Você está na página 1de 5

Resumo

Patologia Geral

01

Introdução à Patologia

1. Saúde e Doença

Saúde: Um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que


vive, de modo que o indivíduo se sinta bem (saúde subjetiva) e não apresente sinais ou
alterações orgânicas (saúde objetiva).

Doença: um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o


indivíduo se sente mal (sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais).

obs: Saúde e normalidade não têm o mesmo significado. A palavra saúde é utilizada em
relação ao indivíduo, enquanto o termo normalidade (normal) é utilizado em relação a
parâmetros de parte estrutural ou funcional do organismo. O normal (ou a normalidade) é
estabelecido a partir da média de várias observações de determinado parâmetro, utilizando-se,
para o seu cálculo, métodos estatísticos.

1.1 Elementos de uma doença

A Patologia cuida dos aspectos de Etiologia (estudo das causas), Patogênese (estudo dos
mecanismos), Anatomia Patológica (estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em
conjunto, recebem o nome de lesões) e Fisiopatologia (estudo das alterações funcionais de
órgãos e sistemas afetados). O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da
Propedêutica ou Semiologia, cuja finalidade é fazer seu diagnóstico, a partir do qual se
estabelecem o prognóstico, o tratamento e a prevenção.

OBS:

Anatomia Patológica - Análise macroscópica

Histopatologia - Análise microscópica (laudo histopatológico)

Biópsia - Retirada de uma parte do tecido


1.2 Divisões da Patologia

A Patologia pode ser dividida em dois grandes ramos: Patologia Geral e Patologia Especial.
A Patologia Geral estuda os aspectos comuns às diferentes doenças no que se refere a suas
causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e alterações da função. Por isso
mesmo, faz parte do currículo de todos os cursos das áreas de Ciências Biológicas e da
Saúde. Já a Patologia Especial ocupa-se das doenças de um determinado órgão ou sistema
(sistema respiratório, cavidade oral etc.) ou estuda as doenças agrupadas por suas causas
(doenças infecciosas, doenças causadas por radiações etc.).

OBS:

As doenças surgem e evoluem de maneiras muito variadas. As lesões são dinâmicas:


começam, evoluem e tendem para a cura ou para a cronicidade. Por esse motivo, são também
conhecidas como processos patológicos, indicando a palavra "processo" uma sucessão de
eventos (que, nos processos burocráticos, ficam registrados em folhas sucessivas, numeradas,
dentro de uma pasta). Por essa razão, o aspecto morfológico de uma lesão varia de acordo
com o momento em que ela é examinada.

O alvo dos agentes agressores são as moléculas, especialmente as macromoléculas de cuja


ação dependem as funções vitais. Portanto, toda lesão se inicia no nível molecular.

OBS2:

A ação dos agentes agressores, qualquer que seja a sua natureza, se faz basicamente por dois
mecanismos: (a) ação direta, por meio de alterações moleculares que se traduzem em
modificações morfológicas; (b) ação indireta, através de mecanismos de adaptação que, ao
serem acionados para neutralizar ou eliminar a agressão, induzem alterações moleculares que
resultam em modificações morfológicas. Desse modo, os mecanismos de defesa, quando
acionados, podem também gerar lesão no organismo.
1.3 Meios e Métodos de Estudo em Patologia

- Exame clínico

- Exames complementares:

a) Citodiagnóstico: Os exames citológicos constituem importante meio de diagnóstico de muitas


doenças, sobretudo neoplasias malignas e suas lesões precursoras, dos quais o melhor
exemplo é o exame colpocitológico para detecção precoce de câncer do colo uterino.

O material para análise citológica pode ser obtido por meio de: (1) raspados da pele ou de
mucosas; (2) secreções (da árvore traqueobrônquica, conteúdo de cistos, expressão mamilar,
tubo gastrointestinal); (3) líquidos (serosas, urina, líquido amniótico etc.); (4) punção aspirativa.
Nesta, lesões nodulares de diversos órgãos (tireoide, mama, linfonodos etc.), sólidas ou
císticas, podem ser diagnosticadas com boa precisão. É o caso da punção aspirativa de lesões
tireoidianas, que, quando realizada por profissionais experientes, é um método diagnóstico
sensível e específico.

A amostra de células deve ser adequadamente fixada. O fixador mais empregado é o álcool
etílico em diferentes concentrações. Para os exames colpocitológicos, é importante que o
esfregaço seja fixado imediatamente, ainda úmido, em álcool etílico a 95%; o ressecamento
antes da fixação torna o esfregaço imprestável para o exame adequado das células, quando
são corados pelo método de Papanicolaou.

O resultado do exame citológico é fornecido em termos do diagnóstico morfológico das


doenças e complementado, quando possível, com outros dados de interesse clínico.

1. Indicações

 Diagnóstico do carcinoma espinocelular (CEC);


 Detecção de Lesões potencialmente malignas;
 Lesões extensas múltiplas;
 Proservação de pacientes oncológicos;
 Diagnósticos de doenças auto-imunes;
 Doenças infecciosas;
 Diagnóstico de lesões profundas em tecido mole.

2. Contra-indicações

 Áreas hemorrágicas (hemáceas em abundância prejudicam a leitura);


 Áreas de necrose (células mortas não servem);
 Crostas (resistentes à raspagem);
 Lesões ulceradas (úlcera: perda total do epitélio - ausência de células);
 Lesões hiperqueratôticas (apresentam-se brancas, clinicamente).
3. Método de coleta

 Citologia esfoliativa (raspagem);


 Citologia abrasiva (utiliza-se o citobrush - parecido com o swab -);
 Citologia de punção aspirativa (Fazia-se quando havia líquido);
 Citologia de punção aspirativa por agulha fina (PAAF);
 Citologia de punção de base líquida.

4. Material utilizado para citologia esfoliativa

 Fixador (álcool absoluto);


 Espátulas de madeira ou de metal;
 Lâminas de vidro de borda fosca;
 Frasco apropriado ou recipientes improvisados;
 Clips.

5. Etapa da coleta

 Preenchimento da solicitação do exame citopatológico (é um erro muito comum pois


muitas pessoas não o fazem).

6. Cuidados com o material

7. Vantagens

8. Limitações

9. Resultados / Classificação de citologia esfoliativa:

Classe 0 – material insuficiente/inadequado

Classe I – célula normal

Classe II – célula atípica sem evidencia de malignidade.

Classe III – células sugestivas de malignidade

Classe IV- célula fortemente sugestiva a malignidade

Classe V – citologia conclusiva de malignidade

OBS: a partir da classe III é obrigatório a biópsia devido à perda do padrão estrutural do tecido
e impossibilidade de avaliar infiltração e invasão vascular em neoplasias malignas.

b) Biópsia: Tempo cirúrgico para fim diagnóstico, que resulta na remoção de toda ou parte de
uma lesão a ser investigada anatomopatologicamente

Anatomia patológica - Macroscopicamente

Histopatologia (laudo histopatologico) -


Microscopicamente
OBS:

- A retirada de tecido, como gorduroso, para fim estético não é biópsia;

- Toda lesão é removida: Excisional;

- Parte da lesão é removida: Incisional.

1. Indicações

2. Contra-indicações

- Hemangioma (Biópsia pode causar hemorragia extensa)

3. Tipos de biópsia

- Biópsia com bisturi convencional (+ utilizado)

OBS: Ao remover o conteúdo da biópsia, imediatamente, deve-se inseri-lo no fixador com


volume 20x maior que a peça.

4. Cuidados com o material.

Você também pode gostar