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INTRODUÇÃO

Em Medicina, lesão é um termo não específico usado para descrever qualquer dano ou mudança
anormal no tecido de um organismo vivo.
A palavra lesão tem origem do Latim, LAESIO, ferir, atacar, causar dano. Tais anomalias
podem ser causadas por doenças, traumas ou simplesmente pela prática de esportes. A lesão celular é
resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários componentes celulares
essências. Os componentes celulares que mais frequentemente são lesados por estímulos nocivos
incluem as mitocôndrias, as membranas celulares, a maquinaria da síntese e empacotamento de
proteínas e o DNA do núcleo.

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JUSTIFICATIVA
É extremamente fundamental que um estudante de medicina saiba diferenciar termos sinónimos,
logo a escolha do tema já mencionado no início, é de suma importância, uma vez que despertará e
aprimorará os meus conhecimentos na cadeira de patologia relativamente ao tema lesão, agressão e
morte celular.
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OBJETIVOS

Objetivo Geral
Conceituar lesão, agressão e morte celular.

Objetivos Específicos
 Descrever as causas das lesões.
 Classificar as lesões.
 Identificar as agressões.
 Caracterizar morte celular.

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ASPECTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de um estudo de Revisão Sistemática da Literatura, sendo o estudo observacional
retrospectivo, adequada para buscar consenso sobre alguma temática específica e sintetizar o
conhecimento de uma dada área por meio da formulação de uma pergunta, identificação, seleção e
avaliação crítica de estudos científicos contido em base de dados electrónica.
A pergunta foi: O que é lesão, agressão e morte celular?
A busca de artigos para realização da pesquisa, foi feita com dados já existentes, dando especial
destaque aos artigos publicados em 2010 e 2020 de Patologia, por meio das seguintes palavras chaves:
lesão, tecido e morte.
Para seleção de artigos realizou-se primeiramente a leitura de resumos das publicações
relacionadas com o objetivo de encontrar a que obedecesse os critérios por norma já estabelecidos.
A pesquisa, foi incluída publicações e artigos referentes a disciplina de Patologia e pela menor
pretensão de determinados dados não fazerem parte da pesquisa, foi excluído publicações e artigos não
referentes a cadeira de Patologia.

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É de conhecimento atual que o organismo humano quando ameaçado por um agente invasor,
bactéria, vírus ou um outro microrganismo aciona uma linha de defesa a que chamamos sistema
imunológico. O sistema imunológico desempenha um papel importante na defesa do organismo. Ele
é constituído por um sistema de células distribuídas numa rede de órgãos como o fígado, o baço, o
timo e a medula óssea. Agressão, qualquer estímulo do meio pode constituir uma agressão, agentes
químicos, físicos, biológicos e alterações nutricionais.
Os agentes agressores são responsáveis por provocar lesões.
Classificação das Lesões
As lesões podem ser classificadas como:
 Lesões exógenas: Ocorrem do meio ambiente para o organismo (contaminações,
doenças infecciosas, choques físicos).
 Lesões endógenas: Ocorrem através do próprio organismo (doenças auto- imune,
distúrbios hormonais, alterações metabólicas).
 Lesões idiopáticas: Sem origem diagnosticada
Mecanismo de lesão e morte celular
O mecanismo patológico inicia obrigatoriamente por uma causa, a PATOGÊNESE
(desenvolvimento da doença) e a evolução da mesmas pode gerar 2 condições distintas: Lesões
reversíveis e Lesões irreversíveis, sendo que, considera-se como fim do processo a morte celular.
 Lesões reversíveis: São capazes de restabelecer suas funções normais, ou seja, voltar a
homeostasia.
 Lesões irreversíveis: Perdem a capacidade de restabelecer as funções, resultando na
modificação da morfologia celular e óbito.
Agressão – qualquer estímulo do meio pode constituir uma agressão. Agentes físicos, químicos,
biológicos, alterações na expressão gênica, modificações nutricionais, mecanismos de defesa do
organismo.
Defesa – mecanismos contra agentes agressores. Barreiras mecânicas e químicas de pele e
mucosas, fagocitose, reação inflamatória, sistema enzimáticos de detoxificação e antioxidantes. Os
mecanismos defensivos podem se tornar agressores.
Adaptação – capacidade das estruturas do organismo de modificar suas funções frente à uma
agressão para ajustar-se às modificações induzidas, numa faixa de normalidade.
A lesão não se caracteriza como um problema em particular. Na verdade, essa é a denominação
dada para qualquer ferimento ou traumatismo que afete tecidos do interior ou exterior do organismo,
acarretando a perda da função dessa parte traumatizada.
Diversos fatores podem ocasionar uma lesão, sendo eles provocados por agentes externos, como
a picada de um inseto, um corte, uma pancada, queda ou qualquer outro que cause algum tipo de dano
ao corpo.
Porém, as lesões também podem ser causadas por doenças. Nesse caso, elas se caracterizam pelo
crescimento excessivo ou alteração de forma e aparência de um tecido. O câncer, por exemplo, é um
tipo de lesão.

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Em medicina, lesão é um termo não específico usado para descrever qualquer dano ou mudança
anormal no tecido de um organismo vivo. Tais anomalias podem ser causadas por doenças, traumas
ou simplesmente pela prática de esportes, por exemplo.
Lesão é derivado do latin laesĭo (ferimento).
Causas:
1. Hipóxia
2. Agentes físicos
3. Agentes químicos (terapêuticos ou não)
4. Agentes infecciosos
5. Reações imunológicas
6. Distúrbios genéticos
7. Distúrbios nutricionais

Lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente que não são mais
capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos à sua natureza ou são prejudicadas por
anomalias intrínsecas. A lesão pode progredir de um estágio reversível e culminar em morte celular.
Lesão celular reversível
Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e funcionais são
reversíveis, se o estímulo nocivo for removido. Os principais marcos da lesão reversível são a redução
da fosforilação oxidativa, com consequentes depleção do armazenamento de energia na forma de
trifosfato de adenosina (ATP) e tumefação celular causada por alterações da concentração de íons e
influxo de água. Além disso, várias organelas intracelulares, como mitocôndrias e o citoesqueleto,
podem mostrar alterações.
As duas características da lesão celular reversível podem ser reconhecidas com o microscópio
óptica:
1. Tufemação celular
2. Degenaração gordurosa.

A tumefação celular surge quando as células se tornam incapazes de manter a homeostasia iônica
e líquida e é resultante da falha da bomba de íons dependente de energia na membrana plasmática.
A degeneração gordurosa ocorre na lesão hipóxica e em várias formas de lesão metabólica ou
tóxica. Ela é manifestada pelo surgimento de vacúolos lipídicos grandes no citoplasma. É observada
principalmente em células envolvidas e dependentes do metabolismo de gordura, como os hepatócitos
e as células miocárdicas.
Causas de Lesão Celular
As causas de lesão celular variam desde a violência física externa grosseira de um acidente
automobilístico a anomalias internas sutis, como uma mutação genética causando perda de uma enzima
vital que compromete a função metabólica normal. A maioria dos estímulos nocivos pode ser agrupada
nas seguintes características gerais:

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Privação de Oxigênio
A hipóxia é uma deficiência de oxigênio que causa lesão celular por reduzir a respiração
oxidativa aeróbica. A hipóxia é uma causa extremamente importante e comum de lesão e morte
celulares. As causas da hipóxia incluem a redução do fluxo sanguíneo (isquemia), a oxigenação
inadequada do sangue devido à insuficiência cardiorrespiratória, e a redução da capacidade de
transporte de oxigênio do sangue, como na anemia ou no envenenamento por monóxido de carbono
(produzindo uma monóxi-hemoglobina com carbono estável que bloqueia o transporte de oxigênio)
ou após grave perda sanguínea. Dependendo da gravidade do estado hipóxico, as células podem se
adaptar, sofrer lesão ou morrer. Por exemplo, se uma artéria for estreitada, o tecido suprido por esse
vaso pode, inicialmente, diminuir de tamanho (atrofia), enquanto uma hipoxia súbita e mais acentuada
induz lesão e morte celular.
Agentes Físicos
Os agentes físicos que causam lesão celular incluem traumatismos mecânicos, extremos de
temperatura (queimaduras e frio profundo), alterações bruscas da pressão atmosférica, radiação e
choque elétrico.
Agentes químicos e Drogas
A lista de substâncias químicas que podem produzir lesão celular desafia uma compilação.
Substâncias simples, como a glicose ou sal em concentrações hipertônicas, podem lesar a célula
diretamente ou por perturbação do equilíbrio eletrolítico das células. Até mesmo o oxigênio em altas
concentrações é tóxico. Quantidades residuais de venenos, como arsênico, cianeto ou sais mercúricos,
podem destruir células dentro de minutos a horas em números suficientes para causar a morte. Outras
substâncias potencialmente nocivas são nossos companheiros diários: poluentes no ambiente e no ar,
inseticidas e herbicidas; riscos industriais e ocupacionais, como o monóxido de carbono e asbesto;
drogas sociais, como o álcool e a variedade sempre crescente de drogas terapêuticas.
Agentes Infecciosos
Esses agentes variam desde os vírus submicroscópicos às tênias grandes. Entre os dois extremos
estão as riquétsias, bactérias, fungos e formas superiores de parasitos. Os modos pelos quais esses
agentes biológicos causam lesão.
A lesão celular é resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários
componentes celulares essenciais. Os componentes celulares que mais frequentemente são lesados por
estímulos nocivos incluem as mitocôndrias, as membranas celulares, a maquinaria de síntese e
empacotamento de proteínas e o DNA do núcleo.
Lesão química (tóxica)
A lesão química permanece como um problema frequente na medicina clínica, e é a principal
limitação à terapia com drogas. Como muitas drogas são metabolizadas no fígado, este órgão é alvo
frequente da toxicidade das drogas. De fato, a lesão hepática tóxica é, talvez, a razão mais frequente
para o término do uso terapêutico ou desenvolvimento de uma droga. mecanismos pelos quais as
substâncias químicas, certas drogas e toxinas produzem lesão são descritos em maiores detalhes na
discussão sobre doenças ambientais. Aqui, descreveremos as principais vias de lesão quimicamente
induzida, com exemplos selecionados.
As substâncias químicas induzem lesão celular por um de dois mecanismos gerais:

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Algumas substâncias químicas atuam diretamente pela combinação com componentes
moleculares críticos. Por exemplo, no envenenamento por cloreto de mercúrio, o mercúrio se liga aos
grupamentos sulfidrila das proteínas de membrana celular, causando aumento da permeabilidade da
membrana e inibição do transporte de íons. Nesses casos, a maior lesão ocorre nas células que usam,
absorvem, excretam ou concentram as substancias químicas – no caso do cloreto mercúrico, as células
do trato gastrointestinal e do rim.
O cianeto envenena a citocromo-oxidase mitocondrial e inibe a fosforilação oxidativa. Muitos
agentes quimioterápicos antineoplásicos e antibióticos também induzem lesão celular por efeitos
citotóxicos diretos.
A maioria das substâncias químicas não é biologicamente ativa na sua forma nativa, mas precisa
ser convertida a metabólitos tóxicos reativos, que então agem sobre as moléculas- alvo. Essa
modificação é normalmente realizada pelas oxidases de função mista do P-450, no retículo
endoplasmático agranular do fígado e de outros órgãos.
Os metabólitos tóxicos causam lesão da membrana e lesão celular principalmente pela formação
de radicais livres e subsequente peroxidação lipídica; a ligação covalente direta a proteínas e lipídios
da membrana também pode contribuir. Por exemplo, o tetracloreto de carbono (CCl4), que é
amplamente utilizado na indústria de limpeza a seco, é convertido pelo citocromo P-450 ao radical
livre altamente reativo CCl•3 que causa peroxidação lipídica e danos a muitas estruturas celulares. O
paracetamol, uma droga analgésica, é também convertido a produto tóxico durante a desintoxicação
no fígado, levando à lesão celular.
Lesão de isquemia-reperfusão
A restauração do fluxo sanguíneo para tecidos isquêmicos pode promover a restauração das
células, se estas foram lesadas de modo reversível. No entanto, sob certas circunstâncias, quando o
fluxo sanguíneo é restaurado para as células que estavam isquêmicas, mas não mortas, a lesão é
paradoxalmente exacerbada e prossegue em ritmo acelerado.
Como resultado, os tecidos reperfundidos continuam a perder células, além daquelas que foram
lesadas irreversivelmente no fim da isquemia. Esse processo, denominado lesão de isquemia-
reperfusão, é clinicamente importante porque contribui para danos no tecido em infartos do miocárdio
e cerebrais e em seguida a terapias para restaurar o fluxo sanguíneo.
Como ocorre a lesão de reperfusão? A resposta provável é que novos processos lesivos são
desencadeados durante a reperfusão, causando a morte de células que, de outro modo, poderiam ter se
recuperado.
Uma nova lesão pode ser iniciada durante a reoxigenação devido a uma produção aumentada de
espécies reativas de oxigênio e nitrogênio pelas células endoteliais, do parênquima e dos leucócitos
infiltrantes.
Tecido reperfundidos devido à redução incompleta do oxigênio por mitocôndrias lesadas ou
devido à ação das oxidases nos leucócitos, células endoteliais ou células parenquimatosas.
Os mecanismos de defesa antioxidante celulares podem ser comprometidos pela isquemia,
favorecendo o acúmulo de radicais livres. Outros mediadores da lesão celular, como o cálcio, podem
também entrar nas células reperfundidas, lesando várias organelas, incluindo as mitocôndrias, e
aumentando da produção de radicais livres.

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A lesão isquêmica está associada com a inflamação resultante da produção de citocinas e
aumento da expressão de moléculas de aderência por células parenquimatosas e endoteliais hipóxicas,
que recrutam neutrófilos circulantes para o tecido reperfundido causa lesão adicional ao tecido.
A importância do influxo de neutrófilos na lesão de reperfusão foi demonstrada
experimentalmente, pela capacidade das intervenções anti- inflamatórias, como o tratamento com
anticorpos que bloqueiam citocinas ou moléculas de aderência, para reduzir a extensão da lesão.
A ativação do sistema complemento pode contribuir para a lesão de isquemia-reperfusão.
O sistema complemento está envolvido na defesa do hospedeiro e é um importante mecanismo
de lesão imune. Por razões desconhecidas, alguns anticorpos IgM possuem uma tendência de se
depositarem em tecidos isquêmicos, e quando o fluxo sanguíneo é reiniciado, as proteínas do
complemento ligam-se aos anticorpos depositados.
Reações Imunológicas.
O sistema imune exerce função essencial na defesa contra micróbios infecciosos, mas as reações
imunes podem também resultar em lesão à célula. As reações lesivas aos próprios antígenos endógenos
são responsáveis por várias doenças autoimunes. As reações imunes a muitos agentes externos, tais
como micro-organismos e substâncias ambientais, são também causas importantes de lesão celular e
tecidual.
Defeitos Genéticos.
As anomalias genéticas resultam em defeitos tão graves como nas malformações congênitas
associadas com a síndrome de Down, causada por uma anomalia cromossômica, ou tão sutis como a
redução do tempo de vida das hemácias, causada pela substituição de um único aminoácido na
hemoglobina, na anemia falciforme. Os defeitos genéticos causam lesão celular por causa da
deficiência de proteínas funcionais, como os defeitos enzimáticos nos erros inatos do metabolismo ou
a acumulação de DNA danificado ou proteínas anormalmente dobradas, ambos disparando a morte
celular quando são irreparáveis. As variações genéticas podem influenciar também a susceptibilidade
das células à lesão por substâncias químicas e outros insultos ambientais.
Desequilíbrios Nutricionais.
Os desequilíbrios nutricionais continuam a ser as principais causas de lesão celular. As
deficiências proteico-calóricas geram um número espantoso de mortes, principalmente entre as
populações desfavorecidas. Deficiências de vitaminas específicas são encontradas em todo o mundo.
Os problemas nutricionais podem ser autoinfligidos, como na anorexia nervosa (desnutrição
autoinduzida). Ironicamente, os excessos nutricionais são também causas importantes de lesão celular.
O excesso de colesterol predispõe à aterosclerose; a obesidade está associada com o aumento da
incidência de várias doenças importantes, como diabetes e câncer. A aterosclerose é, praticamente,
endêmica nos Estados Unidos, e a obesidade é desenfreada. Além dos problemas de subnutrição e
hipernutrição, a composição da dieta dá uma contribuição significativa a uma série de doenças.
Mecanismos da Lesão Celular
A discussão da patologia celular da lesão e necrose leva a um estágio para a consideração dos
mecanismos e vias bioquímicas da lesão celular.

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Os mecanismos responsáveis pela lesão celular são complexos. Entretanto, há diversos
princípios que são relevantes à maioria das formas de lesão celular.
A resposta celular ao estímulo nocivo depende do tipo de lesão, sua duração e sua gravidade.
Pequenas doses de uma toxina química ou breves períodos de isquemia podem induzir lesão
celular reversível, enquanto altas doses da mesma toxina ou uma isquemia mais prolongada resultam
em morte celular instantânea ou em lenta lesão celular irreversível, levando, com o tempo, à morte
celular.
As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula lesada.
O estado nutricional e hormonal celular e suas necessidades metabólicas são importantes na sua
resposta à lesão. O quão vulnerável uma célula é, por exemplo, à perda de suprimento sanguíneo e
hipoxia? Quando a célula do músculo estriado esquelético da perna está privada de seu suprimento
sanguíneo, ela pode ser colocada em repouso e preservada; o mesmo não ocorre com o músculo
estriado do coração.
A exposição de dois indivíduos a concentrações idênticas de uma toxina, como o tetracloreto de
carbono, pode ser inofensiva em um e produzir morte celular no outro. Isto pode ser devido às
variações genéticas que afetam a quantidade e a atividade das enzimas hepáticas que convertem o
tetracloreto de carbono (CCl4) a subprodutos tóxicos. Com o mapeamento completo do genoma
humano, há um grande interesse na identificação dos polimorfismos genéticos que influenciam as
respostas dos diferentes indivíduos a agentes nocivos.
A lesão celular é resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários
componentes celulares essenciais.
Os componentes celulares que mais frequentemente são lesados por estímulos nocivos incluem
as mitocôndrias, as membranas celulares, a maquinaria de síntese e empacotamento de proteínas e o
DNA do núcleo.
Os principais mecanismos da lesão celular e seus efeitos bioquímicos e funcionais são mostrados.
Qualquer estímulo nocivo pode, simultaneamente, iniciar múltiplos mecanismos interconectados
que lesam as células. Esta é uma razão pela qual é difícil relacionar a lesão celular em uma determinada
situação a um único ou mesmo a um desarranjo bioquímico dominante.
Morte celular
A incapacidade do organismo de adaptar e manter as funções vitais pode culminar na morte
celular. Embora existam diversas causas para inúmeras patologias, o mecanismo de morte celular é
resultante de 4 mecanismos que podem ocorrer de forma independente ou em ação conjunta:
 Rompimentos ou lesões da MEMBRANA CELULAR
 Processos que interfiram na produção de ATP (energia celular)
 Fatores inibitórios da SÍNTESE DE PROTEÍNAS
 Lesões que comprometam a integridade do DNA.
Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e com o tempo a célula não pode se
recuperar e morre. Existem dois principais tipos de morte celular, a necrose e a apoptose, diferentes
em sua morfologia, mecanismos e papéis na fisiologia e na doença.

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Quando o dano às membranas é acentuado, as enzimas lisossômicas extravasam para o
citoplasma e digerem a célula, e o conteúdo celular escapa, resultando em necrose. Em situações em
que o DNA ou as proteínas celulares são lesados de modo irreparável, a célula se suicida por apoptose,
uma forma de morte celular caracterizada pela dissolução nuclear, fragmentação da célula sem perda
da integridade da membrana, e rápida remoção dos restos celulares. Enquanto a necrose é sempre um
processo patológico, a apoptose auxilia muitas funções normais e não é, necessariamente, associada à
lesão celular.
Algumas vezes a morte celular é também o resultado final da autofagia. Embora seja mais fácil
entender essas vias de morte celular discutindo-as separadamente, existem muitas conexões entre elas.
A apoptose e a necrose são observadas em resposta às mesmas influências adversas, como a isquemia,
talvez em diferentes estágios. A apoptose pode progredir para necrose, e a morte celular, durante a
autofagia, pode mostrar muitas das características da apoptose.

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Conclusão
Neste trabalho foi abordado aspectos relacionados a lesão, agressão e morte celular. E pude
concluir que, apesar de parecerem sinónimos são termos diferentes, no entanto em conjunto formam
um processo que qualquer indivíduo está sujeito a passar, o meio em que nos inserimos oferece várias
oportunidades para o surgimento de uma lesão que pode desencadear uma agressão e
consequentemente, levar a morte da célula comprometida.
Este trabalho foi muito importante para mim, pois enriqueceu os meus conhecimentos a respeito
do referido tema, contribuindo para o meu desenvolvimento enquanto estudante e futuramente
profissional de saúde.

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Revisão Bibliográfica

 Livro de Robbins & Cotran, bases patológicas das doenças de 2010 8ª edição.
 EBOOK de Daniel de Azevedo Texeira, patologia geral 2020.
 http://www.livrariaflorence.com.br/medicina/patologia

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