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Conceitos:
Saúde: estado de bem estar completo físico, mental e social e não apenas ausência
de doença ou mal estar (OMS, 1946)
Considerações gerais:
a) Após uma injúria, a função celular é perdida muito antes que ocorra a morte
celular e as alterações morfológicas indicativas de lesão ou morte celular só
se tornam evidentes muito tempo depois. Por exemplo, as células do
miocárdio deixam de se contrair após 1 a 2 minutos de isquemia e morrem
somente 20 a 30 minutos após o início desta isquemia. Por outro lado, as
alterações ultra-estruturais características da morte celular só ocorrem 2 a 3
horas e as alterações vistas ao microscópio ótico 10 a 12 horas após o início
dessa injúria;
b) As reações da célula à injúria dependem do tipo de lesão, da intensidade e
duração dela;
c) O tipo celular, seu estado e adaptabilidade também determinam as
conseqüências da injúria celular;
d) Existe uma gama maior de agentes etiológicos frente á diversidade de
reações das células afetadas.
Curiosidade: no envenenamento agudo por cianeto como os tecidos não utilizam o oxigênio do
sangue, o sangue venoso permanece rico em oxigênio e de coloração vermelho brilhante
como do sangue arterial.
A bomba de sódio e potássio, para cada molécula de ATP, bombeia três Na+ para fora da célula e duas
de K+ para dentro. Assim a bomba mantém o gradiente iônico trans-membrana necessários para a
função normal do nervo e músculo.
compostos químicos
radiação
toxicidade do oxigênio e de outros gases
envelhecimento celular
morte microbiana por células fagocitárias;
lesão inflamatória;
destruição de tumor pelos macrófagos
De forma comum os radicais livres podem surgir nas células das seguintes maneiras:
Propriedades dos radicais livres: como os elétrons são mais estáveis quando
pareados nos orbitais, radicais livres são geralmente mais reativos que espécies não
radicais, embora possa haver uma variação considerável nessa reatividade.
Os radicais podem reagir com outras moléculas de diversas formas; quando
dois radicais se encontram podem combinar seus elétrons desemparelhados e se
juntarem para formar uma ligação covalente (um par de elétrons compartilhados). O
radical poderá doar seu elétron desemparelhado para uma outra molécula ou poderá
incorporar um elétron de uma outra molécula para parear. Entretanto, se o radical
recebe ou doa um elétron de uma espécie não radical, esse último se torna um radical,
revelando mais uma propriedade dos radicais livres que é iniciar reações em cadeia.
Injúria por radicais livres: quando gerados no interior das células, os radicais livres
causam injúria. Três reações são particularmente relevantes na injúria celular por
radicais livres:
2. Fragmentação do DNA: a interação dos radicais livres com DNA pode quebrar a
fita do DNA induzindo morte celular, inibição da replicação do DNA e/ou
mutações com o surgimento de células neoplásicas.
Inativação dos EROS nas células: as células possuem em seu interior uma enzima
capaz de neutralizar essa tendência à redução monoeletrônica do oxigênio. Trata-se
da enzima citocromo oxidase que força a reação a ocorrer numa única etapa, sem a
formação de intermediários. Ainda assim, o processo de redução de 5% do oxigênio
que consumimos passa por etapas monoeletrônicas, com formação de intermediários;
as espécies reativas de oxigênio. Por serem extremamente instáveis estes compostos
podem se decompor espontaneamente, o ânion superóxido por exemplo, pode se
decompor espontaneamente em oxigênio e peróxido de hidrogênio. Além disso, as
células possuem mecanismos para inativarem as EROS:
INJÚRIA QUÍMICA
Destino das células necrosadas: após a morte celular os componentes celulares são
progressivamente degradados, há um vazamento das enzimas celulares para o meio
extracelular e entrada de macromoléculas do interstício. A célula morta é então
substituída por massas de fosfolipídeos na forma de figuras de mielina. Estes serão
fagocitados ou degradados em ácidos graxos. Pode haver a calcificação de tais ácidos
com a formação de sebatos de cálcio.
BIBLIOGRAFIA
Majno, G.; Joris, I. Cells, tissues and disease. Principles of general Pathology. Blackwell
Science, 1996, pp. 973.