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Faculdade FATESP

Curso: Bacharelado em Enfermagem


Disciplina: Patologia
Profa.: Keyla Christianne
Nome: ___________________________________________

Introdução ao estudo da Patologia

Patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em
geral sob aspectos determinados, tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento como matemática e
engenharias, onde é conhecida como "Patologia das Edificações" e estuda as manifestações patológicas que podem
vir a ocorrer em uma construção. Ela envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao estudo
das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a
doenças.

Tradicionalmente, o estudo da patologia é dividido em:

a) Patologia geral: Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais
provocados pelas doenças. Por isso é denominada patologia geral, doenças relacionadas a todos os processos
patológicos, referentes às células.
b) Patologia especial: Examina as respostas específicas de órgãos especializados e tecidos a estímulos
definidos.

Alguns termos são frequentemente utilizados em Patologia. Exemplificando, as causas das patologias são
chamadas de etiologia, os mecanismos de ação são as patogêneses, as lesões passam a ser anatomia patológica e é
por fisiopatologia que as alterações fisiológicas são reconhecidas.

Existem fatores que influenciam a instalação das doenças e isso também é relevante no estudo dessa ciência. A
relação hospedeiro-parasita, a sazonalidade, a fonte de infecção, os modos de transmissão, a porta de entra e a
virulência do organismo patogênico são alguns desses fatores.

E, após uma infecção, o organismo passa por fases que são: período de incubação (sem manifestações clínicas),
período prodrômico (com sinais e sintomas inespecíficos), período de estado (com sinais e sintomas específicos) e o
período de evolução no qual a pessoa pode evoluir para cura, para cronificação, para complicações e para o óbito.

E é quando a célula entra em contato com algum estímulo patogênico que ela pode responder por um processo
de adaptação celular ou por um processo de lesão celular. Basicamente, a adaptação celular leva a alterações de
volume e diferenciação celular, mas esse tópico é melhor abordado na aula de alterações de crescimento. Enquanto
isso, as lesões podem ser de dois tipos: reversíveis e irreversíveis e esse tema também está em uma aula própria. As
lesões podem ser classificadas em não letais, letais, alterações intersticiais, distúrbios da circulação sanguínea e
linfática e alterações da inervação.

Todas as doenças têm causa (ou causas) que age (m) por determinados mecanismos, os quais produzem alterações
morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em alterações funcionais do organismo ou parte dele,
produzindo alterações subjetivas (sintomas) ou objetivas (sinais). A Fisiopatologia estuda os distúrbios funcionais e
significado clínico. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o
funcionamento normal e determinam as características clínicas, o curso e também o prognóstico da doença.
O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou Semiologia, que têm por finalidade fazer
seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem o prognóstico, a terapêutica e a profilaxia.

A classificação e nomenclatura das lesões são complicadas, não havendo consenso dos estudiosos quanto ao
significado de muitas palavras utilizadas para identificar os diferentes processos. Como o objetivo da Patologia Geral
é o estudo das lesões comuns às diferentes doenças, é necessário que tais lesões sejam classificadas e tenham uma
nomenclatura adequada.

Ao atingirem o organismo, as agressões comprometem um tecido (ou um órgão), no qual existem:

1. células, parenquimatosas e do estroma;


2. componentes intercelulares ou interstício;
3. circulação sangüínea e linfática;
4. inervação.

Após agressões, um ou mais desses componentes podem ser afetados, simultaneamente ou não. Desse modo,
podem surgir lesões celulares, danos ao interstício, transtornos locais da circulação, distúrbios locais da inervação ou
alterações complexas que envolvem muitos ou todos os componentes teciduais.

As lesões celulares podem ser consideradas em dois grupos:

a) Lesão celular não-letal: São aquelas compatíveis com a regulação do estado de normalidade após cessada
a agressão; a letalidade ou não está frequentemente ligada à qualidade, à intensidade e à duração da agressão,
bem como ao estado funcional ou tipo de célula atingida. As agressões podem modificar o metabolismo
celular, induzindo o acúmulo de substâncias intracelulares (degeneração/ degenerações), ou podem alterar
os mecanismos que regulam o crescimento e a diferenciação celular originando hipotrofias, hipertrofias,
hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias, e neoplasias). Outras vezes, acumulam-se nas células
pigmentos endógenos ou exógenos, constituindo pigmentações.
b) Lesão celular letal: São representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e
pela apoptose (morte celular não seguida de autólise).

A partir de uma agressão, a célula pode responder de três formas: adaptação, lesão reversível e lesão irreversível.
Esses mecanismos serão melhor detalhados nos tópicos dos respectivos temas, porém, basicamente, a adaptação se
dá por alteração no volume, número e/ou diferenciação celular, enquanto a lesão reversível é caracterizada por
degenerações e a lesão irreversível pela morte celular.

A célula pode sofrer agressão por diversos fatores. Dentre eles, os principais agressores são:

 Agentes físicos
 Agentes químicos
 Alterações imunológicas
 Distúrbios genéticos
 Distúrbios nutricionais
 Hipóxia

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