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• 4 créditos • Cronograma
• Ementa
I. Introdução à Patologia
II. Adaptação Celular
III. Lesão e Morte Celular
IV. Distúrbios circulatórios locais
V. Inflamação e Cura
VI. Neoplasias
• Seminários
Patologia
- Pathos: doença, sofrimento
Saúde x Doença
Adaptação celular: capacidade dos seres vivos de serem sensíveis as variações do meio ambiente e
produzirem respostas para se adaptarem as essas variações.
Saúde: estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social que vive, de modo que o
indivíduo se sente bem e não apresenta sinais ou alterações orgânicas.
Doença: estado de falta de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social que vive, no qual
o indivíduo se sente mal e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis.
Saúde x Normalidade
Saúde: trata o indivíduo como um todo.
Normalidade: parâmetros de parte estrutural ou funcional do organismo, obtidas de média da população geral.
Patologia
Ciência que estuda as causas da doença, os mecanismos que as produzem e as alterações morfológicas e
funcionais que apresentam.
Oferece base para entendimento de outros elementos das doenças
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Evolução da doença
Prognóstico do paciente
Etiologia: causa
Patogenia: mecanismos
Alterações morfológicas: mudanças na estrutura das células
Alterações funcionais: manifestações clínicas
1. Etiologia
2. Patogenia
Se refere a sequência de eventos das respostas das células ou dos tecidos ao agente etiológico, desde o
estímulo inicial até a expressão da doença em si.
Primeiro tem alterações morfológicas e depois funcionais (perceptíveis).
Lesões estruturais
3. Alterações morfológicas
Alterações estruturais nas células ou tecidos que são características de doença ou levam ao diagnóstico do
processo etiológico
Patologia diagnóstica.
4. Alterações funcionais
Patologia Especial (ou sistêmica): estuda doenças de um determinado órgão ou sistema (ex.: Patologia do
Sistema Respiratório, Patologia da Cavidade Bucal) ou estuda as doenças agrupadas por suas causas (ex.:
Patologia das doenças produzidas por fungos, Patologia das doenças causadas por radiações).
Desenvolvimento da doença
Período pré patogênese: não tem alteração do caso clínico.
*Aparição de sinais não tão específicos da doença. Ex.: Parkinson, antes do tremor (característico da doença)
o paciente apresenta distúrbios de sono, constipação, perda do olfato.
- Período prodrômico: lapso de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas.
Onde ocorre o diagnóstico.
A evolução das doenças ocorre de maneira variada, dependendo da capacidade de adaptação das células.
Processo patológico: conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nas
células e tecidos em resposta ao agente etiológico.
Lesão celular
Processo dinâmico
Início a nível molecular
Ação dos agentes agressores
Ação direta
Ação indireta (mecanismo de adaptação)
Na ação direta o agente causador que gera uma ação, enquanto na ação indireta, os mecanismos de
adaptação que vão gerar a lesão.
Tipos de lesão
• Lesões letais: ocorre necrose ou apoptose da célula (morte celular).
• Lesões não letais: as células permanecem vivas após a agressão, podendo voltar a seu estado normal após
cessar a ação do agente etiológico. Entretanto, as agressões também podem modificar o metabolismo celular.
Qualidade da agressão
Intensidade
Duração
Estado funcional da célula
Tipo de célula atingida
Agentes lesivos
I. Hipóxia
II. Agente físicos
III. Agentes químicos
IV. Agentes biológicos
V. Distúrbios genéticos
VI. Desequilíbrio nutricional
VII. Reações imunológicas
VIII. Envelhecimento
IX. Fatores intrínsecos e extrínsecos do individuo
I. Hipóxia: ausência de oxigênio suficiente nos V. Distúrbios genéticos
tecidos para manter as funções corporais.
Mutações celulares
Isquemia (interrupção do fluxo sanguíneo) Alterações cromossômicas
Oxigenação inadequada
Perda da capacidade carregadora de O 2
para o sangue VI. Desequilíbrio nutricional
Deficiência de proteínas
Deficiência de vitaminas
II. Agentes físicos
Trauma mecânico
Variações extremas de temperatura VII. Reações imunológicas
Variações da pressão atmosférica
Radiações Doenças autoimunes
Choque elétrico Hipersensibilidade (resposta imune
excessiva ou descontrolada)
Inflamação crônica (infecção persistente)
III. Agentes químicos
O resultado da ação dos agentes lesivos depende da intensidade, do tempo de ação e da capacidade do
organismo reagir.
VI. Alterações do interstício: alteração da matriz VIII. Alterações de inervação: caracterizada por
celular. Está relacionado com modificações da lesões do tecido nervoso.
substância fundamental amorfa, fibras elásticas,
IX. Inflamação: lesão mais complexa, envolve todos
colágenas e reticulares que podem sofrer
os componentes teciduais. É caracterizada por
alterações estruturais.
modificações locais na circulação e saída de
VII. Distúrbios da circulação: caracterizado por células do leito vascular, presença de células
aumento, diminuição ou ausência de fluxo fagocitárias e citocinas inflamatórias.
sanguíneo para os tecidos, coagulação do sangue,
oclusão vascular e alterações das trocas de líquido
entre plasma e interstício.
Apoptose: caracterizada por destruição celular programada na qual as células ativam enzimas que degradam
seu DNA nuclear e proteínas citoplasmáticas.
Necrose: caracterizada por morte celular devido a uma lesão irreversível que resulta na desnaturação de
proteínas, perda da integridade da membrana e reação inflamatória.
Resumo
Doença: falta de adaptação.
Célula normal: está sempre modificando sua estrutura e função em resposta a mudanças de demanda e
estresses, ou seja, ela mantém a homeostase*.
*Capacidade de manter o estado normal do meio intracelular.
Em situações de estresse fisiológico ou estímulos patológicos a célula sofre adaptação para preservar sua
homeostase.
I. Atrofia
Diminuição do tamanho da célula causada por perda de substâncias, ocasionando a diminuição do volume
do órgão ou tecido.
As células têm a sua função diminuída, elas não estão mortas.
Ocorre por desequilíbrio entre a síntese proteica e a degradação
É um processo reversível.
Atrofia patológica e atrofia fisiológica
*Autofagia: a célula privada de nutrientes digere os seus próprios componentes para sobreviver.
Se a atrofia persistir, pode progredir para a morte celular:
1) Atrofia fisiológica cerebrais – aterosclerose carótida, redução do rim
– aterosclerose de artérias renais.
Ex.: Útero após o parto. Mama após amamentação.
Atrofia uterina → Perda do estímulo estrogênico d) Nutrição inadequada: Ex.: menor oferta
(menopausa). alimentar/calórica – inanição (gordura, músculos,
etc.), caquexia – emagrecimento agudo comum em
doenças graves e neoplasias.
II. Hipertrofia
Aumento do tamanho da célula, provocando um aumento no volume do órgão.
O órgão hipertrofiado não possui células novas.
Adaptação (aumento) do tecido à maior exigência de trabalho (aumento da demanda).
O tamanho aumentado ocorre da síntese de mais componentes estruturais (proteínas) – aumento das
funções celulares.
É um processo reversível.
Mecanismo: estímulos hormonais ou sobrecarga levam a indução de vários genes que estimulam a síntese de
proteínas celulares, resultando no aumento do tamanho da célula.
Principais mecanismos:
A hipertrofia é um processo reversível, ou seja, a cessação do estímulo faz com que a célula volte ao tamanho
normal. Exemplos: útero após o parto ou fibra muscular com ausência de atividade física.
Se o estímulo não cessar, a célula não aumenta de tamanho infinitamente, o estresse não atenuado pode gerar
lesão celular.
III. Hiperplasia
Aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando no aumento do seu volume.
Somente em tecidos/órgãos com capacidade replicativa.
Geralmente ocorre junto com a hipertrofia, pois esses processos podem ser desencadeados pelos
mesmos estímulos.
Difere da neoplasia onde se há crescimento celular autônomo e independente do agente estimulador.
É um processo reversível.
Classificação:
o Fisiológica: hormonal ou compensatória
o Patológica: hormonal ou reacional
1) Hiperplasia fisiológica
IV. Metaplasia
Alteração da célula em célula diferenciada, na qual um tipo de célula adulta (epitelial ou mesenquimal) é
substituído por outro tipo de célula adulta → A célula muda a sua função.
Substituição de células mais sensíveis ao estresse por células com maior capacidade de resistir/suportar
o ambiente adverso.
A adaptação celular é reversível.
1) Epitelial: após irritação crônica. Ex.: fumantes – Ex2: refluxo gástrico crônico – epitélio estratificado
células epiteliais ciliadas da traqueia e brônquios da porção inferior do esôfago pode sofrer
são substituídas por epitélio escamoso estratificado transformação para epitélio colunar.
(+ fortes e + resistentes, entretanto não têm o
2) Mesenquimal: resposta adaptativa
mecanismo de defesa*).
Cartilaginosa: fibroblastos se diferenciam
*O epitélio estratificado torna-se mais capaz de
em condroblastos
sobreviver às substâncias químicas do cigarro, mas
Óssea: fibroblastos se diferenciam em
importantes mecanismos de proteção são
osteoblastos
perdidos, como a secreção de muco e a remoção
de materiais particulados pelos cílios.
V. Displasia
Crescimento desordenado da célula, perda da uniformidade da célula.
Alterações do tamanho, forma e organização dos componentes celulares.
Comumente ocorre junto com a metaplasia.
Mecanismo: alteração nos genes que regulam a proliferação e
diferenciação celular. Alta relação com o risco de câncer.
Resumo
Fixação do conteúdo
Conceituar adaptação celular.
Conceituar as formas de adaptação celular: atrofia, hipertrofia, hiperplasia, metaplasia, displasia.
Diferenciar hipertrofia X hiperplasia.
Diferenciar adaptações fisiológicas X adaptações patológicas.
Esquematizar o processo de adaptação, lesão e morte celular.
EXTRA
Tecidos e sua capacidade de divisão
Todos os tecidos têm a mesma capacidade de adaptação celular?
1. Tecidos Lábeis: tem divisão contínua. Estão expostos a estímulos lesivos constantemente.
Lesão Celular
Homeostase: capacidade da célula de manter normais as condições fisiológicas.
Estímulo nocivo intenso ou prolongado que excede a capacidade adaptativa da célula ⇨ Lesão celular
1. Privação de oxigênio
2. Agentes físicos
3. Fatores genéticos
4. Agentes infecciosos
5. Reações imunológicas
6. Agentes químicos
7. Desequilíbrios nutricionais
8. Envelhecimento
3. Fatores genéticos
5. Reações imunológicas
Função celular
A função celular pode ser perdida antes que ocorra a
morte celular, e as alterações morfológicas na lesão (ou
morte) celular surgem mais tarde.
As consequências da agressão à célula dependem do tipo celular, estado e adaptabilidade da célula agredida.
Depósito de lipídio.
Morte celular
Necrose
Apoptose
I. Necrose
Ocorre extravasamento dos conteúdos celulares: iniciam uma reação local – Inflamação.
Restos celulares são degradados por enzimas: lisossomos (das próprias células ou dos leucócitos que
chegam).
b) Necrose liquefativa
c) Necrose gangrenosa
d) Necrose caseosa
e) Necrose fibrinoide
II. Apoptose
Processo de “morte celular programada”, induzida por um programa regulado, no qual células destinadas a
morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e demais proteínas nucleares e citoplasmáticas.
Serve para substituir células velhas por novas ou para manter o número de células.
a) Apoptose Fisiológica
b) Apoptose Patológica
Destruição de células geneticamente alteradas ou lesadas irreparavelmente, sem iniciar uma reação
severa, mantendo o mínimo de lesão tecidual;
Exemplos:
o Após lesão de DNA – evita possíveis mutações ou propagação;
o Acúmulo de proteínas (mutação genética – sobrecarga).
Mecanismos da Apoptose
Distúrbios Circulatórios I – Aula 4 (28.06.22)
Artérias
Arteríolas
Capilares: fazem a troca gasosa Caminho dos líquidos pelo sistema circulatório.
Vênulas
Veias
A túnica intima dos vasos linfáticos e das veias forma um sistema de válvulas que direcionam o fluxo
sanguíneo/linfático.
Fluidos do corpo
Intracelular
Intersticial Perda da homeostase entre os fluido ⇨ Distúrbios Circulatórios
Intravascular
Causas:
Redução das proteínas plasmáticas (albumina) → Redução da atração de líquido para o vaso → Maior volume
de líquido no interstício.
Causas:
Retenção excessiva de sal ⇨ Aumenta pressão hidrostática (expansão volume intravascular) ⇨ Edema
Características
Hiperemia: resulta de um aumento do influxo arterial consequente à vasodilatação. Ex.: inflamação aguda.
Tecidos com coloração azul-avermelhada anormal (cianose) – acúmulo da hemoglobina desoxigenada na área
afetada.
Consequências:
Edema
Trombose
Hemorragia
Necrose
III. Hemorragia
Causa:
• Mecanismo de formação:
• Formas de hemorragia:
Hemotórax
Hemopericárdio
Hemoperitônio
Petéquias (1-2 mm)
Púrpura (> 3 mm)
Equimoses (2-3 cm)
• Controle do sangramento
Homeostasia: cessamento
da perda de sangue de um
vaso danificado.
• Consequências:
Hipovolemia
Isquemia local
Morte
Distúrbios Circulatórios II – Aula 5 (05.07.22)
Continuação...
Principais distúrbios relacionados com o sistema circulatório:
I. Edema OK
II. Congestão OK
III. Hemorragia OK
IV. Trombose
V. Embolia
VI. Linfedema Congênito
VII. Linfedema Secundário
IV. Trombose
b) Fluxo:
- Fluxo turbulento: a força do sangue batendo no vaso pode se tornar uma lesão.
Endotélio disfuncional:
↑ fatores pró-coagulantes
↓ moléculas anticoagulantes
a) Trombose venosa
Um coágulo de sangue (trombo) obstrui o fluxo sanguíneo de uma veia e dificulta o retorno venoso.
Normalmente, atinge as pernas e pode resultar em uma embolia pulmonar. Mais comum.
b) Trombose arterial
Pode atingir qualquer área do corpo e é comumente relacionada a quadros bastante graves. Nela, o coágulo
de sangue pode obstruir total ou parcialmente o fluxo sanguíneo de uma artéria, reduzindo a oxigenação do
membro ou do órgão (amputações, infartos, AVE). Mais grave.
Veias superficiais MI
Raro embolizar
Doloroso
Congestão local e edema
V. Embolia
Transporte pelo sangue de fragmentos de trombo, gordura ou gases a locais distantes de sua sede de origem.
90% casos: tromboembolismo*
10% casos: colesterol, gás nitrogênio, fragmentos de medula óssea
A maioria dos êmbolos tem origem no sistema venoso dos membros inferiores, por quê?
• Tipos de embolia
c) Embolia Gasosa: oclusão do vaso por bolhas de gás (O2, CO2 ou nitrogênio)
• Tipos
Relativa ou absoluta
Temporária ou persistente
• Consequências
Funções:
Transporte de linfa
Destruição de microrganismos
Resposta imune
Sistema vascular
1. Capilares linfáticos:
2. Vasos linfáticos:
3. Troncos linfáticos
4. Ductos linfáticos
Órgãos linfoides
1. Linfonodos
O sistema linfático tem o seu fluxo lento, pois quantidade de vasos que chegam aos linfonodos é maior do que
a que sai e esse sistema não conta com um órgão bombeador.
Circulação Linfática
Fluxo lento 3L/24 horas
Capilares linfáticos → Vasos pré-coletores → Nodos linfáticos → Vasos eferentes → Troncos linfáticos →
Ductos linfáticos → Veia subclávia direita e esquerda.
Continuação...
Principais distúrbios relacionados com o sistema circulatório:
I. Edema OK
II. Congestão OK
III. Hemorragia OK
IV. Trombose OK
V. Embolia OK
VI. Linfedema Congênito
VII. Linfedema Secundário
Graus do Linfedema
- Grau I: subclínico.