratamento de 4,29 anos. O G2 compreendeu 23 pacientes
tratados com extrações de primeiros pré-molares superiores e com idade média inicial
de 13,59 anos e idade média final de 16,39 anos, tempo médio de tratamento de 2,8
anos. As alterações de tratamento dos dois grupos foram realizadas por testes que
afirmaram que na correção de classe II no G2 (extrações dos primeiros pré-molares)
apresentaram uma retrusão maxilar significativamente maior, redução da discrepância
anteroposterior das bases apicais, menor aumento da altura facial anteroinferior e uma
redução significativamente maior do trespasse do que no G1(aparelho de Jones Jig).
Concluíram que houve maior redução do trespasse horizontal no tratamento com
extração dos pré-molares superiores, mas os dois protocolos de tratamento
produziram alterações semelhantes no perfil tegumentar.
27

3 DISCUSSÃO

O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos de tratamento de retração


dos dentes anteriores no tratamento de pacientes classe II com o uso de ancoragem
esquelética mini-implantes. Como disse Upadhyaya et al. (2009) e Chae (2012) o
tratamento da má oclusão de classe II consiste em extração de dois pré-molares
superiores ou dois pré-molares superiores e dois inferiores com utilização de
ancoragem esquelética mini-implantes, que ajudam no fechamento dos espaços das
extrações por retração dos dentes anteriores. Janson et al. (2009) afirmaram que
basicamente o tratamento da má oclusão classe II pode ser realizada com ou sem
extrações de dois ou quatro pré-molares e que a taxa de sucesso no tratamento com
duas extrações é maior do que em quatro, pois com quatro extrações a quantidade de
movimento distal dos dentes superiores é bem maior.
Camardella et al. (2010) afirmaram que o protocolo de tratamento na extração
de dois pré-molares superiores apresenta melhor resultado em relação aos pacientes
sem extrações, concluindo então que a escolha do protocolo é de suma importância.
Já Oliveira et al. (2008) trataram 30 pacientes com extrações dos quatro primeiros pré-
molares e utilizou o aparelho fixo de Straight-wire chegando à conclusão que perante
os resultados encontrados, a decisão de exodontia de quatro pré-molares parece ser
favorável desde que tenha uma boa indicação e leve-se em consideração a
quantidade de apinhamento.
Araújo et al. (2006), Janson et al. (2009), Lima et al. (2010), Upadhyaya et al.
(2012) Hedayati et al. (2016) e Xu e Xie (2016) veem vantagens na retração dentes
anteriores com os mini-implantes porque este reduz o tempo de tratamento, simplifica
a mecânica e causam poucos efeitos colaterais. Headayati et al. (2016) e Felicita
(2017) utilizaram os mini-implantes como ancoragem absoluta principalmente para
retração de dentes anteriores em casos de extrações de pré-molares, porém atribuem
essa retração levando em conta a altura, posição, instalação e força exercida sobre
os mini-implantes e acessórios a eles conectados.
Namburi et al. (2017), por exemplo, colocaram o mini implante no primeiro
grupo entre o segundo pré-molar e o primeiro molar bilateralmente e em outro grupo
acrescentou-se mais um mini-implante entre os incisivos, observando neste caso que
o grupo com três implantes se obteve maior movimento de corpo ou seja maior
retração em massa. Para Marassi e Marassi (2008), os mini-implantes são importantes
28

na ancoragem sendo sua instalação relativamente fácil, de reduzido tamanho que


permite instalação em vários locais, possibilitando inúmeras aplicações clínicas e
possibilidades de tratamento.
Basha et al. (2010) compararam a diferença entre as taxas de retração em
massa com mini-implantes e com ancoragem molar em 14 pacientes do sexo feminino
divididos em dois grupos com extrações dos primeiros pré-molares e com mini-
implantes de 1,3 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento. As taxas de sucesso da
estabilidade dos mini-implantes foram maiores no grupo que estava com mini-
implantes do que a taxa do grupo sem implante, este último, no entanto teve uma
perda de ancoragem maior, o que demonstra a importância de uma boa escolha da
ancoragem para pacientes que precisem de uma retração anterior máxima. Lima et
al. (2010), Guo et al. (2014) e Araújo et al. (2006) também utilizaram o mini-implante
para retração em massa, primeiramente realizaram as extrações para diminuir o
apinhamento e na sequência obtiveram melhor controle da mecânica, diminuindo o
tempo de tratamento, os efeitos colaterais e melhorando o aspecto facial.
Por sua vez, Aksakalli et al. (2017) relataram a aceleração do movimento
dentário combinado a ósteoperfuração e mini-implante e exodontia dos segundos pré-
molares. A retração com ósteoperfuração teve sua taxa aumentada devido ao elevado
nível inflamatório e aumento da atividade osteoclástica. Marigo e Marigo (2012),
Janson et al. (2009), Jardim (2009), Pupulim et al. (2019), Janson et al. (2017),
Marassi et al. (2005), Aidar (2016) e Marassi e Marassi (2008), defenderam que
existem diversas formas de corrigir a má oclusão de classe II dependendo da
severidade, da idade e nível de colaboração do paciente. Nesses casos, o de mini-
implante pode ser colocado na sutura palatina mediana conjugado com uma barra
transpalatina, entre o segundo pré-molares e o primeiro molar entre outros citados no
trabalho, uma solução viável para distalização de molares no tratamento classe II.
Ali et al. (2016) analisaram alterações em tratamentos sem extração e com
ancoragem mini-implante, obtendo como resultado do tratamento uma retração em
massa mais eficiente e distalização de todos os dentes superiores. Para Marassi e
Marassi (2008), os mini-implantes tem sido muito usado para ancoragem em
Ortodontia, pois não dependem da colaboração do paciente e servem de apoio para
vários movimentos ortodônticos. Calheiros et al. (2008); Amasyali, Sabuncuaglu e
Oflaz (2017) consideraram, também, a distalização bilateral dos dentes superiores
com o uso de Hyrax modificado com suporte de mini-parafuso. Nesse tratamento sem
29

extração pode-se verificar o benefício de utilizar esse aparelho comprovando que não
houve perda de ancoragem superior.
Lopes et al. (2013) descreveram a correção de má oclusão classe II,
distalizando molares e convertendo-os de classe II para classe I, através de aparelhos
extra e extrabucais. Os autores não relatam desvantagens nos trabalhos citados e sim
diferenças nas mecânicas aplicadas. Em sentido contrário, Marassi e Marassi (2008)
apontaram que os mini-implantes podem ser úteis em várias situações clínicas como
em retração em massa dos elementos ântero-posterior, onde o mini-implante é
instalado entre os segundos pré-molares e o primeiro molar superior; em retração
anterior- superior e inferior com ancoragens máximas para pacientes com biprotrusão;
intrusão de molares superiores; distalização de molares superiores; estabilização de
molares superiores através de implante no palato ligado a barra transpalatina e aos
primeiros molares superiores; ancoragem indireta no arco inferior; mesialização de
molar inferior; verticalização de molares; tracionamento de caninos impactados e
bloqueio intermaxilar em indivíduos que irão fazer cirurgia ortognática.
Conforme Jardim (2009), os mini-implantes têm como vantagens, não
dependerem da colaboração do paciente para sua ativação, produzindo melhora no
perfil, diminuição do tempo de tratamento em até 6 meses, retração de até 6 dentes
anteriores simultaneamente, além de fornecer ancoragem absoluta, reduzir o risco de
lesão radicular, permitir carga imediata, ser de fácil manipulação, instalação e
remoção, com menor irritação de tecidos e uma mecânica ortodôntica controlada,
determinando uma boa relação custo-benefício, com eficácia comprovada.
Maetevorakul e Viteporn (2016), como desvantagens, citaram o acometimento de
possíveis nervos e vasos durante a cirurgia; irritação e hiperplasia gengival devido a
má higiene; possível fratura do mini-implante durante a inserção; tendência a
inclinação em relação ao eixo de aplicação da força; aproximação com as raízes e
cobertura do parafuso pela gengiva.
30

4 CONCLUSÃO

Por meio dessa revisão de literatura, verificou-se que o tratamento da classe II


é amplo e cabe ao ortodontista avaliar e escolher o melhor protocolo de tratamento
para cada paciente. Porém, apesar das individualidades e benefícios de cada
protocolo de tratamento, um método novo que tem mostrado vantagens é o tratamento
da classe II com ancoragem esquelética de mini-implantes, devido à sua capacidade
de retração em massa dos dentes anteriores, sua segurança e estabilidade e, em
especial, por não necessitar da colaboração do paciente para sua ativação. Ou seja,
tem sido uma técnica inovadora de muita importância para a Ortodontia.
31

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