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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27


PATOLOGIA Aristóteles: 300 a.C - Dissecação de pequenos
animais e descrição da anatomia
INTRODUÇÃO À PATOLOGIA  Leeuwenhoek: primeiro microscópio
Patologia: estudo das doenças. Estuda as causas  Schleiden e Schwann: tecidos eram compostos
das doenças, os mecanismos que as produzem, e de células.
as alterações morfológicas e funcionais que  Rudolf Virchow: Pai da Patologia Moderna
apresentam.  Tríade de Virchow (1821 – 1902): pai da
DIVISÕES DA PATOLOGIA patologia moderna: Todas as formas de
 Patologia Geral: estuda os fundamentos gerais doenças começam com alterações
das doenças e objetiva a compreensão e a moleculares ou estruturais nas células 
classificação das lesões básicas. alteração do vaso, paciente com trombose
 Patologia Sistêmica: estuda as doenças – ocasiona alteração do fluxo, lesão do
específicas de cada órgão ou tecido. endotélio ou ...
 5 sinais cardinais da inflamação: edema,
Bibliografia: Robbins 8ª ed. calor, perda de função, dor, rubor
(vermelhidão).
Sites para pesquisa:
 Site Unicamp: anatpat
 Webpath: www.library.med.utah.edu
 Pathologyoutlines.com
 Webpathology.com
cristiane.silva@baraodemaua.br

HISTÓRIA
 Hipócrates, 400 a.C: Teoria Humoral –
desequilíbrio dos humores.
 Construiu teorias sobre as causas da
doença, observando seus pacientes.
 A doença é causada por um fator
IMPORTÂNCIA DA ANATOMIA
intrínseco e/ou por um fator
PATOLÓGICA
extrínseco/agente ambiental.

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 Auxílio ao clínico, cirurgião, oncologista,
dermatologista
 Diagnóstico (problema)
 Prognostico (o que acontecerá)
 Tratamento
 Diagnóstico “post-mortem” – importante para
Etiologia: distúrbio nutricional (leva a
o diagnóstico de doenças hereditárias,
aterosclerose).
possibilitando a prevenção de morte súbita.
Patogenia: alterações estruturais da parede do
CONCEITOS GERAIS vaso  remodelamento vascular, inflamação

ETIOLOGIA crônica, que leva a degradação das fibras elásticas.


Causas das lesões, fatores etiológicos como
agentes biológicos (bactérias, vírus, fungos, Aneurisma de aorta abdominal (AAA) é definido
parasitas), químicos (radiação, fármacos, como uma dilatação permanente da aorta
alimentos, venenos, álcool), físicos, distúrbios abdominal que excede 50% o seu diâmetro
nutricionais (déficits e excessos). normal.  Definição
 Podem afetar 1 ou mais órgãos. Os AAAs foram considerados durante muito

 Condições congênitas ou adquiridas. tempo como problemas biomecânicos resultando

 Exemplo: fatores de risco, como tabagismo, em lesões estruturais irreversíveis, com

sedentarismo, aterosclerose, obesidade... enfraquecimento da parede aórtica e dilatação.


Entretanto, diversas evidências têm confirmado
PATOGENIA
Mecanismos de desenvolvimento do agente. É a que os AAAs são resultados de um processo
sequência de eventos celulares e tissulares que degenerativo crônico, com degradação da matriz

ocorrem desde o contato inicial com agente extracelular (MEC).

etiológico até a expressão da doença. É o modo Estudos têm demonstrado que a excessiva

como evolui seu processo. atividade de metaloproteinases, pode levar a


deterioração de proteínas da MEC, como a
EXEMPLO: ANEURISMA DE AORTA elastina, enfraquecendo a parede aórtica,
ABDOMINAL (AAA) resultando na formação do aneurisma. 
Dilatação permanente, localizada da aorta Patogenia
abdominal que excede 50% o seu diâmetro Diversos fatores de risco tais como aterosclerose,
normal. componentes genéticos, idade (geralmente
superior aos 65 anos), gênero (maior incidência
em homens), raça (maior incidência em negros),
hipertensão, obesidade e tabagismo estão

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associados ao desenvolvimento dos aneurismas.
 Etiologia
ANATOMIA PATOLÓGICA
Alterações morfológicas, nas células ou tecidos.

 Infarto do Miocárdio: característica


esbranquiçada, necrose das células
cardiomiócitos, elas perdem os núcleos.

 Hipertrofia cardíaca

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 Infarto Renal: característica esbranquiçada.


Há células inflamatórias entre os túbulos
renais, e nestes não há núcleos.

 Fígado Gorduroso: processo de Esteatose


ou Degeneração Gordurosa, hepatócitos
 Processo de necrose do parênquima cheios de gordura, muda de coloração, está
pulmonar: Necrose Caseosa – Tuberculose cheio de gordura.

MÉTODOS DE ESTUDO DA
PATOLOGIA

ESTUDO MORFOLÓGICO
Estudo macro e microscópico (histológico).
Investigação e diagnóstico. A partir do
diagnóstico serão tomadas diferentes condutas
terapêuticas frente ao paciente.
Exames citológicos ou anamotopatológicos.
Biópsia, peças cirúrgicas, necropsia.
Analisa tamanho, cor e localização das lesões.
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 Microscopia óptica comum: fixação,
desidratação, inclusão, microtomia e
coloração.

 Alvéolos

O HE não dá visualização suficiente para alguns


diagnósticos. Por isso é necessário a realização
de outros métodos!

 Microscopia óptica de alta resolução

 Paciente com aterosclerose, macrófagos


fagocitando gordura

 Criomicrotomia: revolucionário, pois essa


técnica não precisa ficar fixado por 48h.
Durante a cirurgia o médico já sabe o
momento que ele não precisa tirar mais o
tecido comprometido, pois o resultado fica
pronto rapidamente. Assim, o médico vai
tirando pedaços do tecido e enviando para a
máquina para poupar a retirada de todo o
órgão.
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 Os tecidos são endurecidos por  Pulmão
congelamento e corte congelado. IMUNOISTOQUÍMICA
 Técnica e diagnóstico rápidos  É uma imunomarcação e não uma coloração. É
 Cortes congelados podem também ser uma reação onde utiliza-se anticorpos para
utilizados em imunohistoquímica. procurar um antígeno de interesse. Ocorre essa
 Exame transoperatório com biópsia de ligação do antígeno com o anticorpo, com o
congelação. tecido, e reações químicas que dão cor
(geralmente marrom).
 Microscopia eletrônica de transmissão:
imagens com alta resolução, por conta da
passagem de feixes de elétrons pela amostra.

 Exemplo: diagnóstico de câncer.


 Diagnóstico preciso.
 Serve para sanar diagnósticos duvidosos.

 Pulmão  É necessário ter uma hipótese diagnóstica


para ocorrer a marcação, pois precisa saber

 Microscopia eletrônica de varredura: envolve o tipo de anticorpo, pois se não ligar, não

imagens tridimensionais dos materiais em vai marcar  se a hipótese for errada, não

estudo, é um scanner. Os feixes de elétrons marca.

atuam sobre a superfície do material.


 Imunocitoquímica: ligação com a célula, ao
invés com o tecido.

 Podem ser materiais fixados em parafina


(secções) ou congelados (criostato).

PRINCIPAIS ÁREAS DE APLICAÇÃO

DOENÇAS INFECCIOSAS E
PARASITÁRIAS
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 Vírus que leva ao linfoma = Epstein Barr mutações avancem. Quando a célula sai do
Vírus (EBV)  casos de linfoma de Hodgkin ciclo celular, ela sofre apoptose.
e disordem linfoproliferativa pós-transplante EXAMES CITOLÓGICOS
Examina a célula, ex: papanicolau
 Indicações clínicas: suspeita de malignidade,
screening para displasia (lesão pré-neoplásica)
ou suspeita de infecções.
 Material: raspados (pele, mucosas), secreções

 H. pylori podem levar ao adenocarcinoma e ao (tubo gastrointestinal, árvore

linfoma gástrico. Ao erradicar a bactéria, o traqueobrônquica), líquidos (serosas, urina,

tumor pode regredir. líquido amniótico) ou punção aspirativa


(lesões nodulares).
 Exemplo: Papanicolau – exame preventivo
 Citologia cérvico-vaginal: raspado do
colo uterino, câncer que mais matava,
realiza-se um rastreamento. Pesquisa-se
células neoplásicas ou pré-neoplásicas do
NEOPLASIAS colo uterino, avalia-se a microflora. Coleta

 Anticorpos para camada basal mioepitelial em a ectocérvice.


tumor de mama  actina de músculo liso e
citoqueratinas 5-6

 Prognóstico de câncer de pulmão

 Guardião do nosso genoma: p53


(adenocarcinoma), não deixa que as
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 Carcinoma de células escamosas - pulmão


MORFOMETRIA
Descrição quantitativa de características
geométricas de uma dimensão. Possui a finalidade
de medir as estruturas anatômicas.
Pode ser utilizada a macroscopia ou microscopia.
Utilizada mais para pesquisa, medir na forma
(diâmetro, contagem).
 Distância linear: diâmetro de núcleos e
citoplasmas (neoplasias)
 Contagem de objetos: contagem de mitoses
(prognostico de câncer de mama)
 Fração de área: determinar a fração de área de
um tecido ou porcentagem de amostra
 Exemplo: trato gastrointestinal

 Lesão intraepitelial de alto grau (LIE)  o


próximo grau é o câncer de colo de útero.
 Observar tamanho do núcleo, quantidade,
presença de queratina...

CULTURA CELULAR
Cultivo de células fora do organismo com
condições e recipientes apropriados.

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Multiplicação in vitro das células vivas. É uma reação cíclica na qual os produtos de um
ciclo são substratos para o ciclo seguinte.
Amplificação de sequências específicas de DNA,
permitindo sua visualização e/ou análise posterior.
Termociclador, faz vários ciclos de alteração de
temperatura em torno de acima de 90º, com
separação das fibras, sendo adicionadas bases
posteriormente.

Importância: estudo de neoplasias, testagem de


drogas ou compostos químicos, geração de tecidos
artificiais, produção de proteínas terapêuticas...
BIOLOGIA MOLECULAR

TÉCNICAS MOLECULARES
 Hibridização: dot ou blot, Southern e Northern Etapas da PCR: desnaturação, anelamento e

 Hibridização in situ: diagnóstico de neoplasias extensão.

 Amplificação de alvos específicos: CITOMETRIA DE FLUXO


 PCR (Polimerase Chain Reaction)  Citometria de fluxo: pacientes com leucemia,

 DAS (Strand Displacement) linfomas, precisam fazer, para saber os tipos

 TMA (Transcirption Mediate (Hodking), para dar marcadores de células,

amplification) para dar o diagnóstico. Analisa os marcadores

 NASBA (nucleic acid sequency based de superfície da célula. Num único ensaio

amplification) conseguimos ver vários marcadores que a


célula expressa (paciente com linfoma e
 Amplificação de sinal: branched DNA
leucemia).
 Tecnologia de arrays
RESPOSTAS CELULARES AO
PCR ESTRESSE: ADAPTAÇÃO
Reação em cadeia da polimerase.  As células se classificam em 3 grupos:

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 Células lábeis: estão o tempo todo
entrando no ciclo celular, proliferação
constante.
 Células estáveis: não estão
constantemente proliferando, mas quando
são estimuladas elas entram no processo
de divisão. Exemplo: fígado, células
musculares lisas  aterosclerose
 Células permanentes: não entram no
ciclo celular. Exemplo: neurônios e
cardiomiócitos ADAPTAÇÃO CELULAR
 Quando a célula recebe algum estímulo  São respostas reversíveis a estresses

(estresse, algo nocivo), ela possui alguns fisiológicos e patológicos.

caminhos: adaptação (não é um processo  A célula sobrevive e continua a funcionar.

permanente), lesão e morte celular.  Alterações de volume celular 

Quando a célula passa do ponto da lesão para permanentes

morte?
 Em alguns casos a célula tem a
incapacidade de se adaptar, e o estímulo
frequente (nocivo) gera a lesão celular,
podendo ela ser reversível ou não.
O processo de lesão irreversível (intensa,
progressiva) leva ao processo de morte
celular, podendo ser do tipo necrose
(agressões na membrana, mitocôndria,
organelas, da célula que levam ao processo
de morte) e apoptose (processo de morte
programada da célula).  Alterações da taxa de divisão celular 
 Geralmente, devido a vários estímulos lábeis e estáveis
como hipertensão (aumenta a carga de
trabalho do coração), o cardiomiócito
sofre mecanismos de adaptação, até o
ponto de lesão reversível, que se
persistida, ocorre uma reprogramação
gênica, que pode levar a morte.

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das fibras musculares em resposta ao
aumento da demanda)

Hipertrofia da musculatura esquelética em

 Mudança de fenótipo: um tipo celular vai resposta ao exercício físico.

ser substituído por outro (não é neoplasia)


 fumantes - epitélio cilíndrico ciliado 
metaplasia.

HIPERTROFIA
As células possuem alteração de volume, por
conta do aumento da síntese de proteínas.
 Aumento do tamanho das células que resulta Hipertrofia do útero  Útero gravídico
em aumento do tamanho do órgão.
 Síntese de mais componentes estruturais das
células.
 Esse processo pode ser fisiológico ou
patológico.
 Fisiológico: musculação, atleta,
estimulação hormonal (útero gravídico),
aumento da demanda funcional, aumento
da carga de trabalho (aumento do tamanho

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 Patológico: ocorre na maquinaria
contrátil. Há fatores de crescimento,
agentes vasoativos e sensores mecânicos
que aumentam a síntese de proteínas
contrateis, presentes no cardiomiócitos
(actina, miosina, troponina...), que alteram
para conseguir sobreviver de acordo com
as novas necessidades.
HA leva ao espessamento da parede do coração, a
hipertrofia cardíaca, podendo levar a insuficiência
cardíaca.

HIPERPLASIA
As células vão sofrer uma alteração no número,
vão proliferar.
 Células lábeis e estáveis possuem essa
habilidade, podem sofrer esse processo.
As células entram no ciclo celular.
 Aumento do número de células, resultando em
aumento da massa de um órgão ou tecido.
 Esse processo pode ser fisiológico ou
patológico.
 Fisiológico: hormonal (amamentação –
epitélio glandular da mama feminina),
compensatória (transplante, retirada de
parte do fígado – os hepatócitos possuem a
habilidade de sofrer proliferação,
regeneração).

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 Patológicos: geralmente associados a Processo de alteração que ocorre na célula,
excessos de hormônios  mulher – inverso a hipertrofia.
hiperplasia endometrial, o endométrio  Ocorre a redução do tamanho do órgão ou
pode sofrer processo de hiperplasia; tecido que resulta da diminuição do tamanho e
homem – hiperplasia prostática benigna do número de células.
(HPB), proliferação glandular do estroma.  Esses processos podem ser fisiológicos ou
Nesse processo, como a proliferação é patológicos.
grande, as chances de mutação é grande,  Fisiológicos: estruturas embrionárias
ou seja, não é difícil a hiperplasia (notocorda, ducto tireoglosso), útero após
endometrial virar uma neoplasia. parto
 Patológica: redução da carga de trabalho
(atrofia por desuso – musculação, osso
fraturado, paciente em repouso), perda da
inervação, redução do suprimento
sanguíneo (atrofia senil), nutrição
inadequada, perda da estimulação
endócrina, pressão (compressão tecidual –
tumor), perda da inervação (lesão dos
nervos, atrofia das fibras musculares),
redução do suprimento sanguíneo
(isquemia  doença oclusiva arterial:
atrofia; envelhecimento, idade avançada:
atrofia senil, enfraquecimento e depósito
de gordura nos vasos do cérebro causando
atrofia cerebral, por exemplo), nutrição
inadequada (uso da musculatura como
fonte de energia), perda da estimulação
endócrina

ATROFIA
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 Alteração reversível onde um tipo celular
diferenciado (especializado) é substituído por
outro.

Exemplo: metaplasia epitélio colunar para


escamoso  fumantes  carcinoma de células
escamosas

A atrofia persistida pode entrar em processo de


apoptose.
 Diminuição da síntese proteica e, ao mesmo
tempo, aumenta a degradação de proteínas.

Por um processo de adaptação, ocorre a


substituição do epitélio escamoso para colunar 
esôfago de Barret (influência do refluxo gástrico)
METAPLASIA
 adenocarcinoma (novas glândulas)

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Se já tem alteração, a chance de ocorrer uma nova
alteração, é maior ainda, portanto quem tem
metaplasia é mais propenso a ter neoplasia.
É um processo adaptativo, mas pode levar
também a uma neoplasia.

LESÃO E MORTE CELULAR


Tentou se adaptar e não conseguiu ou a lesão é
muito grave.
Lado direito  adenocarcinoma (tumor maligno)  Lesão celular são alterações morfológicas,
moleculares e/ou funcionais que surgem nos
tecidos após agressões.
A célula está sendo lesada, ela pode tentar se
adaptar, mas depois de um tempo ela começa a ser
lesada. Pode ser um processo reversível (tira o
estímulo e volta ao normal) ou irreversível
(estímulo intenso, progressivo) e levar a morte.

Epitélio escamoso em verde


Metaplasia colunar em vermelho

 Mecanismos: reprogramação das células-


tronco nos tecidos normais ou de células
mesenquimais indiferenciadas no tecido
conjuntivo.
 Células se diferenciam numa nova via e no
tecido diferenciado. CAUSAS DE LESÃO CELULAR
 Há citocinas, fatores de crescimento,
 Privação de oxigênio, agentes físicos, agentes
alguns componentes da MEC que estão
químicos/drogas, agentes infecciosos, reações
envolvidos no processo de estímulo.
imunológicas, defeitos genéticos, deficiências
nutricionais.
Essas alterações precisam ser analisadas pois se
Uma oclusão parcial do vaso sanguíneo, antes de
reprogramou numa nova via, que pode acontecer
ocorrer o processo de lesão da célula, ela vai
uma neoplasia, por já ter se diferenciado (maior
sofrer atrofia. Já em casos de embolo (tronco que
chance de sofrer alteração).
se deslocou), oclusão total do vaso, não há atrofia,
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lesa direto a célula, por conta da privação de  DNA danificado
oxigênio, por conta da isquemia, anemia.  Deficiências nutricionais
 Principais causas do processo de hipóxia  Déficits - anorexia
(privação de oxigênio):  Excessos – obesidade
 Isquemia (redução do fluxo sanguíneo) – O processo de lesão diminui a função da célula,
quanto mais rápido o paciente for que pode entrar num processo de lesão
socorrido/restaurado o fluxo, menor as irreversível, podendo apenas ser dirigida a morte.
chances de as células morrerem
 Redução do transporte de oxigênio
 Perda sanguínea
 Agentes físicos:
 Alterações de pressão
 Traumatismos mecânicos
 Temperatura - queimaduras
 Radiação
 Choques elétricos
 Agentes químicos/drogas
 Substâncias tóxicas: veneno, inseticidas,
herbicidas LESÃO REVERSÍVEL
 Drogas Nesse processo podemos ver na microscopia
 Processos fisiológicos importantes que em eletrônica:
excesso faz mal  hiperglicemia, excesso
 Tumefação celular (inchada), ocasionada pela
de sal, medicamentos (paracetamol a longo
entrada de água, íons  é o resultado da
prazo – lesão nos hepatócitos).
Degeneração hidrópica
 Agentes infecciosos  Tumefação do RE
 Vírus
 Degeneração gordurosa
 Bactérias
Para entrar água na célula precisa ter alteração de
 Fungos
permeabilidade, então a membrana celular sofre
 Parasitas
alteração, gerando a figura de mielina
 Reações imunológicas (fosfolipídios agrupados) dentro da célula.
 Doenças autoimunes
 Reações imunes a agentes externos -
alergias
 Defeitos genéticos
 Deficiência de proteínas

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Cariolise: lise, DNA disperso


Cariorexe: DNA fragmentação
Picnose: sofre retração, fica mais roxo, DNA
concentrado

Hepatócitos cheios de água  degeneração


hidrópica

LESÃO IRREVERSÍVEL
Quando a célula está sofrendo lesão, ela pode
sofrer 3 alterações nucleares, quando essas 3
aparecem significa que está entrando num
processo irreversível. Além disso, a célula fica
eosinofílica (mais rosa). Célula já está morrendo.

Túbulos renais

MORTE CELULAR
Quando a célula realmente morre?

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Quando ela tem lesão muito profunda na
mitocôndria e grave na membrana.
 Inabilidade de reverter a disfunção
mitocondrial  diminuição do ATP
 Profundos distúrbios na função da membrana
celular  formação de bolhas e
permeabilidade totalmente alterada 
aumenta o Ca dentro da célula, desencadeando
um processo grave tendo degradação dos
lipídeos da membrana, radicais livres.

NECROSE
Necrose é sempre um processo patológico e
possui células inflamatórias.
 Morte celular
 Desnaturação de proteínas e digestão celular
 Não há integridade da membrana
 Alterações nucleares
 Inflamação
De acordo com a etiologia isso muda, com relação
a intensidade, pois dependendo do agente a
resposta inflamatória é mais intensa.
As células inflamatórias só chegam em níveis
mais evidentes de lesão, quando a célula começa a
liberar seus conteúdos internos (ativando o
processo inflamatório).

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PADRÕES DE NECROSE
Causas distintas:
 Necrose de coagulação ou coagulativa
 Principal causa: isquemia (redução de
fluxo sanguíneo)
 Arquitetura “preservada”  por um certo
período consegue-se visualizar as
características da célula
 Tecidos exibem uma textura mais firme
 Células anucleadas ou com picnose,
cariólise ou cariorexe e eosinofílicas
 Células inflamatórias entre as células
(processo inflamatório mais discreto)
 Células fantasmas: sem núcleo, muito
claras
 HD: infarto  área de necrose coagulativa

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 Necrose liquefativa ou supurativa


 Causa: infecções bacterianas e fúngicas
 Digestão das células mortas – pus
 Grande quantidade de células
inflamatórias (por conta de agentes
externos) – citocinas, fatores de
crescimento  muitos neutrófilos,
primeiros a chegarem, morrem facilmente
 pus  abscessos
Tricrômio de Massom
 Formação de abscessos (visualizamos
apenas restos de células e pus)
 Exceção: causa de hipoxia do tecido
nervoso  o cérebro, num processo de
isquemia, tem processo de destruição, se
caracteriza como a necrose liquefativa
(podendo ter ou não pus)  não há

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arquitetura “preservada”, material mole,
digerido

Abscessos e restos celulares

Pus

Abscessos

Abscesso pulmonar

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abscesso (células e macrófagos
misturados). É um processo mais crônico.
Comum na tuberculose  O M.
tuberculosis gera necrose caseosa e não
liquefativa, pois essa bactéria deixa ser
fagocitada pelos macrófagos e esse não
forma o fagolisossoma e não ocorre a
digestão da bactéria. Ela entra no
macrófago, se prolifera e o destrói quando
sai  tentativa de conter o bacilo do M.
Causa: infecção bacteriana ou isquemia tuberculose
 Infecções fúngicas
 Células gigantes multinucleadas – de
Langerhans  macrófagos (que não estão
fagocitando) que estão se fundindo e
formando as células gigantes. Ele tenta
conter a infecção formando os granulomas.

Coloração especial: Ziehl Neelsen – consegue ver


o bacilo (centro) e a célula está tentando romper.

Macrófagos, linfócitos e células gigantes


sustentam o granuloma, rodeiam o caseo.

 Necrose caseosa
 Massa friável, esbranquiçada
 Células rompidas ou fragmentadas, dentro
de uma borda inflamatória (colar de
células inflamatórias, macrófagos e
linfócitos): granuloma  pode parecer um
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Caseo – resto de células envolto por células


inflamatórias
Células gigantes

Cáseo
Bolinhas roxas: linfócito
Seta: células gigantes

Cáseo, colar de linfócitos e macrófagos composto


por células gigantes.
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 Necrose fibrinoide
 Reação imune nos vasos sanguíneos
 Deposito de fibrina em vasos (vasculites
imunomediadas)
 Está relacionado com processos
imunomediados, quando ocorre ligação de
antígeno com anticorpo e fica circulando
nos vasos e determinado momento para e
leva as vasculites e desencadeia uma
resposta – deposição de fibrina
 É necessário fazer a imunohistoquímica
para a visualização. Mais rosa: fibrina
 Imunocomplexos: são depositados nas
artérias
 Imunocomplexos associados a fibrina

O órgão é formado por mesênquima e


parênquima.
Mesênquima: é tudo o que compõe junto com o
parênquima. Exemplo: fibroblasto, tecido
conjuntivo, vasos. Reduziu a luz do vaso
Parênquima: células especializadas de cada órgão,
célula especificas. Exemplo: hepatócitos, células
tubulares renais, glomérulos. Parênquima
pulmonar: espaço alveolar, brônquio, bronquíolo,
septo.

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Processo de imunofluorescência – ocorre


marcação das áreas em que ocorreu a ligação do
antígeno com anticorpo
 Necrose gordurosa
 Áreas focais de destruição gordurosa –
lipases pancreáticas
 Os ácidos graxos liberados pela ação das
lipases pancreáticas ativadas: pâncreas e
peritônio. Combinam-se com o cálcio,
formam sabões de cálcio  saponificação.
 Morte de células do tecido adiposo,
processo em que os adipócitos vão
sofrendo processo de lesão, diferente de
esteatose (acúmulo de lipídeos).

Adipócitos sendo destruídos pelas ações das


lipases

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 Estado
 Adaptabilidade da célula lesada

 Atores principais
 ATP
 Entrada de cálcio dentro da célula
 Espécies reativas de oxigênio – radicais
livres

 Necrose gangrenosa
ATP (DIMINUIÇÃO)
 Não é um padrão específico de morte
celular, de necrose – decorrente do
processo de necrose de coagulação
geralmente
 Perda de suprimento sanguíneo de um
membro
 Exemplo: pé diabético

Para que ocorra o processo de lesão por isquemia


deve ter a diminuição de ATP.
A isquemia diminui o processo de fosforilação
oxidativa, que diminui ATP, alterando a
permeabilidade, entrando água dentro da célula,
cálcio, alteração da bomba de Na e K, tumefação
MECANISMOS DA LESÃO CELULAR celular.
 Resposta celular – como ela responde a Quando diminui ATP ocorre acumulação da via
determinados estímulos; analisar os fatores anaeróbia, entrando processo de glicólise
que interferem nessa resposta: anaeróbica, exaurindo a quantidade de glicogênio,
 Tipo de lesão tendo aumento de ácido lático, diminuindo pH e
 Duração da lesão ocorrendo uma aglomeração da cromatina nuclear.
 Gravidade A diminuição de ATP gera o desprendimento dos
ribossomos, que diminui a síntese proteica.
 Consequências Essas alterações podem ser visualizadas pelo
 Tipo microscópio eletrônico; já no óptico a tumefação.

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ENTRADA DE CÁLCIO

Quando a mitocôndria libera citocromo C ela


programa apoptose.

O cálcio vai destruir cada estrutura da célula, ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO


desde a membrana, cito esqueleto, núcleo... (ERO)
Quando há o aumento de cálcio ele ativa a
fosfolipase, que destrói fosfolipídeos da
membrana formando as figuras de mielina, ativa
as proteases, que destrói proteínas do
citoesqueleto, ativa as endonucleases, que fazem
lesão nuclear, e ele estimula a diminuição de ATP.

São encontradas em:


 Lesão química
 Lesão isquemia-reperfusão: comum no
coração e rins. Mesmo quando o fluxo é
restaurado, ainda continua lesando o local, por
conta da grande quantidade de espécies
reativas de oxigênio liberadas na região.

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 Destruição de microrganismos (principalmente
os fagocitados)  É uma morte celular programada
 Envelhecimento  Células ativam enzimas que degradam seu
 Peroxidação lipídica das membranas próprio DNA (não há extravasamento de
 Modificação das proteínas – diferenças conteúdo)  ativação de enzimas caspases,
dobraduras que estão inativas
 Lesões no DNA  oxidação  mutação   Quebram em fragmentos – corpos apoptóticos
neoplasia  As caspases quebram o DNA e organelas e
formam corpos apoptóticos (“mini-
células”)
 Esses corpos expressam receptores na
superfície, os quais são reconhecidos pelos
Esse processo afeta tanto a membrana plasmática, fagócitos e estes realizam sua função
a mitocôndria, as proteínas e o DNA. (fagocitose).
 São fagocitados – sem resposta inflamatória.
Necrose:  Frequente em estados fisiológicos e
- Alterações nucleares. patológicos.
- Desnaturação de proteínas e digestão da célula,
que vão estimular as células inflamatórias  as
células inflamatórias chegam por conta da
liberação de conteúdos de outras células
(sinalização relacionada a infecção bacteriana).

APOPTOSE
É uma via de morte celular.
O processo de lesão celular pode estar
acontecendo tanto por necrose quanto por
apoptose. A mitocôndria dita o processo (libera
citocromo c – apoptose; altera os canais de
permeabilidade liberando íons de H+ - processo de O nosso organismo tem mecanismos de estimular

necrose). o processo de apoptose, mas ao mesmo tempo

A célula entra num processo de morte, decorrente precisa-se parar isso, por isso temos na célula

de processos fisiológicos e patológicos (diferente sinalizações para que ela entre no processo de

da necrose). morte por apoptose e receptores para que ela

Não há células inflamatórias. sobreviva – receptores de superfícies (receptor

O processo da apoptose em si não gera lesão.


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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
para que a célula sobreviva e receptores para que a  Morte celular em infecções (destruição por
célula sofra apoptose). necrose, mas células sofrendo apoptose)
 Acúmulo de proteínas dobradas – entram
Há sinais de morte: além de ter receptores que no processo de morte
sinalizam para a célula morrer ou sobreviver, há  Lesões de DNA – quando ocorre essa
também aqueles que sinalizam se a célula vai alteração pode ocorrer mutações,
morrer por processo fisiológico ou patológico – proliferação e desenvolvimento de
receptores diferentes. neoplasias; temos genes de reparo,
guardião de genoma (p53) que reconhecem
Proteínas pró-apoptóticas: quando for para a que uma célula especifica sofre uma
célula morrer há um aumento dessas proteínas. mutação, que pode sair do ciclo celular
Proteínas anti-apoptóticas: que não levam a morte (até restaurar a lesão e volta para o ciclo)
das células. ou sofrer apoptose, para não ter risco
MORTE FISIOLÓGICA dessas células passarem a diante. Ainda
 Onde ocorre: sim existe neoplasias pois pode ter
 Processo de embriogênese mutação na p53.
 Perda celular – células lábeis (proliferam e ASPECTOS MORFOLÓGICOS
morrem, vão sendo substituídas)
 Eliminação de linfócitos autorreativos –
reage com o que é próprio; um paciente
com doença autoimune (não há eliminação
desses linfócitos) possui uma reação
desses linfócitos. Todos produzimos esses
linfócitos, mas não desenvolvemos
doenças porque eles são eliminados, a
partir da apoptose e outros processos 
tolerância imunológica. Esses linfócitos
são produzidos mas a grande maioria é
eliminado.
 Morte de células que cumpriram seu papel Ativação das caspases
Formação de bolhas que não extravasam,
MORTE PATOLÓGICA
 São desencadeados por: fragmentação de células e formação de corpos

 Atrofia (desuso, desnutrição, privação de apoptóticos.

oxigênio) As células expressam receptores diferentes para


serem fagocitadas.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Receptores de morte da membrana
plasmática
 FasL + Fas
 Ativa as caspases 8 e 10, chamadas
iniciadoras
 É necessário um fator de
crescimento (TNF) ou ligantes de
outras células (FasL, Fas) para
ativar as caspases.
 TNF (fator de necrose tumoral) ou
linfócito TCD8 quando se liga ao
receptor da célula, ele manda
mensagem para a célula entrar em
processo de morte, ativa as

CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS caspases iniciantes (vão iniciar o

DA APOPTOSE processo, e quem executa são

 Ativação de caspases outras).

 Quebra de DNA e proteína


 Alteração da membrana (para serem
fagocitadas) e reconhecimento pelos fagócitos

São caspases diferentes, duas vias diferentes.


PROCESSO DE INICIAÇÃO
 Caspases desencadeadoras ou iniciadoras
 O processo pode ser iniciado via (é
determinado pelo tipo de estímulo):
 Via extrínseca – fisiológica - (fora da
célula), reação de receptor com seu ligante.
30
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Via intrínseca ou mitocondrial (dentro da  Caspases executoras: 3 e 6 – realizam a
célula), ditado pela mitocôndria. fragmentação, “mini-células”. Não incita um
 Aumento da permeabilidade processo inflamatório.
mitocondrial  Clivagem de DNA em fragmentos
 Ativação de Bax/back – pró-  Degradação da matriz celular
apoptóticas – estimulam a saída do  Degradação do citoesqueleto
citocromo c de dentro da mitocôndria
(mostrando que a célula vai entrar  Via extrínseca: as caspases desencadeantes 8 e
num processo de apoptose) 10 vão estimular as executoras.
 Extravasamento de citocromo c
 Ativação de caspases 9  Via intrínseca: processo de lesão celular, de
 Possui fator de crescimento DNA, radiação, ERO, vão estimular a
associado, quando esses sinais de mitocôndria a alterar os poros e liberar o
sobrevivência são perdidos, leva citocromo c, ativando a caspase 9. A qual vai
alteração na mitocôndria, estimular as caspases executoras.
extravasando o citocromo c; como
processos de lesão de DNA
 As caspases executoras levam a fragmentação
(radiação). O citocromo c ativa a
do DNA, ativando a endonuclease, degradam
caspase 9.
o citoesqueleto, formam bolhas para os corpos
 Geralmente é mais patológico.
apoptóticos se soltarem e expressarem
receptores (muda receptor – para serem
reconhecidos pelos fagócitos), sem liberar
conteúdo.

PROCESSO DE EXECUÇÃO

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Inibição do gene p53  Células sofrem
mutação  Câncer
Apoptose patológica – lesão de DNA
(mutações)
Genes supressores de tumor – controla as
mutações que estamos expostos o tempo
todo, para não desenvolvermos câncer a
todo momento, reparam mutações.

Célula eosinofílica Pacientes com câncer tiveram falha no

Melhor método para ver apoptose: processo de apoptose.

imunohistoquímica (bom para detecção), em HE  Doenças autoimunes

praticamente não da para ver alterações. Linfócitos autorreativos reagem com o que
é próprio. Todos nós temos;
desenvolvemos doenças autoimunes por
conta de uma falha na autotolerância. Se
diminui a apoptose as chances de eles
caírem na circulação é grande (exemplo:
lúpus – processo sistêmico) – não houve
apoptose desses linfócitos, foram liberados
e acabaram atacando nossos tecidos.
 Distúrbios associados ao aumento da apoptose
 Doenças neurodegenerativas (excesso de
apoptose, não era para morrer naquele
momento)
 Lesão isquêmica
 Morte de células infectadas por vírus –
linfócitos reconhecem as células
infectadas, se ligam e desencadeiam a via
extrínseca.
NECROSE VS. APOPTOSE
Não confundir com as características de necrose!
 picnose
APOPTOSE DESREGULADA
 Distúrbios associados à apoptose reduzida

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Substância anormal endógena ou exógena:
mineral, agentes infecciosos
1. Substância Endógena Normal: produção
normal ou aumentada – taxa de metabolismo é
inadequada para removê-la.

O primeiro processo que pode levar a esse


acúmulo de fígado gorduroso
2. Substância Endógena Anormal: mutação
(defeito no transporte da proteína), inabilidade
de degradar uma proteína anormal.
ACÚMULOS INTRACELULARES
O processo que pode levar a esse acúmulo de
São processos envolvidos em lesão, que alteram a
proteínas anormais seria a mutação.
permeabilidade da membrana, íons, lipídeos
Com a microscopia ótica conseguimos ver a
degeneração gordurosa e tumefação celular.
Esses acúmulos podem ser de substâncias
produzidas que estão em excesso – uma
desregulação, como água, lipídeos, proteínas
Pode ser uma substância anormal, endógena ou
exógena, como mineral e agentes infecciosos 3. Substâncias Endógenas Normal: defeitos
E temos os pigmentos, como o castanho herdados em enzimas, para o metabolismo de
São processos de acúmulos intracelulares, uma substância.
alterações intracelulares que podem levar a O processo que pode levar a esse acúmulo são
alterações irreversíveis e culminar a morte. alterações genéticas.
 Substância normal acumulada em excesso:
água, lipídios, proteínas e carboidratos
(glicogênio).
 Pigmentos

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

4. Substância Exógena Anormal: célula não


possui enzimas para degradar substâncias.
Os processos que pode levar a esse acúmulo são
exógenos, substâncias que vão ser captadas pela
célula e levar ao acúmulo.

DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
Tumefação celular, processo de entrada de
ÁGUA, “inchaço celular”
 Acúmulo de água e eletrólitos no interior da
célula.
 Etiologia: hipóxia (isquemia) e toxinas
(medicamento).
Esse processo precede um infarto, necrose.
 Patogenia: alteração no consumo de ATP, e da
integridade da membrana.
A toxina altera a membrana e entra água.

Células mais claras.


ESTEATOSE OU DEGENERAÇÃO
GORDUROSA

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Refere-se ao acúmulo anormal de
TRIGLICERÍDEOS (lipídios) no interior
das células parenquimatosas (células
específicas)  hepatócitos e cardiomiócitos.

Gotículas de gordura dentro do hepatócito.


Exemplo: fígado gorduroso
Pode ou não levar a morte.

 Causas: toxinas (cirrose) e obesidade.


- Degeneração gordurosa: acúmulo de lipídeos
 Cirrose – substitui o parênquima por
dentro das células.
tecido fibroso (colágeno), início com
- Necrose gordurosa: células do tecido adiposo
esteatose.
sofrem processo de morte por conta das lipases
pancreáticas.

A gordura entra e empurra o núcleo da célula para


a periferia. Nas lâminas ficam várias bolinhas
brancas, que representam as gorduras (mas elas
não estão mais presentes, pois acabaram sendo
retiradas durante o processamento das lâminas).
COLESTEROL OU ÉSTERES DE
COLESTEROL
 Refere-se ao acúmulo anormal de
COLESTEROL (lipídios) no interior das
células
 Aterosclerose: macrófagos repletos de
vacúolos lipídicos (colesterol) – células
espumosas.
 Xantomas: colesterol dentro dos
macrófagos em estados hiperlipidêmicos
hereditários e adquiridos – acúmulo de
células espumosas.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
os lipídeos e se tornam células espumosas ou
xantomatosas (por conta do grande número de
gordura), potencializando o processo de lesão,
liberam MMP (metaloproteinases).
Células musculares lisas também possuem essa
habilidade fagocitária, elas saem da túnica média e
vão para a íntima, ampliando-a, ocasionado
isquemia, que gera infarto...
 Colesterolose: acúmulos focais de
macrófagos cheios de colesterol na lâmina
própria da vesícula biliar.

 Doença de Niemann Pick: mutações que


afetam enzima de transporte do colesterol.
(Não cai na prova!)

Relacionado a causa de isquemia – aterosclerose.


Colesterol se acumula na parede de vasos e no
interior de células, assim os macrófagos fagocitam

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Acúmulos intracelulares de proteínas:
gotículas eosinofílicas arredondadas, vacúolos
ou agregados no citoplasma (amorfos).
 Intra ou extracelulares
 Causas: gotículas de reabsorção nos túbulos
renais, transporte e secreção defeituosos de
proteínas normais, proteínas anormais
(amiloidose – proteína beta-amiloide).
Pode acontecer em qualquer órgão.
Rim com gotículas eosinofilicas – acúmulos de
proteínas

DEGENERAÇÃO HIALINA
 Acúmulo intracelular de PROTEÍNA (rosa –
hialino)
 Aparência rósea, vítrea e homogênea pela
coloração de HE

PMMA – metacrilato
A túnica intima foi espessada pelas placas de
aterosclerose e pela fagocitose ocasionada pelas
células musculares lisas e pelos macrófagos.
Cristais de colesterol – não há macrófago
suficiente, assim formam espiculas (formação de
espinhos).
PROTEÍNAS

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Pigmentos endógenos: são sintetizados dentro
do corpo
 Lipofuscina
 Hemossiderina
 Colestase
 Ácido Hemogentísico
 Pigmentos exógenos: fora do corpo
 Antracose
 Todos são acastanhados.

LIPOFUSCINA
Glomerulopatia
 “Pigmento do desgaste”, de lesão, de alarme
Provavelmente o paciente entra em insuficiência
 quando vemos a célula com esses grânulos
renal
geralmente a célula está entrando em processo
CARBOIDRATO
de lesão e morte, por conta do pigmento.
GLICOGÊNIO  Esse processo ocorre, é derivado da
 Depósitos intracelulares de glicogênio: peroxidação de lipídeos de membranas 
anormalidade no metabolismo da glicose ou associadas as ROS
glicogênio.  Células que estão sofrendo alterações  pode
Pode ser confundido com degeneração gordurosa. ser processo reversível ou irreversível,
São os menos comuns – acúmulos de glicogênio. expressão lipofuscina.
Também ocorre no envelhecimento da célula.

Cardiomiócitos em processo de lesão – processo


de isquemia, infarto. Grânulos em preto na
microscopia eletrônica

PIGMENTOS
A maioria é acastanhado, por isso precisam de
coloração especial.
 São substâncias coloridas que se acumulam
nas células.
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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Hepatócitos cheios de lipofuscina Pulmão

HEMOSSIDERINA
 Derivado da hemoglobina – processo de
degradação de eritrócitos  pode ocorrer
dentro ou fora de macrófagos
 Excesso de ferro: ferritina forma grânulos de
hemossiderina
 Excesso de ferro sistêmico, deposito em
órgãos: hemossiderose Azul da Prússia (coloração especial) cora o ferro
 Causas: aumento de ferro alimentar,
transfusões repetidas BILIRRUBINA
 Aumento da produção ou um defeito
hepático na remoção de bilirrubina da
circulação.
 Sinal importante (manifestação clínica):
icterícia
Dentro das células é denominada COLESTASE
– dado ao aumento da bilirrubina, pode ocorrer
dentro ou fora dos hepatócitos.
Geralmente ele fica mais junto, mais “coagulado”,
massas mais homogêneas, mas também pode
formar grânulos, podendo ser confundido com a
lipofuscina.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Lembra o pigmento antacrose (exógeno) presente


no pulmão de fumantes.

PIGMENTOS EXÓGENOS

ANTRACOSE
 O pigmento exógeno mais comum é a poeira
do carvão  presente em pacientes que vivem
em cidades muito poluídas
 São fagocitados por macrófagos.
 Presentes em fumantes.
Presente apenas no pulmão, que fica preto.

ÁCIDO HEMOGENTÍSICO
 Pigmento negro – pacientes com alcaptonúria
– doença metabólica rara
 Depositado na pele, cartilagem, tecido
conjuntivo, ocasionando ocronose.
 Deficiência genética: catabolismo de
fenilalanina e tirosina.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Pneumoconiose processo onde há a poeira de


carvão em grande quantidade, antracose em
grande quantidade, trabalhadores de minas de
carvão – doença ocasionada pela exposição.

TATUAGEM
 São fagocitados por macrófagos
Processo de fagocitose.
O macrófago fagocita, morre e libera o pigmento
da tatuagem.
Pigmento escuro.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Inflamação aguda: alteração de permeabilidade,
expansão dos capilares, processo inicialmente nos
vasos e posteriormente nos tecidos.

INFLAMAÇÃO
Geralmente a área fica quente, vermelha.
Sem ela morreríamos, mas muitas vezes o que
causa a lesão dos tecidos é ela.
 Resposta protetora para livrar o
microrganismo.
 Pode ser prejudicial: lesão em tecidos normais.
 5 sinais cardinais da inflamação: calor, rubor,
Um processo de inflamação aguda pode edema, dor e perda de função.
cronificar, mudando seu perfil. INFLAMAÇÃO AGUDA
 É a resposta imediata, rápida e precoce a um
O processo inflamatório pode ser iniciado nos agente lesivo.

vasos. 1. Aumento da permeabilidade vascular

 É a reação que consiste principalmente nas (alteração)

respostas doas vasos sanguíneos e leucócitos. 2. Saída de proteínas (e líquidos)


3. Emigração dos leucócitos

42
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

 Exsudato: correspondente ao líquido de edema


com teor proteico elevado.  saída de líquido
(com proteína) do vaso por conta da alteração
da permeabilidade. Relacionado a inflamação.
 Transudato: pobre em proteína. Não
relacionado a inflamação.
Há muitos neutrófilos, começa no vaso, reação
vascular. ALTERAÇÕES VASCULARES
 Aumento da permeabilidade vascular
Exemplo: material perfurante (lesão celular) 
 Extravasamento de exsudato para o interstício
mediadores sinalizam para o vaso próximo a lesão
 edema
tecidual  saída dos leucócitos do vaso para o
local da lesão.
Para que ocorra o extravasamento de líquido tem
que alterar a permeabilidade vascular. Quando
REAÇÕES NOS VASOS SANGUÍNEOS
ocorre o extravasamento de exsudato para o
interstício, seu nome é chamado de edema.

Vasoconstrição rápida para depois uma


vasodilatação – com alteração de temperatura.
Assim as células vão sair, juntamente com as
proteínas e líquidos.
Edema pulmonar: é quando ocorre a alteração da
permeabilidade vascular, extravasamento de
exsudato para o interstício; onde era para ter ar,
tem líquido.

43
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Líquido sai do interstício e vai para o espaço
alveolar  ficando mais rosa

Edema: extravasamento de líquido – podendo ser


exsudato ou transudato.

 Por conta do aumento da permeabilidade,


ocorre a retração das células endoteliais.
Algumas vezes, essas células podem ser
destruídas, podendo lesar o endotélio (injúria
endotelial ou mediada por leucócitos). As
proteínas podem passar por transcitose pelo
endotélio.
ESTÍMULOS PARA INFLAMAÇÃO
 Agentes infecciosos
 Necrose tissular  isquemia
 Reações imunológicas
 Corpos estranhos

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Macrófago: pode atuar de várias maneiras, pode


estar presente no processo agudo ou crônico.
Possui ação de fagocitose de restos apoptóticos,
de organismos, formação do fagolisossomo, libera
ROS (atuam destruindo as células normais), atuam
na via anti-inflamatória (reduz a inflamação,
librando citocinas), está associado aos processos
de reparação, aos processos de inflamação crônica
(resposta Th1 e Th2). Tem a via clássica e
alternativa de ativação.

Saída de células do vaso para o tecido 


alteração de permeabilidade  saída de líquido,
as primeiras células que chegam no processo
agudo são os neutrófilos e depois os macrófagos.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Processo agudo
EVENTOS CELULARES

EXTRAVASAMENTO DE LEUCÓCITOS
Leucócitos: células de defesa – monócitos,
macrófagos, neutrófilos...
Dependendo do agente desencadeia um tipo de

 Via ativa: inflamação. Exemplo: rinite alérgica – processo

 Ação microbicida: age liberando ROS, inflamatório – células envolvidas nesse processo

NO, destrói bactérias, fungos, células eosinófilos e mastócitos.

normais, hígidas. Esse extravasamento ocorre através de processo

 Inflamação patológica: libera quimiocinas, inflamatório, infecções, processos autoimunes,

interleucinas necroses, isquemia.


Alerta nos vasos  alteração da permeabilidade

 Via alternativa: vascular  vasodilatação  recrutamento das

 Reparação: processo de morte, deposição células inflamatórias  extravasamento de

de colágeno (estimulação), fibrose leucócitos e líquidos (material rico ou pobre em

 Efeitos anti-inflamatórios proteína)  sinais cardinais


 Num primeiro momento ocorre a marginação,
rolagem e aderência das células
 Migração através do endotélio
 Quimiotaxia

MARGINAÇÃO, ROLAGEM E
ADERÊNCIA

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

A célula sai da luz e vai para a margem.


Todas as células possuem marcadores, receptores.
Selectinas são ativadas.
A célula se liga ao endotélio.
Os macrófagos liberam mediadores que causam
lesão em células, aumentando o processo
inflamatório  ocorre a liberação de mediadores
que vão destruir células que não deveriam ser
destruídas  “mal necessário”  ROS e NO

 Marginação leucocitária:

Ativação das selectinas na célula endotelial e nos


leucócitos.

Ativação das integrinas, ocorrendo a aderência do


leucócito. Tendo a migração da célula através do
endotélio.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Fases: reconhecimento, englobamento,


degradação e lesão tecidual.
Ocorre a fixação, englobamento (engoifamento),
formação do fagossoma, fagolisossoma e

MIGRAÇÃO ATRAVÉS DO ENDOTÉLIO finalmente a do fagolisossoma, com a


desgranulação, tendo a degradação do patógeno.

 Reconhecimento e fixação
 Revestimento dos microrganismos com
opsoninas que se ligam a receptores dos
leucócitos.
 Englobamento
Passagem entre as células endoteliais.
 Pseudópodes formam uma
Processo de transmigração.
vesícula/cápsula (fagossoma)
Pode ocasionar ou não lesão do endotélio.
 Lisossoma: fagolisossoma

QUIMIOTAXIA  Degradação ou destruição

 Último estágio  Enzimas lisossômicas

 Locomoção orientada ao longo de um  Liberação de ROS (estresse oxidativo) e

gradiente químico NO – por macrófagos, levando a lesão

 Exógenos tecidual

 Produtos bacterianos
 Endógenos (das próprias células)
 Sistema complemento
 Citocinas

FAGOCITOSE
Algumas células possuem essa habilidade –
leucócitos.

48
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Derramamento de fluido fino do plasma ou
das secreções de células que revestem as
cavidades peritoneal, pleural e pericárdica.
Líquido seroso, mais claro, não há pus.
Resultados de processos de bolhas, queimaduras.
Exemplo: pericardite serosa

Separação das camadas, união de células


inflamatórias (leucócitos).

NOMENCLATURA
INFLAMAÇÃO FIBRINOSA
 Radical (local de ocorrência do processo
 Depósito de fibrina no espaço extracelular
inflamatório) + sufixo ITE
 Inflamação no revestimento de cavidades:
 Artéria  arterite/vasculite
meninges, pericárdio
 Gastro  gastrite
 Fígado  hepatite
Exemplo: pericardite fibrinosa – processo
 Rim  nefrite
inflamatório que levou ao extravasamento de
 Pele  dermatite
fibrina, por conta do depósito dos
PADRÕES MORFOLÓGICOS NA
INFLAMAÇÃO AGUDA imunocomplexos.

INFLAMAÇÃO SEROSA

49
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Fibrina

INFLAMAÇÃO SUPURATIVA OU
PURULENTA
 Produção de grandes quantidades de pus com
neutrófilos, células necróticas (a própria célula
do tecido como o neutrófilo vai morrendo) e
edema
 Bactérias pirogênicas produtoras de pus
(agravam o caso)
Leva a uma necrose liquefativa, ocasionada por
bactérias ou fungos.
Infecção bacteriana  estímulo de neutrófilos 
macrófagos  ROS e NO  processo de
inflamação supurativa (pus vai ser agravado se a
bactéria for pirogênica)  pode levar a formação
de abscessos  necrose liquefativa.

Fibrina (rosa) e células inflamatórias.

50
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Pulmão: septo (rosa) com espaço alveolar cheio de


células inflamatórias (neutrófilos, macrófagos,
eosinófilos) e pus  pneumonia bacteriana; se
fosse viral ocorreria o espessamento do septo e
espaço alveolar branco.

Pericardite purulenta

Pulmão: espaço alveolar mais cheio de pus

Meningite, encefalite ABSCESSO


Streptococcus e Staphylococcus geralmente
formam abcessos.

 Coleções localizadas focais de tecido


inflamatório purulento
 Possuem região central (massa de leucócitos
de células necróticas – neutrófilos ou próprias
do tecido) envolta por zona de neutrófilos.

51
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Pulmão: processo inflamatório encontra-se na
lâmina inteira; abscessos no lado D. Há
extravasamento de células inflamatórias e pus.

Pulmão: com hemorragia, edema, pus, área de


destruição (central), de abcesso.

Abcessos – áreas claras, destruiu o parênquima


pulmonar  óbito ÚLCERAS
Processo de inflamação intensa, de necrose, e o
material que morreu solta, ocorre uma escavação.
Lesão da mucosa sofreu processo de necrose e se
soltou.

Infecção bacteriana (maioria das vezes) ou fúngica


 estímulo de neutrófilos  macrófagos  ROS
e NO  processo de inflamação supurativa (pus
vai ser agravado se a bactéria for pirogênica), na
maioria das vezes  pode levar a formação de

52
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
abscessos  necrose liquefativa, na maioria das
vezes  escavação  úlcera

O processo de inflamação aguda pode cronificar, e


podemos ter uma úlcera no processo crônico 
quem determina se é agudo ou crônico é a
presença das células: os neutrófilos na aguda e os
linfócitos na crônica.

H. pilori: gastrite  úlcera gástrica 


adenocarcinoma (tecido gástrico) ou linfoma
(presença de linfócitos para tentar conter a
bactéria que sofrem mutação)  carcinogênese
biológica ou microbiana.

 É um defeito local, ou escavação, da superfície


de um órgão ou tecido por perda de tecido
necrótico.
 Mucosa da boca, estômago, intestinos ou trato
genitourinário.

53
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Escavação, buraco, descontinuidade, grande


processo inflamatório. Base da úlcera, com Pus e neutrófilos
presença de células inflamatórias.

Destruição do epitélio escamoso, infiltrado Apendicite aguda caracterizada pela presença de


inflamatório neutrófilos
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO
 Levam ao processo inflamatório

DERIVADOS DE CÉLULAS
 A célula libera esses mediadores que vão
estimular outras células
 Histamina: presente nos grânulos de
Formação de abscessos
mastócitos, basófilos e plaquetas. Aumenta a
permeabilidade vascular e dilatação das
arteríolas (vasodilatação) – para que as células
saiam da circulação.
 A histamina é liberada em processos
alérgicos, em traumas, por estimulação de

54
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
citocinas, ligação de anticorpos aos
mastócitos e injúria física.
 O antígeno é reconhecido e há liberação
dos grânulos com histamina e passa a agir
nos vasos  microscopia eletrônica

 Serotonina: presente nas plaquetas e certas


células neuroendócrinas. Ocasiona aumento da
permeabilidade vascular (acaba ativando o
endotélio – saída da luz, rolagem, adesão e
diapedese)
 Ácido araquidônico: relacionado a produção
de prostaglandinas (COX), presentes nos
fosfolipídios de membrana. Libera
prostaglandinas (vasodilatação, inibe a
agregação de plaquetas podendo levar a
formação de trombos, além do processo
inflamatório e leva ao aumento de
Mastócitos são difíceis de serem reconhecidos em
permeabilidade) e leucotrienos (associado a
HE
quimiotaxia).

 Óxido nítrico: geralmente liberado por


macrófagos. Relaxa o músculo liso, ocasiona

55
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
vasodilatação, reduz adesão leucocitária  Possui efeitos locais, papel na inflamação,
(diminui o processo de ativação dos e efeitos sistêmicos (COX,
leucócitos) e plaquetária. Atividade prostaglandinas, febre).
microbicida.  Num processo de inflamação há tentativa
de reparo: regeneração (a célula está
morrendo mas consegue se proliferar e se
regenera) e reparação (a célula não se
regenera, mas está morrendo, então ela faz
reparação).

 Espécies reativas de oxigênio (ROS): dano DERIVADOS DE PROTEÍNAS


endotelial resultante do aumento da PLASMÁTICAS
permeabilidade (endotélio acaba sendo  Sistema complemento
lesado), injuria a outros tipos celulares,  Atua na inflamação aumentando a
inativação de antiproteases (inibe uma permeabilidade vascular
protease, a quebra de proteína – proteases  Quimiotaxia
ficam livres). São liberados pelos macrófagos.  Opsonização
Causam lesão na membrana, degradação de  Sistema de coagulação e cininas
proteínas por conta da inativação das  Ativação da trombina e formação de
antiproteases e danos no DNA. fibrina
 Citocinas: são proteínas produzidas por  Trombina converte fibrinogênio em
linfócitos e macrófagos, células endoteliais, fibrina.
epiteliais, tecido conjuntivo. É tanto um  Plaquetas e fibrinas  estancam o vaso
processo agudo quanto crônico.
 IL-1 e TNF  são as principais citocinas;
mediadores da inflamação

56
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Inicia-se de modo insidioso, assintomática,
com resposta de baixa intensidade.
 Geralmente as principais causas são
infecções persistentes, exposição a agentes
tóxicos endógenos ou exógenos e doenças
inflamatórias imunomediadas (geralmente
processo alérgico é crônico).

INFECÇÕES PERSISTENTES
Inflamação aguda  pode cronificar, dependendo
 Microrganismos difíceis de erradicar
do agente não começa como agudo, já começa
 Evocam uma reação imune
como crônico.
 Resposta inflamatória crônica granulomatosa
Pode ter processo de resolução, reparação, levar a
 Não necessariamente é uma necrose
fibrose e cronificação.
granulomatosa, apenas se for o M.
Etiologia (causas): infarto, infecções bacterianas,
tuberculosis
toxinas, trauma
Patogenia: mudanças vasculares, recrutamento de
neutrófilo, injuria tecidual limitada.

Cardiomiócitos não possuem capacidade de


regeneração, após a necrose irá ocorrer a
deposição de colágeno.

Inflamação crônica pode nunca passar por estágio


de inflamação aguda (sem neutrófilos) Tricrômio de massom cora colágeno, processo de
substituição de tecido
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
 É um processo ao longo prazo (semanas a
meses), duração prolongada.
 Além das células inflamatórias, há liberação
de ROS, NO, há lesão tecidual/injuria,
inflamação, e uma tentativa de reparo.
 3 aspectos da inflamação crônica:
inflamação, lesão/injuria tecidual e
tentativa de reparo (reparação).
CAUSAS

57
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Doenças autoimunes: reação imune contra os
tecidos do próprio individuo
 Resposta imune contra substâncias ambientais:
alergias  gatilhos ambientais

Lúpus causa alterações sistêmicas (doença


autoimune) - nefrite lúpica (acometimento do
Áreas de substituição
glomérulo e túbulos), alteração dos
imunocomplexos (ligação de antígeno e
anticorpo), eles se depositam no glomérulo,
desencadeando uma resposta inflamatória.

EXPOSIÇÃO A AGENTES TÓXICOS


ENDÓGENOS OU EXÓGENOS
Causam processos inflamatórios crônicos
 Exógenos: sílica – material não degradável,
inalado resulta em doença pulmonar 
silicose
 Endógenos: processo crônico por
componentes lipídicos e tóxicos do plasma 
aterosclerose (processo silencioso).
 O deposito do LDL, lipídeos desencadeia o
processo crônico, o desenvolvimento do
ateroma gera um processo inflamatório; os
Ninhos de amastigotas, que podem levar o
macrófagos tentam fagocitar esses lipídeos
processo crônico
 obstrução dos vasos

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
IMUNOMEDIADAS
58
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Plasmócitos – produzem anticorpos contra
antígenos persistentes e componentes teciduais
alterados. Linfócitos B ativados produzindo
anticorpos dirigidos contra antígenos
persistentes ou contra componentes teciduais
alterados.

 Eosinófilos – reação alérgica; reações imunes


por IgE, infecções parasitárias (grânulos com
conteúdo tóxico), resposta com padrão Th2.

CÉLULAS DA INFLAMAÇÃO
CRÔNICA

 Mastócitos – reações alérgicas aos alimentos e


insetos; reações agudas e persistentes,
Também podemos visualizar a presença de receptores que se ligam a anticorpos,
neutrófilos, pois foi um processo agudo que se desgranulam e liberam mediadores (histamina
cronificou. e prostaglandinas), respostas inflamatórias
 Monócito (sangue), macrófago (tecido, meia mais persistentes. Expressam receptor FcRI
vida longa, maior capacidade fagocítica, que se liga em IgE
podem ser ativados)

59
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Induz a proliferação de fibroblastos e a
partir dessa presença ocorre a deposição de
colágeno  processo de reparação.
 Pode ter uma ativação mais relacionada a
inflamação (conter atividade microbicida),
lesa o tecido  inflamação e injúria
tecidual
 E pode ter uma ativação por via
alternativa, via de reparação, estimula

 Linfócitos (muito núcleo e pouco citoplasma) outros tipos de células e ocorre deposição

– infecção viral. São mobilizados nas reações de colágeno  reparo

imunológicos mediadas por células, anticorpos


ou agentes desconhecidos. Liberam
mediadores inflamatórias que influenciam
outras células modulando a resposta 
infecções, infartos, traumas.

 Neutrófilos

 Macrófagos chegam nas células em torno de


48h, possuem vida longa, dependendo do
agente possuem uma determinada ativação
(por vias distintas). Sofre ativação de acordo
com o estímulo. PADRÃO HISTOLÓGICO DA
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
 Produz mediadores celulares, pode lesar  Linfócitos
tecido (libera ROS, NO – metabólitos do
oxigênio – e proteases, enzimas
lisossomais)  ao mesmo tempo que
repara, lesa.

60
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Cardiomiócitos – infarto

EVIDÊNCIA HISTOLÓGICA DE
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
 Pode ter a formação de granulomas (podendo
ser caseoso – com células mortas, debris
celulares - ou não).

Infiltrado – pneumonia viral, atípica; com


linfócitos, sem abscessos

Plasmócitos

Colágeno

Hemorragia, inflamação crônica, linfócitos

61
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Granuloma pode ser confundido com abscessos


Hepatócitos – inflamação persistente levando a
(procurar pus, neutrófilos – infecção bacteriana).
fibrose

INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
 Formação de granulomas: é o resultado da
tentativa de isolamento de um determinado
agente (orgânico ou inorgânico).
 Agregados de macrófagos que são
transformados em células epitelioides que se
fundem para formar células gigantes
multinucleadas.

 Existem dois tipos de granulomas que diferem


na patogênese:
 Granulomas de corpo estranho: não há
caseo
 Exemplo: silicone, alimentos
Necrose caseosa (caseo, área + clara), célula
 Se formam em torno de materiais e
gigante, células epitelioides, macrófagos ativados,
impedem a fagocitose por um único
colar de linfócitos, fibroblasto – dá arcabouço.

62
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
macrófago e não incitam a resposta  Dependendo do agente, pode ter o
imune. caseo ou não
 Geralmente identifica-se o material  Principais agentes:
estranho no centro do granuloma.  Infecciosos: sífilis, tuberculose,
lepra
 Tuberculose: presença de
grânulos que se juntam e
originam formações maiores,
“tubérculos” – pode levar a uma
meningoencefalite crônica.

Pulmão

 Granulomas imunes: pode ser caseoso ou


não
 Causados por variedade de agente
capazes de induzir resposta imune
mediada
 Granulomas: agente é fracamente
degradável ou particulado
 macrófago engloba antígenos
estranhos apresentam linfócitos T 
liberam citocinas  aglomerado de
macrófagos  ativação e diferenciação
dos macrófagos em células epitelióides
e gigantes multinucleadas

63
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Fúngicos: criptococos, micose Célula gigante infectada por fungo.
causada pelo paracoco brasiliense Infecção viral não possui a formação de
 Parasitários: esquistossomose, granulomas.
estrongiloidíase ASPECTOS
 Autoimunes: febre reumática
 Inorgânico: silicose

Granuloma caseoso

O processo agudo pode ter uma lesão tecidual


ocasionada por macrófagos, através de liberação
de ROS e NO.

Dependendo da etiologia (causa), temos os outros


tipos de células inflamação na crônica além de
macrófagos e linfócitos  mas sempre existem
esses 2.

64
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Exemplos: epitélios da pele e do TGI,
sistema hematopoiético
 Células lábeis e estáveis – entram no ciclo
celular, podem sofrer o processo de
regeneração
 Reparação: combinação de regeneração e
formação de cicatriz (colágeno)  ocorre
quando afeta a MEC
 Exemplos: células musculares esqueléticas
e cardíacas (cardiomiócitos), neurônios
CONSEQUÊNCIAS DA INFLAMAÇÃO
DEFEITUOSA OU EXCESSIVA  Pode ocorrer tanto na inflamação aguda
quanto na crônica.
DEFEITUOSA  Ambos requerem crescimento celular,
Há uma redução dos estímulos, mediadores, dos diferenciação e interação entre matriz
processos inflamatórios, associado a processos extracelular e célula.
infecciosos, redução da reparação.
 Aumento na susceptibilidade a infecção
 Cura atrasada dos ferimentos

EXCESSIVA
Esses processos inflamatórios podem levar a
neoplasias – Virchow; desordens nos linfócitos 
inflamação H. pilori  linfoma
 Alergias
 Doenças autoimunes
 Desordens do sistema imune A partir do processo de diferenciação se tornam
células especializadas.
REGENERAÇÃO E REPARAÇÃO
TECIDUAL FATORES DE CRESCIMENTO
Regeneração: proliferação celular  Polipeptídios que atuam nas células

Reparação: depósito de colágeno promovendo: sobrevida, locomoção,

São efeitos que ocorrem juntos, um não leva o contração, diferenciação e angiogênese 

outro. relacionados a reparação

 Regeneração: proliferação de células e tecidos Estimulam células a produzirem colágeno para

para substituir estruturas perdidas que ocorra o processo de reparação.

65
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Estimulam a diferenciação, proliferação,  Agente fibrogênico (fibroblastos – estimula a
especialização e crescimento. produção de colágeno, cicatrização e fibrose)
...
FATOR DE CRESCIMENTO
ENDOTELIAL VASCULAR (VEGF) FC DE FIBROBLASTOS (FCF)
 Promove a formação de novos vasos  Está envolvido na cura de feridas, angiogênese
sanguíneos (angiogênese) na inflamação e no desenvolvimento
cônica, tumores e cura de feridas  Produzido por macrófagos
 Atua sobre células endoteliais e leva a
formação de novos vasos MMPs – degradar fibras elásticas, colágeno
 Produzido por macrófagos, queratinócitos, Fibrose: excesso de colágeno, menor atuação das
plaquetas MMPs
Tentativa de substituir o tecido que foi lesado. MATRIZ EXTRACELULAR (MEC)
Envolvido na proliferação vascular.  Suporte mecânico
Quanto mais vascularizado o tumor, maior sua  Controle do crescimento e diferenciação
proliferação. celular
Idoso: possui vasos colaterais que amenizam o  Arcabouço para renovação tecidual
infarto – angiogênese  Armazenamento e apresentação de moléculas
Mesênquima
FATOR DE CRESCIMENTO
DERIVADO DE PLAQUETAS (PDGF) FATORES QUE DETERMINAM A
 Estimula a proliferação de células musculares REGENERAÇÃO OU REPARAÇÃO
lisas, fibroblastos e monócitos Quando temos uma lesão extensa que vai lesar a
 Produzido geralmente por plaquetas, MEC, há uma cicatriz, deposição de colágeno e
macrófagos, endotélio, células musculares substituição do parênquima  reparação
lisas e algumas células tumorais.
As plaquetas estimulam os monócitos no sangue, O que determina se as células vão sofrer
saindo e virando macrófago, que estimulam outros regeneração ou reparação é o dano da MEC. Não
por liberação de PDGF. regenera quando tem dano na MEC.

FATOR DE CRESCIMENTO  Habilidade do tecido em regenerar


TRANSFORMADOR BETA – TGF BETA  Tecidos lábeis
 Fator de crescimento fibrogênico, estimula a  Tecidos estáveis
produção de colágeno
 Produzido por plaquetas, linfócitos T,
endotélio, macrófagos
66
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Extensão da lesão: dano a matriz extracelular  Cura por reparo, formação de cicatriz e fibrose
(MEC), o reparo – formação de uma cicatriz
fibrosa.
 Inflamação crônica: fatores de crescimento e
citocinas que estimulam a proliferação de
fibroblastos e síntese de colágeno.

Lábeis  regeneração
Estáveis  entram no ciclo quando necessário 
crescimento compensatório  transplantados 
regeneração

...
Lesão nos hepatócitos (que podem se regenerar)
Reparo por cicatrização – dano na MEC
 Lesão ao tecido é grave ou crônica
Lesão superficial  regeneração
 Dano às células parenquimatosas e ao
Lesão profunda (ferida)  cicatriz  colágeno
arcabouço de estroma
 reparo
 Deposição de colágeno e outros elementos
Inflamação crônica  estímulo persistente 
da MEC, promovendo a formação de uma
formação de fibrose (cicatriz exagerada)
cicatriz
...
FASES DA CICATRIZAÇÃO
REGENERAÇÃO
 Induz células em repouso a entrar no ciclo
celular
 Encurta o ciclo celular
 Diminui a perda celular

REPARAÇÃO
67
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

PROLIFERAÇÃO
 Angiogênese
 Formação de vasos sanguíneos
 Principal fator de crescimento: VEGF
 Outros agentes incluem: TGF-beta, PDGF,
TGF-alfa
 Componentes da MEC como as integrinas,
proteinases e proteínas estruturais
Depende da resposta, do indivíduo, da área
 Pode ocorrer via ramificação e extensão de
(localização, vascularização).
vasos preexistentes ou por recrutamento de
células progenitoras endoteliais da medula
Cicatrização: fase da inflamação (formação de
óssea (EPC):
coágulo, desencadeamento da cascata de
 Angiogênese a partir de vasos
coagulação), fase da proliferação (de células
preexistentes:
epiteliais, inflamatórias, angiogênese), fase da
 Vasodilatação: induzidas pelo
maturação ou remodelamento (via final, depósito
VEGF e NO
de colágeno, formação da cicatriz).
 Degradação da membrana basal:
INFLAMAÇÃO para a célula endotelial conseguir
 Macrófagos migrar
 Função: fagocitar e remover resíduos  Migração das células endoteliais
extracelulares  Proliferação e maturação de células
 Promovem angiogênese e deposição de endoteliais
MEC (tecido de granulação)  Recrutamento de células
periendoteliais, periquitos e células
musculares lisas
Células vão migrando e proliferando novos vasos.

68
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

 Angiogênese a partir de células


precursoras endoteliais (EPC):
recrutadas da medula óssea para os
tecidos para iniciar a angiogênese.

 Inicia-se 24h até 21 dias


 Reepitelização: 24-48h
 Células epiteliais movem-se da borda da
ferida ao longo das margens, depositando
componentes da membrana basal.
 Formação de uma camada epitelial que
veda e protege a ferida de bactérias e perda
de líquido.
 As células epiteliais proliferam para tentar
substituir ao mesmo tempo que ocorre a
deposição de células inflamatórias
(macrófagos) e proliferação de
fibroblastos, para estimular e liberar
colágeno (substitui a área lesada).
 Proliferação e migração de células do tecido
 Formação do tecido de granulação: aparência Por volta de 5 a 7 dias, o tecido de granulação
granular (vasos, processo de angiogênese), preenche a área da ferida e a neovascularização
rósea e macia na superfície da ferida. Quanto atinge seu ponto máximo.
maior a lesão, maior a inflamação  A Não confundir tecido de granulação com
quantidade de tecido de granulação que é granuloma – o primeiro ocorre na fase da
formado depende do tamanho da lesão e da proliferação da cicatrização.
intensidade da inflamação.

69
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Ocorre a migração e proliferação de A epiderme recupera sua espessura e arquitetura
fibroblastos para local da lesão orientados por normal bem como a queratinização superficial.
quimiocinas, TNF, PDGF, TGF-β, FGF.
 Macrófagos são as principais fontes desses  Formação da cicatriz:
fatores  atividade de reparo, libera MMPs,  O infiltrado inflamatório, o edema, e o
TGF-b, VEGF aumento da vascularização desaparecem
 Deposição de colágeno  Empalidecimento da área: aumento do
 Colágeno fornece uma matriz de suporte acúmulo de colágeno e regressão dos
para o crescimento do novo tecido, sendo canais vasculares
também responsável por sua força tênsil  Cicatriz composta por fibroblastos,
colágeno denso e outros componentes da
 Síntese da matriz MEC
 O tipo de colágeno muda
 Formação de uma matriz provisória
contendo fibrina, fibronectina plasmática e
colágeno tipo III que será substituído
 Tipo I mais resistente e é o definitivo.
 O TGF-beta é o agente fibrogênico mais
importante. É produzido pela maioria das
células do tecido de granulação, atua
provocando: Colágeno denso, cicatriz madura
 Migração e a proliferação dos
fibroblastos  Contração da ferida
 Aumentando a síntese de colágeno e  Ocorre geralmente em grandes feridas de
fibronectina superfície.
 Diminuindo a degradação da matriz  A contração reduz em 20% o tamanho da
pelas MMPs. ferida
 Em cicatrizes de segunda intenção, a ferida
reduz em até 62% área de superfície da
lesão.
 Rede de miofibroblastos: expressam alfa-
actina de músculo liso e vimentina
 Formados a partir dos fibroblastos
teciduais, sob a ação do PDGF, TGF-β,
FGF-2 (macrófagos).

70
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Contraem-se na ferida e produzem grandes PROCESSO CICATRICIAL
quantidades de componentes da MEC
(colágeno I, tenascina-C, fibronectina).

Lesões maiores: ocorre a especialização do


fibroblasto, deposita mais MEC para tentar conter Cicatrização por primeira e segunda intenção
a área de lesão. É um processo de reparação, diferem na extensão (tamanho, área) da lesão, em
tentativa de redução da lesão. seu reparo.
 Cicatrização por primeira intenção (cura por
REMODELAMENTO DO TECIDO
união primária)
CONJUNTIVO
 Tipo mais simples de reparo de ferida
Fase final, onde há a deposição de colágeno.
cutânea
As proteases fazem a degradação das fibras
 Feridas com bordas aproximadas, com
elásticas, há a diminuição da síntese de colágenos,
pouca perda de tecido, pouco exsudato,
e as metaloproteinases fazem a degradação para
ausência de infecção e edema mínimo
que não haja um processo de fibrose – diminuição
 A fase inflamatória e a formação de tecido
de TGE, fibroblastos – formando a cicatriz.
de granulação são mínimas
 O equilíbrio entre a síntese e a degradação da
 Forma uma cicatriz relativamente fina
MEC resulta no remodelamento do tecido
 Na maturação ocorre retração da ferida
conjuntivo – importante característica no
com baixa reparação e regeneração.
reparo tecidual.
 Exemplo: uma cicatriz cirúrgica sem
 A degradação do colágeno e de outras
complicação.
proteínas da matriz é realizada pelas
metaloproteinases da matriz (MMP).
Geralmente a de primeira intenção não ocorre
 Modelamento da cicatriz
grandes complicações.
 Redução da concentração do colágeno
 Destruição do colágeno
 Redução ao estímulo da síntese

71
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Presença de neutrófilos, macrófagos, fibroblastos, Processo exagerado (maior processo inflamatório,

angiogênese, epitelização, processo de cascata de maior angiogênese, processo a longo prazo).

coagulação, cicatriz

 Cicatrização por segunda intenção (cura por


união secundária)
 Reparo de excisão que criam defeitos na
superfície da pele
 Ocorre perda excessiva de tecido e
presença de infecção.
 O processo de reparo é mais complicado e Presença de colágeno

demorado. FIBROSE
Desequilíbrio do processo inflamatório, aumento
 A resposta inflamatória, a granulação e
da síntese de colágeno e diminuição da fase de
epitelização são bastante evidentes. Há
remodelamento, das MMPs. Geralmente ocorre
necessidade de grande fortalecimento e
quando relacionado a inflamações crônicas ou
contração.
processo infecciosos persistentes, quando os
 Extensa deposição de colágeno.
processos não sessam – o estímulo, a causa ainda
está presente.
Presença dos miofibroblastos por conta da maior
A longo prazo isso pode levar a insuficiência do
área para ser reparada.
órgão, pois há a substituição do órgão pelo
colágeno, exemplo: cirrose – hepatócitos são
substituídos pelos colágenos, essas células entram
em degeneração e entram em insuficiência. Há um
desequilíbrio e a perda da característica da célula
especializada.

72
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Processos inflamatórios crônicos associados a degradação pela redução da atividade das MMPs,
estímulos persistentes (alcoolismo, por exemplo). dada pela ativação de macrófagos e linfócitos.
A fibrose é uma cicatriz/reparação exagerada.  Alterações das fibras colágenas:
 Deposito excessivo de colágeno e outros  Glomerulopatia crônica
componentes da MEC  Fibrose pulmonar intersticial
 Infecções persistentes – crônicas  Pancreatite crônica
 Insuficiência do órgão

Parênquima pulmonar substituído por colágeno,


podendo levar a uma insuficiência pulmonar.
Tricrômio de Massom: depósito de colágeno nos
glomérulos renais, podendo levar a uma
Lesão irreversível: afeta a mitocôndria e
insuficiência renal.
membrana  morte
Processo de regeneração: restituição da estrutura
normal
Reparo: afeto da MEC, formação e cicatriz
Fibrose: estímulo persistente (relacionado a
inflamação crônica ou inflamação aguda que
cronificou), cicatriz tecidual; há a substituição do
parênquima por colágeno

Pancreatite crônica
FATORES QUE INTERFEREM NA
CURA DAS FERIDAS
 Gerais
 Estado nutricional: deficiência de vitamina
C
 Estado metabólico: diabetes (leva a um
processo de microangiopatia)
Citocinas, liberados por macrófagos e linfócitos,  Alterações circulatórias e de coagulação
aumentam a síntese de colágeno constantemente, e (aterosclerose)
não é degradado, pois ocorre a redução de sua
73
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Hormônios Formação excessiva do tecido de
 Locais: granulação que fazem a protusão acima do
 Infecção nível da pele e circundante e bloqueiam a
 Corpos estranhos reepitelização.
 Fatores mecânicos (quanto mais Há uma lentidão das MMPs, do processo de
movimentos, maior a demora para o degradação.
processo de cicatrização)
 Tamanho, localização e tipo da ferida
 Órgãos mais vascularizados são
cicatrizados mais rapidamente.
ASPECTOS PATOLÓGICOS DO
REPARO
 Formação deficiente da cicatriz:
 A formação inadequada do tecido de
granulação ou a organização da cicatriz
pode levar:
 Deiscência da ferida (cirurgia
abdominal: vômitos, tosse) – envolvem
fatores mecânicos e desencadeiam
mais inflamação, retardam a
cicatrização
Queloide
 Ulceração (vascularização inadequada)
– por conta da reparação não efetiva,
áreas de morte, locais onde a
vascularização é mais ineficiente
 Formação excessiva dos componentes do
processo de reparo:
 Cicatrizes hipertróficas: acúmulo de
quantidades excessivas de colágeno
formando uma cicatriz saliente.
Fica uma lesão mais elevada, mas não
passa das margens da área, e pode regredir
com o passar do tempo, por conta do
aumento das MMPs.
 Queloides: cicatriz cresce além das
margens da ferida original sem regredir.
74
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
 Edema
 Congestão e hiperemia
 Hemorragia
 Hemostasia
 Trombose
 Embolia
 Infarto
 Choque

EDEMA
 É o aumento anormal de líquidos nos espaços
intersticiais.
Acúmulo de líquido advindo dos vasos para o
interstício.
 Hidro + cavidade
 Hidrotórax  Pode ser localizado ou generalizado (anasarca)
 Hidropericárdio  Transudato  não há célula inflamatória
 Hidroperitônio (ascite)  Perturbações hidrodinâmicas
 Insuficiência cardíaca (não há processo
inflamatório)
 Exsudato  caracterizado pelas células
inflamatórias
 Processos inflamatórios

Manifestação do edema: sinal de cacifo +


 Causas do edema
 Inflamação  exsudato
 Aumento da pressão hidrostática
 Redução da pressão osmótica
 Obstrução linfática
 Redução de sódio

75
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Altera a permeabilidade dos capilares 


extravasamento do líquido

Área rósea/vítria  espaço alveolar cheio de


líquido acumulado
O líquido vai do septo alveolar para o espaço
alveolar

Pulmão inchado (aumento de peso e volume)

Líquido no interstício pulmonar que vai para o


espaço alveolar  troca gasosa prejudicada

Transudato
76
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

No edema pulmonar, o edema consegue se


expandir, diferente do edema encefálico/cerebral,
que não tem para onde ir.

Aumento dos giros e diminuição dos sulcos


Parte mais clara: edema

E: normal
D: edema
77
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DO EDEMA
 Pulmão
 Inflamação ou infecção (macro ou
microrganismos - pode levar a inflamação)
 Impede a difusão de oxigenação
 SARA: edema com processo inflamatório
intenso
 Cérebro
 Morte
 Substância cerebral pode herniar
 Comprimir o fornecimento vascular

CONGESTÃO E HIPEREMIA
 Aumento local do volume sanguíneo –
acúmulo de sangue dentro de vasos.
 Hiperemia: é um processo ativo que resulta de
aumento do fluxo tecidual devido a dilatação
arteriolar. Deixando o tecido afetado vermelho
(eritema).

 Congestão: é um processo passivo que resulta


da redução do fluxo sanguíneo. Está
intimamente relacionada ao desenvolvimento
de edema.
 Altera a permeabilidade e extravasa Microhemorragias – capilares presentes no septo
líquido. alveolar
 Algo posterior (lá na frente) leva ao  Congestão crônica: ocorre fagocitose
congestionamento de hemácias. (macrófagos alveolares) de hemácias e
digestão de hemoglobina – hemossiderina 
pode ocorrer em qualquer órgão

78
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Hepatócitos – sangue represado no fígado e não


consegue retornar para o coração  IC

Fígado em noz moscada – congestão dos capilares


hepáticos

HEMORRAGIA
 Extravasamento de sangue no espaço
extravascular.

79
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Causas que podem levar: processos
traumáticos, vasculites, aneurismas, alterações
intrínsecas dos vasos...

 Petéquias: diminutas hemorragias de 1 a 2


mm na pele, mucosas (gástrica, intestinal)
e superfícies serosas  microhemorragias

 Formas de hemorragias

 Hematoma: hemorragia contida dentro de


um tecido.
 Hematoma epidural: geralmente
associada a fratura craniana  lesou o
vaso

80
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

 Equimose: hematomas subcutâneos


maiores (> 1 a 2 cm) e são típicos após
traumatismos

 Púrpura: hemorragias um pouco maiores


(> 3 mm)

 Hemotórax: acúmulo de sangue no tórax

81
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Plaquetas
 Cascata de coagulação

PAREDE VASCULAR
 Células endoteliais: células principais

 Hemopericárdio: acúmulo de sangue no


pericárdio

 Propriedades anti-trombóticas: não há lesão.


 Efeito antiplaquetário: sem adesão,
mediadores envolvidos - PGI e NO
 Efeito anticoagulante: inibidor fator
tecidual e trombina se liga à
 Hemoperitônio: acúmulo de sangue no trombomodulina  inibidores da cascata
peritônio de coagulação
 Efeitos fibrinolíticos: cliva fibrina e
HEMOSTASIA degrada o trombo
 Mantêm o sangue em um estado líquido e  Propriedades pró-trombóticas: há lesão.
livre de coágulos.  Trauma e inflamação – células endoteliais:
 Não deixa formar coágulos, quando não há  Efeito plaquetário: vWF – agregação
lesão, pois os elementos do sangue podem de plaquetas ao endotélio
formar.  Efeito pró-coagulante: ativação da
 Induzem um tampão hemostático em um cascata de coagulação
local de lesão vascular.  Efeitos antifibrinolíticos: PAI -
 Caso ocorra lesão, forma o tampão para inibição de t-PA
não ter hemorragia.
PLAQUETAS
ASPECTOS QUE ENVOLVEM A  Exposição da MEC: adesão de plaquetas –
HEMOSTASIA: vWF – colágeno
 Parede vascular (endotélio)  Liberação de grânulos
82
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Agregação plaquetária

Há liberação da endotelina que causa


O endotélio estimula as plaquetas, elas se aderem,
vasoconstrição.
mudam de forma, liberam grânulos, há
recrutamento e agregação, formando o tampão
hemostático.

CASCATA DE COAGULAÇÃO
 Trombina: converte o fibrinogênio em fibrina,
para isso precisa estar livre.
 Não deixa formar o trombo, pois
normalmente a trombina está ligada a
trombomodulina (efeito anticoagulante).
 Polimerização da fibrina: gel insolúvel
(vedação) - envolve plaquetas.

Quando há a formação do tampão hemostático e


não há o extravasamento de sangue, é necessário a
formação do antitrombótico. Ocorre liberação de
trombomodulina, que bloqueia a cascata de
coagulação e efeitos fibrinolíticos.

TROMBOSE

83
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Formação de um coágulo sanguíneo (trombo)
dentro de vasos “intactos”.
 Alterações no endotélio que podem levar a
formação e ativação dos efeitos
trombóticos.
Exemplo: aterosclerose (placa de gordura) 
 Hemácia, plaqueta e fibrina  formação
lesão endotelial  alteração do fluxo 
de coágulo
formação de trombo.
 Contraparte patológica da hemostasia.
 Trombose é uma ativação excessiva dos
processos homeostáticos normais. Não há
reversão.
 TRÍADE DE VIRCHOW
 Lesão endotelial
 Hipercoagulabilidade (- comum): ativação
excessiva da cascata de coagulação, com
produção de fibrina
 Trombofilia
 Alteração nas vias de coagulação: Os ateromas lesam o endotélio e há a formação do
predispõe à trombose trombo.
 Desordens primárias: genéticas, Observação: as vezes a alteração do fluxo pode
mutação levar a lesão do endotélio.
 Desordens secundárias:
 Repouso no leito ou imobilização
 estase (processo mecânico)
 Câncer (pró-coagulantes)
 Tabagismo
 Obesidade
 Estase ou fluxo sanguíneo anormal: causa
Principal causa: aterosclerose  formação do
disfunção endotelial
aneurisma ou trombo  alteração de fluxo
 Fluxo turbilhonar, turbulência 
trombose arterial LOCALIZAÇÃO DO TROMBO
 Estase  trombo venoso  Interior das câmaras cardíacas
 Cúspides valvulares
 Artérias
 Veias
84
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Capilares  Oclusivos, malha friável de plaquetas,
fibrina, glóbulos vermelhos e leucócitos
 Trombos venosos
 Ocorre em estase.
 São constituídos predominantemente de
hemácias e se localizam nas veias.
 Linhas ou estrias de Zahn: composta de
camada pálida de fibrina e plaquetas
alternadas com camada escura de hemácias
 por ativação da cascata por lesão
endotelial  trombo
 Área de agregado de hemácias, não há
estrias  coágulo pós mortem
 Diferenciar coágulo
Processo de oclusão associado a aterosclerose

Coloração especial, oclusão parcial (E)


Conseguimos ver as fibras elásticas, oclusão total
(D)

TROMBO MURAL
 Quando trombos arteriais se originam nas
câmaras cardíacas ou na luz aórtica

Aterosclerose  isquemia  IAM

CLASSIFICAÇÃO DOS TROMBOS


 Trombos arteriais
85
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Corte transversal, formação do trombo

Cristais de colesterol – aterosclerose


Área de recanalização (D)

Cristais de colesterol - causa

86
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DOS
TROMBOS
 Trombose arterial e cardíaca
 IAM: trombos murais
 Trombos murais e aórticos podem
embolizar: cérebro, rins e baço

Hemácia, plaqueta e fibrina

 Trombose venosa: flebotrombose


 Veias superficiais ou profundas da perna
87
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Trombose venosa profunda (TVP): veias  São conduzidos em canais maiores e
maiores, acima do joelho atravessam o lado direito do coração até a
 Grave: embolização para o pulmão vasculatura pulmonar.
 Se o trombo for muito grande, pode ocluir
a artéria pulmonar e impactar na
bifurcação: êmbolo em sela ou “a
cavaleiro”  tromboembolismo em sela
 infarto  morte
 Arteríolas menores

TVP levam a TEP

EMBOLIA
 Massa sólida, líquida ou gasosa intravascular
desprendida que é levada pelo sangue a um
local distante do local de origem
 Alojam-se em vasos estreitos para permitir sua
passagem, resultando em oclusão vascular.
 A maioria dos êmbolos (99%) representa parte
de um trombo desalojado: tromboembolia

TROMBOEMBOLISMO
 Pulmonar – normalmente decorre de uma TVP
(causa)
 200.000 mortes nos EUA
 Os êmbolos venosos (95%) originam-se de
trombos nas veias profundas da perna  Sistêmico: refere-se a êmbolos que seguem
(TVP) acima do nível do joelho. dentro da circulação arterial.
 80% originam-se de trombos murais
intracardíacos (formação nas câmaras) – se
88
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
disseminam para vários locais. Os demais
originam-se de aneurismas da aorta,
trombos em placas ateroscleróticas
ulceradas.
 Geralmente causam infartos, pois são a
causa da isquemia.

Adipócitos

AVC

Pode afetar os capilares

Plaquetas, fibrina e hemácias

EMBOLIA GORDUROSA
Segundo mais comum.
 Caracteriza-se pela presença de glóbulos de
gordura na circulação sanguínea  adipócitos
entram na circulação
 Fraturas de ossos longos (fêmur e tíbia) – 90% A embolia gordurosa pode ser pulmonar.
de lesões ósseas graves  medula óssea
EMBOLIA DO LÍQUIDO AMNIÓTICO
produz células sanguíneas e há presença de
 Complicação durante o parto e pós-parto
tecido adiposo
 5ª causa de morte materna no mundo
 Adesão plaquetária – êmbolos podem obstruir
 Dispneia, cianose e choque – convulsões e
vasos
coma
 Causa: infusão de líquido amniótico ou tecido
fetal na circulação materna  leva a
89
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
processos obstrutivos, pois afeta a circulação
pulmonar da mãe.
 Presença de células escamosas da pele fetal,
gordura: derivados do trato respiratório fetal –
deslocam para vasculatura materna.

Parecem adipócitos – pode confundir

INFARTO
 É uma área de necrose isquêmica causada por
Células escamosas no centro oclusão do suprimento arterial ou da drenagem
venosa.
 Resultam da oclusão arterial trombótica ou
embólica.
 Trombo  embolo  infarto
 INFARTO VERMELHO
 Oclusões venosas
 Tecidos frouxos que permitem acúmulo de
sangue na zona infartada
EMBOLIA GASOSA
 Tecidos de circulação dupla (pulmão,
 Bolhas de gás dentro da circulação podem fígado) – podem levar a extravasamentos
coalescer
 INFARTO BRANCO
 Massas espumosas que obstruem o fluxo  Oclusões arteriais
sanguíneo  Órgãos sólidos (coração, baço e rim) – não
 Doença por descompressão: quando há muito extravasamento de hemácias, fica
indivíduos são expostos a alterações bruscas uma região mais clara
da pressão atmosférica
 Mergulhadores

90
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Vermelho, pulmão (A) e branco (B)

Branco

Início do processo de deposição de colágeno 


tecido de granulação  cicatriz

Branco

Obstrução das coronárias  hipertrofia cardíaca

91
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Aterosclerose: silenciosa, com o passar do tempo
os ateromas aumentam de tamanho; pode levar a
formação de trombos, êmbolos e levar a infartos,
pode enfraquecer parede e levar a aneurisma.

Vemos células fantasmas – grupo de células que


morreram – não vemos núcleo e nem hemorragia;
ficam pálidas
Lesão reversível com tumefação

 A lesão isquêmica no sistema nervoso


central resulta em necrose de liquefação

92
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Fatores que influenciam o desenvolvimento de
um infarto:
 Natureza do suprimento vascular
 Se tiver suprimento alternativo:
PROTEÇÃO
 Pulmões e fígado: duplo suprimento –
circulação dupla
 Baço e rim: morte dos tecidos –
circulação simples
 Vulnerabilidade à hipóxia: quanto a célula
consegue sobreviver a ausência de
oxigênio
 Neurônios – lesão irreversível: 3 a 4
min de isquemia
 Miocárdio – 20 a 30m
 Fibroblastos no miocárdio: horas
 Taxa de desenvolvimento da lesão
 Lento: vias de perfusão alternativa
 Menor probabilidade de infarto:
formação de vasos colaterais
(circulação colateral no coração) 
formação das placas de aterosclerose
 Idosos sobrevivem mais do que
jovens
 Adulto jovem morre de infarto 
trombo
 Teor de oxigênio no sangue
 Obstrução parcial de um pequeno vaso
 Redução de oxigênio em anêmicos:
infarto

CHOQUE
 Constitui hipotensão sistêmica devido a uma
redução do débito cardíaco ou do volume
sanguíneo circulante

93
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Consequências: redução da perfusão tecidual e  Patogenia (mecanismos)
hipóxia celular  Mediadores inflamatórios:
 Via final de eventos letais: hemorragia grave,  Ativação celular: TNF, IL-1, IFN
traumas, queimaduras, IAM, embolia  Radicais livres  estresse oxidativo
pulmonar e sepse. Dependendo pode levar ao  Ativação de células endoteliais e lesão:
óbito.  Trombose  processo sistêmico
 Aumento da permeabilidade vascular
 Vasodilatação

CHOQUE CARDIOGÊNICO Neutrófilos, monócitos, ativação do endotélio


 Resulta de insuficiência da bomba do (formação dos trombos), do sistema complemento,
miocárdio (processo de falência cardíaca) produção de ROS, alteração da permeabilidade,
 Lesão miocárdica intrínseca (infarto) extravasamento de líquidos, diminuição da
 Arritmias ventriculares perfusão (pode levar a falência de múltiplos
 Obstrução do fluxo de saída órgãos)  coagulação intravascular disseminada
(CID)  processo sistêmico (efeitos sistêmicos
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
como febre)
 Resulta da perda de sangue ou volume
IL-10 pode levar a processos pró-inflamatórios de
plasmático
imunossupressão
 Hemorragia
 Perda hídrica (queimaduras)  levam a
 Estágios do choque:
hipovolemia
 Fase inicial não progressiva: perfusão
CHOQUE SÉPTICO mantida
 Único que cai na prova!  Fase progressiva: hipoperfusão tecidual
 Resulta de disseminação e expansão de uma (menor chegada de sangue)
infecção inicialmente localizada (abscesso,  Fase irreversível: lesão intensa  óbito
peritonite, pneumonia) para a corrente
CHOQUE ANAFILÁTICO
sanguínea

94
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Desencadeado por uma resposta de vai ser reconhecida): aumento no número
hipersensibilidade generalizada mediada por de divisão celular
IgE  Metaplasia: troca de um tipo de epitélio
 Está associado a vasodilatação sistêmica e por outro – processo adaptativo, reativação
aumento da permeabilidade vascular das células tronco  mutação
 Esôfago de Barret: epitélio escamoso
CHOQUE NEUROGÊNICO
 colunar (alteração no esfíncter
 Lesão na medula espinal esofágico inferior – acidificação) 
 Resultado de uma perda do tônus vascular adenocarcinoma (padrão glandular)

NEOPLASIAS  Fumantes: epitélio cilíndrico ciliado 


escamoso (carcinoma de células
 Neo: novo; plasia: formação, crescimento
escamosas)
 É uma massa anormal de tecido, cujo
 Displasia (formação imperfeita): alteração
crescimento excede aquele dos tecidos
do crescimento e diferenciação celular,
normais e não está coordenado com ele,
vista no epitélio.
persistindo após o término do estímulo
 Crescimento desordenado – perda da
indutor.
uniformidade das células e da
 Resultam em alterações genéticas que são
orientação arquitetônica
passadas para células tumorais.
 Quando há proliferação celular
Pode não ser mais reconhecida, ser morta, sofrer o
acompanhada de redução ou perda de
processo de diferenciação, pode expressar a via
diferenciação celular (célula
autócrina (produz e libera, utiliza o fator de
especializada – parenquimatosas) e
crescimento, a protease ao seu favor), a célula é
atipia/alterações celular
autossuficiente, foge do envelhecimento celular,
 Carcinoma in situ: afetou todo o epitélio
não há encurtamento de telômero – foge dos
processos que coordenam as células.
A neoplasia tem um estímulo que desencadeia a
alteração genética (endógeno ou exógeno) –
mutações. Esse estímulo pode ser sessado ou não,
mesmo quando tiramos o estímulo, pode levar a
neoplasia  estímulo carcinógeno
CONDIÇÕES PRÉ-CANCEROSAS
 Lesões associadas ao aparecimento de um
câncer (pré-neoplásicas):
 Hiperplasia (pode se transformar em
neoplasia, por alteração genética, que não
95
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 NIC III: displasia grave/ carcinoma in situ
 Invasão e rompimento da membrana basal
 metástase
Observação: lesão interepitelial de baixo grau =
CIN I = NIC I; lesão interepitelial de alto grau =
NIC II e NIC III

Epitélio escamoso  crescimento desordenado,


não há invasão
Houve perda de diferenciação celular

Epitélio escamoso (E), alteração (D) – displasia de


alto grau
 Alguns cânceres parecem evoluir a partir de
um estágio pré-invasivo – Carcinoma in situ
 Características de malignidade sem
invasão da membrana basal

Houve atipia? Perda da forma?

NOMENCLATURA
 Neoplasia Intraepitelial Cervical
 NIC I: displasia leve
 NIC II: displasia moderada

96
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES
COM
 Comportamento (benigno ou maligno)
 Origem (epitelial, mesenquimal ou
embrionária) – onde ocorreu a mutação (célula
especializada ou não)
 Morfologia - Aspecto microscópico
(histomorfológico)
 Todo tumor benigno é bem diferenciado,
com relação à morfologia, ou seja, a célula
sofreu uma mutação, mas ainda tem
características de células especializadas.

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO
 Tumores benignos
 Crescem lentamente
 Mitoses típicas
 Tumores malignos
 Crescem rapidamente

HISTÓRICO
 Hipócrates - (460-370 a.C.) criou os termo Benigno – geralmente é encapsulado (não deixa

karkinos (caranguejo) invadir)

 Galeno (130-200), médico romano, utilizou


oncos (“inchaço” em grego). Tumor maligno
de mama

97
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Maligno

INVASÃO LOCAL
 Tumores benignos
 Massa isolada em expansão
 Não infiltra tecidos vizinhos
 Cápsula fibrosa (tecido conjuntivo)
envolta do tumor
 Tumores malignos
 Infiltração progressiva Maligno

 Caráter invasivo
 Destruição de tecido circunjacentes

Grande alteração tecidual

Benigno

98
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Célula bem diferenciada =
especializada  tumores benignos há
um melhor prognóstico
 Anaplasia (desenvolvimento negativo)
 Falta de diferenciação, célula diferente da
célula de origem (células anaplásicas)
 Tumores indiferenciados  células não-
especializadas aspecto primitivo
 Bem diferenciadas
 Moderadamente diferenciadas
 Pouco diferenciadas
 Tumores indiferenciados
 Alterações morfológicas – células
anaplásicas
 Pleomorfismo: variação do tamanho e
forma de cada célula, sem
uniformidade  atipias celulares

Reparar na organização

DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA
 Diferenciação
 Refere-se ao grau de semelhança entre as
células neoplásicas e células normais
 Tumores diferenciados  células
assemelham-se às normais

99
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Morfologia nuclear anormal: núcleo
hipercromático, núcleos e nucléolos
grandes
 Grande número de mitoses: figuras
mitóticas bizarras e atípicas

 Perda da polaridade: orientação é


alterada – desorganizada
 Células gigantes tumorais

Célula muscular lisa – mesenquimal 


leiomioma gástrico
Tumor benigno – leiomioma do útero

Podemos ter 2 tipos de câncer no útero:


mesenquimal (leiomioma do útero) ou
parenquimatoso (leiomiosarcoma do útero)

Observação: as células podem ser classificadas


em: bem diferenciadas, moderadamente
diferenciadas, pouco diferenciadas e
indiferenciadas.

Mesênquima – maligno – sarcoma


100
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

NOMENCLATURA
 TUMORES MALIGNOS
Pérola de queratina ou pérola córnea no epitélio
 Tecido mesenquimatoso (células presentes
escamoso (pode estar presente ou ocorrer por
em vários órgãos): origem + sarcoma
metaplasia) – exemplo: câncer de pulmão
 Lipossarcoma (adipócitos)
(carcinoma escamoso), de esôfago (metaplasia,
 Leiomiossarcoma (músculo liso)
escamoso para colunar - Barret), de pele e de
 Rabdomiossarcoma (músculo estriado)
genital  tumor bem diferenciado e maligno

Obs: invasivo = infiltrativo (preferir utilizar este


termo para não entender como metastático) 
tumores cerebrais são infiltrativos mas não
metastáticos

101
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

 Tecido epitelial: origem + carcinoma


 Células escamosas (epitelial)
 Carcinoma de células escamosas
 Adenocarcinoma (glandular)
 Adenocarcinoma de células renais

102
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Pólipo (projeção na superfície
mucosa)
 Teratoma (células representativas das
camadas germinativas) - teratoma
cístico do ovário (pelos, glândulas
sebáceas e estruturas dentárias) 
podem ser maduro e imaturos (estes
tendem a ser mais malignos, os quais
não possuem essas estruturas)

Mesênquima – maligno – sarcoma


Epitélio – maligno – carcinoma

 TUMORES BENIGNOS
 Célula de origem + Sufixo OMA
 Fibroma (células fibroblásticas)
 Condroma (cartilaginosa)
 Osteoma (osteoblastos)
 Adenoma (glandular)
 Papiloma (projeções digitiformes ou
verrucosas na superfície epitelial)

103
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Pólipos EXCEÇÕES
 Nem tudo que acaba em “oma” é neoplasia
Linfoma – alteração dos linfócitos (maligno)  Hematoma
Linfagioma - alteração dos vasos linfáticos  Granuloma
(benigno)

104
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Tumores benignos
 Não se metastaziam
 Tumores malignos
 Podem sofrer metástases
 Penetração nos vasos sanguíneos,
linfáticos e cavidades corporais

 Algumas neoplasias que acabam em “OMA”


são malignas
 Melanomas (melanócitos)
 Linfomas (tecido linfoide)
Muitas vezes as primeiras manifestações clínicas
do tumor ocorrem na metástase  já ocorreu a
disseminação do câncer via hematogênica ou
linfática
Exceção: o cérebro, mesmo sendo maligno, não
gera metástases – mesmo sendo muito infiltrativo
e invasivo.

INVASÃO E METÁSTASE

 Nome do autor que as estudaram pela primeira


vez:
 “Tumor de Brenner” (ovário/benigno)
 “Linfoma de Burkitt” (linfócitos/maligno)
 “Doença de Hodgkin” (linfócitos/maligno)
METÁSTASES
 São implantes tumorais, descontínuos com
tumor primário
 A célula tumoral tem que crescer até cair
na circulação sanguínea ou linfática, até
chegar em outro órgão  difícil
habilidade (travessia pela membrana basal,
MEC, chegada no vaso), grande chances
de morte dentro do vaso (fácil
reconhecimento pelo sistema imunológico)
105
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Ocorre o processo de angiogênese, para nutrir o


tumor (para não ocorrer hipóxia), liberação de DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA
MMPs, invasão, penetração dos canais vasculares  Via mais comum de disseminação dos
ou linfáticos e após isso, a saída da circulação carcinomas
para o novo local tecidual, ocorrendo a metástase.  Linfonodos – segue as rotas da drenagem

IMPLANTAÇÃO NAS CAVIDADES


CORPORAIS E SUPERFÍCIES
 Pode ocorrer toda vez que uma neoplasia
penetrar em um “campo aberto”
 Cavidade peritoneal, pleural, pericárdica,
subaracnoide

DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA
 Típica de sarcomas
 Comum nas veias
106
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Formam êmbolos que disseminam pelo
organismo
 Pulmão e Fígado

Um único tumor pode se instalar em vários órgãos


diferentes

Êmbolo tumoral = massa

Vários focos de metástase


Sarcomas – hematogênico
Carcinomas – linfático

107
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

CÂNCER
Não é um processo de epidemia.
Houve um aumento do diagnóstico (precoce),
aumento do consumo de fast-food, alimentos ultra
industrializados. Houve um aumento da
expectativa de vida, então houve a chance de
aumentar as chances de pegar câncer.
Padrão glandular – necessário da
Há vários fatores que envolvem o processo da
imunohistoquímica
epidemiologia

EPIDEMIOLOGIA

Pode ter necrose e hemorragia, pois há muitos


vasos no local
INCIDÊNCIA DO CÂNCER

108
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Principal causa de morte de mulheres entre
40-79 anos
 Crianças - leucemia
 10% de todas as mortes – menores de 15
anos
 Leucemias agudas e neoplasias do SN
 Tumores genéticos, hereditários - jovens

Homens: câncer de próstata


Mulheres: câncer de mama
Câncer que mais mata: pulmão

HEREDITARIEDADE
FATORES GEOGRÁFICOS E AMBIENTAIS  Meus pais morrem de câncer, eu estou
 Sol, poluição destinado a ter câncer?
 Fatores ocupacionais: uso de EPIs  10% dos pacientes com câncer herdaram
mutações
 Herança de um único gene mutante
dominante aumenta o risco de desenvolver
um tumor
 Mutação pontual: único alelo de um gene
supressor
 Retinoblastoma: 40% são herdados
 Síndromes do Defeito no Reparo do DNA
 Caracteriza-se por defeitos no reparo de
DNA por instabilidade cromossômica ou
do DNA
Problema: defeito nos genes supressores de tumor,
IDADE que ocorrem com o envelhecimento
 Grande parte ocorre acima dos 55 anos

109
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Cânceres Familiares
 Não tem um padrão definido de
transmissão
 Formas familiares de câncer de cólon,
mama, ovário e cérebro
 Fatores:
 Mama e ovários: parente (1º e 2º grau)
mutação nos genes BRCA-1 e 2
 Angelina Jollie possuía mutação nesses
genes – provavelmente iria
desenvolver câncer de mama no futuro
 retirou a mama

 Predisposições não hereditárias FATORES DETERMINANTES


 Influências ambientais
 Alterações do crescimento celular: solo
fértil  metaplasia e hiperplasia
 Inflamação crônica
 Virchow (1863): “câncer se desenvolve
em locais de inflamação crônica”
 Colite ulcerativa
 Gastrite por H. pylori  linfoma,
adenocarcinoma
 Hepatite viral
 Pancreatite crônica
 Resposta imune pode tornar-se
desadaptada: tumorigênese

Hereditariedade, hipertenso, etilista, tabagista,


sedentário.

110
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 7% dos cânceres em mulheres
 Insulina
 Adiponectina hormônio secretado pelo
tecido adiposo: obesidade
 Dieta
 Carcinógenos exógenos: alimentos,
adoçantes, pesticidas
 Câncer de colo: Ingestão de gorduras
animais e baixa ingestão de fibras
 Acredita-se: Vitaminas C, E,
betacarotenos: anticarcinogênicos

ESTADIAMENTO
 É baseado no sistema TNM de
 Tamanho da lesão primária (T1-T4): o
tamanho/classificação varia entre os tipos
de tumores
 T1: pequeno
 T4: muito grande e já disseminou
 Extensão de disseminação para linfonodos
regionais (N1-N3)
 De acordo com a localização, qual o
linfonodo mais próximo
 Presença ou ausência de metástases (M0-
 Obesidade M1)
 Leva a processos inflamatórios  Maior valor clínico que a graduação
 4% dos cânceres em homens

111
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Estadiar o tumor: como e onde está o tumor
primário, se já deu metástase, se já foi ou não para
o linfonodo – analisar em relação ao tamanho e
disseminação, em relação ao seu
desencadeamento.
Sistema TNM: tamanho, linfonodos, metástase a
distância ou não. Classificado com letra e número

Tis: tumor in situ – processo de displasia que


afetou todo o epitélio

Há uma certa predileção/tropismos entre esses


tumores para determinados órgãos: mama 
pulmão, cérebro, por exemplo. Por isso, é
necessário exames de imagens.

112
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Graduação baseada somente na diferenciação – há


lugares que juntam a classificação III e IV.
1- Glândulas
2- Glândulas que sofrem fusão
3- Uma glândula ou outra e a maioria
indiferenciada
4- Não vemos glândulas  necessidade de
Classificação dos tumores baseada no TNM, imunohistoquímica
chegando em padrões do carcinoma de colo Vai perdendo a característica
uterino  FIGO

GRADUAÇÃO
Graduar o tumor, análise do tumor (biópsia das
células)
 Grau de diferenciação (especialização das
células)
 Bem diferenciadas, moderadamente
diferenciadas, pouco diferenciadas e
indiferenciadas.
 Número de mitoses (bizarras ou não)
 Verificar se há pleomorfismo nuclear 
mama
 Classificados em graus I a IV

113
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Descrição da macroscopia (E) e microscopia (D)


Displasia no frasco 5 = neoplasia intrapitelial da
próstata de alto grau (NIC)

 Esfregaços citológicos

Citologia (graduação)  retirada do tumor


DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO
CÂNCER IMUNOISTOQUÍMICA
 Anticorpos específicos
MÉTODOS HISTOLÓGICOS E
CITOLÓGICOS
 Biópsia
 Biópsia por congelação: rapidez – feitos
durante as cirurgias  retira e analisa
(quadrectomia)

 Aspiração por agulha fina

114
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Autoimunidade: reações imunes contra
autoantígenos

Lista de marcadores (anticorpos) para


determinados tipos de câncer para conseguir  Etiopatogenia complexa e multifatorial
fechar o diagnóstico  Não há uma única etiologia definida para a
quebra da TOLERÂNCIA
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
IMUNOLÓGICA
 PCR
 É um fenômeno de falta de
responsividade imune a determinados
antígenos.
 Tolerância é um estado imunológico
caracterizado por resposta efetora
reduzida ou ausente, após um contato
prévio com o antígeno.

 Autotolerância: falta de responsividade imune


aos antígenos próprios.
 Central: eliminação de linfócitos
autorreativos nos órgãos linfoides centrais.
 Periférica: silenciamento de linfócitos

DOENÇAS AUTOIMUNES autorreativos da circulação


 Anergia: inativação de LT
 São frequentemente crônicas, debilitantes, e
 Supressão por linfócitos T reguladores
ameaçadoras da vida.
 80 doenças causadas por autoimunidade
115
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Deleção pela morte celular induzida
pela ativação LT

 Características das doenças imunes:


 Doenças autoimunes tendem a ser
progressivas
 Infecções podem lesar tecidos e expor
antígenos: ativação contínua de linfócitos
 Diferentes doenças autoimunes mostram
sobreposições clínicas, patológicas
sorológicas

 Anormalidades nos linfócitos: falha na


tolerância central ou periférica
 Anormalidades teciduais: inflamação 
aumento do fluxo de linfócitos ou
apresentação de antígenos próprios por APCc
ativadas

DOENÇAS AUTOIMUNES SISTÊMICAS

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Artrite reumatóide (prova)  afeta as
articulações
 Lúpus eritematoso (prova)  nefrite lúpica
 Esclerose sistêmica
 Síndrome de Sjodren

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


(LES)
 Doença multissistêmica autoimune
 Doença crônica: lesões na pele,
articulações, rim e serosas
 Presença de autoanticorpos nucleares
FANs
 Acomete mais mulheres que homens
 Predisposição: negros e hispânicos
 Etiopatogenia:
 Fatores genéticos
 Fatores imunológicos: formação dos
imunocomplexos (circulante – lesão) 
glomerulopatias  pode levar a necrose
fibrinoide (extravasamento de fibrina,
por deposição dos imunocomplexos).
 Fatores ambientais
 Morfologia:
 Imunocomplexos depositados nos vasos,
rins, tecido conjuntivo e pele
 Arterite: depósitos fibrinoides nas
paredes dos vasos
 Rim: 50% dos pacientes com LES –
imunocomplexos nos glomérulos
 Pele:
 Eritema – asa de borboleta
 Urticaria, bolhas, ulcerações
 Histologia: edema variável e inflamação Glomérulo marcado por imunocomplexos
perivascular

117
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

118
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
 Pericardite: 50% dos pacientes com LES
 Endocardite: depósitos verrucosos

ARTRITE REUMATOIDE
 Doença inflamatória sistêmica
 Etiologia desconhecida que afeta
articulações e outro órgãos (pele, coração
etc.)
 Predisposição genética
 Afeta mais mulheres
 Patogênese
 Exposição de um hospedeiro
geneticamente suscetível a um antígeno
artritogênico  eliminação da
autotolerância e reação inflamatória
crônica
 Suscetibilidade genética  Morfologia
 Genes HLA  Articulações:
 Artritogênio ambiental: vírus?  Infiltrado inflamatório perivascular
 Autoimunidade – sinovite – reação (LTCD4, LB, plasmócitos e
autoimune macrófagos)
 Acúmulo de neutrófilos
 Formação de pannus

119
Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Processo crônico: presença de células


inflamatórias (neutrófilo, macrófago)

SÍNDROME DE SJOGREN
 Doença autoimune com manifestações
primárias nas glândulas exócrinas (lacrimais e
salivares), podendo ter manifestações
extraglandulares
 Pode ser secundária a artrite reumatóide, lúpus
eritematoso sistêmico e esclerodermia
 Olhos secos e boca seca
 Idade média: 45-55 anos
 Etiologia e patogênese:
 Diminuição de lágrimas e saliva
 Decorrência de infiltrado linfocitário e
 Pele fibrose das glândulas lacrimais e salivares
 Nódulos reumatóides – lesões cutâneas  LTCD4, LB e LTCD8
mais comuns  FANs (50-80% pacientes)
 Firmes indolores e arredondados  Vírus Epstein-Barr e vírus da Hepatite C
 Histologia: zona central de necrose contribui para inflamação crônica
fibrinoide, circundada por linfócitos e  Morfologia:
plasmócitos  Glândulas salivares: infiltrado linfocitário
 Hiperplasia das células epiteliais
 Podem desenvolver linfomas de células B

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

ESCLEROSE SISTÊMICA
 Doença crônica  inflamação crônica
 Fibrose intersticial na pele e múltiplos órgãos
(rins, coração, musculo e pulmões)
 Lesão de pequenos vasos
 Fibrose excessiva em todo corpo
 Morfologia:
 Todos os órgãos podem ser envolvidos na
ES
 Pele, trato alimentar, sistema
musculoesquelético, rim
 Pode ocorrer também nos vasos, coração,
pulmão e nervos
 A maioria tem atrofia difusa da pele
 Dedos das mãos, extremidades superiores,
 Etiologia e patogênese: braço, pescoço e face
 Causa desconhecida  Histologia: edema, infiltrado perivascular
 Reações autoimunes: LT acumulam-se na (LTCD4)
pele, liberam citocinas e ativam células  Fibrose: síntese de colágeno
inflamatórias e fibroblastos
 Lesão vascular: lesão inicial –
proliferação da íntima, dilatação dos
capilares, ativação do endotélio
 Fibrose progressiva: citocinas
fibrogênicas – cicatrizes
 TGF-beta: estimula fibroblastos

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27

Lesão em garra – perda da mobilidade

Glomérulo – composição de capilar, membrana


basal
DOENÇAS AUTOIMUNES ÓRGÃO-
ESPECÍFICAS

TIREOIDITE DE HASHIMOTO
 Doença autoimune
 Prevalência: mulheres 45-65 anos
 Autodestruição das células tireoidianas –
bombardeiro  bócio

Agregados linfóides

DOENÇA DE GRAVES
 Doença autoimune com produção de
anticorpos que vão estimular as células
tireoidianas, que produzirão T3 e T4 
hipertrofia e hiperplasia das células  é o
oposto da Hashimoto
 Incidência: mulheres são as mais afetadas

Destruição da tireoide por 3 vias diferentes:


LTCD8, macrófagos e anticorpos.

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
SEMINÁRIOS
Tempo (30-50min), didática (imagem e texto),
postura (gesto, voz, olhar, movimentação),
apresentação (clara e objetiva), assunto e
criatividade
GRUPO 1

COMO OS MICRORGANISMOS
CAUSAM DOENÇAS

Inclusões virais – imagem de infecção por HPV


na cérvice

 Virulência
 Ilhas de patogenicidade: agrupamentos de
genes que codifica os fatores de virulência,
que contribui para que a bactéria sobreviva no
meio
 Plasmídeos/bacteriófagos: codificam fatores
de virulência ...
 Percepção de quórum – bactérias atuam
secretando coordenadamente – aumentam a
patogenicidade, selecionam os genes para
produzir as toxinas e sobreviverem.
 Biofilme: tornam os mecanismos imunes
inacessíveis a infecção

Endotoxina: pode ser danosa ou não – depende da


quantidade de LPS liberada
Exotoxina: sempre danosa para o sistema imune;
exemplo: tétano  inibe a proliferação dos
neurotransmissores  postura de opistótono –
contratura muscular generalizada

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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Pancardite: afeta o miocárdio, pericárdio, HPV:
endocárdio – afeta o coração como um todo Benigna: não há integração do genoma
Maligna: há integração do genoma viral ao nosso
Hipercelularidade: aumento do número de células material genético; há avanço/extravasamento da
 síndrome nefrítica por deposito de camada basal
imunocomplexos Nem todos os HPVs levam ao câncer. O câncer de
colo uterino é o mais comum,
Crescimento em nichos que o sistema imune do
hospedeiro não consegue acessar: Condiloma acuminado: hiperqueratose, atipia
Nicho que evade o sistema imune: plasmócito nos NIC: displasia
hepatócitos – fase hexoeritrocítica Baixo grau: acometimento do terço inferior
Cistos com bradizoítos e cistos de tênia
Arcabouço do fígado que da orientação, formação
Variação antigênica: é uma forma resistência à onde os hepatócitos vão se formar: fibras
resposta imune do hospedeiro – ele muda o gene reticulínicas
pela baixa fidelidade das polimerases do DNA
viral, como ocorre no HIV e Influenza. Necrose em saco-bocado: invasão dos linfócitos e
GRUPO 2 destruição dos septos e lóbulos.
Características comuns: inclusão viral e de GRUPO 4
proteínas; sintomas; linfócitos e macrófagos são Células inflamatórias: neutrófilos e macrófagos
as células mais vistas (infiltrado linfocítico e Evolução do processo inflamatório  formação
macrocítico), conseguem reconhecer a infecção – de abscessos (necrose liquefativa)
granzina e perforina, Fas/FasL, apoptose; Pancardite: reação cruzada dos anticorpos
disseminação para o sistema nervoso central. Staphylococcus e Streptococcus: oportunistas –
GRUPO 3 ambas ocasionam pneumonia
Linfoma Burkitt = Não Hodking, altamente GRUPO 5
agressivo Célula epitelioide pode se transformar em célula
gigante multinucleada
Hepatite: tumefação celular, degeneração Cavitação  tuberculose secundária  lesão
hidrópica, presença de bilirrubina nos hepatócitos apical  hemoptise
Tubérculos  brônquios  disseminação
Granuloma: tentativa de conter os vermes broncogênica
Sarcoma de Kaposi: neoplasia mais comum Complexo de Ghon: granuloma no lobo médio do
associada a AIDS, mesênquima, afeta vasos do pulmão (no linfonodo) e lesões no parênquima
TGI, pele. Há uma classificação Foco de Ghon: lesão no parênquima (espaço
subpleural)
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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
Doença primária  disseminação hematogênica Estágios: primária, segundária e terciária.
 doença miliar  1ª: lesão no local, cancro (pápula 
Expansão da lesão  disseminação do bacilo  úlcera), indolor
tuberculose pulmonar progressiva  2ª: 75% das pessoas não tratadas.
Tuberculosa isolada  aparece em qualquer Disseminação na pele e lesões
órgão, principalmente meninges, rins, ossos e mucocutaneas disseminadas e exantema
tubas uterinas Condiloma latum – comum nas mucosas
Hanseníase: infecta macrófagos e células de  3ª: após período de latência de 5 anos ou
Schwann (bainha de mielina do SNP)  M. mais, assintomático. Estágio raro e mais
leprae comum em pessoas com HIV.
Hanseníase tuberculoide  lesões hipocromicas  Há 3 manifestações principais:
 lembra as células epitelioides da tuberculose cardiovascular (aortite sifilítica –
Paucibacilar – não encontramos a micobacteria dilatação da aorta); neurossífilis
por conta do padrão Th1 – diagnostico tardio (sintomática ou assintomática – líquor
com pleiocitose, proteinúria ou redução
Hanseníase lepromatosa (Virchowiana) – face de glicose, atrofia dos giros e
leonina  estágios avançados, pois não há alargamento dos sulcos); terciária
ativação de macrófagos  também chamada de benigna (lesão granulomatosa branco-
lepra multibacilar – padrão Th2 acinzentadas e flexíveis, podendo ser
Tropismo por órgãos e regiões mais frias do corpo única ou múltiplas, ossos – dor, edema
Globias: complexo de bacilos de Hanssen e fratura -, pele e mucosas – lesões
GRUPO 6 nodulares)  aspecto ulcerativo raro,
nodular mais presente
ESPIROQUETAS Hepar lobatum: lesão nodular no
 gram negativa, bainha externa, ruim fígado
visualização na coloração de gram  Sífilis congênita: via transplacentária ou
 Sífilis: treponema pallidum, coloração de canal de parto. Transmissão dependente da
prata, IST, penetração via mucosa e fase (primaria e secundaria – maior
escoriações microscópicas da pele (inflamação possibilidade) e o tempo de exposição do
crônica)  plasmócito feto à doença (por isso a importância da
 Resposta celular: Th1 – macrófagos testagem do feto).
 Resposta humoral: plasmócitos –  Precoce: sintomas aparecem nos
anticorpos específicos primeiros 2 anos de vida – exantema
 Endarterite produtiva: presente em todos maculopapular (semelhante a
os estágios  espessamento da camada
intima da arteríola
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Nicolle Fortuny de Lima – Turma 27
secundaria), podendo ser bolhoso ou  Patogenia: não produz LPS
escamativo. Resposta imune inata: IL-6 e TNF,
 Tardia: aparecem depois de 2 anos de NO
vida. Nariz em sela (destruição óssea), Resposta imune adaptativa:
tíbia torta, dentes em chave de fenda, anticorpos específicos, LTCD4,
perda auditiva, ceratite intersticial variação antigênica
(pode causar cegueira) Estágio 1 da doença (aguda):
Pneumonia Alba: complicação multiplicação e disseminação local,
comum da sífilis congênita formando o eritema, febre,
 Diagnóstico: sorologia (principal) 4-6 linfadenopatia, edema.
semanas após a infecção. Estágio 2 (disseminado inicial):
 Não treponema: VDRL  positivo linfadenopatia, meningites
principalmente em fase secundária Estágio 3 (disseminada tardia): 2-3
 Antitreponema: FTA-ABS  primeiro anos após a picada, artrite crônica,
a se tornar positivo encefalite
 Imunofluorescência do exsudato:  Bactérias anaeróbicas
diagnóstico precoce  Abscessos: pus descolorido
 Reação de Jarisch: antibiótico  Clostridium
(penicilina)
 Borrelia: doença de Lyme e febre recorrente Perfis morfológicos: infiltrado linfoplasmocitário,
(endêmica e epidêmica). Não produz toxina, lesão endotelial, granulomas, abscessos e
capacidade de variação antigênica, migra vasculites infecciosa.
através dos tecidos.
REVISÃO
 Febre recorrente: período de incubação 1-2
Infecções virais: inclusões, atipias, halo, olhos de
semanas após a picada
coruja
 Diagnóstico: identificação de
Infecções bacterianas: abscessos, destruição
espiroquetas em esfregaços de sangue
necrosante (HSV)
durante a febre.
Tuberculose: saber o mecanismo
 Patogenia: febre recorrente e
Sífilis: saber o mecanismo
espiroquetemia
Paracoco: saber a diferença do aspergilos
 Hepatoesplenomegalia, hemorragias
(impregnação pela prata) – oportunista, roda de
dispersas, superinfecção bacteriana
leme, orelha de Mickey; saber o mecanismo,
pulmonar
como eles atuam
 Doença de Lyme: diagnóstico através da
Etiologia, patogenia, macro e micro; tipo de
sorologia (principal) e PCR.
resposta, onde acomete, as formas
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