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AGRESSÃO E DEFESA
LESÃO
Conjunto de alterações morfológicas, moleculares e
funcionais que surgem após agressões ao tecido.
COLORAÇÕES
• Rotina:
a) Histopatologia: hematoxilina e eosina (H-
núcleo, RE; E- citoplasma, colágeno);
b) Citopatologia: papanuicolaou.
COLORAÇÕES ESPECIAIS
a) Prata: fungos, fibra e bacilos;
a) Doenças autoimunes;
b) Reações alérgicas.
a) Hipóxia: redução do fornecimento de oxigênio.
c) Provocam reações inflamatórias.
b) Anóxia: parada total do suprimento de
oxigênio.
a) Alterações cromossômicas;
a) Traumas mecânicos intensos; b) Malformações congênitas.
b) Temperaturas extremas (queimaduras); c) Deficiência de proteínas funcionais, acúmulo
de DNA danificado, erros de metabolismo.
c) Choque elétrico;
d) Radiação.
a) Insuficiência proteico-calórica;
c) Álcool e drogas;
c) Cigarro;
d) Álcool;
e) Resíduos de pesticidas;
g) Estresse;
É uma forma de morte celular programada, ou "suicídio 2. Estáveis: normalmente não se dividem,
celular". É diferente de necrose, na qual as células contudo têm a capacidade de proliferar quando
morrem por causa de uma lesão. A apoptose é um estimuladas (células do fígado, pâncreas,
processo ordenado, no qual o conteúdo da célula é glândulas salivares e endócrinas e as células
compactado em pequenos pacotes de membrana para derivadas do mesênquima como fibroblastos,
a "coleta de lixo" pelas células do sistema imunológico. osteoblastos).
HIPERPLASIA
Aumento no número de células; células capazes de
replicação; estimulada por hormônios ou citocinas.
HIPERTROFIA
Adaptação celular é a resposta celular ao estresse Aumento do tamanho celular que resulta em aumento
fisiológico ou a um estímulo patológico. do tamanho do órgão. Células com capacidade limitade
de divisão. Pode ocorrer em conjunto com hiperplasia.
Dependendo dos estímulos do meio extracelular, a
célula ativa mecanismos moleculares que acabam • Células maiores: maior demanda funcional,
alterando os genes que comandam a diferenciação fatores de crescimento ou hormônios (citoesqueleto
celular. aumentado [aumento da produção de proteínas e
organelas]).
As adaptações celulares são alterações reversíveis em
número, tamanho, fenótipo, atividade metabólica e das
funções celulares. • Fisiológica: aumento do útero na gravidez por
estrogênio, halterofilista (maior carga de trabalho).
• Causas:
a) Diminuição da carga de trabalho (imobilização
de membro);
b) Falta de circulação;
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
METAPLASIA Acúmulo de água e eletrólitos no interior da célula.
Processo de lesão celular (hipóxia).
Tecido celular adulto epitelial ou mesenquimal é
substituído por outro tipo celular adulto, com maior
capacidade de suportar o estresse (provavél
reprogramação de células-tronco). Ex.: metaplasia DEGENERAÇÃO GORDUROSA
escamosa no trato respiratório de fumantes, metaplasia
escamosa no colo uterino. Qualquer acúmulo de triglicerídios dentro das células.
Ocorre mais no fígado (esteatose: maior metabolismo
de gordura, coração, músculo, rins e outros).
c) Degeneração protéica;
GLICOGÊNIO
d) Glicogênio;
Excessivo depósito intracelular associados ao
metabolismo anormal de glicose ou glicogênio. Ex.:
e) Pigmentos;
diabete mellitus descompensado (glicogênio se
acumula no epitélio dos túbulos renais, miócitos
f) Calcificações.
cardíacos e células do pâncreas).
• Tipos de gangrena:
a) Seca: aterosclerose, cordão umbilical, frio.
NECROSE GORDUROSA
b) Úmida: apendicites (necrose liquefativa se
Áreas focaisde destruição gordurosa (esteatonecrose).
sobrepondo).
Ação de lipases sobre triglicerídeos (libera ácidos
graxos e triglicerol). c) Gasosa: bactérias que produzem gás
(botulismo).
Ocorre em tecido adiposo, usualmente em associação
com pancreatite, que libera numerosas lipases e
proteinases.
• Apoptose patológicas:
Elimina células alteradas geneticamente ou que não
podem ser reparadas.
Ex.: lesão no DNA por radiação, drogas anticâncer,
hipóxia.
As células que morrem por apoptose são fagocitadas
por macrófagos ou outras células vizinhas, não
havendo extravasamento de enzimas citossólicas nem
tampouco reação inflamatória.
CAUSAS DO EDEMA
• Fatores fisiológicos:
1. Aumento de pressão hidrostática;
4. Diuréticos;
c) Prática do tabagismo;
TIPOS DE CHOQUE
d) Uso de anticoncepcionais; • Hipovolêmico (hemorrágico):
a) Perda de sangue ou volume plasmático;
e) O avanço da idade;
b) Queimaduras e desidratação;
f) Predisposição genética.
Quando uma trombose é diagnosticada uma das c) Sudorese excessiva, diarreia e vômitos.
primeiras suspeitas recaem sobre a combinação do uso
de anticoncepcionais aliado à prática do tabagismo, • Cardiogênico:
sobretudo se o paciente possui 35 anos ou mais. a) Lesão miocárdica intrínseca;
Outras hipóteses como trauma na veia, por infecção,
cateterismo, introdução de medicação venosa também b) Arritmias ventriculares.
podem estar desencadeando uma trombose. Alguns
fatores genéticos como o Fator V de Leiden, com • Choque anafilático:
prevalência de até 5% na população caucasiana, e a a) Hipersensibilidade generalizada - mediada por
Protrombina fator II, podem aumentar IgE;
significativamente a predisposição de desenvolver uma
trombose, sobretudo quando combinada a outros b) Vasodilatação sistêmica e aumento da
fatores de risco. permeabilidade vascular.
EMBOLIA
Impactação em alguma parte do sistema circulatório de
qualquer material não dissolvido conduzido pela
corrente sanguínea (massas sólidas, líquidas ou
gasosas). O corpo circulante é chamado êmbolo.
Os êmbolos mais comuns são os que originam-se a
partir de trombos.
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INFLAMAÇÃO
a) Processo de defesa não específico.
h) Marginação leucocitária;
i) Rolagem e adesão;
• Fagocitose:
1. Reconhecimento e fixação da partícula ao
fagócito;
2. Engolfamento;
• Dano tecidual:
O mecanismo pelo qual o leucócito agride é o mesmo
envolvido na defesa.
• Recrutamento de leucócitos: Provoca dano ao tecido através de enzimas, restos de
1. Marginação e aderência ao endotélio; digestão e espécies reativas de oxigênio (microbicidas).
2. Rolagem ao longo da parede do vaso; A inflamação persisite até o estímulo inicial ser
removido e os mediadores serem dissipados ou
3. Transmigração entre as células endoteliais; removidos.
CAUSAS DA INFLAMAÇÃO
FASES DA INFLAMAÇÃO a) Situações de hipóxia: isquemia;
aterosclerose – necrose tecidual;
a) Irritativa: estimulação nervosa passageira e
mediadores químicos. b) Agentes físicos: trauma, cortes, radiação –
queimadura solar;
b) Vascular: diferente fluxo, calibre e
permeabilidade. c) Agentes químicos: altas concentrações de
O2, venenos;
c) Exsudativa: saída de células.
d) Agentes infecciosos: vírus, fungos, bactérias
d) Degenerativa-necrótica: ação do agente
agressor e do processo inflamatório. e) Corpos estranhos: farpa, sutura.
FENÔMENOS VASCULARES
• Tríplice resposta de Lewis:
1. Isquemia: resultante da vasoconstrição rápida,
passageira;
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Resposta de duração prolongada (semanas ou meses),
na qual inflamação, lesão tecidual e tentativas de
reparo coexistem em diferentes combinações.
b) Reação celular:
REAÇÃO TECIDUAL
a) Aumento dos graus de celularidade e de
elementos teciduais mediante a permanência
do agente agressor;
b) Duração prolongada;
CAUSAS DA INFLAMAÇÃO
TIPOS DE EDEMA CRÔNICA
• Intracelular: tumefação/degeneração a) Infecções persistentes (difíceis de erradicar);
hidrópica. Ex.: bomba de sódio e potássio.
b) Doenças de hipersensibilidade (doenças com
• Extracelular: não inflamatório (transudato); ativação excessiva e inadequada do sistema
inflamatório (exsudato). imune [autoimunes]);
CARACTERÍSTICA
MORFOLÓGICAS
a) Infiltração de células mononucleares:
macrófagos, linfócitos e plasmócitos;
eosinófilos e mastócitos.
CLASSIFICAÇÃO DAS
INFLAMAÇÕES
a) Serosa: líquido claro, de composição próxima
ao soro sanguíneo, não é transudato. Ex.:
pleurite, renite, bolha de queimadura.
19 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia
MACRÓFAGOS GRANULOMA
a) Predominantes na maioria das inflamações a) Área focal da inflamação granulomatosa;
crônicas;
b) Tentativa de conter um agente agressor.
b) Destroem invasores e tecidos estranhos;
• Tipos de granulomas:
c) Ativam linfócitos T, predominantemente. a) Granulomas imunes: agentes capazes de
induzir resposta imune mediada por células T
(microorganismos persistentes).
• Características morfológicas:
a) Citoplasma granular róseo com limites
indistinguíveis – células epitelioides;
REGENERAÇÃO
INFLAMAÇÃO
• Mecanismos: proliferação das células
GRANULOMATOSA residuais e diferenciação de células-tronco – migração
para preencher o defeito – restauração da integridade
a) Forma de inflamação crônica; tecidual. Ex.: remoção cirúrgica parcial do fígado.
b) Coleções de macrófagos ativados
(epitelioides), muitas vezes com linfócitos T; às
vezes necrose central. Ex.: doenças imunes e
infecciosas como tuberculose, sífilis,
paracoccidioidomicose.
QUELOIDE
O quelóide é uma lesão elevada, brilhante, pruriginosa
ou dolorosa, de localização dérmica e que ultrapassa
os limites da ferida original, ou seja, invade a pele
• A cicatrização por primeira intenção: em normal adjacente. Apresenta crescimento ao longo do
ferimentos assépticos, com um mínimo de perda e tempo e não regride espontaneamente. Comumente
destruição teciduais, permitindo união primária (em evolui com recorrência após excisão.
primeira intenção) das superfícies de corte, com pouca
Ocorre com formação excessiva de tecido conjuntivo
reação tecidual. O tecido de granulação, em pouca
denso em cicatriz cutânea.
quantidade, não é visível e a formação de cicatriz é
mínima, linear, fina. a) Cicatriz hipertrófica: reversível, no local da
injúria (cicatriz elevada);
• A cicatrização por segunda intenção: a
cicatrização por união dos bordos por segunda intenção b) Queloide: irreversível ou quase, não respeita o
ocorre em ferimentos infectados, ou em que os bordos limite da ferida original;
são irregulares, não podendo ser aproximados, por
perda de tecido. A presença de células mortas, Quando não se conhece o defeito - há descontrole da
degeneradas, impede a cicatrização por primeira síntese de colágeno (aumento de produção e/ou
intenção, sendo, então, formado o tecido de granulação redução de degradação da MEC).
em maior quantidade. Este é constituído por delicados
vasos sanguíneos capilares neoformados, em meio a
tecido conjuntivo frouxo e muitos leucócitos, os quais
preenchem a área aberta do ferimento. O tecido de
granulação vai sendo substituído por tecido conjuntivo
fibroso cicatricial, e a superfície do ferimento em
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EPIDEMIOLOGIA
• Incidência de câncer: OMS projeta (2035) - 24
milhões de pessoas com câncer e 14 milhões de
mortes. CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Cancer é influênciado por: fatores • Diferenciação: refere-se ao grau em que as
ambientais, alimentação, uso de álcool, tabaco, idade, células neoplásicas assemelham-se às células
condições predisponentes adquiridas. normais, tanto na morfologia quanto na função.
• Hemagioma:
• Glândulas: adenocarcinoma.
22 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia
• Epitélio normal:
• Metástases:
a) Presença de células ou massas tumorais em
tecidos que não apresentam continuidade com
• Displasia: proliferação desordenada celular, o tumor primário.
mas não neoplásica. Perda da uniformidade das células
individuais e da sua orientação arquitetônica. b) Principal característica das neoplasias
malignas: todos os tipos de câncer podem
Displasia não é sinônimo de câncer. Em geral, provocar metástases, com poucas exceções.
representa um tecido com risco aumentado de
desenvolver um câncer. c) O desenvolvimento de metástases diminui
acentuadamente a possibilidade de cura dos
pacientes.
• Ritmo de crescimento: a maiorias das
neoplasias benignas cresce lentamente e as malignas d) Disseminação das células tumorais pode
crescem rapidamente. Entretanto, alguns tumores ocorrer através dos vasos sanguíneos,
benignos podem apresentar crescimento mais rápido linfáticos ou cavidades corporais.
que tumores malignos.
O ritmo de crescimento depende do tipo de tumor e de e) Em geral, quanto mais anaplásica e maior for a
alguns fatores como suprimento sanguíneo e hormonal. neoplasia, mais provável a disseminação
metastática.
b) São geralmente circunscritas por uma cápsula b) Critério estabelecido pela UICC (União
de tecido fibroso que delimita o tumor; Internacional Contra o Câncer);
e) Potencial replicativo ilimitado: a maioria das longo e continuado contato com o agente
células tem capacidade de no máximo 70 cancerígeno promotor. A suspensão do contato
duplicações. Perdem a capacidade com agentes promotores muitas vezes
(senescência replicativa). Encurtamento interrompe o processo nesse estágio.
progressivo dos telômeros (extremidades dos
cromossomos). 3. Estágio de progressão: multiplicação
• Telômeros: impedem que os cromossomos se descontrolada e irreversível das células
fundam ou degradem; ficam menores a cada divisão alteradas. Nesse estágio, o câncer já está
celular, limitando o número de divisões da célula. instalado, evolui até o surgimento das primeiras
manifestações clínicas da doença.
f) Angiogênese sustentada: os cânceres
precisam de suprimento de oxigênio e
nutrientes e remoção de resíduos. Cânceres
estimulam a neoangiogênese (vasos brotam de TELOMERASE
capilares). A angiogênese contribui para a
metástase.
b) Ligação aos
componentes da
MEC: receptores para
componentes da MEC.
c) Degradação da MEC:
células tumorais
secretam de enzimas
proteolíticas. Ex.:
metaloproteinases.
LOCAL DE DESENVOLVIMENTO
DA METÁSTASE
AGENTES CARCINÓGENOS
• Incitam o dano genético:
a) Substâncias químicas;
b) Energia radiante;
c) Agentes microbianos.
CARCINÓGENOS QUÍMICOS
Localização anatômica e a drenagem vascular do tumor a) Agentes de ação direta: não necessitam
primário (fígado e pulmão – 1º leito capilar disponível) transformação química para promover
e o tropismo de tumores específicos para tecidos carcinogênese - agentes alquilantes (fármacos)
específicos. - ciclofosfamida, clorambucil.
CARCINÓGENOS FÍSICOS
ALTERAÇÕES CELULARES Raios ultravioleta, radiações eletromagnéticas (raios X
e gama) e partículas (alfa, beta, prótons e nêutrons)
podem provocar alterações celulares e
desenvolvimento de câncer.
CARCINÓGENOS BIOLÓGICOS
Vários vírus (DNA ou RNA) são oncogênicos.
• Tipos:
• Linfócitos B (derivados da medula óssea):
expressam Ac na membrana que reconhecem uma
variedade de antígenos diretamente. Células B são
ativadas para se tornarem plasmócitos.
DOENÇAS DE
HIPERSENSIBILIDADE
Respostas imunológicas excessivas capazes de
causarem lesão tecidual. As doenças tendem a ser
crônicas e debilitantes, de difícil tratamento.
A inflamação está intimamente ligada a essas
desordens, as doenças inflamatórias são mediadas
pelo sistema imunológico.
• Mecanismos:
a) Opsonização e fagocitose: anticorpos
marcam as células e facilitam a sua fagocitose;
• Tipos de transplantes:
a) Alogênico: doador e receptor são distintos,
mas da mesma espécie.